ARTIGO – O amor (e o sexo) nos tempos de cólera e internet. Por Marli Gonçalves

O amor é lindo. Seria simples se as pessoas não fossem tão loucas, tivessem tantas dificuldades em se relacionar entre si. Mas, se já era complicado antes, imagine agora, em tempos de internet, redes sociais, aplicativos, celulares que gravam tudo, e dessa total exposição das intimidades

Já disse. O caso do relacionamento nas noites quentes de Paris, entre Neymar e a modelo Najia Trindade, que agora o acusa de estupro e agressão, ainda vai longe. Envolverá ainda muitas outras pessoas, como a dança de cadeiras dos advogados e assessores. Gerará muita discussão e discórdia, pano para manga, e gelo para o pé ferido do atleta, tantos aspectos envolve. O prazer e a vontade sexual da mulher, sempre na berlinda e que sempre ainda parece inadmissível mesmo em tempos modernos. O não é não, o direito de parar, seja em qualquer situação, Hora H, ou qualquer outra, desde que um dos dois (ou às vezes até mais) queira. Os novos conceitos legais e judiciais sobre o que se configura crime. Por exemplo, a divulgação das imagens íntimas, de um lado e de outro, na defesa e na acusação.

Como voyeurs, todos assistimos, diretamente dos sofás e das mesas de bar, nos deliciando com os detalhes sórdidos. Amplas audiências, buscas de furos jornalísticos, vidas escarafunchadas, especialmente, claro, a da mulher, a parte mais fraca dessa e tantas outras histórias, principalmente quando envolvem personalidades tão poderosas e conhecidas mundialmente como Neymar. Torcidas organizadas se formam e, como virou habitual no país, embates fragorosos que revelam a confusão, machismo, provincianismo e ignorância.

O assunto explodiu e já de cara a mulher foi condenada. Afinal, manifestou desejo, aceitou ganhar a passagem, “provocou” o encontro, não é rica, só podia estar querendo dar um golpe no eterno menino, que já aprontou de um tudo, mas ainda é “menino”, como se fôssemos a mãe generosa, para quem sempre o filho tem razão e será criança.  Mas, então, por que não deu o golpe logo, ela não diz que quis parar porque nenhum dos dois tinha preservativo? Nem precisava furar nenhum para tentar engravidar e esticar essa noite por toda a vida. Um argumento, no entanto, que cairia por terra se o encontro tivesse sido até em algum motel da estrada, imaginem em um hotel de luxo, onde em segundos alguém entregaria na porta muitas camisinhas em uma bandeja de prata, possivelmente com o logotipo do estabelecimento e votos de boas entradas. Não convenceu. Pelo menos a mim, que desde o início pedi calma no julgamento público dela.

O que teria acontecido? Por que ainda passam batidos os recados que o próprio Neymar divulgou? Em um deles diz já estar bêbado; em outro, completamente louco. Portanto, também não há como negar que seu comportamento possa ter sido violento ou alterado. Do tipo “paguei para ela vir dar para mim”. Até esse momento não encontrei análises sobre o comportamento digamos estranho do atleta nas últimas semanas, contando com o soco no torcedor, as festas e badalações, as seguidas contusões (fraqueza, distração?), os imbróglios inclusive com o Imposto de Renda, o pai metido em tudo, e o anterior encontro com Bolsonaro, que por incrível que possa parecer, também já se meteu na história, absolvendo, como bom machista que sempre se mostrou ser.

Será depressão? Não será o verdadeiro amor perdido? Afinal Neymar e a atriz Bruna Marquesine juravam amor eterno, falavam em casamento, planos de ter filhos há bem pouco tempo, esbanjavam e esparramavam isso para o mundo todo, depois de idas e vindas. O fim do namoro – que agora aparece mesmo ser definitivo – marca mudanças visíveis em Neymar, em seu comportamento. Vamos e venhamos que flertar com uma quase desconhecida, que estava em outro país, diante de tudo que ele conhece do bom e do melhor do outro lado do Atlântico não é a coisa mais normal do mundo. Najila deve ter mesmo se sentido o máximo. O seu nome significa “aquela que tem os olhos grandes”, “mulher cujos olhos são grandes”. Como a gente diz, o olho cresceu.

O caso será uma guerra. Inclusive de comunicação. Com espertezas de todo o lado. A contratação, para a defesa de Neymar, da criminalista Maíra Fernandes, reconhecida na causa feminista, foi gol. O inacreditável, ridículo, foi a organização a que pertencia, a Cladem (Comitê da América Latina e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher), tê-la expulsado imediatamente por causa desse seu trabalho. Neymar ainda não foi condenado, nem julgado culpado, e tem todo o direito de defesa seja de quem quiser e poder pagar.

