TUDO o que eu escreveria sobre Rosemary, a filha renegada de José Alencar. Maria Helena Rubinato, para vocês.

puxei lá do Blog do Noblat, mas você precisa conhecer também o blog de  Maria Helena. Vai lá, clicando aqui.

Uma brasileira

Rosemary de Moraes deu anteontem e ontem provas de que é uma mulher de classe, elegante, uma pessoa da qual, em tempos idos, diríamos: que categoria!

Aliás, essa é a impressão que tenho dela desde o dia em que soube que ela pleiteava ser reconhecida como filha de José Alencar, na ocasião vice-presidente da República.

Todo seu silêncio desde então só reforçou essa impressão.

Ontem ampliada, pois era um momento em que todos os holofotes da mídia estariam divididos entre ela e o político velado no Palácio da Liberdade, em BH. Não lhe poderiam negar acesso, afinal, antes de ser ou não filha de José Alencar, ela é tão filha de Minas e do Brasil quanto ele.

Era tão fácil arrumar uma roupa negra, entrar na fila junto com os demais mineiros, chorar convulsamente diante do caixão do homem que julga ter sido seu pai – não é nada difícil chorar em velórios, é aliás um ambiente onde é dificílimo conter o choro.

Mas Rosemary de Moraes não fez isso.

Ela preferiu, como disse ao O Estado de S. Paulo, ficar em sua Caratinga: “Nem quis ir ao velório para não dar motivo, para não atrapalhar em nada, dizer que eu fui atrás de mídia. Estou quieta no meu canto.”

Eu não sei se ela é filha desse senhor recém falecido. Nem tenho como saber. Mas sei perfeitamente qual é o canto de Rosemary de Moraes.

Seu canto é o das mulheres com aquela elegância de maneiras que nasce com elas. Seu canto é o canto das mulheres com compostura, essa palavra tão fora de moda. É o das pessoas distintas no falar e no agir.

Vivemos no tempo da exibição completa, da alma e do corpo. No cabeleireiro, no restaurante, na condução, com um celular na mão, ou na Internet, as pessoas falam o que antes só falavam no quarto, nos confessionários, nos consultórios de um médico.

Por tudo isso, chamou minha atenção o comportamento de Rosemary de Moraes.

Sabemos que a cremação não impede o mapeamento do DNA pois o senhor José Alencar tinha filhos, netos, irmãos. Se não estou enganada, Thomas Jefferson, um dos Pais da Pátria americana, teve seu DNA todo mapeado com o material genético colhido em membros de sua família, e ele morreu em 1826!

A biociência progrediu de tal modo que possibilitou ao Homem saber sua origem: viemos todos da África. Até o senhor Bolsonaro.

Daqui do meu canto torço para que Rosemary de Moraes não esmoreça em sua luta, especialmente para honrar a mulher que foi sua mãe e de quem, naturalmente, tudo indica, herdou essas qualidades tão raras hoje em dia.

E também para que, seja qual for o resultado da ação que move, ela continue a se assinar Rosemary de Moraes. São meus votos.

http://oglobo.globo.com/pais/noblat/

 

3 comentários sobre “TUDO o que eu escreveria sobre Rosemary, a filha renegada de José Alencar. Maria Helena Rubinato, para vocês.

  1. Spartaco Massa 2 de abril de 2011 / 19:56

    É muito triste, ver a bajulação a um cidadão, meu conterrâneo lá das Gerais,em sua “luta” contra a morte. Ele freqüentou os melhores centor médicos do E.U., e hospitais do Brasil, tudo pago à csuta de nossos impostos. Eu não o admiro não, pois ele renegou uma filha, alegando ser ela filha de uma prostituta. E da mesma maneira, outro mineiro de Tres Corações-MG, o aduladíssimo e pernóstico sr. Edsson Arantes do Nascimento, aquele que se acha um tudo. Mas, também renegou uma filha que a Justiça reconheceu como tal, e lhe deu até o direito de usar o sobrenome do denominado “rei”…Orestes Quércia, reconheceu um filho natural. Luiz Inácio L. da Silva também, assim como outras personalidades conhecidas nessa República. Mas, estes doissenhores citados acima, não tiveram a grandeza suficiente para isso…É lamentável que isso aconteça neste país. Eles sujaram suas biografias, com gesto de tamanha mesquinhez…

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  2. Spartaco Massa 2 de abril de 2011 / 20:07

    Marli minha amiga e ídolo. Quanto mais o tempo passa, mais eu te admiro. A defesa que você faz aquí, dessa injustiçada moça, fez com que redobra-se ainda mais a minha admiração por você…É isso aí! Não é etôa que considero o seu, o melhor blog do país. Vou reenvia-lo já para a Lou Micaldas, para publicação no site “Velhos Amigos”.
    Parabéns mais uma vez!!!

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    • marligo 3 de abril de 2011 / 12:19

      QUERIDÃO!
      ESSE TEXTO NÃO É MEU, infelizmente!

      è da nossa querida Maria Helena Rubinato, de O GLOBO. Veja o link no post
      MAS, MUITO, MUITO OBRIGADA POR SUAS PALAVRAS.
      O que Maria Helena escreveu é o que penso, Eu não faria melhor.

      beijão

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