ARTIGO – Tá frio; tá quente: o jogo nacional e mundial. Por Marli Gonçalves

Tá frio; tá quente. Quando a gente acha que a coisa está indo, ela está é voltando, e em cima da gente. Até o tempo está igual: você não sabe mais nem se está quente ou frio. Se põe ou se tira. Não é brincadeira, não.

TÁ QUENTE; TÁ FRIO

Confesso: todo dia ao acordar, assim que dá, que lavo a cara, abro os olhos, me entendo no mundo, aciono o celular para verificar se algo mudou. Virou mania. Se o cara caiu. Se já foi interditado ou preso. Se avançamos, e se a situação – essa situação geral que vivemos, e digo geral, porque geral é mesmo, uma vez que, sinceramente, nada está bom, correto, nos trilhos – teve uma conclusão. Tenho bom humor, porque senão a decepção paralisaria. O que acontece todos os dias é que surgem mais pontos, mais fatos, e a confusão geral continua essa loucura, que eu até diria: está coletiva.

Porque só pode ser uma loucura coletiva, altamente transmissível. Aqui, pelo presidente que não governa, mas não para de demonstrar seu total despreparo para o cargo, que deixa o país como uma nau sem rumo. Ele governa de um barquinho, onde faz subir para acompanhá-lo o que de pior há em nossa praia, e que não cansa de chamar para o naufrágio que avistamos no horizonte.

Loucura no mundo, para uma geopolítica desconcertante, principalmente depois da pandemia ter bagunçado mais ainda o coreto. A impressão é de que, neste retorno, os países mais fortes sairão pisando a cabeça dos mais fracos, galgando uma montanha de corpos. Nada tem sintonia. Primeiro fazem; depois vão ver no que deu, lamentam, dão entrevistas e soltam farpas uns contra os outros.

Estamos todos com os olhos vendados e apalpando a História. Está quente? Logo o balde de água fria faz com que comecemos tudo de novo, e esse tudo de novo que digo nos leva ao século passado, com suas guerras (frias e quentes, aliás), religiões mortais, ideologias sanguinárias, padrão “já vimos esses filmes”.

Nem sei mais se as crianças ainda brincam disso, ou do que é que elas brincam quando não estão – até sem ter ainda noção – sendo vítimas das atrocidades e desse desenrolar do futuro que encontrarão.

Muitos artigos têm sido escritos dando conta que o presidente Bolsonaro não está (embora nunca tenha sido muito) normal das ideias. Cada vez que ele abre a boca, e o faz todos os dias, emite claros sinais disso. Cercou-se ainda de pessoas que pegaram a mesma tendência e que surgem dos gabinetes e dos ralos. Todos, que a gente nem sabe bem quem são – impossível listá-los de cabeça. O da Economia, o serzinho Paulo Guedes; o da Educação que você deve ouvido por aí; o cordato da Saúde, enfim, até os militares que abaixam a cabeça e batem continência para todos dançarem diante das graves e visíveis ameaças à estabilidade. A qualquer estabilidade. Inclusive a nossa, emocional.

As notícias são claras, cada vez mais mostram os fatos no momento exato que acontecem, com imagens e sons estridentes. E se repetem, como se não tivessem tempo nem de respirar. Ainda aparecem os querem brigar com elas, não acreditando, negando, seguindo líderes corruptos, que mancham os caminhos por onde passam.

Nós estamos confusos, sem conseguir achar a luz. Está frio. Está quente? O “agora, vai” fica pelo caminho. Continuamos agindo como os robôs que diariamente são ativados na vida digital, como se tudo isso fosse normal. Não é.

Minha proposta é que troquemos essa “brincadeira”. Lembram daquela – cor, flor, fruta – que alguém ficava lá pensando na letra até que falássemos STOP?

STOP!