É radicalismo em cima de radicalismo. Cada vez mais o medo se instala junto ao amor e às relações sentimentais. Violência que origina as centenas de feminicídios que ocorreram quando as mulheres procuraram romper relacionamentos, e alguns vice-versa.  É a vingança realizada na exposição pública de momentos íntimos, do amor quando ocorria em fotos, vídeos, nudes. A insegurança dos casais. O alimento do bicho indomável, o ciúme.

Não me admira que tantos e tantas estejam sozinhos, ou preferindo apenas as relações fugazes. Também não me admira a construção fictícia dessa linda e pacificada sociedade diversificada dos anúncios que proliferaram para estimular o consumo no próximo Dia dos Namorados. Lé com lé. Cré com cré. Cré com lé. Reparou?  As mais variadas combinações, felizes.

Como seria bom se fosse verdade, embora toda forma de amor valha a pena. Só que ele ainda tem grandes dificuldades de dizer seu nome quando tem tanta gente assistindo de camarote, esperando que pegue fogo, que a casa caia, que a cama despenque. E que tudo tenha sido gravado, em detalhes, na horizontal e na vertical. De preferência com som ambiente.

amor de mãe________________________________________________________________________

Marli Gonçalves, jornalista – Primeiro, a defesa das mulheres. O meu lado da história, e que reconhece bem, assim como as dificuldades que já viveu por ser uma.

marligo@uol.com.br / marli@brickmann.com.br

Brasil, nos dias de namorados

 

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#ADEHOJE – NEYMAR, BOLSONARO, JUCÁ…AGRESSÃO OU ESTUPRO?

#ADEHOJE – NEYMAR, BOLSONARO, JUCÁ…AGRESSÃO OU ESTUPRO?

 

Só um minuto – Quando um presidente como Jair Bolsonaro, como se não tivesse mais nada de importante a fazer, sai do seu quadrado para ir à Câmara só para entregar um projeto de mudança de regras para a Carteira de Habilitação ( validade para dez anos e perda de carteira só com 40 pontos em multas)a gente tem de lamentar.

No caso Neymar, continuam tratando a mulher como se fosse a culpada sem que os fatos todos tenham vindo à tona. Foi agressão? É sério! Foi estupro? É sério. Não foi nada disso? Vamos ver. Por favor, parem de tratar a mulher dessa forma, uma coisa é o flerte; outra a consumação. É a cara do preconceito, será que não conseguem enxergar? Neymar nunca foi flor que se cheire.

Romero Jucá, aquele que esteve em todos os governos, e Sergio Machado, denunciados pelo MPF no Caso Transpetro. São os milhões de corrupção que saíram pelo ralo.

Homofobia FORA!!! Denúncia. Veja o relato. Publicitário foi ser voluntário no desabamento e…acabou agredido no Hotel Marabá, centro de SP

EXIGIMOS APURAÇÃO IMEDIATA!

Sou publicitário, trabalho com relações públicas. Você está no meu mailing, pois em algum momento da vida recebeu algum release meu. 

Mas agora, o assunto é um pouco diferente:

Caso de Homofobia que aconteceu comigo depois de passar horas ajudando às vítimas da tragédia do prédio que pegou fogo e veio ao chão aqui em SP.

Não quero divulgar meu nome, pois temo represálias e falta de job depois disso.

O Hotel em questão é o Marabá Palace Hotel, um dos mais tradicionais da cidade de SP com 4 estrelas.

A Globo, foi a primeira a repercutir o assunto, porém é preciso mais força e união de todos para a gente conseguir acabar com a Homofobia e que essa investigação vá para frente, No estado de SP,  existe uma lei para pune estabelecimentos que que cometam esse crime.

Voluntário que ajuda desabrigados de prédio que desmoronou em SP acusa funcionários de hotel de homofobia

Polícia especializada apura denúncia de publicitário que alegou ter sido xingado e agredido por funcionários porque é gay e por estar sujo.

Um voluntário que foi ajudar os moradores do edifício Wilton Paes de Almeida, que desmoronou após um incêndio na terça-feira (1º), no Centro de São Paulo, acusa funcionários de um hotel próximo de homofobia. Uma delegacia especializada da Polícia Civil da capital investiga o caso.

O publicitário de 34 anos, que é gay, disse ter sido xingado e agredido por funcionários quando entrou no local, que é tradicional e fica na Avenida Ipiranga, na noite de quarta (2), para se esconder de ladrões enquanto esperava um carro pedido por aplicativo.

