ARTIGO – O Senhor Óbvio. Por Marli Gonçalves

O esquecido Senhor Óbvio. Ele faz piruetas, dança, samba, se joga, se mata para mostrar as coisas, apontar para problemas que, não tem jeito, vão estourar. Ele vai, ele volta. Dá sinais objetivos, pequenos a princípio, mas reais. Em alguns casos, imagino até o Senhor Óbvio tocando uma corneta no ouvido das autoridades, que teimam em não lhe dar atenção e aí…

As tragédias acontecem. E o Senhor Óbvio, de sobrenome Ululante, não deve acreditar quando escuta no noticiário, por exemplo, que os barracos de madeira debaixo do viaduto pegaram fogo, deixando centenas de pessoas sem abrigo e algumas milhares de pessoas sendo prejudicadas de várias formas entre seu ir e vir, presos no trânsito, ou sem transporte coletivo. Assim é com a fiação elétrica que emite pequenos raios de seus fios descascados. Assim é com o cheiro de gás que antecede explosões.

O óbvio está sempre diante de nós. É evidente, não se esconde, não se camufla, não se disfarça para ser visto a nu por olhos, narizes, consciências. Não deixa dúvidas, salta” à vista”, embora às vezes seja também, digamos, filosófico. Elementar, meu caro Watson.

Mas o Senhor Óbvio é bastante irônico e há fatos e falas que ouve aqui no Brasil que o fazem só mexer os ombrinhos para cima e para baixo, de tão óbvios que são. Mas fatos e falas que viram notícia como se representassem verdadeiramente algo inédito, diferente, real, ou mesmo que não fossem apenas deslavadas mentiras.

Não me diga! – ele exclama, cada vez que se depara com um desses fatos, muitos que, inclusive, já viveu para ver que obviamente não serão cumpridos. Ou que o silêncio caberia melhor naquele momento, para que todos nós não fiquemos tão irritados em ouvir tais declarações.

Em geral, promessas. Por exemplo, a do indicado pelo presidente Bolsonaro para ocupar o importante e estratégico cargo de Procurador-Geral da República, Augusto Aras, e que estava fora da lista tríplice enviada pelos procuradores ao presidente, que a ignorou solenemente. Na sua campanha pela aprovação do Senado, de mãozinhas juntas, garantiu, primeiro que será independente do tal presidente que o indicou acima de tudo e todos. Se seria grato, se haveria moeda de troca? Respondeu: “Minha gratidão é com o país, não com as pessoas”. Antes já havia sido flagrado falando a um senador que o “presidente Bolsonaro não vai poder mandar e desmandar” na Procuradoria.

Quase leva o Senhor Óbvio Ululante às lágrimas.  Só não levou porque o nosso personagem estava às voltas com uma enorme pesquisa – para a qual inclusive pede ajuda de vocês – sobre quantas multas vultosas, milionárias, aplicadas com números lindos e divulgadas com toda aquela alegria pelos apresentadores, como punição, com rigor e etceteras, foram real e efetivamente pagas. Começou a pesquisa pelas tragédias provocadas pela Vale.

Tadinho. Tá lá procurando os recibos. Não tenho coragem de contar a ele que durante décadas esses valores serão contestados.

Outra coisa que o perturba é ainda mais comum. O cara, a cara, ou a empresa/empresário, corruptos ou assemelhados, são pegos pela polícia com a boca na botija. Qual é a mais nova moda de declaração sucinta? “Estamos colaborando com as investigações. Atenderemos aos chamados para esclarecermos tudo”.

– Não nos diga!

Pensamos, eu e o Senhor Óbvio Ululante, que os chamados seriam ignorados, que dariam uma banana (aquela, dada com o braço) aos policiais, investigadores, promotores…

A mesma banana que as autoridades dão aos alertas, aos perigos, e às vistorias que quando mandam fazer pegam os resultados rapidamente. E os mandam, sem dó nem dor de consciência, para a gaveta. Ou, como dizemos no jargão jornalístico, “para a cesta seção”. O lixo.

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FOTO: Gal Oppido

MARLI GONÇALVES – Jornalista, consultora de comunicação, editora do Site Chumbo Gordo, autora de Feminismo no Cotidiano- Bom para mulheres. E para homens também, pela Editora Contexto. À venda nas livrarias e online, pela Editora e pela Amazon.

marligo@uol.com.br / marli@brickmann.com.br

 

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#ADEHOJE – FOGO. É FOGO. ESTÁ FOGO.

#ADEHOJE – FOGO. É FOGO. ESTÁ FOGO.

SÓ UM MINUTO – Em menos de 24 horas soubemos de dois incêndios horrorosos. Um , no Hospital Badin, no Rio de Janeiro, 10 mortos até agora, e cenas inesquecíveis de tentativas improvisadas de salvamento dos doentes internados, familiares e funcionários. O outro, dezenas de barracos de madeira destruídos pelo fogo sob o Viaduto Alcântara Machado, uma das principais ligações da cidade de São Paulo, liga a Zona Oeste, Centro, à super povoada Zona Leste. Fatos que atingem diretamente dezenas e centenas e milhares e milhões de pessoas.

Até quando o descaso, o descuido, a falta de ações, muitas vezes, como no caso do Viaduto, contra fatos absolutamente previsíveis. Desgraças que não precisam esperar nenhum dia 13, sexta-feira, para ocorrerem.

Registro mais uma vez que a Cidade de São Paulo está às traças. Zeladoria nenhuma. E os fatos – ah, os fatos! Ocorrem debaixo de fogo, debaixo de chuva, contra os ventos, e na terra que se abre.

 

#ADEHOJE – UM TERÇO DE BRUCUTUS NO PAÍS

#ADEHOJE – UM TERÇO DE BRUCUTUS NO PAÍS

 

Só um minuto – Depois de dias de um ataque de declarações estapafúrdias do homem que nos desgoverna, vamos começando outra semana, agora com a volta dos trabalhos nos Parlamentos e no Judiciário e nas escolas… Eles param, nós continuamos sempre. Matérias hoje mostram o óbvio, 1/3 dos brasileiros pensa igual ao presidente, dessa forma tosca, em relação ao meio ambiente, direitos humanos, tudo o que nos é tão caro. Esse um terço será sempre o que ele guardará sob a asa que esperamos não se espalhe. Ao contrário, diminua a cada dia, o que de alguma forma já estamos vendo, porque bom senso não faz mal e precisamos que o país seja melhor.

