ARTIGO – Nas ruas, com fé, todos os corpos de Cristo. Por Marli Gonçalves

Ruas frias, quentes, religiosas, coloridas, para todos. Tem Marcha para Jesus, Parada do Orgulho Gay, procissões, e até torcidas uniformizadas. Têm fogueiras, quentão, danças caipiras. Quem põe mais gente na rua, se esse ano vai ser maior ou menor, quem vai, quem aparece, mobiliza daqui, dali, conta quantos juntos por metro quadrado. Essa semana vai ter muito povo nas ruas, rezando ou brincando, festejando ou protestando no mundo paralelo que corre junto à realidade, a parada dura. As pessoas estão com seus “corpus” nas ruas, e o espírito, santo.

RUAS

O povo caminha nas ruas. De alguma forma, por mais diferentes que pareçam, o objetivo comum sempre é conseguir. Conseguir viver, conquistar, ser feliz, agradecer, nem que para isso também precise protestar, mostrar força, e até escandalizar um pouco para ver se as coisas andam mais rápido.

Feriado em alguns lugares, só ponto facultativo em outros, dia para começar a enforcar a sexta-feira. Na quinta-feira, dia de Corpus Christi vamos saber de muita gente nas ruas, seja percorrendo avenidas na evangélica Marcha para Jesus, seja nos belos, coloridos e artísticos tapetes de serragem que adornarão os caminhos dos católicos e seus templos.

Nos pés, na sola, dentro de seus sapatos, os evangélicos levam escritos os seus pedidos na longa caminhada onde entoam seus cânticos, seguindo seus líderes. É a tradicional Marcha para Jesus. Os shows são todos de clamor, gênero gospel, sempre aquela palavra dirigida à fé, louvores e glorificações em uma adoração sem imagens.

Em tantos outros locais, nas mãos, os católicos carregam as velas acesas que simbolizam suas promessas, suas dívidas, seus desejos. A reza tenta chegar aos ouvidos daquele que não é visto, mas sentido e homenageado com adoração. A procissão de Corpus Christi lembra a caminhada do povo de Deus, peregrino, em busca da Terra Prometida. Os fiéis admiram e passam sobre os tapetes feitos durante a noite para serem admirados, trilhados e espalhados durante o dia. Quem sabe possam ser vistos por Deus, lá do céu. Por isso tão extensos, tão belos, e tão efêmeros.

LGBTNo domingo, a Avenida símbolo de São Paulo, a Avenida Paulista, tomada pela diversidade na Parada Gay, ou melhor, LGBTQIA+, todas as formas e letras de amor que valham a pena. A música é eletrônica, barulhenta, vem da dezenas de trios elétricos que desfilam, embalam a diversidade, a liberdade sexual, as conquistas e avanços. A caminhada é feita com dança, feliz, como em uma festa de Baco, embalada. O capricho das roupas, as fantasias, as transformações também de certa forma louvam a vida, a possibilidade de transformação da sociedade, a cultura da alegria. O arco-íris, suas sete cores, as bandeiras que tremulam e também pedem proteção. A divina e a da sociedade.

Eles vêm de todos os lugares, fazem alarido, têm todas as idades, formas, classes sociais, cores de pele, alguns trazem suas famílias, criam personagens, se equilibram em imensos saltos plataforma, sacodem suas perucas, piscam com cílios postiços, seios postiços, traseiros postiços, e o que mais puder ser postiço para desfilarem garbosos, estrelas máximas nesse dia do ano. Os homens, como mulheres; muitas mulheres, como homens. Lá, se é o que se quiser ser. Inclusive religioso, católico, evangélico, umbandista, que todos levam suas representações.

O Brasil, que bom, decididamente, aprendeu o caminho das ruas. Esperamos agora que todos caminhem juntos também para empurrar o país para a frente, e à frente de seu tempo, para o futuro melhor que nos observa, solene, ao longe.

Andar com fé eu vou que a fé não costuma falhar.


Marli Gonçalves, jornalista

marligo@uol.com.br / marli@brickmann.com.br

Brasil, inverno, 2019


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Olha que legal: garis e varredores ligados na luta contra o mosquito infernal

entretien_02 gif_balayeur_2Garis e varredores se integram à Campanha Todos Contra a Dengue da Cidade de São Paulo

Em parceria sugerida pelo Siemaco-SP e aceita pela Prefeitura de São Paulo (através das Secretarias de Serviços e de Saúde), com participação das empresas coletoras de lixo (Soma, Inova, Ecourbis e Loga) foi lançada hoje (7/1/15) a Campanha Todos Contra a Dengue.

A Campanha Todos Contra a Dengue foi lançada no teatro do Siemaco-SP, com o treinamento por um técnico da Secretaria da Saúde de São Paulo de 100 agentes ambientais e sindicais, vinculados ao Siemaco, às empresas coletoras de lixo e à Secretaria da Saúde. Esses agentes ambientas atuarão como multiplicadores de informação para todos os trabalhadores da coleta, varrição e manutenção das ruas da capital paulista.

A segunda fase acontecerá na próxima quinta-feira, dia 14/01, às 10 horas, durante o lançamento oficial, que será realizado no Estádio do Pacaembu, com a apresentação da identidade visual da campanha e o desfile dos caminhões de coleta adesivados com a marca da Campanha Todos Contra a Dengue.

Parceria inédita une Prefeitura, trabalhadores da limpeza uirbana e empresas coletoras — O lançamento da campanha contou com a presença do Secretário Municipal de Serviços, Simão Pedro; de Márcia Adão, do Siemaco-SP e os diretores presidentes das quatro empresas responsáveis pela Limpeza Urbana (Soma, Inova, Ecourbis e Loga). Além dos diretores e diretoras do SiemacoSP e os agentes sindicais que percorrerão todas as garagens da coleta urbana de São Paulo para difundir entre os garis e varredores a Campanha Todos contra a Dengue.

O Secretário Municipal de Serviços, Simão Pedro, afirmou que a iniciativa do Siemaco-SP, dos garis e varredores da Capital “é um gesto nobre que ajudará a combater o mosquito, numa atitude cidadã do sindicato”.entretien_05

Moacyr Pereira, presidente do Siemaco de São Paulo, que representa os garis e varredores, diz que a mobilização dos 16 mil trabalhadores da limpeza urbana, que mantêm um contato permanente com a população paulistana será um diferencial importante na “guerra contra o mosquito da dengue”. Os garis e varredores trabalharão com a marca da Campanha Todos Contra a Dengue (em bonés ou jaquetas) e serão treinados e motivados para difundir a necessidade de se combater o mosquito Aedes Eegypti, que além da dengue transmite também a chikungunya e a zika.

FONTE: Assessoria de imprensa do Siemaco-SP