Minha leitora, entre outras qualidades, Claudia Wonder morreu hoje.
A primeira lembrança foi de 1985, quando do Reveillon da Paz, na entrada do Ano Internacional da Paz, no Museu da Imagem e do Som de São Paulo, fizemos horas de programação da virada, ali na Avenida Europa, em São Paulo. Sua apresentação foi bárbara.
Logo depois foi para a própria Europa, de onde retornou faz pouco tempo.
Salve, meu amigo Claudia Wonder!
DO WIKIPEDIA:
Biografia
Nascida Marco Antonio Abrão, Claudia logo cedo descobriu sua transexualidade. Ainda na adolescência, começou a frequentar a noite e a se inserir no contexto transgênero, sendo contenporânea dos grandes nomes do travestismo paulistano, como Andréia de Maio, Thelma Lipp, Brenda Lee, entre outras.
Claudia Wonder era performer, cantora/compositora, atriz, escritora e ícone do underground e comunidade LGBTT brasileira.
Começou sua carreira artística fazendo shows em boates e logo estreou no teatro e no cinema. Ainda adolescente contracenou com grandes nomes nacionais, entre eles, Tarcísio Meira e Raul Cortez.
Nos anos 1980 descobriu sua veia musical e estreou como letrista e vocalista da banda de Rock Jardins das Delícias com o show O Vomito do Mito no lendário clube paulistano Madame Satã. Depois formou a banda Truque Sujo e sempre obteve sucesso junto a critica musical e o público. No final da década de 80 mudou-se para a Europa e lá ficou durante onze anos, onde trabalhou em shows e depois como empresária na área da estética. Era formada como cabeleireira e maquiadora.
De volta ao Brasil retomou a carreira artística, participou de duas coletâneas musicais em CD: Melopéia do selo Rotten. Sonetos do poeta Glauco Mattoso musicados por vários artistas, entre eles, Arnaldo Antunes e Itamar Assumpção. Para esse trabalho Claudia musicou o “Soneto Virtual” onde faz dueto com seu amigo, o cantor Edson Cordeiro.
Participou da primeira coletânea de electro nacional no CD Body Rapture, do selo Lua Music com a música Toníca do Haligalle e em setembro de 2007 lançou seu primeiro Cd solo FunkyDiscoFashion também pela Lua Music.
Como ícone da comunidade LGBTT era figura querida e foi homenageada como Abre-Alas da Parada do Orgulho Gay de São Paulo. Também foi madrinha do Festival Mix Brasil de Cinema e Vídeo da Diversidade Sexual.
Foi coordenadora do Grupo de Estudos da identidade de Gênero Flor do Asfalto. Trabalhou como colunista e reporter da revista G Magazine e do site G online até 2008. Lançou o livro Olhares de Claudia Wonder – Crônicas e Outras Histórias[1] em agosto de 2008 pelas Edições GLS[2] do Grupo Editorial Summus.
Cláudia também trabalhava como monitora de abordagem e comunicação do Centro de Referência da Diversidade no projeto Cidade Inclusiva, uma parceria do Governo da cidade de São Paulo com a União Européia.
Em junho de 2009 o documentário Meu Amigo Claudia do cineasta Dácio Pinheiro, que conta a trajetória da artista, teve sua premierer mundial no Frameline Lesbian and Gay Film Festival of San Francisco– California.
Morreu em 26 de novembro de 2010, em decorrência de uma criptococose (Doença do Pombo)