Ele aceitou conversar com o G1 desde que seu nome e rosto não fossem divulgados. Segundo ele, um recepcionista lhe ofendeu como xingamentos homofóbicos e um segurança o agrediu com um soco no peito para expulsá-lo.

“Fui ofendido porque sou gay e apanhei por estar sujo depois de ter ido voluntariamente ajudar as famílias que perderam tudo no desabamento”, disse o publicitário, que procurou a polícia para prestar queixa contra os empregados do hotel.

“Me sinto vítima de homofobia e preconceito por isso tudo. Voltava para casa, marquei o Uber na frente do hotel e só entrei lá porque achei que seria assaltado”, disse o rapaz, que enviou uma foto de arquivo pessoal no qual aparece com a pulseira roxa usada pelos desabrigados para identificar moradores e voluntários.

Apesar de dizer que não se lembra dos nomes dos funcionários, ele contou que sabe identificar quem são os dois homens. “E mesmo dizendo a eles que só queria ficar lá esperando o transporte por aplicativo por segurança, porque achei que poderia ser assalto, eles me enxotaram”. A reportagem não encontrou os responsáveis pelo hotel para comentar o assunto.

O caso foi registrado no 78º Distrito Policial (DP) como injúria e lesão corporal. Como há suspeita de que o publicitário tenha sido vítima de homofobia, a Delegacia Estadual de Crimes Racionais e Delitos de Intolerância (Decradi) vai assumir as investigações.

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MAIS AGRESSÃO CONTRA JORNALISTA. Em MG, Técnico Oswaldo de Oliveira se descontrola contra repórter Leo Gomide

 

O técnico Oswaldo de Oliveira, do Atlético-MG, se irritou com o repórter Léo Gomide, da Rádio Inconfidência, e tentou agredi-lo. 

https://globoesporte.globo.com/futebol/times/atletico-mg/noticia/apos-empate-no-acre-oswaldo-se-descontrola-e-parte-para-cima-de-reporter.ghtml

 

Vejam os argumentos do PT, quando não há argumentos. Por eles, só haveria imprensa a favor

Jornalista é agredido e retoma gravação com rosto ensanguentado no Ceará

DE SÃO PAULO

Um repórter foi agredido no domingo (16) durante cobertura da campanha eleitoral em Quixadá (174 km de Fortaleza). Wal Alencar, do Sistema Monólitos de Comunicação, levou seis pontos no rosto e vai ficar afastado de suas funções por cerca de 30 dias, informou a polícia.

O acusado de ter cometido a agressão, Jacson Cabral, coordenador da campanha do candidato do PT na cidade, Ilário Marques, foi preso em flagrante por lesão corporal grave, mas liberado 24h depois, após obter habeas corpus.

A agressão ocorreu quando Alencar fazia reportagem sobre uma manifestação em frente a uma escola municipal na periferia da cidade. A denúncia era de que o prédio público estaria sendo utilizado pelo candidato do PT para uma reunião partidária, o que é proibido pela lei eleitoral.

Alencar narrava a manifestação no momento em que recebeu um soco e a agressão foi registrada durante a gravação.

 

Após sofrer o ataque, com o rosto sangrando, ele ainda comentou a agressão para a câmera e, em seguida, foi levado ao Instituto Médico Legal da cidade vizinha de Quixeramobim para exame de corpo de delito.

O assessor do candidato do PT negou a agressão e disse à polícia que esbarrou com o repórter por acidente. Também negou que a escola estivesse sendo utilizada para uma reunião política.

“Ele disse que o candidato estava ali para o aniversário de uma criança”, disse o investigador Alex Pimentel.

A reportagem não conseguiu contato nesta segunda-feira (17) com o repórter nem com o assessor acusado do ataque.O presidente do PT na cidade, Airton Buriti, disse desconhecer o episódio porque havia passado o dia fora da cidade. (VALMAR HUPSEL FILHO)

Isso é serio, muito sério. Chega. 70% dos gays de SP sofreram agressão. Isso, os que falam.

Pesquisa aponta que 70% dos gays de SP já sofreram agressão

fonte: UOL

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Um levantamento da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo mostra que 70% dos homessexuais entrevistadosjá sofreram algum tipo de agressão na capital paulista. Desse total, 62% foram agressões verbais. Outros 15% sofreram agressão física e 6%, sexual.

No estudo feito pelo Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids, em parceria com a Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa, os participantes relataram também terem recebido ameaças de agressão física, chantagem ou extorsão, além de constrangimento no ambiente de trabalho.

“Não existem leis que criminalizem a homossexualidade. No entanto, existem leis estaduais e municipais que proíbem o preconceito e a discriminação por orientação sexual. É inaceitável que ainda assim os homossexuais continuem relatando tanta violência”, afirma Paulo Roberto Teixeira, da coordenação do programa Estadual DST/Aids.