O SÉRIO DESMATAMENTO QUE PRETENDEM ENCOBRIR TRAZ NOVOS CAPÍTULOS. Agora querem por um militar no Inpe e mudar a forma de monitoramento.

Trump, depois de dois ataques em apenas um fim de semana, com dezenas de mortos e feridos, reage. Promete pena de morte! Como se quem atira estivesse preocupado com isso.

#ADEHOJE – FALOU O QUE PENSA? DEMITIDO

#ADEHOJE – FALOU O QUE PENSA? DEMITIDO

 

SÓ UM MINUTO – Esse grupo que está no comando do Governo de Jair Bolsonaro não sabe diferenciar o que é Governo e o que é Estado. Não respeita suas próprias agências e institutos. Não acolhe (e nem pergunta, na verdade) suas opiniões. O resultado é algo como o que ouvimos hoje. Diretor do INPE, Ricardo Galvão, exonerado após fala sobre o Presidente Bolsonaro. Fala essa, inclusive, absolutamente verdadeira. Mas hoje, em reunião como o Ministro da Ciência e Tecnologia, o astronauta Marcos Pontes, foi saído, embora seu mandato terminasse só o ano que vem.

A pendenga foi direta com o Bolsonaro e com o Ministro do Desambiente, Ricardo Salles, envolvendo os dados terríveis sobre o desmatamento, que chocam o mundo inteiro e nos levam a mais um problema internacional. Ô, gente! ÓXENTE, Feliz dia dos Nordestinos.

#ADEHOJE – OLHA O SINAL. BOLSONARO AGORA REAFIRMA SER DE DIREITA

#ADEHOJE – OLHA O SINAL. BOLSONARO AGORA REAFIRMA SER DE DIREITA

 

SÓ UM MINUTO – A GENTE JÁ SABIA, MAS AGORA ELE FALOU. Vamos falar sério? A coisa está se avolumando e ficando muito séria mais rapidamente do que supúnhamos. O Diário Oficial da União de hoje trouxe troca de quatro membros da Comissão sobre Mortos e Desaparecidos políticos. Coisa de Bolsonaro com a Damares. Pior, dois dos substituídos serão raposas, ops, militares, vêm do Exército. E aí, ao ser perguntado, ouvimos isso do homem que nos desgoverna: “O motivo é que mudou o presidente, agora é o Jair Bolsonaro, de direita. Ponto final. Quando eles botavam terrorista lá, ninguém falava nada. Agora mudou o presidente. Igual mudou a questão ambiental também”.

Socorro! Isso tudo ainda depois do despautério das declarações sobre a morte do presidente da OAB. E do que estamos vendo fazerem de nossos verdes.

O presidente resolveu cutucar a onça, com sua vara curta. Precisamos mostrar os dentes.

 

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#ADEHOJE – RESSUSCITADOS: DILMA E LAVA JATO

#ADEHOJE – RESSUSCITADOS: DILMA E LAVA JATO

 

SÓ UM MINUTO – A coisa está tão louca que foram até tentar ressuscitar a Dilma Rousseff que deu entrevista longa para o Leonardo Sakamoto, do UOL. Entre iguais. O que ela disse, bem, vocês imaginam, mas nada que vá nos salvar da catástrofe criada com a eleição de Jair Bolsonaro pelo ódio cultivado ao PT. Que tantas fez, especialmente no Governo Dilma, que conseguiu essa polarização desgraçada que estamos vivendo. Estão violentos os ataques insanos de quem não consegue pensar – e já que não pensam são brucutus igual que nem…

Hoje deflagrou-se a 62ª fase da Lava Jato, e foram atrás da cervejaria Petrópolis …O dono, Walter Faria, sumiu, caiu no mundo.

Sobre a carnificina no presídio em Altamira, no Pará: além dos 58 presos mortos na guerra das facções, mais 4 morreram, vejam só, asfixiados, enquanto eram transferidos. A política jura que eles estavam bem, separados entre si, etc, dentro do caminhão que os levava.

NÃO ESQUECE! Lançamento do meu livro Feminismo no Cotidiano, dia 20 de agosto, terça-feira, na Livraria da Vila, Alameda Lorena, sp

 

#ADEHOJE – O QUE BOLSONARO REALMENTE PRETENDE?

#ADEHOJE – O QUE BOLSONARO REALMENTE PRETENDE?

Só um minuto – Essa é a questão. Por que ele está esticando o elástico? 54 mortos no presídio de Altamira, no Pará; líder indígena assassinado; o mundo caindo e o Homem que nos desgoverna brincando para ver até onde vão nossos nervos, que já chegam nos limites com suas declarações e afirmações estapafúrdias. Agora, a declaração infeliz, eu diria até escrota, sobre o pai do presidente da OAB, assassinado pela ditadura, envergou o copo de boa parte da sociedade civil. Sociedade esta que parece estar letárgica. Bolsonaro nega ainda as amplas investigações da Comissão da Verdade. Todo dia, toda hora…

Faz um live cortando o cabelo, depois de desmarcar encontro importante com um representante da França, e aparece meio Hitler, com cabelinho caindo, e reafirma os seus próprios despropósitos.

Aí tem. Fiquemos alertas.

#ADEHOJE – TÁ OSSO, HEIN?

#ADEHOJE – TÁ OSSO, HEIN?

SÓ UM MINUTO – “Tá osso, hein?!” – tenho ouvido esse comentário com impressionante frequência e das mais insuspeitas pessoas e em todos os lugares por onde passo. Claro que relacionando à situação brasileira, às bobagens ditas e feitas pelo homem que nos desgoverna, aos acontecimentos. Todo dia, não tem jeito. Na de hoje, além de insistir para fazer aquele filhote embaixador, duvidou da morte do líder da etnia waiãpi ocorrida no Amapá. A situação por lá fervendo, garimpeiros armados, índios em pé-de-guerra… e o presidente? Duvida, ele duvida.

Nós é que duvidamos como vamos aguentá-lo mais alguns meses.

A história dos hackers, como digo desde o início, vai ainda bem longe. Porque se, ao mesmo tempo em que foram presos, são bandidos, sei lá mais o quê, há um amplo material que estão deixando bem claro que há cópias espalhadas pelo mundo… E nele, as conversas que ao que parece não podem mais ser negadas.

Aliás, basta também de ataques à imprensa!