___________________________________________________

Marli GonçalvesMARLI GONÇALVES – Jornalista, consultora de comunicação, editora do Chumbo Gordo, autora de Feminismo no Cotidiano – Bom para mulheres. E para homens também, pela Editora Contexto.  (Na Editora e na Amazon). marligo@uol.com.br / marli@brickmann.com.br

___________________________________________

 (se republicar, por favor, se possível, mantenha esses links):
Instagram: https://www.instagram.com/marligo/
No Twitter: @marligo
Blog Marli Gonçalves: www.marligo.wordpress.com
No Facebook: https://www.facebook.com/marli.goncalves

ARTIGO – Golpes. Eles estão entre nós. Por Marli Gonçalves

Golpes. Golpe. Nunca ouvimos tanto essas palavras malditas. Nunca estiveram tão presentes e em suas mais variadas formas, de algum jeito sempre tenebroso. Perigoso. Eles nos cercam, ameaçam, nos põem em prontidão constante. Sempre tem algum que vaza, nem que seja um golpe de ar que resfria.

golpes

Tudo quanto é tipo de golpe. Todo dia alguém cria mais um, inclusive, sempre terrível, sempre com atos para ameaçar alguém, insidiosos como serpentes prestes a dar o bote. Pior, são criativos, e infinitos em seus estragos. Em geral, feitos, pensados maquiavelicamente para roubar, iludindo. Roubar até a nossa própria liberdade como vem sendo ameaçado todos os santos dias por esse desgoverno que parece pretender, sim, o golpe máximo, que nem mais é militar, mas sim acabar de vez com o país já tão maltratado, doente, miserável, ignorante.

Dificilmente os golpes são bonzinhos, ingênuos, mas sempre são tentados primeiro de forma a parecerem a salvação de alguma “pátria”, alguma questão. Assim, se realizam, enganam, penetram, inclusive entre os mal intencionados que adorariam ganhar algum de forma mais fácil, sem trabalho, e que se tornam, justamente por isso, presas fáceis. Esses, em geral, são enganados por estelionatários oferecendo vantagens que parecem baratas aos olhos de inocentes ou mal informados; ou, mesmo de tantos que parecem, como disse, sempre desejarem ser os espertos. O final da história é sempre ruim, seja para um lado ou outro.

Sempre alguém sai machucado. Na política, por um golpe de direita ou de esquerda desferido certeiro contra a democracia – esse o Golpe de Estado, que já conhecemos bem, infelizmente, mas parece que o aprendizado está passando, mesmo depois de recentes 21 anos de amargor e horror. Eles querem ser os que dão o golpe de misericórdia. Acham sempre que o deles será o de Mestre.

No amor, tem o tal Golpe do Baú, por exemplo, coisa antiga, que tanto apavora os ricos até que sejam enredados. Tem o Golpe da Barriga, outro, bem démodé, que tantas crianças infelizes põem no mundo, nascidas apenas para render, e que é constante sabermos de mais um, mesmo que a princípio se mostre cheio de encantos românticos e legais. O amor, aliás, origina uma série de formas de engano que levam a dar – e tomar – muitos golpes. Que machucam muito.

Os idosos, em geral, são as maiores vítimas de tudo quanto é tipo de golpe, às vezes até vindos de suas próprias famílias ou de quem eles ousaram confiar.  O golpe do bilhete premiado é um dos mais comuns. Bobo, até, mas ainda acontecem. Para catar a sofrida aposentadoria, os golpistas têm se esmerado em criatividade. Uma maldade sem igual.

Não está fácil para ninguém se livrar deles, dos golpes, porque estão vindo de todos os lados e formas; nos e-mails, nas redes sociais, no tal zap, com hackers malditos que invadem tudo. Nos roubam e se divertem. Não pode haver distração para não cair nesse buraco. No telefonema que avisa sobre o “sequestro” de alguém; nas instituições fantasmas que pedem doações, nos boletos falsos, nas compras que não chegam. No motoboy que vai buscar o cartão “clonado”! Até os que entregam a comida agora tentam passar valores extras no cartão. Na compra e venda de carros que nem existem. No emprego que, para conseguir, tem de pagar antes alguma “taxa”. No imóvel lindo da praia, das sonhadas férias, que, alugado, era apenas um terreno baldio iludido por uma foto tirada da internet.

Os golpes financeiros estão atingindo sofisticação máxima. É Pix e pow, golpe! Bitcoins, rentáveis, pirâmides que sempre acabam demolidas com vítimas nos escombros e na miséria. Notas falsas; outro dia apareceu uma de 420 reais! (que bicho teria na estampa? – a hiena, certamente, porque os golpistas dão muita risada na cara dos que enganam).

