“Estou muito feliz”, diz artista chinês
após ser libertado da prisão
( clique aqui para ver obra de Magy Imoberdorf sobre Wei Wei)
Do UOL Notícias*
Em São Paulo
“Voltei para minha família”, afirmou Weiwei ao jornal britânico “Guardian”, confirmando sua libertação. “Estou muito feliz, estou bem”.
Ai Weiwei é uma importante voz entre os ativistas dissidentes chineses e já exibiu seu trabalho em renomadas galerias de arte no mundo ocidental. Uma das denúncias presentes na obra de Weiwei é sobre a falta de liberdade de expressão na China.
Segundo o “Guardian”, ele não quis dar outros detalhes sobre a prisão por ter sido libertado sob fiança. “Entenda, por favor”, teria respondido Weiwei ao jornalista.
De acordo com a versão oficial, o artista tinha sido detido por supostos crimes financeiros e agora foi libertado devido a seu “bom comportamento e após confessar seus crimes”.
A breve mensagem declara que outro motivo da libertação foi “a doença crônica que sofre”, sem mencionar o diabetes e a hipertensão do artista, que devolverá o dinheiro de todos os impostos que supostamente evadiu.
A detenção de Ai Weiwei foi condenada por governos ocidentais como Estados Unidos, França, Alemanha, Taiwan, Austrália e Japão, além de por União Europeia (UE), organizações de direitos humanos e o setor artístico mundial, já que aconteceu no meio de uma das campanhas mais repressivas do regime chinês em décadas.
Embora Pequim tenha afirmado que Ai Weiwei estava sendo investigado por crime financeiro, tanto a família quanto os estados e instituições que pediram sua libertação consideram que a detenção do artista se deveu a sua aberta oposição ao regime chinês e à sua defesa dos direitos humanos.
Segundo o comunicado policial, a empresa propriedade de Ai Weiwei supostamente investigada, a “The Beijing Fake Cultural Development”, “teria evadido uma grande quantidade de impostos e destruído de forma proposital os documentos”.

*Com informações da agência EFE e do jornal “Guardian”
2 comentários sobre “Soltaram Wei-Wei! VIVA!!!Agora vamos aos próximos passos na luta pela liberdade.”