ARTIGO – Vulneráveis. Por Marli Gonçalves

Ameaças chegam de todos os lados e a cada dia parece mais desesperador o simples ato de viver. Não bastassem as ameaças físicas, agora também temos as virtuais, cibernéticas, digitais, intrometidas, sórdidas e perigosas. Para completar, as mulheres ainda são as maiores vítimas de ameaças de exposição de fotos íntimas, sequestro de dados e extorsões

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Invasão, vazamentos, hackers, apps de mensagem, comunicação, criptografia, Telegram… saudades do tempo em que só ouvíamos falar em vírus, que a gente imaginava como pequenos insetos ou bactérias contaminando nossos computadores. Agora o problema são ratos e vermes cibernéticos, em forma humana, escondidos em algum canto escuro. Nossos celulares, tão tecnológicos, esses aparelhinhos que viraram os verdadeiros “pets” digitais que carregamos para cima e para baixo na mão, na coleira, no bolso, na bolsa, com lindas capinhas cada vez mais variadas, chamativas  e sofisticadas – já repararam que loucura está isso? – se viram contra nós, quase que literalmente. E não é para tirar foto selfie com a câmera da frente.

Nossa vida está toda ali.

Nunca ouvimos falar tanto, tão frequentemente, e de forma tão espalhada, desse assunto que, se você pensar bem, não precisa ser autoridade, importante, celebridade, coisas assim, para ser “invadido”. É, inicialmente, gente que se diverte tentando enganar os outros, atrapalhar o serviço, armados até os dentes, mas – incrível – a arma é alguma forma de inteligência nesse campo da informática que ainda age, fala e se comunica em uma língua estranha à grande maioria de nós. Já tentou ler algum desses manuais? E as orientações para nós, pobres mortais, que quem mexe com isso acha que é tudo fácil, mas que a gente não consegue entender a sopa de letras, comandos, o que falam, os termos técnicos, uma nova língua aborígene e extraterrestre para os leigos. Principalmente quando tentam dizer o que é que temos de fazer. Que normalmente dizem que é fácil e se irritam, abruptos, com nossa total lentidão frente aos dedos ágeis deles quando se movimentam nos dispositivos.

Essa semana nosso site Chumbo Gordo ficou fora do ar por quase 48 horas. Fiquei quase esse tempo todo tentando resolver, isso ainda depois de descobrir que havia sido um ataque hacker. Foi uma dor de cabeça. Como se um bando de formigas atacasse um açucareiro ao mesmo tempo e ele tombasse (eu explico bem mais simples, né?).  Eles chamam isso de derrubar. Outro dia tínhamos sofrido um ataque, mas no site da empresa, e foi identificado que vinha de provedores instalados na Rússia. Garantimos: nós não conhecemos ninguém lá, muito menos inimigos. Os ratos não têm terra, se espalham – justamente para não serem localizados. Os caras, em geral, são contratados para o serviço sujo, ou ganham enganando trouxas com páginas falsas, ofertas mirabolantes, e-mails que se forem abertos pescam coisas e senhas dentro do seu computador. Assim como você já deve saber que tem quem venda, e bem caro, perfis, robôs, curtidas, seguidores.  Eles vivem disso. O que vem ajudando a divulgação maciça de fake news, e a defesa ardorosa de “certas” coisas, pessoas e poderes nas redes sociais.

Virou tudo território de ninguém.

Nesse território vimos a prisão de quatro cidadãos do interior de São Paulo acusados de, por meios difusos, entrarem na conta de mil pessoas, grande parte, autoridades. Não está claro ainda se roubaram as pessoas comuns e se, das tais autoridades, pegaram o que lhes é de mais valioso: a intimidade, as conversas, as decisões. Até o presidente teria sido “invadido”, mas daí nada de bom sairia mesmo…Já pensaram as conversas dele? Com os “meninos”, Filhos do Capitão, ou mandando a esposa preparar um ragu? Descendo a lenha em alguém que o contrariou?

Brincadeiras à parte, esse assunto é muito sério, está cada dia pior e não enxergamos como resolvê-lo exatamente. Ainda vamos saber muito, a não ser que seja, como quer o ministro da Justiça, todo o material apreendido destruído, queimado, “desaparecido”. Quem são mesmo esses presos? Venderam? Deram de graça? Qual interesse? Político, de verdade, de ideologia, não está parecendo, e devem estar sendo escarafunchados.

Sobre a nossa vulnerabilidade, especialmente a das mulheres, surgiram leis, mas que só funcionam – se é que funcionam – depois do leite bem derramado e das fotos espalhadas pelo vento virtual que ninguém consegue ensacar. Tenho pensado muito nestas questões e estou convencida, inclusive, que grande parte dos feminicídios que estão ocorrendo, esse verdadeiro horror, são decorrência de problemas com celulares, mensagens, privacidade invadida. Uma mensagem ingênua pode ser lida e entendida de qualquer forma por alguém contaminado pelos ciúmes e pela insegurança. Já tive, e de alguma forma ainda tenho, problemas por causa disso, e que me impedem de mandar mensagens para alguém na hora que gostaria. Pode ser interceptada, a palavra do momento, e causar barulho, que não desejo para ninguém.

Dá medo. E cada vez mais homens e mulheres se comunicam por esses meios, inclusive por trabalho e necessidade.

Sabem que ando até com receio de mandar beijos no final das mensagens?

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Marli Gonçalves, jornalista – Consultora de Comunicação, editora do site Chumbo Gordo, autora de Feminismo no Cotidiano – Bom para as mulheres. E para homens também, pela Editora Contexto. Lançamento oficial dia 20 de agosto, terça-feira, a partir das 19 horas, na Livraria da Vila, da Alameda Lorena. Já está nas livrarias e à venda online, pela Editora e pela Amazon.


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#ADEHOJE – MUITO OURO, MUITO ROUBO, MUITA OUSADIA

#ADEHOJE – MUITO OURO, MUITO ROUBO, MUITA OUSADIA

 

SÓ UM MINUTO – O grupo de bandidos fortemente armados que levou mais de 750 kg de ouro e outros metais preciosos do terminal de cargas do Aeroporto de Guarulhos mostrou um planejamento ousado, que garantiu a eles, em menos de três minutos 130 milhões de reais. Até agora, ninguém foi preso e a polícia está barata tonta total.

Por outro lado, a história dos hackers presos ganha dimensões inimagináveis e escancara uma guerra entre poderes e a loucura da vida digital, onde tudo – o que mais se tenta esconder – fica ao deus-dará. Desse caso, ainda vamos ouvir falar durante um bom tempo. Deve ter gente que ainda não foi pega, deve ter mais gente entrando na brincadeira. Será que foram eles que passaram ao Intercept? Receberam? Procuraram o PT? O PT comprou? Moro tem a lista ( e o que foi pego) dos interceptados?

