#ADEHOJE – A MODA DE TOCAR O TERROR

#ADEHOJE – A MODA DE TOCAR O TERROR

SÓ UM MINUTO – Não está nada boa essa moda de tocar o terror que temos visto por aqui nas mais diversas áreas, especialmente a “bandidal”. Hoje o Aeroporto Viracopos e toda a região estão vivendo um dia de inferno. E foram levados vultuosos valores pela quadrilha fortemente violenta, armada, preparada, e fazendo mortos e reféns. Virando rotina.

O mesmo modo de tocar o terror está sendo usado na política, no governo, na Justiça e, pasmem, pela imprensa, que agora deu de anunciar – isso não é informar – que, se o STF liberar que não sejam presos após a segunda instância, serão soltos quase 200 mil criminosos nas ruas. Os números sendo maltratados.

Gente, pensa. Nem isso vai acontecer, nem a Lava Jato vai se acabar. Vamos manter um pouco de calma para ver se saímos desse encalacrado momento nacional.

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ARTIGO – Pavio aceso. Por Marli Gonçalves

   Gifs%20Anim%E9s%20Feu%20%28119%29  Não esbarre. Não pise no pé. Não cutuque a onça. Não pise no rabo. Não provoque. Use óculos escuros. Fique na sua. Não encara! Vivo em São Paulo. Então, transmito minhas impressões diretamente do centro do caldeirão, e o caldeirão está em ebulição de uma forma que não me lembro de ter visto antes, em formato, perigo, disparates. Está difícil ir daqui até ali sem se aborrecer, sem encontrar problema, sem encontrar gente rosnando inconformado seja de um lado ou de outro, curtindo rancores, olhando torto para o que não compreende ou que não lhe é espelho Gifs%20Anim%E9s%20Feu%20%2850%29

Gifs Animés Bombes et Explosion (3)O país inteiro está quente, mas aqui em São Paulo todo esse calor se mistura com cimento, ar sujo, cidade caída e esburacada, saco cheio, durezas de vidas sem poder por o pé na areia, nem chinelos de dedo, nem grandes possibilidades de se acalmar vendo o por do sol sentado em algum morrinho. Sim, tem quem pode; mas a maioria apenas se sacode. E sacode para cima dos outros. O clima de individualismo está chegando num perigoso limite com a insanidade mental e física.

O pavio está aceso e o barbantinho queima com rapidez. O relógio faz tiquetaque, tiquetaque, e a gente procura para ver se acha a bomba antes que ela estoure. O barril é de pólvora e tem gente com fósforo aceso achando graça. A panela está fervendo e o leite já derramou. Nunca antes nesse país qualquer faísca – e elas não param – eclode em tanta violência. No trânsito, até facas zunem. Nas ruas ninguém mais pede licença nem para passar e gentilezas são tão raras que quando a gente encontra uma é capaz de se apaixonar, querer filmar para guardar a cena e mostrar para gerações futuras, chorar e querer abraçar e beijar.

Pior é que para arrumar uma encrenca não precisa nem mais sair de casa. Tenho visto amigos deixarem de ser amigos entre si, e o que é pior, em público, se xingando de uma forma pavorosa e cruel via as tais redes que daqui a pouco se chamarão é “redes anti sociais”. Não é mais porque um não pagou o dinheiro que pediu emprestado, ou não devolveu um livro, ou mexeu com a mulher, roubou um namorado; mas brigam só por conta dessa política rastaquera implantada tal qual erva daninha. Não me conformo. E todo dia assisto pelo menos uma dessas pendengas. Sei também o quanto é difícil calar, principalmente quando escrevem bobagens no seus posts – quase como uma invasão do espaço íntimo. Porque a gente não gosta de ser amigo de quem é burro, maria-vai-com-as-outras, e que dá palpite sobre o que nem tem ideia, apenas telecomandado por uma ideologia de última categoria, vontade de engraxar sapato dos guias máximos. Eu pelo menos não gosto. Não brigo, mas fico atenta para ver se a pessoa ainda tem cura. E espero que ela vá pensar o que quer, democraticamente, mas bem longe dos meus domínios, com a turma dela, já que não há mais possibilidade de debate sério, civilizado. É só petralha! para lá, tucano da elite para cá; agora deram para xingar até de “comunistas!” Quando é que vão ver que esquerda e direita é mão de direção? E em política a gente pode, sim, pegar a contramão na hora que quiser. Deveria poder.