O nosso maior problema é estarmos totalmente nas mãos dos bandidos de todas as classes sociais (e partidos, e ideologias, e tudo o mais). Sem defesa. A polícia diz que vai investigar. Os bancos ficam mudos, e mudos continuam. As agências reguladoras e órgãos oficiais não mexem o traseiro para evitar o vazamento de dados – esses, vendidos nas esquinas do comércio popular. Os meus, os seus, os nossos. Os deles, em geral, são bem guardados.

Tomamos golpes de todos os lados. Até de falta de ar ao encontrar os preços subindo em escalada, com o momento aproveitado por oportunistas, só aumentando a fome, a miséria, o subdesenvolvimento. São golpistas esses que adoram essa confusão que está o país, insuflam os conflitos que jogam fumaça nos olhos. Esses que querem arregimentar “patriotas” para o caos com seus estúpidos argumentos e mentiras.

Insolentes, aproveitadores, os que deviam nos proteger, ameaçam com golpes e agora até na bovina versão de “contragolpe”, seja lá o que queiram dizer com isso.

Urgente, que tenhamos, sim, um golpe, mas de sorte, e que nos livre de todos esses males.

___________________________________________________

Marli GonçalvesMARLI GONÇALVES – Jornalista, consultora de comunicação, editora do Chumbo Gordo, autora de Feminismo no Cotidiano – Bom para mulheres. E para homens também, pela Editora Contexto.  (Na Editora e na Amazon). marligo@uol.com.br / marli@brickmann.com.br

___________________________________________

 (se republicar, por favor, se possível, mantenha esses links):
Instagram: https://www.instagram.com/marligo/
No Twitter: @marligo
Blog Marli Gonçalves: www.marligo.wordpress.com
No Facebook: https://www.facebook.com/marli.goncalves

ARTIGO – Os medos nossos de cada dia. Por Marli Gonçalves

Nossos medos, os meus medos, os seus medos. Todo dia ouvimos falar em retomada. Flexibilização. Dá uma angústia, ao invés de alegria, por não vermos o bicho totalmente dominado. Vemos as ruas cheias, inclusive de caras de pau sem máscaras gritando suas ignorâncias. Nas cidades, o som do burburinho, das buzinas. Vacinados, muitos, mas mesmo assim, vulneráveis; uma dose, duas, três, contando com a da gripe. Você já se sente seguro?

medos

Todos os dias ouvimos também os ecos das variantes e suas letras gregas mais transmissíveis e terríveis; sabemos de pessoas próximas doentes. Importantes, morrendo, mesmo depois de ter feito tudo certo. Como passarinhos que saem dos ninhos, e acabaram atacados por gaviões que os esperavam, silentes. Países se fechando de novo por muito menos do que o que ocorre aqui, onde ultimamente desgraça pouca é bobagem, a começar nas políticas, incluindo os malfeitos e a guerra das vacinas que não chegam aos braços, mal distribuídas. A tal média móvel que nos informam num sobe e desce infernal e ainda números absurdos de mortes e contaminações – registre-se, essas são apenas os dados oficiais desse Brasilzão de Deus, onde um grita e o outro não escuta. De dez mil em dez mil, fica mesmo difícil estar tranquilo.

Pouco se fala dessa angústia, não temos ajuda real que anime a sair por aí, o que torna difícil não cuidar apenas de um dia após o outro, e olhe lá. Medo, temor, receio, pavor. Ansiedade, insegurança. Tudo muito próximo.  Parece uma praga, uma tranca. Mais de um ano e meio depois, a estranha sensação de que o mundo não só mudou, mas que está travado, correndo atrás de seu próprio rabo, em círculos e ondas. Sem saber exatamente, e o que é mais estranho, de nada, nem do tempo que as vacinas protegem, nem de como controlar as novas cepas, o que pode vir por aí em novas ondas, muito menos como fazer o que nós, individualmente, já estamos sendo obrigados, a tal retomada, girar a roda. O nariz fora da porta, o pé na rua, a vida social, uma tal vida normal que, creio, para as gerações atingidas ainda por muito tempo de nada será normal, até que isso tudo seja pelo menos um pouco ultrapassado.