Dúvidas!

 

 

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#ADEHOJE – LAMBANÇA GERAL

#ADEHOJE – LAMBANÇA GERAL

SÓ UM MINUTO – O site Chumbo Gordo hackeado e fora do ar, com ataques constantes. O celular dos caras, do presidente, de num sei mais quem hackeados. Estão transformando a vida digital em um inferno

ARTIGO – As surpresas dos segundos fatais. Por Marli Gonçalves

 

Você pensa nisso? Sobre os átimos da vida das pessoas, nossos? O que separa a existência e o arrebatamento? A imprevisibilidade da vida? Tenho refletido sobre isso. Muito mais forte agora, pela maturidade e, óbvio, influenciada também pela terrível e literal avalanche de acontecimentos que assistimos nos últimos tempos. É a visão do descontrole que temos sobre a vida e a morte, sobre todas as coisas e seus inversos. Sobre as patéticas declarações dos que propiciam que segundos terríveis assim ocorram.

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Como você lida com isso? Resolvi perguntar. Cada vez mais, não no sentido religioso, mas filosófico, parece que temos de diariamente sorver tudo o que nos acontece de bom com sofreguidão, como se esses momentos sejam o combustível que necessitamos, uma reserva pessoal de energia, para seguir pulando nesse tabuleiro, nesse quadrado que corremos até sermos imprensados pela realidade de alguma força contrária.

Essa semana foi mais uma, pródiga em notícias de segundos. Aliás, esse ano está se avolumando com elas, como Brumadinho, a lama que escorreu e varreu centenas de vidas, as crianças baleadas por outras na escola de Suzano. Tivemos agora a chuva torrencial que caiu no Rio de Janeiro, os prédios que desabaram. A família que teve o carro fuzilado pelo Exército.

Acompanhamos pelo noticiário. Mas você se imagina em alguma daquelas situações? Não vamos nem pensar em quem vive em áreas de risco, que estas pessoas não têm outro rumo e parecem apenas esperar seus destinos se agarrando ao pouco que conseguem obter desta vida, ligadas em um automático desalento. Pensa naquela avó toda feliz com sua neta, passeando em um shopping, distraindo a criança que os pais haviam deixado com ela para viajar. Eu a imaginei comprando um brinquedo, passando na praça da alimentação. Na saída, fim de tarde, a chuva forte. Melhor pegar um táxi, pensou. Pouco tempo depois, ela, a neta e o motorista do táxi saíam de circulação, esmagados por um morro que derreteu, de uma via que deveria ter sido interditada.

O jovem que faria aniversário no dia seguinte, e que comemoraria com um churrasco, pegou carona na garupa da moto de um amigo. Pensava no quê? Se compraria linguiças, picanha, talvez coraçõezinhos de frango, algumas garrafas de cerveja, carvão? A água que descia das ladeiras de onde morava não teve pena. Aproveitando-se talvez até dessa sua distração diletante, o arrancou da moto, levando-o com ela. Em segundos, sem aniversário, sem carne, sem nada. Afogado. Não no mar, não em nenhum lago ou represa, mas na rua, na viela, preso debaixo das rodas de um carro estacionado.

Voltando um pouco, no domingo, a família – pai, mãe, filha, sogro, a amiga do casal de carona – sai de uma festa infantil. No caminho natural de todos os dias, o carro popular, branco, passa próximo a um quartel. Não corria, ninguém pediu que parasse. Passava. Passou. Diante de mais de uma dezena de soldados do Exército, talvez postados ali, chateados, porque em trabalho debaixo do Sol naquele dia de forte calor que prenunciava inclusive a chuva torrencial dos dias seguintes. Parece que aguardavam avistar um outro carro branco, também popular, do mesmo modelo popular, repito, daquele da família feliz, e que havia sido roubado pouco antes. Não perguntaram. Dispararam. 80 tiros. Um fuzilamento. Sem paredão. Os soldados não ouviram – há relatos de que até debocharam – os gritos desesperados, o choro da criança, das mulheres, da mãe e esposa. O motorista, o marido, morreu na hora; o sogro, atingido, tenta sair do carro. Do lado de fora, um morador de rua corre para tentar ajudar – ele entendeu os gritos – mas logo cai atingido gravemente. Está em coma, estado gravíssimo. Quantos segundos se passaram?

Por outro lado, para amenizar, surge nas redes sociais um vídeo que viraliza. Ele mostra uma cena incomum. No mesmo Rio de Janeiro, um homem negro, alto, munido de duas caixas plásticas, com elas construindo uma ponte para que uma senhora atravessasse em segurança a rua inundada. A cada passo, a gentileza, a mão auxiliando que a senhora fosse pulando de uma a outra até chegar segura ao outro lado. Também foram segundos; mas estes mudaram para melhor a vida do guardador de carros, viúvo, com um filho pequeno. Sua generosidade ganhou o mundo e ele ganhou uma vida nova, uma casa, vinda de uma vaquinha organizada pela internet, e por alguém que em outro segundo pensou como poderia ajudar.

Em segundos, tudo realmente pode mudar. Mas o que não muda, nem em segundos, nem em minutos, dias, horas, meses, anos, décadas, é o descaso das autoridades, nem as suas patéticas declarações depois que os fatos acontecem sob as suas barbas.

Não foram chuvas corriqueiras, senhor prefeito Crivella. O Exército matou sim, senhor Presidente. Fuzilou. Não foram “incidentes lamentáveis”, Ministro Moro, e outros tantos, que nós é que lamentamos que depois de tantos dias depois vocês abram a boca só para dizer isso.

Foram segundos em que morreram ou tiveram suas vidas modificadas muitas pessoas. São vocês que comandam muitas dessas diferenças entre a vida e a morte, entre a alegria e a tristeza, entre o futuro e o fim.

———————————-reloginho animado

Marli Gonçalves, jornalista –

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Brasil, lamentável 2019


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#ADEHOJE – UM MASSACRE. E DECLARAÇÕES SEM SENTIDO NOS ATACAM. A TODOS

#ADEHOJE – UM MASSACRE. E DECLARAÇÕES SEM SENTIDO NOS ATACAM. A TODOS

SÓ UM MINUTO – Já sei que vou receber aquelas mensagens super “elegantes”, que vão me xingar de um tudo, mas o papel da imprensa é alertar, denunciar, cutucar. Não bastasse a tristeza e perplexidade por um massacre dessa magnitude ter ocorrido, estamos sendo massacrados mais ainda por declarações disparatadas de quem deveria, no mínimo, zelar pelo bom senso. Mas eles estão indo ladeira abaixo. E não nos levarão. O tal senador Major Olímpio falou que os professores deveriam estar armados. O presidente diz que dorme com arma debaixo do travesseiro. Mas quase foi morto por uma faca, e no meio da rua. Os filhotes do Capitão continuam propondo que a população se arme. Um deles criticou o estatuto do desarmamento. De onde saíram essas bestas? Quem as educou? Ah, verdade! Já sei.