Os nervos, ah, os nervos! Estão à flor da pele e temo que seja por não estarmos conseguindo prever – pense – nada, nem poucas horas diante de nossos narizes. Como vai ser? Vai ter protesto? O povo voltará às ruas? A seleção brasileira passará das oitavas? Aliás, os turistas conseguirão chegar? Partir? Vai ter Copa? (Claro que vai, mas tumultuada).

Achei verdadeiramente brilhante esse post do amigo jornalista Wilson Weigl: “Pra mim já deu! Não aguento mais ouvir falar de: manifestação, protesto, caos, crise, crime, Black Blocs, arrastão, rolezinho, roubo, assalto, polícia, tráfico, metrô, faixa de ônibus, tarifa de ônibus, apagão, racionamento, favela, comunidade, UPP, crack, cracolândia, máscara, médicos cubanos, Ramona, Mais Médicos, Bolsa Família, Cuba, porto cubano, eleição, Copa, imagina na Copa, Pizzolato, Pedrinhas, Pampulha, Maranhão, PT, PSDB, Dilma, Lula, Alckmin, Haddad, Padilha, Cardozo, Sarney etc etc etc. #cumbicajá

Gifs%20Anim%E9s%20Eau%20%2828%29Quem vive de informação tem melhor ideia do que trato. Você abre o jornal e lê artigos que, puxa vida, como alguém pode escrever e publicar tanta bobagem só porque tem nominho no mercado? Como alguém pode ser âncora de jornal sério e ser tão babaca? E as declarações e explicações dos homens públicos? Trabalho com isso, gente; os caras não estão contratando profissionais de comunicação, não. Andam contratando qualquer coisa: filhinhos de papai, moças bonitinhas, coisinhas fofas, mas que não têm ideia do mal que estão fazendo. A gente vai guardando…uma hora a coisa explode, e não vai ter controle. Fora os jornalistas que viraram bucha de canhão, fritos em óleo quente, queimados com fogos, rojões, acertados com cassetetes e bordunas.

Gifs%20Anim%E9s%20Feu%20%28107%29Dá para dizer que o tumulto no Metrô foi sabotagem? Não. Dá para dizer que o rolezinho é coisa de infiltrados? Não. Dá para dizer que fazer a justiça com paramilitares sanguinários, milicianos que espancam meninos, está certo? Não. Dá para ficar perguntando o que foi que o Lula dedurou, para acreditar que ele teve, sim, tratamento diferenciado? Não. Se ele falou, nem que seja a cor da cueca do companheiro, se sorriu (e sorriu) para os agentes da ditadura, já não é suficiente? Dá para jurar num dia que não vai ter apagão e no dia seguinte o país inteiro sofrer um apagão? Dá para por culpa no raio?

Alguém, por favor, pode jogar água nessa fervura? Rápido! O barbantinho está quase no fim. E a água está para ser racionada.

Gifs%20Anim%E9s%20Eau%20%2813%29São Paulo, 40 graus  

Marli Gonçalves é jornalista Lembra quando a gente brincava de esconde-esconde, adivinhação, quente ou frio? Pois é: agora está mais para “chegou com um quente e dois fervendo”. A batata está assando. Ou quente, nas mãos.

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Tenho um blog, Marli Gonçalves, divertido e informante ao mesmo tempo, no https://marligo.wordpress.com. Estou no Facebook. E no Twitter @Marligo

ATENÇÃO! Tem radiação dando sopa pelo Rio de Janeiro. Roubaram carro com Selênio 75 dentro.