Aliás, e até mudando de tema, embora tudo pertença a um pacote só, os relatos sobre os problemas ambientais que ouvimos esses dias já é outro bom motivo para tremedeiras: aquecimento global, derretimento de geleiras, incêndios, enchentes, frios e calores intensos – já não são mais previsões, mas o que até já estamos presenciando e ainda há quem duvide.  Tudo muito interligado, as doenças, os fatos, a natureza. Nossa saúde.

Sou marcada, não por uma outra pandemia que não tenho século de vida, mas por uma epidemia, a da Aids, que nos anos 80 e 90 vivemos de perto e levou embora muitos amigos, e o meu melhor amigo. Ela nunca passou, apenas mantém-se controlada e como há ainda hoje quem não acredite que esta também afeta a todos, foi sendo deixada num cantinho, sem cura, sem grandes avanços na pesquisa, mais de 30 anos depois, empurrada com a barriga. Agora, inconformada, perdi de novo muitas pessoas importantes, trechos de minha existência, de nossa história, a minha e a do país.

Nessa realidade do coronavírus o mundo até levantou o bumbum da cadeira, aliás deve ter quem esteja ganhando muito com isso. Mas não é o suficiente para acabar com o medo. E em um momento que tudo quanto é tipo de maluco negacionista esteja aproveitando para angariar seguidores, aproveitando o progresso nas comunicações, especialmente a internet, para disseminar mais ainda mentiras e esse pavor que nos faz não reconhecer mais nem os próprios familiares, amigos, vizinhos, como no piores filmes de ficção: viraram seres possuídos por um mal para o qual, parece, não há exorcismo, informação, livro, atestado que cure.

Escrevo sobre isso, sobre esse sentimento que nos paralisa, porque estou vendo que pouco se fala sobre o que passa dentro de cada um de nós, esse mal estar, e que temos sempre tanta dificuldade para expressar. Sei que não estou sozinha e, como todos, reconheço que não temos mais muito tempo a não ser realmente enfrentar, fazendo tudo direito continuamente, e dando a mão a quem precisa – são muitas essas pessoas, em todos os locais,  ao seu lado – da forma que nos for possível.

Coragem. E terceira dose já!

___________________________________________________

Marli GonçalvesMARLI GONÇALVES – Jornalista, consultora de comunicação, editora do Chumbo Gordo, autora de Feminismo no Cotidiano – Bom para mulheres. E para homens também, pela Editora Contexto.  (Na Editora e na Amazon). marligo@uol.com.br / marli@brickmann.com.br

___________________________________________

 (se republicar, por favor, se possível, mantenha esses links):
Instagram: https://www.instagram.com/marligo/
No Twitter: @marligo
Blog Marli Gonçalves: www.marligo.wordpress.com
No Facebook: https://www.facebook.com/marli.goncalves

ARTIGO – Dias estranhos e os cotidianos perrengues. Por Marli Gonçalves

 

É muito difícil todas as semanas decidir sobre o que escrever, para nós, colunistas, da imprensa, sites, jornais, etc. Parece que estamos sempre batucando nas mesmas pretinhas, as teclas, e a sensação de que chovemos no molhado com nossas opiniões é impressionante. Daí às vezes também querermos mudar de assunto, não falar do Brasil, que não muda, só piora, e então optar por falarmos sobre aspectos pessoais – nossas vidas, mas como sempre tudo isso tem uma total relação com onde vivemos

Imagem relacionada

Vai chegando o dia de escrever e o pânico se estabelece. Mais uma vez relembrar os fatos gerados pelo Governo Bolsonaro, o próprio, seus ministros, suas manobras e absurdos, declarações, algumas que chegam a ser inacreditáveis em plenos tempos modernos? Criticar os termos chulos usados, ofendendo a nossa inteligência, ou os índios, as mulheres, todos, e agora até as árvores?

A impressão que muitos leitores podem ter é que passamos o tempo procurando essa pulga, mas não é verdade. Ela pula na nossa frente no noticiário, nos fatos que geram, na repercussão que causam especialmente atrasando e desviando de tantas coisas sérias e reais que precisam ser resolvidas e acabam relegadas.

Para mim essa foi uma semana muito difícil, estressante, que começou – vejam só – comigo sendo assaltada em pleno centro da cidade de São Paulo, plena avenida, pleno policiamento, e no meio de um evento musical nas ruas. Um sujeitinho franzino, podia até ser menor de idade, ar violento, aproveitou o trânsito parado na Rua Xavier de Toledo, e me abordou no carro, ameaçando com arma (que não vi, e ainda creio que era imaginária), pedindo meu celular.