AH! UM ANO! MARIELLE AUSENTE. QUEM MANDOU MATAR?

ARTIGO – Quer saber o que queremos? Por Marli Gonçalves

Respeito. Em primeiro lugar, respeito. Antes de tudo o mais que se possa estar pensando para comemorar o Dia da Mulher, nos presenteiem com respeito, que é isso que mais está faltando para entender a dimensão e a realidade da condição feminina. A lista do que queremos e precisamos é longa, não está em nenhuma loja, e começa por entender que não estamos brincando quando falamos em busca de, no mínimo, igualdade, que já não é sem tempo.

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Desarme-se. Pronto? Posso falar? Me deem um pouco de sua atenção, todos aí do outro lado desse texto? Senhores e senhoras, meninos e meninas.

As mulheres já fizeram grandes avanços, e a luta por igualdade e conquistas hoje alcança outro patamar, mais complexo, muito mais ligado ao comportamento e cultura. Os espaços cada vez mais ocupados. Isso, sem dúvida, certamente acarretou e traz confusão entre valores, envolvendo sexo e a questão de gênero. Mas é hora de seguir adiante, por todos nós.

Têm acompanhado o noticiário que todo dia fala sobre a morte violenta de uma ou mais mulheres por seus companheiros ou ex-companheiros? Pois esse número é muito maior do que as que viram “notícia”. Têm sabido das que ficarão aleijadas para sempre por conta de ataques? Aleijadas, inclusive moralmente, porque a violência deixa sequelas e não só na pessoa atingida, mas em todos à sua volta. Em todos nós, envergonhados.

Ah! Não gosta da palavra feminicídio? Acha que é invenção da imprensa? Não é: trata exclusivamente da violência, o ódio, que atinge mortalmente a mulher, e apenas pela sua condição de ser uma mulher. Definição importante, porque foi só a partir de muita luta que se conseguiu chamar a atenção para esse problema tão grave. Pelo menos agora estão medindo, pesquisando, dando atenção, inclusive, ano após ano, revelando que os índices estão, na verdade, piorando. É preciso fazer alguma coisa para mudar. Já somos o quinto país do mundo mais violento contra a mulher, e isso não é para se orgulhar, mas para corar. Não gosta da palavra feminicídio? Tá bom, use outra: assassinato de mulheres.

Outra: mulheres agredidas e que não prestaram queixa não é porque gostam de apanhar. Mas porque têm medo, muito medo. Por não confiar – e com certa razão – nas autoridades que deveriam protegê-las. Várias, desse rio de sangue e horror, estavam sob medidas protetivas, mas quem as cumpre? Essa polícia que muitas vezes não aceita nem que se registre um boletim de ocorrência, esses juízes que liberam os agressores em poucas horas, porque eles vão lá e se dizem arrependidos?

A realidade é que ainda se teima em não admitir que a mulher ainda é tratada de forma diferente, como se menor fosse, e não só dentro de sua própria casa, mas na rua, no trabalho, na política, na lei, na sociedade.

Chega a ser vergonhosa a mínima participação na política nacional, só com algumas eleitas, muitas delas apenas desajustadas, justamente por negarem sua condição para chegar até ali. Vemos ainda a criminosa utilização das cotas partidárias em candidaturas fantasmas de mulheres apenas para a obtenção de recursos, apenas mais um dos assuntos atuais e cavernosos do país que trata tão mal a parcela que é mais da metade de sua população.

Por que ainda tantos e tantas de vocês não admitem, parecem não ter noção do desgaste que é todo dia ter de se reafirmar, século após século, ano após ano, dia após dia, suportando retrocessos ideológicos, a ignorância e as pedras no caminho?

É preciso garantir a liberdade de denunciar, de exigir respeito e chamar a atenção para o que é tão urgente.

Respeito. Respeite. É essa a noção básica do feminismo. Precisamos todos também falar sobre isso: o feminismo é sério, amplo; não é coisa só de mulher. É movimento de toda a sociedade que não se desenvolverá sem que se tenha noção da importância da igualdade de condições, e que se manifeste e esteja presente em todos os grandes temas.

Percebo, sim, aqui do meu posto de observação, que a coisa está tão confusa que até uma luta política tão importante como essa esteja infelizmente virando clichê. Virando qualquer coisa, sendo ridicularizada. Tudo baseado apenas em palavras vazias, grosseiras e mentirosas que só parecem pretender manter as mulheres acuadas e caladas. Repito, desistam. Não adianta. Precisamos todos nos acertar.

Respeito. Nos dê – a todos – esse presente, bem simples, aproveitando o Dia da Mulher, que foi para isso que foi criado, para que se pense mais seriamente. É só o que queremos: respeito. A partir daí virá a consideração.

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Marli Gonçalves, jornalista – Obrigada desde já pela atenção.

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Brasil, Dia da Mulher, 2019

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ARTIGO – Descaso mata. Mas não morre nunca. Por Marli Gonçalves

Imagem relacionada O celeiro de jovens atletas, em contêineres, bem ao lado de cilindros de oxigênio, inflamáveis, explosivos, e onde nos papéis oficiais deveria ser só um estacionamento. O restaurante e os prédios administrativos bem abaixo no caminho da barragem que se rompeu, sem as sirenes que apenas agora soam descontrolados aos ouvidos de outras cidades, de outras barragens. As árvores, as pedras, que caem e que rolam, nem elas se aguentam de ver aos seus pés sempre tanta sujeira, tantas construções irregulares. Pessoas arrancadas de suas vidas em átimos, segundos, o tempo que piscamos

Nós piscamos. Eles, os que se foram, fecham os olhos. Para sempre. Outros, os que fecharam os olhos durante muito tempo para esses erros bárbaros, para essas tragédias mais do que anunciadas, previstas, cantadas, soletradas, continuam. Sacando de seus bolsos, sabe-se lá se deixando cair algum dinheiro ganho enquanto dormitavam, lenços, onde choram compungidos. Consolam as vítimas, os sobreviventes, seus familiares, tentam explicar o inexplicável, abrem suas rigorosas investigações lentas, decretam luto oficial, bandeiras a meio mastro.

