Destaco esse emocionante depoimento de Carlos Brickmann, sobre Tião Medonho, nosso Ewaldo Dantas Ferreira, que perdemos neste sábado
Quando conheci o Ewaldo, na redação da Folha de S.Paulo, ele já era um dos repórteres mais conhecidos do Brasil, e eu, com 18 anos, era tão foca que ainda ia trabalhar como redator usando paletó e gravata. Ele, de certa forma, me adotou, me ensinou Jornalismo, me mostrou como funcionam os mecanismos de poder, me apresentou a política como ela é. Mas também me falou muito de igualdade entre negros e brancos, entre mulheres e homens, da injustiça que era louvar um homem de muitas mulheres e insultar mulheres de muitos homens. E, mais do que falar sobre o que sabia, ensinou pelo exemplo. Eu sempre quis fazer reportagens como as que ele mostrava que era possível fazer. Descanse em paz, Tião Medonho!
Ewaldo foi tudo isso e muito mais. Apesar de todo o seu talento e integridade era de uma simplicidade desconcertante. Jamais assisti a qualquer manifestação sua de prepotência ou arrogância, tão comum em nossas redações. Sua vida realmente valeu a pena. Já era hora de descansar em paz. Vai com os anjos, como disse a Bia.
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Em paz sempre… agora ele vai poder ajudar ao Brasil com as forças dos Arcanjos danados como ele. Aleluia!
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