Como já ando atenta, o celular não estava à vista, mas bem guardado, e respondi que não tinha nenhum. Ele ainda meteu a mão pra procurar se estava entre as minhas pernas. Então exigiu a bolsa, que estava num cantinho, esquerdo, onde já também por prevenção costumo deixar. Na enfiada de mão, acho que bateu nela e puxou. Ainda tentei segurar, mas não deu, e ele saiu correndo – dentro, todos os meus documentos, um dinheirinho importantíssimo, contado e suado, que eu precisava, creio até que mais do que ele. Ainda tentei correr atrás, mas logo encontrei com quatro, quatro, guardas logo ali, e pasmem: com ar patético, apenas disseram que não viram ninguém correndo. Só eu vi, né? –  Logo sai correndo mais ainda foi dessas lerdezas inacreditáveis.

Nada. O menino sumiu. Era questão de me conformar. E prestar queixa o mais rápido possível. Aí, aqui na terra do João Doria, que bota no ar uma espetaculosa propaganda da polícia que você tem a impressão que está dentro de um filme de ação da própria Swat e vive no lugar mais seguro do mundo, começou a epopeia. A principal delegacia do centro da cidade foi a primeira aonde me dirigi. Na porta, a placa enorme – PLANTÃO 24 HORAS. Mas a imensa porta de vidro fechada. Toquei a campainha e um sonolento homem apareceu dizendo que ali não tinha delegado, que devia ir em outra “freguesia”.

Resolvi então ir à mais próxima de minha casa, por sinal, a tida como mais vip da cidade, por estar em uma área que ainda ousam chamar de “nobre”. Sem dar esperanças, ali os investigadores foram logo dizendo que havia dois flagrantes à frente e que minha queixa poderia levar toda a noite e madrugada. Bem, dali liguei pro banco, cancelei o cartão, e voei para fazer o salvador BO eletrônico. Assim como começar a agendar a feitura de segundas vias de tudo que podia pedir. A gente se sente muito violentada, desprotegida, sem reação.

No dia seguinte, final da tarde, uma alma boa me ligou, havia achado um cartão com as coisas. Passeando com o cachorro na Praça da República encontrou minha bolsa (que, aliás, era muito vagabunda) jogada, com alguns desses documentos e o principal para mim, meu óculos de leitura, lindo, único, caro, e sem o qual não enxergo um palmo. Deixou tudo em um posto da PM ali perto, onde busquei, agradecendo a todo os santos, rezas, erês, solidariedade dos amigos. Nada do cartão bancário, claro, e nem do cartão de idoso de transporte público. Mas como já havia bloqueado ambos, como diria, não me preocupei.  Até alguns dias depois, quando o banco bloqueou minha conta porque alguém tinha usado e tirado dinheiro, de uma maquininha. Me respondam como pode isso, sem senha, e de um cartão bloqueado!

Não tem como medir o stress e o mal que isso tudo – e tudo o mais na sequência – levou. A não ser contar que a semana de perrengues termina comigo de molho. Uma cirurgia na boca, usual, rotineira, acabou me derrubando.

A imunidade da gente vai a zero. Não há como não entender porque estamos num país com tantas pessoas doentes, pessoas enfrentando diariamente perrengues infinitamente piores, e totalmente largadas por aí, sem qualquer assistência, sem qualquer imunidade, só para lamentar, sem seguro, sem proteção.assaltantes, traficantes e quetais

___________________________________________________________________

MARLI GONÇALVES – Jornalista, consultora de comunicação, editora do Site Chumbo Gordo, autora de Feminismo no Cotidiano- Bom para mulheres. E para homens também, pela Editora Contexto. À venda nas livrarias e online, pela Editora e pela Amazon.

marligo@uol.com.br / marli@brickmann.com.br

____________________________________________________________________

ME ENCONTRE

 (se republicar, por favor, se possível, mantenha esses links):

https://www.youtube.com/c/MarliGon%C3%A7alvesjornalista

(marligoncalvesjornalista – o ç deixa o link assim)

https://www.facebook.com/BlogMarliGoncalves/

https://www.instagram.com/marligo/

COMPARTILHE, POR FAVOR. O grande poeta Cláudio Willer pede ajuda. Urgente. E ajuda pode ser trabalho. Veja se pode ser uma mão estendida

Meus queridos leitores, em 1978 trabalhei com Claudio Willer. foi meu editor de cultura na revista singular & plural

poeta de primeira, gente de bem.