Foi assim em Mariana, foi assim em Santa Maria. Será assim, talvez, em Brumadinho, nas cidades vizinhas alarmadas agora a todo instante. Poderá ser assim em mais pontes e viadutos que se dissolvem, assim como o asfalto vagabundo com o qual seguidamente recapeiam ruas e estradas, crateras abertas, feridas em chagas que não se curam, bueiros e bocas abertas esperando as suas próximas vítimas.

O descaso com que tratam as cidades, os espaços onde vivemos, os espaços públicos e privados, as ruas por onde passamos, as estradas por onde andamos, é aterrador. São os fios pendurados que eletrocutam, deixados ali por uma empresa, pela outra que mexeu, por mais uma que precisou desligar ou ligar. São as responsabilidades jogadas de ombro a ombro, de mão em mão, de governo a governo, de uma esfera a outra.

Promessas ouvimos. Mas quem tem de fazê-las, definitivamente, somos nós. Aos deuses, para que nos protejam dos perigos que o descaso de anos nos têm sido seguidamente mostrados, e anos após anos. Câmaras municipais dormentes dão nomes dos mortos às ruas e avenidas que os mataram – afinal precisam ser homenageados, como dizem, para não serem jamais esquecidos. Aqui e ali fazem leis que nem eles cumprem; outras, apenas ridículas. Em qual vereador você votou nas últimas eleições municipais, lembra?

Assembleias legislativas? Ora, faça-me o favor. Olha a do Rio de Janeiro, quase toda atrás das grades, por desvios, corrupção, fantasmas bem vivos, laranjas espremidos, “rachadinhas” de salários. A de São Paulo aguarda investigações; claro, se acharem alguém lá dentro daqueles corredores vazios e inúteis para perguntar qualquer coisa. Eles, os deputados, certamente dirão que estão nas suas “bases”, lutando por suas regiões, pelas cidades que representam no Estado. Em qual deputado estadual votou na última eleição há poucos meses, lembra?

Aí ficamos nós, daqui de nossas vidas, chorando, varrendo a água para fora de nossas casas, recolhendo escombros e até culpando Deus por tantas desgraças, assistindo ao show diário de insanidade e briga pelo poder no Congresso Nacional, Câmara e Senado Federal. Lá longe. Lá no bonito Planalto Central.

Volte para cá. Volte seus pensamentos de novo ao seu ao redor. É nele que precisamos ficar atentos, fiscalizar, denunciar, fotografar, registrar todos os pedidos que fazemos quando ( e se é que ) conseguimos ser atendidos por algum canal oficial, e que são solenemente ignorados, até que um dia…a casa cai, a árvore se mata e mata, o buraco engole, o prédio pega fogo, a ponte cai, o rio transborda, o fio eletrocuta, a pedra rola do morro, a barragem rompe…

Ah, não esqueça de pagar o IPTU. Ele está vencendo esses dias. E o dinheiro que ele arrecada – pode ler no “carnê” – deveria servir para que não amargássemos tantas tragédias nas nossas portas. Há também muitos outros, além dos embutidos como linguiças em tudo o que compramos. Cadê o dinheiro que tava aqui? O gato comeu, o urubu pôs fogo, a lama levou.

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Marli Gonçalves, jornalista – Dizem que tenho sorriso fácil. Pois vejam só: ele anda sumido nas últimas semanas.

Cidades, ainda muito burras, pleno e amargo 2019

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ARTIGO – Epidemias no Barco Brasil. Por Marli Gonçalves

Atenção, atenção! Várias epidemias nos mais variados graus se espalham vigorosas pelo país sem que as autoridades tomem providências. Em alguns casos, as autoridades até ajudam ampliar a contaminação. Oposição também é responsável pela contaminação continuar se espalhando mesmo depois da sua fragorosa derrota por incompetência, para buscar justificá-la. O bom senso já está em falta no mercado.

Vacine-se enquanto é tempo. Busque ajuda. Busque abrigo entre amigos com quem ainda possa conversar, se os tiver, escolha aqueles que escutam e argumentam com base em fatos. Afaste-se imediatamente dos teimosos que teimam que o WhatsApp é a melhor fonte para se banharem e dos que parecem não ter mais jeito, não querem mesmo se curar nunca mais. Vão cegos, até bater a cabeça na parede desolados quando descobrirem o tempo que perderam por pessoas que não mereciam sua idolatria. E se acaso mereciam, todos descobriremos juntos só bem mais adiante.

À esquerda, se observarem, depois que o jato lavou, há muitos que conseguiram a cura depois de saber dia e noite, todo dia, durante os últimos anos, de algum desvio do grupo da igreja, ops, partido, ao qual pertenciam. Quase perda total. Mas ainda há seres a resgatar também desse outro lado do rio. Tentam nadar até a margem a cada delação que é divulgada, ou quando nem eles acreditam mais nas bobagens que seus dirigentes fazem, como por exemplo viajar para adular ditaduras falidas.

 Para identificar os atingidos pelo vírus “iniuriam rei publicae” (Equivocado político): são aqueles que de um lado e de outro pregam ódio dia e noite, demonizam artistas e a cultura, detestam jornais e jornalistas que descobrem malfeitos, atacam e ameaçam a torto e direito quem ouse discordar de seus adorados gurus. Grande parte deles pode ser encontrada nas redes sociais, onde procriam.  Lá, nem mais tanto se preocupam com anonimato, e têm prazer em agir, com posts e imagens, mãos pesadas não lavadas que a tudo compartilham – incluindo as informações falsas distribuídas por robôs blocks. Os mais afetados, perceba, costumam desejar a morte de seus oponentes, depois de xingá-los com todas as pechas possíveis; as mais preconceituosas, as preferidas. Detalhe: a maioria faz essas propagandas sem ganhar nada, e costumam bater no peito por isso, se achando o máximo. No Twitter, o novo prazer de certos soldados é “subir” à exaustão hashtags bobas comandadas por um ex-músico que considero já foi genial, mas infelizmente nos abandonou para sempre. Ficou bobão, tontão, cabeção.

Algumas das epidemias registradas: deselegância e incapacidade de mínimo raciocínio, grossura ao nível máximo, preconceito e moralismo barato com cara de inveja e arrependimento, ou do que até já fez, ou do que adoraria fazer, mas não tem coragem, com gotas de covardia.

