Caso sério. Conto com sua atenção, também. Isso é Brasil. Mas não pode continuar assim.

ATENÇÃO, CORREÇÃO DE INFORMAÇÃO, ATUALIZADA DIA 8/12/2010, às 20h10

Do site www.brickmann.com.br

“As primeiras informações sobre o caso colocaram a responsabilidade sobre um órgão federal. Quem se opõe ao fornecimento do remédio que mantém a criança viva é, entretanto, a Agência de Vigilância Sanitária de São Paulo, um órgão estadual”.

Eu diria: “dá na mesma”.

 A ANVISA quer matar uma criança??

ESSA NOTA SERÁ PUBLICADA  DAQUI A POUCO NA COLUNA DE CARLOS BRICKMANN,no www.brickmann.com.br 

E  AMANHÃ ESTARÁ EM VÁRIOS JORNAIS QUE PUBLICAM A COLUNA.

MAS ACHO QUE TEM COISAS QUE NÃO PODEM ESPERAR NEM MAIS UM SEGUNDO PARA SEREM DENUNCIADAS, FALADAS, XINGADAS.

São inacreditáveis.

O crime de salvar uma vida

Diz a Bíblia: “Não fique inerte perante o sangue do próximo”. O Talmud, compilação das leis judaicas e de suas interpretações, diz que quem salva uma vida salva a Humanidade. No Brasil, um laboratório está sendo processado por uma agência federal pelo crime de colaborar, de graça, para salvar uma vida.

A história inacreditável do processo da Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, contra o Laboratório Baldacci, de São Paulo, começou há três anos. Victor, filho recém-nascido de Bianca Calumby, tem uma doença rara: para viver, precisa de um caríssimo aminoácido, a citrulina, que lhe permite aceitar alimentação. O Laboratório Baldacci, procurado, doou três quilos do aminoácido, que garantiram a vida de Victor até o início deste ano. O Baldacci doou então mais dois quilos – tudo documentado, com pedido médico, doação formal.

A Anvisa, alegando que o Baldacci tinha autorização para usar o aminoácido como matéria-prima, mas não para doá-lo, autuou o laboratório. “Nunca pensei que pudéssemos ser punidos por querer socorrer uma criança”, diz, com toda a razão, Ronaldo Abbud, diretor do Laboratório Baldacci. A mãe de Victor completa: “É questão de formalismo cego. Sem o remédio, o garoto teria morrido”.

O laboratório fala pouco sobre o caso: pode sofrer retaliações e talvez até perder o certificado de boas práticas farmacêuticas, o que o tiraria fora do mercado. Mas o Baldacci pretende continuar (gratuitamente) cumprindo sua missão: ajudando a salvar vidas. Já a Anvisa prefere cuidar dos formulários e não de vidas.

As dúvidas, as dúvidas

Caso a Anvisa tenha êxito e impeça o Laboratório Baldacci de doar a substância que permite a sobrevivência de Victor, que acontecerá?

1 –Abre-se então um rigoroso inquérito caso o menino morra?

2 – O Governo passa a fornecer o remédio que já disse que não tem?

3 – A família do menino que se vire, que a Anvisa não tem nada com isso?

5 comentários sobre “Caso sério. Conto com sua atenção, também. Isso é Brasil. Mas não pode continuar assim.

  1. Luiz Nusbaum 7 de dezembro de 2010 / 17:58

    A agência que deveria zelar pela saúde do cidadão e que não impede a comercialização de uma série de “pseudo medicamentos” anunciados pela mídia, verdadeiras panacéias fajutas, toma uma atitude tão absurda, mas tão absurda, que merece ser desmoralizada com todas as honras. Vergonha

    Curtir

    • marligo 8 de dezembro de 2010 / 0:04

      Dr. Luiz, ninguém melhor do que você para saber essa loucura que anda nossa saúde. Beijão.

      Curtir

  2. Tália Jaoui 7 de dezembro de 2010 / 19:25

    Marli, há alguma forma de intervirmos nesta situação? Abaixo assinado, enfim algo que possamos nos mobilizar? Poxa, assinei um abaixo assinado contra a matança das baleias no japão, contra a morte de uma mulher no Irã e não dá para ajudar esta família e este laboratório?
    Beijocas e parabéns pela publicação!
    Tália

    Curtir

    • marligo 8 de dezembro de 2010 / 0:03

      Querida, obrigada. Vou ficar atenta a tudo que pudermos fazer.
      Beijão

      Curtir

  3. Helena de Almeida Roesele 7 de dezembro de 2010 / 19:38

    Nós sempre pensamos que já ouvimos tudo, que já vimos tudo, que já nos surpreendemos com tudo, que não existe mais nada que nos espante.ledo engano.Há coisas nesse país, que nos fazem testar nossa sanidade,nossa tolerância, nossa capacidade de suportar e de não explodir.Como o caso exposto acima.Acho até engraçado, se não fôsse patético.Como é que este governo que temos, seus órgãos, seus políticos,podem tudo, às vezes acima das leis e até acima de Deus.Há uma tolerabilidade até do STJ, com as coisas mais absurdas, há um Congresso Nacional pôdre, eivado de êrros, de absurdos, há uma polícia coligada às forças armadas, à polícia militar que sobe o morro do Alemão, para proteger o povo dos traficantes e de suas drogas, e, entremeando estes atos que poderiam ser heróicos, alí, subrepiticiamente,alguns ditos policiais, se compatibilizam com os traficantes, com os piores bandidos e furtam do povo que deveriam proteger.E as autoridades dizem que se tratam de algumas ações pontuais, PONTUAIS? Meu Deus que país é este, já disse alguém e isto é prosa para muitos anos mais.Naquelas tres perguntas finais, penso que o laboratório, com o conluio dos pais e nosso concluio, deveria peitar a Anvisa e lutar muito para que a criança não seja obrigada a morrer por falta de um remédio que existe e cujo laboratório se sensibilizou com o caso desta pobre vítima.E eu lhes pergunto, porque somente o laboratório deve se sensibilizar e lutar e ainda sofrer sanções? Porque não nos opormos à Anvisa e protestarmos todos nós? Aliás , seria o caso de perguntarmos à Presidente eleita , se a Anvisa também continuará a funcionar da mesma forma? Querendo sancionar o laboratório por querer salvar vidas? Existe uma doença chamada Glomerolonefrite Mesangial Proliferativa, cujo tratamento deve ser feito com imunosupressores.É um medicamento de alto custo.Pois é, a Anvisa, somente fornece imunosupressores para os transplantados.Nao os dá, de forma alguma, para quem padece da citada doença, mesmo que mais tarde, além de onerar o doente com a hemodiálise, que é um tratamento muito dispendioso, ou o transplante, mesmo assim, debalde foram os esforços dos que possuem nefropatia, para conseguirem o medicamento mencionado.O SUS e a Anvisa não se importam que milhões façam hemodiálises e transplantes, mas, bate o pé e não fornece os imunosupressores.Seria o caso de perguntarmos, qual a função precípua da Anvisa, cuidar da saúde do povo ou colaborar para sua morte? Que isto não fique impune.

    Curtir

Deixe um comentário

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.