Olha que legal: garis e varredores ligados na luta contra o mosquito infernal

entretien_02 gif_balayeur_2Garis e varredores se integram à Campanha Todos Contra a Dengue da Cidade de São Paulo

Em parceria sugerida pelo Siemaco-SP e aceita pela Prefeitura de São Paulo (através das Secretarias de Serviços e de Saúde), com participação das empresas coletoras de lixo (Soma, Inova, Ecourbis e Loga) foi lançada hoje (7/1/15) a Campanha Todos Contra a Dengue.

A Campanha Todos Contra a Dengue foi lançada no teatro do Siemaco-SP, com o treinamento por um técnico da Secretaria da Saúde de São Paulo de 100 agentes ambientais e sindicais, vinculados ao Siemaco, às empresas coletoras de lixo e à Secretaria da Saúde. Esses agentes ambientas atuarão como multiplicadores de informação para todos os trabalhadores da coleta, varrição e manutenção das ruas da capital paulista.

A segunda fase acontecerá na próxima quinta-feira, dia 14/01, às 10 horas, durante o lançamento oficial, que será realizado no Estádio do Pacaembu, com a apresentação da identidade visual da campanha e o desfile dos caminhões de coleta adesivados com a marca da Campanha Todos Contra a Dengue.

Parceria inédita une Prefeitura, trabalhadores da limpeza uirbana e empresas coletoras — O lançamento da campanha contou com a presença do Secretário Municipal de Serviços, Simão Pedro; de Márcia Adão, do Siemaco-SP e os diretores presidentes das quatro empresas responsáveis pela Limpeza Urbana (Soma, Inova, Ecourbis e Loga). Além dos diretores e diretoras do SiemacoSP e os agentes sindicais que percorrerão todas as garagens da coleta urbana de São Paulo para difundir entre os garis e varredores a Campanha Todos contra a Dengue.

O Secretário Municipal de Serviços, Simão Pedro, afirmou que a iniciativa do Siemaco-SP, dos garis e varredores da Capital “é um gesto nobre que ajudará a combater o mosquito, numa atitude cidadã do sindicato”.entretien_05

Moacyr Pereira, presidente do Siemaco de São Paulo, que representa os garis e varredores, diz que a mobilização dos 16 mil trabalhadores da limpeza urbana, que mantêm um contato permanente com a população paulistana será um diferencial importante na “guerra contra o mosquito da dengue”. Os garis e varredores trabalharão com a marca da Campanha Todos Contra a Dengue (em bonés ou jaquetas) e serão treinados e motivados para difundir a necessidade de se combater o mosquito Aedes Eegypti, que além da dengue transmite também a chikungunya e a zika.

FONTE: Assessoria de imprensa do Siemaco-SP

ARTIGO – Quem não se comunica, se …Por Marli Gonçalves

CHAMANDO CACHORROSe ferra. Se trumbica. Se estrumbica. Dá com a cara na parede. Tem de sair por aí depois apagando a lousa, revogando as ordens, desistindo de suas próprias decisões antes irrevogáveis. Nossos políticos, os próprios exemplos de trumbicados, comprovam com louvor a teoria do Velho Guerreiro. Alopram. Quem quer um abacaxi? Roda, roda, roda e avisa: um minuto pros comerciais! chamando

Há algum tempo quero falar um pouco sobre a área na qual trabalho, de comunicação, de imprensa. Expor e questionar o que está acontecendo no mercado, a forma como a informação está sendo filtrada para os seus olhos e ouvidos, contar até de como está raro achar um personagem que esteja se defendendo porque teria uma reputação a zelar, um mínimo de vergonha na cara.