Já se observa também claramente uma nova cepa: os que dependendo do momento, mudam de opinião sobre fatos. Exemplo: tem hora que o Ministério Público é tudo de bom, todos heróis; em outra, usurpadores, sabotadores. O mesmo acontece com juízes do STF, que variam de anjos a demônios com espantosa velocidade. Outro exemplo, o Grupo Globo, especialmente a tevê. Essa se alterna entre os lados, como a mãe de todos os males, conspiradora aliada de outros grupos de comunicação, ora de “direita”, ora “comunista”.

De positivo informamos que epidemias, no entanto, são transitórias. Tendem a virar endemias, mais controladas, localizadas apenas em algumas regiões. O pior cenário é se virarem pandemias, quando se espalham pelo planeta. E já há focos, graves, em formação, e que podem ser encontrados em todos os continentes, inclusive bem perto daqui.

Tentemos uma cura rápida. Porque como o barco é o mesmo, não adianta gritar “Salve-se quem puder!”. Ele adernaria de vez.

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Marli Gonçalves, jornalista –  Sem choro nem vela verde e amarela.

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Brasil, 2019

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#ADEHOJE, #ADODIA – O PLANETA GRITA POR ATENÇÃO. TRISTEZA NA INDONÉSIA.

#ADEHOJE, #ADODIA – O PLANETA GRITA POR ATENÇÃO. TRISTEZA NA INDONÉSIA. E O NATAL, AH, O NATAL!

 

 

Está ouvindo? O planeta grita por atenção. O calor insuportável, o frio cortante. As chuvas torrenciais, vulcões eclodem. Terremotos, maremotos, centenas de mortos, desaparecidos na Indonésia, sem que ao menos tenham sido alertados por qualquer alarme antes do maremoto devastador que houve por lá – e ainda há perigo de que outros venham. Os governos não se preparam, todos continuam pouco se importando com o clima, com os ataques à natureza. O que podemos fazer de melhor? É um pensamento para esse Natal. Entre outros que precisaremos ter, positivos, para que tudo não desande de vez.

ARTIGO – Deus-dará. Por Marli Gonçalves

DEUS-DARÁ

MARLI GONÇALVES

Ao deus-dará, a deus-dará, o deus-dará. Deus-dará? As formas são variadas, todas corretas, mas a verdade verdadeira é que estamos na mão, largados, ao acaso, à própria sorte, e que a situação chegou a um ponto tal que é o que pode explicar não só a eleição de Jair Bolsonaro com seu slogan recheado de Deus, mas a fé ardorosa com a qual as pessoas acreditam que solucionará tudo como se fosse o próprio.

Você viu ou alguém deve ter comentado com você. Luz do dia, Bairro do Brás, São Paulo, Capital, um grupo ataca impiedosamente no meio do aglomerado de pessoas fazendo compras em um dos principais centros populares, milhares de pessoas todos os dias, todas as horas. Agem em conjunto, como hienas. Gravata em um, arrancam tudo que podem, jogam outro no chão, levam celulares, arrancam a corrente de mais um. Saem tranquilos, se dissipam e voltam a se reunir em minutos. Enchem de porradas e roubam um homem que, desnorteado, vai falar com dois policiais que passam ali no momento, numa rotina modorrenta, como se nada estivesse acontecendo. Eles, os policiais, não param nem para ouvi-lo. O homem fica ali falando sozinho. Foi gravado. Passou no principal noticiário de tevê.

Avenida Paulista, domingo, fechada aos carros, milhares de pessoas passando, passeando. No principal cruzamento, da Rua Augusta com a Avenida, calçada com o chão loteado por hippies (sim, ainda existem, exatamente iguais, apenas mais cabeludos, rastafaris e bem estranhos e agressivos) com seus artesanatos e costumes de sempre. Um grupo deles estende de qualquer jeito uma madeira próxima ao fio da calçada, joga carnes, linguiças e ali faz um churrasco bem fumacento sem a menor cerimônia. Parados na frente dessa cena, um grupo de fiscais vê e nada faz; um grupo de policiais vê e nada faz. Os policiais ainda respondem, ao ser inquiridos, que nada fariam por medo da “reação” da população. Tá gravado. Por mim, inclusive. Filmei, porque se me contassem que era normal fazer churrasquinho desse jeito, na Avenida Paulista, não acreditaria. Ah, os policiais também não se moveram quando o grupo tentou me intimidar enquanto registrava a cena.

Na esquina de um dos locais mais caros e “elegantes” de São Paulo, Jardins, o restaurante não se faz de rogado: pegou um tapete, sim, um tapetinho, e estendeu sobre a calçada – sobre, repito, tampando – o bueiro que está ali para o escoamento da água. Uai, para eles, qual é o problema?

Na mesma região os pés das árvores viram lixeiras com sacos e sacos de lixo, detritos de toda ordem, saquinhos com cocô de cachorro (adianta catar sem dar destinação?), madeiras, vassouras, caixas, tudo bem socadinho. Pode ter um poste do lado, mas o povo acha legal botar tudo nas árvores, e ainda olham feio quando se chama a atenção para o absurdo do ato. Depois ninguém entende porque qualquer garoa derruba dezenas de árvores por aqui. Com minha campanha particular – #árvoreNãoéLixeira – pelo menos duas ou três salvamos. Mas é um stress.

Digo daqui: São Paulo está ao deus-dará. Imagino que não esteja diferente o resto do país. Falo dos lugares por onde passamos diariamente, onde vivemos, e dos direitos básicos pelos quais pagamos impostos caros. Viadutos despencam, crateras abertas nas ruas, assaltantes agindo à luz do dia, calçadas esburacadas, que cada um faz como quer, criando montanhas-russas. Acessibilidade? Não me faça rir.

Leis não servem. Exemplo, a do telemarketing que é proibido, piriri pororó. Quantos telefonemas você já recebeu só hoje? Onde conseguiram seu número, seu nome? Não adianta tentar se livrar deles, agora também mandam incessantes mensagens para os celulares.

Conhecei a verdade e a verdade vos libertará. Frase que ultimamente temos ouvido frequentemente. A verdade, então, seja dita: estamos ao deus-dará. Como – e quando – vamos nos libertar da incompetência?

Deus dará conta? Já estão pondo na conta dele o país inteiro.

#arvorenaoelixeira

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Marli Gonçalves, jornalista – Não adianta reclamar nem pro policial, nem pro bispo, nem pro Papa. Muito menos para as autoridades.