SUA OBRA É EXTENSA. SUA COLABORAÇÃO PARA O PAÍS SEMPRE FOI DE GRANDE IMPORTÂNCIA.

NOSSO AMIGO COMUM, OSWALDO PEPE, TEM FEITO O QUE PODE E O QUE NÃO PODE.  MAS SOZINHO NÃO AGUENTA.

Claudio Willer  está precisando de nossa ajuda. Sua esposa está muito doente, ele tem enfrentado problemas inclusive de moradia.

Ele pede trabalho. Estamos pedindo ajuda a todos os amigos do poeta, e ele os tem. Onde estão??? APAREÇAM, POR FAVOR.

ENTRE EM CONTATO , ajude no que der:

https://www.facebook.com/claudio.willer

CLAUDIO WILLER, O GRANDE POETA, PEDE SOCORRO

—————————————————— veja pedido contundente dele e a correspondência de Oswaldo Pepe:

Meu amigo Oswaldo Pepe publicou veemente apelo em meu favor, que reproduzo. Houve resposta solidária. Agradeço. Peço que prossigam. Amigos e organizações observaram que sou bibliografia, autor lido e estudado, e que deveria estar dando aulas. Sim. Além da ajuda imediata, preciso de TRABALHO, condições para produzir.

 

A mensagem de Oswaldo:
A todos que me leem aqui no Face do Claudio ! Por favor, por caridade, por respeito, por consideração, por reconhecimento, pelo amor de Deus, ajudem o Claudio e a Maninha que estão passando as maiores dificuldades – as maiores, no limite, muito ruim, péssimo !!! Peçam a conta dele no banco e depositem o que for, dez reais, cem reais, peçam o endereço dele e mandem mantimentos, o que for possível, MAS NÃO O ABANDONEM AGORA ! ELE PRECISA MUITO, MUITO MESMO. Tem quase cinco mil pessoas aqui neste FACEBOOK, de cada um mandar dez reais, cinco reais, cem reais, uma cesta com mantimentos passaremos este momento terrível e nos orgulharemos de ter estendido nossa mão a um dos maiores poetas vivos, um homem generoso, capaz, genial, a quem tanto devemos, nós, que sabemos o valor da Cultura – pois muitos de nós não temos nada só ela para nos apoiar nesta passagem pela Vida. Conto com cada um de vocês, um trocado, um aceno, alguma coisa gente !!!

 

AJUDE, POR FAVOR: ANOTE O NÚMERO DA CONTA CORRENTE!

 Favorecido:

Claudio Willer, CPF: 516.745.138-87,

BANCO DO BRASIL, AGÊNCIA 0712-9, C/C1890-2.

Viralatas, o filme. Auauau. Estão pedindo uma força, e se você puder…auauauauau

 FONTE: ASSESSORIA DE IMPRENSA

dog com coraçãoDocumentário do filme “Vira-latas os verdadeiros cães de raça” corre o risco de não passar nos cinemas

Projeto Vira Lata precisa da sua ajuda em ação social colaborativa

Há sete anos, Tiago Ferigoli, teve uma ideia. Fotografar cães abandonados na cidade e mostrar para a população o que acontecia com os pets. O projeto nasceu não somente para mostrar os cães sem raça definida, como os chamamos popularmente como vira-lata, mas para mostrar que qualquer cachorro abandonado é um vira lata indiferente da sua raça. Pois ele foi esquecido e maltratado na rua.dog animado chorando de rir

O idealizador do projeto não esperava ir tão longe. Com o site criado e um livro lançado pela Editora Ediouro, Thiago alçou voos mais altos. Buscou patrocínio para fazer o filme, contou com a ajuda de vários artistas tanto nas campanhas quanto nos depoimentos.

A produção do longa-metragem mostra questões relacionadas a responsabilidade social, educação e empreendedorismo. E para colocar o filme nos cinemas Ferigoli resolveu aderir ao crowdfunding. Cada vez mais, filmes independentes recorrem a esse sistema para chegar às telonas.

