Nós vamos sentir muita falta do Fernando Gabeira no Parlamento, ah, vamos sim! Leia o artigo no qual ele começa a se despedir de Brasília

Última semana em Brasília

Parto para aquela que é, objetivamente, minha última semana como deputado, depois de 16 anos. É uma semana difícil porque muitos problemas delicados serão colocados em pauta, exatamente porque são delicados: o ano está acabando e todos os desgastes podem ser absorvidos com mais leveza.

Menciono apenas dois: aumento de salário de deputados e legalização dos bingos. Sou contra o aumento de salários pois acho que é acompanhado de boas condições de trabalho: pagamento de despesas parlamentares, cota de telefone, gabinete etc.

Alguns deputados vão me acusar de hipocrisia. Pois bem, minha tese é de que o problema não é o salário e sim de ter um trabalho interessante. A monotonia e irrelevância do trabalho parlamentar acabam criando necessidades artificiais. Estou tranqüilo porque vou trabalhar muito na iniciativa privada e ganhar menos que um deputado. Logo, é razoável que expresse minha posição, apesar das agressões que se seguem em casos como esse.

A outra questão é o bingo. Sempre fui favorável à legalização. Mas da maneira que está sendo feita, pode não representar um controle efetivo do estado e cobranças reais de impostos. Os deputados não podem ser convencidos a votar na legalização, através de métodos heterodoxos. O que esses métodos significam é um sinal de que tudo pode ser feito, desde que se achem os protetores certos.

Todos esses temas tratados com rapidez serão reavaliados adiante. Votarei contra aumento de salário e contra legalização de bingos, esta por causa das circunstâncias. Depois dessa semana, vou preparar uma memória do tempo de Congresso a ser publicada pela revista Piauí. Terei uma participação no jornal Estado de São Paulo, algo que deve ser anunciado no domingo.

Através dessas mudanças, será mais fácil encontrar comentários locais no site www.gabeira.com.br. Os nacionais e internacionais devem se deslocar para um blog no portal do Estadão.

Ficaremos sem ele no Congresso, mas o teremos de volta no jornalismo

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