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ABRAJI repudia reclamações e ações constantes de autoridades contra jornalistas e reportagens

Abraji repudia ação de governantes e ex-governantes contra reportagens incômodas

 

A Abraji acompanha com preocupação as repetidas manifestações de governantes e ex-governantes brasileiros contra jornalistas cujas reportagens os incomodaram. Está se tornando comum políticos recorrerem às mídias sociais e à própria claque para atacar o repórter pessoal e individualmente, quase nunca contestando o conteúdo do trabalho jornalístico e muitas vezes evitando enfrentar o veículo no qual a história foi publicada. É uma relação desproporcional, pois atores políticos mobilizam seus exércitos virtuais contra o repórter. São milhares contra um.

 

É direito de todo cidadão contestar e criticar reportagens, assim como é dever da imprensa e dos jornalistas ouvir e publicar as críticas. Isso, entretanto, isso não justifica tentativas de intimidação virtual que, como já ocorreu, podem se transformar rapidamente em agressões verbais e físicas.

 

A Abraji continuará acompanhando de perto essas tentativas de intimidação e de desmoralização públicas. E sempre denunciará quando o direito da sociedade a uma imprensa vigilante e crítica for ameaçado por iniciativas dessa natureza.

 

Diretoria da Abraji, 21 de julho de 2017

http://abraji.org.br/noticias/abraji-repudia-acao-de-governantes-e-ex-governantes-contra-reportagens-incomodas

 

Patrulhinha Urbana em Ação: SOS HIGIENÓPOLIS, EM TRÊS APELOS. DOIS PELAS ÁRVORES; UM, PELA RUA PARÁ, COM OBRA IRREGULAR

praça vilaboim – DESCASO LEVA RUÍNA PARA UMA TRADICIONAL ÁREA VERDE, COM ÁRVORES PRECISANDO SER REMOVIDAS

vilaboim_caiopimenta111. RECLAMAÇÃO DE MICAELA MARCOVICI

Já se passaram mais de dois anos que estou lutando pela manutenção da Praça Vilaboim. Todos os e-mails devidamente arquivados.

 Só tenho como respostas que vão providenciar ……

 Hoje ( SEXTA, 10 DE MAIO ) o Estado de São Paulo publicou na P. A32 que “Praça Vilaboim vai perder Figueiras”, comentando a remoção da arvore (centenária) central e provavelmente de mais três outras arvores.

Gostaria de ressaltar que não foi por falta de pedidos, de avisos, ou de contatos….NADA  FOI FEITO Senhores !!

Agora cortar torna-se tão mais simples não é ?. Estou profundamente entristecida…se fosse na frente de suas residências , provavelmente já teriam resolvido o problema !!

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 vilaboim2 – blog do madia –

v\:*PRAÇA VILABOIM CARECA

Uma das mais tradicionais praças de São Paulo, a VILABOIM, que frequento desde que me mudei para a cidade há mais de 50 anos, perderá suas árvores, galhos e folhas. Ficará careca, pelada, para quem olha de cima. E para quem olha de baixo, irreconhecível. Outro dia um galho caiu e quase feriu um homem. São figueiras, plantadas no início do século passado, e totalmente fragilizadas e comidas pelos cupins e fundos de toda a espécie. Com elas, perde-se parcela importante do que de mais relevante aconteceu na querida praça nos ultimos 110 anos. Coisas da vida, da falta de planejamento, do descaso, de um mundo que migrou seus olhos, atenção e cuidados para outras plataformas. Como se não fosse gostoso navegar pela rede sob a sombra de frondosas árvores. Muito especialmente agora que 120 espaços públicos da cidade terão internet livre – Wi-Fi. Em verdade, a VILABOIM já tinha perdido muito de seu encanto anos atrás com o fechamento do CAFE E RISTORO ROMANO. Viver é se despedir permanentemente. Acho que é por ai.

http://www.blogdomadia.com.br/index.php/2013/05/11/praca-vilaboim-careca/

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–OBRA IRREGULAR

higienopolis3. obra

Francisco Jose Sidoti, SOBRE A RUA PARÁ, 252

 

Tomo a liberdade de participá-lo do assunto a seguir: A impunidade no Brasil chega a extremos assustadores, na Rua Pará local onde outro dia um crime cruel e covarde aconteceu e o assassino já esta em casa, do outro lado da rua no 252, uma obra que teve seu processo indeferido pela Prefeitura, portanto clandestina, corre leve, livre e solta, de forma arrogante e pretensiosa pelo construtor, pasmem chegaram a proibir a entrada da Defesa Civil. Apesar das inúmeras denúncias efetuadas à Prefeitura pelos vizinhos nenhuma ação fiscalizatória foi feita. Até ao Ministério Público já se denunciou e nada acontece, será porque não tem a repercussão que o Jóquei tem ? Nossa sociedade é hipócrita, quando o pior acontece sai chorando como nas 240 vítimas de Santa Maria ! A verdade é que a impunidade no Brasil tem o benefício da certeza e nós contribuintes se quer temos o direito do benefício da dúvida sobre o exercício da lei. Uma sociedade conivente e envolvida com a impunidade é uma sociedade falida.

Mais detalhes rua para 252, recuo ZERO, taxa de ocupação de 3 vezes a área, obra clandestina, sem AVSB dos bombeiros, sem Contru, cozinha industrial no sub solo, um descalabro e ninguém faz nada. O Construtor debocha arrogantemente de todo mundo

ÁRVORENÃOÉ LIXEIRA: BAR NUMERO PORCÃO. VEJA INTERVENÇÃO CIDADÃ. O LIXO VOLTOU PARA A CASA DE ONDE SAIU.

Chega!

SOCORRO, AUTORIDADES

FESTA DO DOLCE & GABBANA – INFERNO PARA OS VIZINHOS DO BAR NUMERO NA RUA DA CONSOLAÇÃO – JARDINS

BUZINAS, BEBADOS, GRITOS, TUDO O QUE VOCÊS PODEM IMAGINAR. E DE MANHÃ, O LIXO DESSES SAFADOS NA ÁRVORE DA RUA. VEJA ABAIXO O REGISTRO COMPLETO DO DIA QUE, MAIS UMA VEZ, ME REVOLTEI.

TODO O LIXO DA ÁRVORE FOI PARAR DE NOVO NA PORTA DELES.

ANOTEM:

BAR NÚMERO É PORCÃO

LOJA MARES GUIA, DA MARES GUIA, A CHIC, TAMBÉM AJUDA NAS FESTAS. FICA AO LADO.

CHEGA!

O ASSUNTO JÁ ESTÁ NO MINISTÉRIO PÚBLICO – ESPERAMOS QUE TOMEM PROVIDÊNCIAS URGENTES, URGENTES, URGENTES!

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