Para onde vão os indecisos. Veja essa análise do César Maia. Ele pode ser o que for, mas de marketing político entende

FONTE: EX-BLOG DE CESAR MAIA

circle03ELEIÇÃO PRESIDENCIAL: PARA ONDE VÃO OS INDECISOS?

1. Os indecisos numa eleição majoritária não são apenas aqueles que marcam branco, nulo, não sabem ou não responderam. Entre os que marcam sua intenção de voto estão também indecisos. Os institutos de pesquisa identificam a proporção deles perguntando se estão decididos ou podem mudar o voto.

2. Mas, de qualquer maneira, aqueles que marcam branco/nulo/não sabe/não respondeu são certamente os efetivamente indecisos, que tanto podem votar como não votar em nenhum candidato.

3. Todas essas dezenas de pesquisas para presidente mostram Dilma com X% das intenções de voto e os demais somados têm quase –mais ou menos- esses X% de intenções de voto.

4. (Band, 28) “O Índice Band – que sintetiza as últimas pesquisas de intenção de voto – mostra que é grande a probabilidade de a eleição presidencial ser decidida no segundo turno. De acordo com a ferramenta, Dilma Rousseff (PT) teria hoje 50% dos votos válidos. Aécio Neves (PSDB) ficaria com 29%. Eduardo Campos (PSB) somaria 11%. Já Pastor Everaldo (PSC) teria 4% dos votos válidos.”

5. Os institutos tem perguntado aos completamente indecisos algo assim: “Mas no dia das eleições, tem mais chance de votar Dilma ou outro candidato?”. Bom, a resposta para esta questão tem dado em quase todos os estados, 80-90% para um dos outros e 20-10% para Dilma. Ou seja: numa pesquisa com Dilma 40% outros 40%, e 10% indecisos e 10% branco/nulo, com os números de hoje, se pode cravar que Dilma fica com 42%, e os demais com 48% no dia da eleição. E 10% mantêm a decisão de anular ou votar em branco.

6. Importante lembrar isso, até em defesa dos institutos, para não virem as análises costumeiras: “institutos erram, 2º turno com folga” ou “Surpresa nas Urnas”, ou etc.

o que vai dar

Boa análise do Cesar Maia no seu Ex-Blog. Dilma e seus quatro filhos de pais diferentes…

housework3DILMA E SEUS 4 FILHOS DE “PAIS” DIFERENTES: UMA FÓRMULA MAIS GRAVE QUE DOIS PAIS PARA UM FILHO!

1. Em 2010, Serra e Marina tinham um candidato a governador no Rio: Gabeira. Administrar esse processo não foi fácil, pois se teria que ajustar agendas, não só dos candidatos a presidente como dos partidos locais, já que só o PV acompanhava Marina. O resultado desse processo –tipo Dona Flor- prejudicou SERRA e Gabeira e favoreceu Marina, cuja verticalidade partidária a ajudou.

2. Agora, no Rio, temos um quadro curiosamente inverso e muito mais complicado. Uma candidata a Presidente –Dilma- e 4 candidatos a Governador. De cima para baixo, ou seja, de Dilma a seus 4 candidatos a governador, tudo parecia uma simples marcação de agendas separadas e em dias diferentes.

3. Mas, de baixo para cima é muito, muito mais complexo. Os eleitores têm uma colagem de rotina e maior com os candidatos locais a deputados e a governador. O eleitor mobiliza e é mobilizado para as campanhas de deputados e governador. E –pela prevalência da campanha presidencial- imagina cobrir seus candidatos locais com o guarda-chuva presidencial

4. Mas os 4 candidatos a governador que têm Dilma como candidata a presidente disputam a eleição entre si e, muitas vezes, de forma áspera e atritosa. Ao ver Dilma com outro candidato a governador adversário seu, a reação espontânea é considerar Dilma uma traidora de seu candidato a governador.

5. E –imaginando o eleitor- que Dilma vai favorecer seu adversário, esse eleitor –das duas uma: ou passa a criticar Dilma ou não faz mais campanha para ela. Seja um ou outro desdobramento, quem sai prejudicada é Dilma, mais que qualquer um dos 4 candidatos a governador aos quais está associada. A fórmula UMA PARA QUATRO de 2014 é muito mais grave que a fórmula 2 para 1 de 2010. E olhem que 2 para 1 em 2010, além de ter sido difícil de administrar, ainda prejudicou um candidato a presidente e o candidato a governador.

6. E quando entrar a TV, tudo fica mais complexo, pois Dilma pode aparecer nos programas de TV dos quatro. Aí a traição passa a ser explícita e o prejuízo ganha escala, pois as reações virão à vista. Os que imaginavam que seria uma vantagem para ela, pois teria mais tempo de TV nos dias dos governadores, quando olharem as pesquisas locais, verão o tamanho do problema que foi criado para Dilma e seus quatro filhos.

fonte: ex-blog de Cesar Maia