A pesquisa, denominada “Sampacentro”, foi realizada no centro da cidade de São Paulo entre novembro de 2011 e janeiro de 2012, e abordou homens em 92 lugares, entre casas noturnas, saunas, cinemas e na rua.

Para participar do estudo era preciso residir no Estado de São Paulo, ser maior de 18 anos e ter tido relação sexual com outro homem. A maior parte dos entrevistados é jovem, com 30,1% na faixa entre 18 e 24 anos e 38% entre 25 e 34 anos.

Ainda conforme os dados obtidos, 68% dos participantes relataram algum tipo de discriminação. Um dos exemplos citados foi os maus-tratos por parte de professores e alunos dentro das escolas, relatados por 32% dos entrevistados. O ambiente familiar estava entre 29% das reclamações de discriminação dos homossexuais que participaram da pesquisa, assim como o ambiente religioso (23%) e entre amigos e vizinhos (29%).

Entre os 1.217 participantes, 776 deles concordaram em realizar um teste para constatar se tinham HIV, dos quais 16% tiveram o resultado positivo para o vírus da Aids.

Em Natal, safado quebra braço de jovem que não quis seu beijo horrível. Veja o covarde. Veja como ele foge.

lugar de por esse tipo de gente

Estudante tem braço quebrado após recusar beijo em boate no RN

Polícia identificou agressor, que deve ser ouvido na Delegacia da Mulher.
Advogado da vítima diz que rapaz responde a processo por agredir ex-mulher.
Glauco Araújo
Do G1, em São Paulo

A estudante de direito Rhanna Diógenes, 19 anos, teve o braço quebrado após recusar as investidas de um rapaz em uma casa noturna de Natal. A violência aconteceu na madrugada de 30 de setembro. A Polícia Civil instaurou inquérito para investigar o ocorrido e já ouviu depoimentos da vítima e de testemunhas. A agressão foi registrada pela câmera de segurança da boate.

Rhanna estava na casa noturna com um casal de amigos e uma amiga. Ela informou que o primeiro contato do rapaz com ela começou instantes antes de ele quebrar seu braço. Após a agressão, o rapaz corre para o caixa e paga a comanda apressadamente.

Rhanna Diógenes, 19 anos, passou por cirurgia para colocação de placa e pinos no antebraço direito (Foto: Arquivo pessoal)Estava conversando com minha amiga em um sofá, quando ele se aproximou e já tentou me beijar. Eu disse que não e me afastei. A partir daí, ele começou a me xingar com palavras que me recuso a repetir.”

A estudante informou ainda que saiu do ambiente da casa noturna e foi para a pista de dança. “Foi aí que ele apareceu de novo, tentando me beijar. Eu expliquei para ele que não o conhecia, que não era para ele fazer aquilo. Ele agarrou meu braço com muita força, como que se fosse me levar para outro lugar. Eu joguei o refrigerante nele e ele me empurrou pelo braço até o chão.”

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Fiscal que enviou ‘cantada’ por celular para estudante é demitido no RS Estudante diz ter recebido ‘cantada’ no celular após blitz de trânsito no RS Rhanna disse que o rapaz usou as duas mãos para quebrar seu braço. “Com um ele me empurrava para o chão e com o outro ele puxou o braço para cima. Só sei que a dor me fez ficar acordada, pois cheguei a desfalecer no chão. Era muita dor. Vi meu braço virado e só pensava em segurá-lo, meu braço ficou solto.”

Ela contou que ainda viu um amigo do agressor ainda olhar para ela e fazer um sinal negativo com a cabeça e sair atrás dele. “O agressor estava com um amigo, que aparece nas imagens do circuito interno de segurança da boate no caixa. Os seguranças da casa ainda tentaram correr atrás dele, mas estavam mais preocupados com a gravidade da lesão em meu braço e prestaram socorro.”

O advogado de Rhanna, Sanderson Mafra, disse que está acompanhando o inquérito policial para saber as medidas jurídicas que deverá adotar contra o agressor. “Ele responde a uma ação penal, de agressão, movida por sua ex-mulher. Após a repercussão do caso de Rhanna, a ex-namorada do agressor nos procurou para informar que registrou dois boletins de ocorrência contra o ex-companheiro.”

O delegado Francisco Quirino Filho, da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher, disse que pretende ouvir o agressor nos próximos dias. “Queremos saber a versão dele sobre o ocorrido. Só após ouvir o que ele tem a dizer que iremos saber como agir no âmbito da lei.”

O agressor de Rhanna foi procurado pela reportagem do G1, mas ele não atendeu aos telefonemas.