“A vida vale a pena quando se conhece pessoas como o Ewaldo. Há vários anos não o via, e há muito mais tempo ainda quando, em 1998, estávamos em uma festa na casa da Bia. Quando me viu, foi como se tivesse encontrado um amigo de antanho. Me abraçou e chamou pelo apelido. Retribuí o afeto mas, evidentemente, não o reconheci. Tinham se passado décadas. Alguém me socorreu sem querer, chamando-o do outro lado da sala. Ewaldo Dantas! Não sei como ele me reconheceu. E logo veio Bia para dizer: ele vale por dois, é o Ewaldo e o Tião Medonho. Ele deu risada. Encontrei-o outras vezes depois disso, sempre me convidando a ter ideias e criar projetos para ele tocar adiante. Um deles quase emplacou.
Sua morte me entristece, por um momento, mas por muito mais tempo vai me alegrar sua figura, seu jeito agitado, seu modo afável de ser, sua vida. Vai em paz Ewaldo, leva contigo mais a alegria que a nossa tristeza”.