Repara. De uns tempos para cá virou moda: quem responde à imprensa é quase sempre o advogado do acusado, na vitrine, e que passa a ter visibilidade; afinal, muitos falam na porta das cadeias onde estão trancados os seu defendidos. Só que advogados advogam, não são obrigatoriamente bons comunicadores, por mais competentes que sejam em suas áreas, por melhores que sejam suas defesas diante de juízes, desembargadores e júris. Sua linguagem é outra, esse é o problema quando as ouvimos. A linguagem que usam é técnica, específica da profissão, estão sempre numa atitude meio defensiva, protegendo a linha da cintura de seus clientes. Nós estamos aqui fora, esperando não a redução de penas, mas explicações sobre o que aconteceu.895868a9-a721-4105-9f8f-5d09473792ff_18

Não é questão de certo ou errado. Mas é o que torna possível perceber – e é horrível isso -que querem que a opinião pública se esgoele; fatalmente se cansará da questão, substituída por outra gritaria, por outro assunto. A opinião pública é utilizada para fazer pressão, quando interessa – autorizam até entrevista dos clientes ao Fantástico. Quando essa pressão é contra, aí não há por que satisfazer ao seu apetite – e servem ao público as falas de suas defesas, repetitivas, monocórdicas (pois o texto já foi encaminhado aos magistrados, não pode variar), às vezes até desconectadas da realidade mínima dos fatos.

#chamaobolsonaropropauMas o que acelerou mesmo o tema foi esse caso de São Paulo com os garotos que ocuparam as ruas para protestar contra o que eles nem bem sabiam bem o que é, mas não gostaram. Não gostaram e pronto. Porque o que chegou é que fato x ia mexer muito com a rotina. Não houve da parte do governo Alckmin e nem do secretário com cara rude o cuidado de antes preparar o terreno para plantar a ideia. Aí ficou até engraçado porque a ideia de que ele desistiu antes que aparecesse um garoto morto ou machucado parece que era boa, defensável – todo mundo que tem filhos e que eu perguntei, achou legal, falou bem, gostou. Só que saber ou ver que a polícia estava dando umas bifas nos jovens não foi legal. Eu também não ia gostar de imaginar meus filhos sendo educados a cassetetes e bombas de gás. Assim, passou-se quase um mês só de bate-boca, prejuízos, invasão de escolas, quebra-quebra, ruas ocupadas e bloqueadas. Os meninos estavam tendo ali a sua primeira incursão no maléfico mundo da política, no caso representada pelos sindicatos instigando a rebeldia juvenil. Deixa. Assim aprendem, como alguns de nós que estivemos em outros lados, e que também um dia já acreditamos até num certo líder metalúrgico.

A presidente Dilma é outro exemplo de quem despreza a comunicação ou está cercada por não entendedores. Ou, ainda, é uma que só de birra não quer escutar, faz o que quer, contraria conselhos – como aquele que diz que em boca fechada não entra mosquito, ou outro, que quanto mais fala, mais se enrola, ou um terceiro: quem fala demais dá bom-dia a cavalo.

Só que o mosquito do momento, que prolifera junto com o abandono cívico, não entra na boca. Pica. E suas patinhas-agulha estão transmitindo males que não esqueceremos tão cedo, porque essas crianças de cérebro pequeno vão sobreviver e a imagem delas irá nos atormentar ainda mais lembrando dessa época agora, com esse grito parado no ar, momento que não anda nem desanda, nem sai de cima. E as explicações, quem irá dá-las? Quem vai contar por que aquele mosquito que Oswaldo Cruz eliminou do Brasil há um século hoje zomba de nossos Governos?vamos achar o Norte, o Nordeste... e mudar o Irã

Se a boca é feita para falar como se diz, não há porque ficarmos quietos com o silêncio deles em suas manobras.

Boca de siri! Não os deixe perceber que o povo já os viu sendo pegos com a boca na botija. Enquanto isso, tempo que esperamos explicações, a gente vai continuar botando a boca no trombone. Quem não fala, consente.

São Paulo, dezembro animado, 2015
MARLI GONÇALVES, JORNALISTA – Prontinha para libertar a Matilde, aquela da boquinha que vai adorar contar os bastidores dessas discussões que estão parando o país.

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