SEM A MENOR IDEIA
Por Marli Gonçalves
Também não sei. Não sei de nada. Mesmo. Não estou escondendo jogo, creio que nem eu nem meus colegas que estão na cobertura disso tudo, sabem nada. Nem no que isso ou aquilo vai dar, se que é vai dar. Você me pergunta e a minha aflição fica ainda maior. Não é só de política e de economia que falo. Mas de tudo, pensa. Quem tem ideia do que vai acontecer aqui e acolá? Mãe Dinah, onde está você, Mãe Dinah? O que é mesmo que você falava, Zaratustra? Nostradamus, e aí? Por favor, qual é o oráculo mais perto?
Mais perdido que Adão no dia das Mães. Mais perdido que azeitona em pão doce. Mais perdido que cachorro em dia de mudança. Mais perdido que cachorro na procissão. Mais perdido que cebola em salada de frutas. Mais perdido que cego em tiroteio. Mais perdido que cão que caiu do caminhão de mudança. Mais perdido que marinheiro na Bolívia. Mais perdido que surdo em bingo. Mais perdido que Tarzan numa reunião de consórcio. Mais perdido que agulha no palheiro. Mais perdido que pitanga em pé de amora. O brasileiro. O terráqueo.
Mais perdida que canetas, isqueiros e outas coisinhas que somem como num passe de mágica. Mas não estou só, não é mesmo? Ando vendo gente racional, organizadinha, que sempre conseguiu pensar e controlar tudo – e agora suando frio. Onde quer que se vá, sempre nos entreolhamos. Deu bobeira e de alguma forma borbulham as questões: aonde vai parar tudo isso, o que vai acontecer, ele vai ser preso, ela vai renunciar, aquele outro vai delatar, quem vai ser o próximo, qual virá agora, quando vai ser cassado, quando vai tomar vergonha? Quem a gente pode pôr no lugar? Por que a caretice está se alastrando? O calor será maior? E o frio? Vai chover, vai secar? Quem tem razão? Quem vai sobrar para contar a história? Quem vai conduzir o bonde? Quem vai ganhar lá? Quem vai ganhar aqui?
Parecemos todos aqueles adolescentes divididos entre indolentes, querendo que o mundo se acabe em melado, e os que querem ansiosamente participar, agir, experimentar, perder a virgindade, mas que também não sabem o que vão ser quando crescerem. Andamos brigando uns com os outros como crianças mimadas, por coisas e pessoas que não valem a pena. Batendo pé e fazendo birra pelo que – não tem jeito – não sei como, mas precisa mudar, vai mudar, porque chegou a um limite insuportável, ao momento do impasse. Alguma coisa precisa rolar, a gente precisa continuar, e para isso o futuro tem de se adiantar.
Daí você pergunta: o que vai acontecer? Não tenho a mais remota ideia, se tem mais gente que vai com uma cor, como temos amigos que ainda não entenderam ainda, terá sido lavagem cerebral? Se vão para as ruas, se tem alguém que ainda vá se ruborizar marchando no exército homogêneo das utopias que falam em igualdade social, acabar com os miserês, mas no qual os generais têm pés de lama, mãos de batedores de carteiras e um gogó que começa a nos fazer rir para não chorar.
Não sabemos o nome, ainda, desse momento que desenhamos para a história mais uma vez: se revolta, se revolução, se agitação. Que não seja golpe, que golpe é sempre coisa muito ruim, que sobra muita gente para fora. Que não seja por conspiração, que a luz é sempre mais bem-vinda para desinfetar.
Que seja tranquilo, que possamos nos orgulhar, que não nos faça passar ainda mais vergonha, que seja eficiente, que inclua nossa beleza e diversidade, que haja Justiça e ponderação. Que abra nossos caminhos com imagens bonitas que ilustrem os próximos livros da história contemporânea, e que estes fiquem na estante, no futuro, ao lado de biografias que ainda estão sendo construídas, de estadistas que estão sendo gestados, chocados em algum ninho.
Mas que não venham de ovos de serpente.
SP, março de 2016; aliás, 13 de março em diante
Marli Gonçalves, jornalista – Você me pergunta o que estou achando. Não estou achando nada, só perdendo, e isso precisa parar. Não tá tranquilo. Não tá favorável.
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Chega de ovos de serpentes. Mas o que ficou claro, é que o PT, organização criminosa acabou. A ratazana só pensa em minha casa minha dívida e em bolsa família, esquecendo que o que enriquece um país é sua indústria e a classe média (não a criada pela ratazana). Essa foi fulminada pela inflação. Queremos alguém que reduza os impostos, as represas estão cheias, que se desliguem as térmicas e baixem em 90% a conta de Luz, e não somos salvadores do roubo da Petrobrás, Furnas, BNDES e todas as estatais. Chegas de governar para uma classe só como quer a ratazana e o ratão de 9 dedos..
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Porque essa teimosia do PT, dizendo que tudo que se fala, é acusação infundada, que não passa de provocação e que a classe mais abastada, quer só baderna e confundir o povo com acusações falsas para justificar o intuito de dar golpe no governo? É lógico, que se formos verificar, na verdade o próprio PT sabe, que o povo na sua maioria é ignorante e analfabeto funcional, e disso se aproveita aplicando suas demagogias e fraudes de toda espécie, comprando com dinheiro público todos que fazem esse jogo sujo das políticas públicas imundas e corrompidas.
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Tenho setenta e dois anos, passei por muita coisa e também não sei o que vai acontecer. Tenho esperança, apesar desta palavra ter sido sequestrada pelo PT de vir algo melhor. Estou cansado de ter
saudade daquilo que achava ruim.
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Eu tenho quase setenta anos, e nunca na história deste país que vi e vivi, encontrei tamanha podridão! Como muitos já diziam, o Brasil hoje sofre de falência múltipla dos órgãos públicos, e isso leva inexoravelmente, inevitavelmente,infalivelmente, impreterivelmente, inconstitucionalissimamente, veementemente,à decadência da moral, da ética , dos valores que temos ou tínhamos tradicionalmente. Hoje, até podemos repetir a frase:Éramos felizes e não sabíamos! Mesmo com todos os reveses, vou acreditar que o Brasil vai achar o seu caminho, temos cidadãos valorosos, e por isso, como eu lutarei pelo meu Brasil varonil, estou junto com Sérgio Moro, que tenho certeza absoluta que vai e já está mudando nosso Brasil! O amor à Pátria querida nos faz e fará superar esses nossos momentos difíceis! Vamos dar as mãos, e construiremos uma sociedade melhor e mais justa: “Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens de boa vontade!”
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