Hoje o cinema independente sofre com a falta de verba para produzir e comercializar o produto. Para não perder o que já está pronto, Tiago, faz um apelo à população “quando iniciei o projeto Vira-Latas, não tinha noção do corpo e forma que ele iria tomar e o número de pessoas que iríamos atingir, foi algo grandioso, e a cada nova ação, nós aumentamos nosso alcance. Nossa grande meta para esse ano é colocar o documentário do Vira-Latas nos cinemas e não é só uma meta, mas é uma obrigação, pois o prazo que a Ancine estipulou se encerra no dia 25 de dezembro desse ano. Isso significa que se não conseguirmos arrecadar a quantia necessária, toda a energia direcionada com a produção do documentário e também as pessoas que iríamos atingir com ele, será perdido.”

Já foram arrecadados mais de R$ 6 mil reais, infelizmente esse valor ainda é baixo. O projeto precisa arrecadar mais de R$ 200 mil para preparação e fechamento do material, divulgação e comercialização, custos de exibição, distribuição e assessoria de imprensa, custos administrativos e impostos.

Para quem ajudar a causa, Tiago disponibiliza alguns benefícios que vão desde o seu nome nos créditos finais até ingressos, livros, camisetas e ecobags. Varia muito do valor doado. Por isso confira no site e ajude o Projeto Vira Lata

Sobre projeto  Vira-Latas:dog10

Idealizador: Tiago Ferigoli Conheça o projeto http://vira-latas.com Registro do filme na ANCINE 2009 01580.028772/2009-31 | CPB. 11015211 | CRT. 593357–01010072157620110

ALERTA GERAL! POR FAVOR AJUDEM A ACHAR ESSE CACHORRINHO ROUBADO EM ASSALTO EM SÃO PAULO

Help para o SHEEP!

O schnauzer é assim. O SHEEP É PARECIDO COM ESSE AQUI! ajude!

AMIGOS DESTE BLOG,

MAIS UMA VEZ RECORRO À AJUDA DE TODOS. PASSEM ALERTA GERAL EM SUAS REDES SOCIAIS. UMA LEITORA PEDE AJUDA PARA ENCONTAR O CACHORRO QUE FOI ROUBADO JUNTO COM UM CARRO EM ASSALTO À MÃO ARMADA EM SÃO PAULO.

VEJA OS DETALHES NO BILHETE QUE RECEBI

PROCURO MEU SCHNAUZER

CACHORRO É LEVADO DURANTE ASSALTO. APENAS O CACHORRO IMPORTA, NÃO QUERO NEM SABER DO CARRO SÓ QUERO MEU AMIGUINHO QUE PODE TER SIDO ABANDONADO EM QUALQUER BAIRRO DE SÃO PAULO.

Na noite de sexta-feira (30/09) assaltantes abordaram um veículo Astra preto 4 portas, na avenida Pedro Bueno, Jabaquara, São Paulo, onde meu cão estava no banco traseiro dentro da caixa de transporte.

Os assaltantes não permitiram a retirada do animal do veículo e fugiram levando o cão dentro do carro. Até o momento não temos notícias do cachorro e apesar de várias buscas, não conseguimos localiza-lo. O cão é um schnauzer miniatura sal e pimenta , cinza, chama-se SHEEP e tem aproximadamente 10Kg. Estamos desesperados para saber informações sobre ele. Sheep faz parte da família, precisamos de ajuda.

Renato e Cionéia 11 5594 7571 11 9330 3208

Me ajude por favor, só quem ama seus bichinhos sabe a dor que estou passando
e-mail:

cioneiadelgado@yahoo.com.br

sheep.desaparecido@gmail.com

Maria Alice Vergueiro, a grande, conta com você e com um pouquinho do seu dinheiro. Vamos ajudar! E TAPA NA PANTERA!

você tem de ir ao link, assistir e entender…http://catarse.me/pt/projects/390-as-tres-velhas/video_embedVocê pode ajudar!

RECADO DA SUPER MARIA ALICE VERGUEIRO:

Estou fazendo uma campanha de arrecadação de grana para o meu projeto, As Três Velhas.