Assaltantes roubam carro com material radioativo em seu interior

29/04/2012 – 16h11
  • AGÊNCIA BRASIL
  • Nielmar de Oliveira
    Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – A polícia fluminense continua procurando por um carro da empresa Arcteste Serviços de Inspeção e Manutenção Industrial com uma cápsula de material radioativo em seu interior. O veículo foi roubado na Via Dutra, rodovia que liga o Rio de Janeiro a São Paulo, na altura da Pavuna, bairro da zona norte da capital fluminense, na noite de ontem (28).

De acordo com a Arctese, a cápsula contém Selênio 75, material radioativo usado para fazer raio X de soldas industriais. Apesar de a cápsula ter um dispositivo de segurança que impede a sua abertura, há risco de ser rompido. O Selênio 75 é considerado um elemento de alto risco ambiental e para a saúde.

Representantes da Arcteste informaram à polícia que o veículo, um Renault Logan, placa de Paulínea, São Paulo, (ENX 3304), está com identificação da empresa e adesivo informando o transporte de material radioativo.

O roubo foi registrado na 59º Delegacia de Polícia e comunicado à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), à Polícia Federal e à Defesa Civil estadual.

O roubou da carga de Selênio 75 traz de volta a lembrança do corrido em Goiânia, em 1987, quando uma capsula com Césio 137, utilizado em equipamentos médicos, foi encontrada por dois catadores de material reciclável em um centro hospitalar desativado.

A liberação do produto causou o maior acidente radioativo já registrado no país. Ele causou a morte de quatro pessoas, além de ter deixado dezenas de feridos graves.

 

 
 

Ruy Castro, sempre genial. Hoje, sobre o assalto maluco da caixinhas do banco

RUY CASTRO – FOLHA DE SP DE HOJE, 12 DE SETEMBRO

Assalto em surdina

RIO DE JANEIRO – Às 23h30 do dia 27 de agosto, um sábado, 12 homens invadiram a agência do banco Itaú na avenida Paulista, em São Paulo, renderam o vigia e, pelas dez horas seguintes, dedicaram-se a saquear 170 cofres particulares numa sala do subsolo. O sistema de alarme, inclusive o que protege os cofres, foi desligado pelos bandidos antes da ação, embora o monitoramento desse sistema fique numa central distante da agência (não se informou onde).
Às 9h30 de domingo, os bandidos deixaram o banco levando milhões de reais em dinheiro e joias, com tempo de sobra para passar o dia lavando o carro ou pegar a macarronada na casa da nonna. Ao tomar conhecimento da tragédia, horas depois, o banco registrou queixa no 78º DP (Jardins). As vítimas só foram saber do assalto na quarta-feira, 31 de agosto, três dias depois, aparentemente porque um cliente descobriu e contou a outros.
Mais cinco dias se passaram até que a Polícia Civil encaminhasse o caso ao Deic (departamento da polícia especializado em roubo), a 5 de setembro. E este também esperou até o dia seguinte para ir ao local do crime e iniciar oficialmente as investigações. Do assalto a esse dia, foram, portanto, nove dias para que incontáveis pistas inevitavelmente deixadas por 12 homens durante 10 horas num recinto ficassem comprometidas.
Sherlock Holmes e seus discípulos Philo Vance, Bulldog Drummond, o Santo, o padre Brown, Ellery Queen, Hercule Poirot, Miss Marple, Charlie Chan, Dick Tracy, Nero Wolfe, Lew Archer e outros especialistas em pegadas e impressões digitais teriam ido ao desespero com essa morosidade geral.
O prejuízo dos 170 clientes varia, no mínimo, de R$ 1 milhão a R$ 3 milhões por vítima, o que torna esse roubo talvez o maior da história dos bancos no Brasil. E aquele que ninguém parece ter muita pressa para resolver.

Também comento sobre isso no artigo, AQUI