A maioridade de uma perda. 18 anos de uma distância intransponível. Um amigo perdido e jamais esquecido: Edison Dezen

HOJE, 25 de agosto, é há 18 anos um dia muito, mas muito difícil para mim e para várias pessoas que conheço –  e que o conheceram, ou com ele conviveram.

Foi nesse dia, em 1993, há 18 anos, que perdemos uma luz que nos orientava: o amigo Edison Dezen. Mas que nos deixou um exemplo de conduta da qual eu, nem muitos destes amigos, nos desviamos. Assim como nunca tanta coisa e nunca deixei de ter flores em casa para pavimentar o caminho para os anjos que, segundo ele, seguiam por essas trilhas. Assim como nunca deixei de o evocar quando precisava de algo mais perto da “razão”, da ponderação.

Nesse momento que escrevo não há como o coração não apertar muito e lágrimas gordas não pularem dos olhos. É como se imediatamente eu o visse, maroto, sorrindo, me chamando para ir para a praia, para aprontar alguma, ou para ver se nossa viralata livre Banzai e seu companheiro de estrada, o Capitão, estavam bem.

Escrevo, ouvindo as músicas que escolhi para homenageá-lo mais uma vez, homenagear o lorde que foi, e que amava profundamente a música e os musicais. Em especial, esse que escolhi para hoje, Cats.

 Nós, gatos, já nascemos pobres
Porém, já nascemos livres
Senhor, senhora, senhorio
Felino, não reconhecerás…”

 Com ele, conheci Londres e um universo de coisas. Com ele, entrei e sai de roubadas. E com ele – tentando suavizar sua dor – estive até seus últimos minutos. Com a lembrança perene de seu último e vaidoso pedido – o vidro de perfume.

 São 18 anos hoje. A maioridade de uma perda. A tristeza de saber que não acompanhou tantas coisas que ele próprio previu ou quis. Mas que, de onde estiver, sua essência continua emanando.

 O ano passado, post que fiz nesse dia, atraiu gente do mundo inteiro, amigos que não sabiam de seu paradeiro, e seus familiares. Espero que todos possam saber mais dele, do nosso Edison, como o próprio nome, Dezen, do Paraíso.

 Palavras também podem ser flores depositadas.

 

5 comentários sobre “A maioridade de uma perda. 18 anos de uma distância intransponível. Um amigo perdido e jamais esquecido: Edison Dezen

  1. Luiz Nusbaum 25 de agosto de 2011 / 14:06

    linda amizade; sentimentos lindos; duro é não derramar lágrimas de emoção mesmo sem tê-lo conhecido. Mas com toda certeza devia ser o cara, um grande cara. saudades

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