É um site bem legal, o www.catarse.me. O proponente inscreve seu projeto que passa por uma curadoria e, se aprovado, entra para a captação. Todos podem colaborar com dez, vinte, cinquenta, cem reais. Maiores informações no site.

Fiz um videozinho para a campanha. Ficou bem legal, gostaria que visse: http://catarse.me/pt/projects/390-as-tres-velhas#backers

e o TAPA NA PANTERA, PARA VOCÊ VER COMO ELA É MARAVILHOSA!

 

ALERTA GERAL! Vamos tentar ajudar a Claúdia Rolli, grande jornalista, que está precisando de ajuda para salvar o pai. Leia aqui a história e as formas de colaborar. Veja o recado da Cláudia.

CARO COLEGA

Gostaria de avisar aos amigos de outras redações e todos que possam colaborar com essa causa:

Meu pai está muito doente e, para sobreviver, precisa fazer um transplante nos Estados Unidos.

O transplante multivisceral (vários órgãos) ainda não é feito no Brasil.

Decidimos, com fé e coragem, entrar nessa luta pela vida dele.

Para isso, estamos vendendo um apartamento de alto padrão em São Caetano, rifando uma casa de praia, abrimos uma conta poupança para doações.

A família e todos amigos estão unidos em várias ações que estão sendo contadas no blog abaixo…

Quem puder ajudar, quem puder divulgar em suas redes sociais e quem puder repassar essa história em seus contatos eu agradeço muito, de coração.

http://acaopelavidanoe.blogspot.com

Qualquer informação sobre o caso seguem meus contatos também

Obrigada, Claudia Rolli

Claudia Rolli
Repórter da Folha de S.Paulo
(11) 8405.1578
(11) 3224.4359 ou 4269
claudia.rolli@grupofolha.com.br

COMO AJUDAR NA CAMPANHA “AÇÃO PELA VIDA DO NOÉ ROLLI”

1.SOMANDO FORÇAS

Qualquer ajuda é importante e será bem vinda. Para receber colaborações de qualquer valor, criamos uma conta para a Campanha de Ação Pela Vida:

Banco Bradesco

AGÊNCIA: 296 – 8

CONTA POUPANÇA : 1009090 – 3

A família agradece a solidariedade.

2.COMO PARTICIPAR DA RIFA DA CASA DE PRAIA

A família e amigos de Noé firmaram um Pacto Pela Vida e estão mobilizados em diversas ações para arrecadar a quantia necessária para que ele possa fazer a cirurgia nos Estados Unidos.

A casa na Praia Grande, litoral sul de SP, do casal Noé e Catarina, está sendo rifada em uma ação entre amigos. Com sorteio pela loteria federal, cada bilhete tem o valor de 250,00 Reais e dará direito a concorrer a 4 números no sorteio do dia 29 de junho de 2011 ao imóvel avaliado em 150 mil Reais.

 A venda dos bilhetes será feita pessoalmente por parentes e amigos envolvidos na campanha. Caso você queira comprar um bilhete, mas esteja distante dessa rede de ação, envie uma mensagem para acaopelavida.noe@gmail.com e lhe informaremos os meios para que o bilhete chegue até você.

Agradecemos e esperamos contar com sua torcida neste desafio pela vida.

 

Muito obrigada

Claudia Rolli

Se puder,ajude!SOS Rio

RIO – A Polícia Militar enviou nota na manhã desta segunda-feira reforçando o pedido de doações para as vítimas da tragédia na Região Serrana, que estão sendo arrecadadas em todos os batalhões do estado. Segundo a corporação, os itens de maior necessidade no momento são:

– água mineral;
– colchonetes;
– itens de higiene pessoal;
– material de limpeza;
– leite em pó ou em caixa;
– talheres;
– sacos de lixo, caixas de papelão e fita crepe (para embalar as doações);
– enlatados em geral;
– alimentação infantil;
– sopão e macarrão instantâneo.

Já o Batalhão Florestal da PM, que está socorrendo famílias isoladas em Nova Friburgo e Teresópolis, está pedindo à população do Rio que faça doação de cestas básicas, fósforos, velas e analgésicos.

Por possuir veículos com tração nas quatro rodas, o Florestal recebeu a missão de levar donativos em locais de difícil acesso.

Fonte: O Globo