#ADEHOJE – COMO COMBINAR COM OS RUSSOS?

#ADEHOJE – COMO COMBINAR COM OS RUSSOS?

SÓ UM MINUTO – Dois aviões da Força Aérea russa desembarcaram no fim de semana no aeroporto de Maiquetía, nos arredores de Caracas. Trouxeram uma alta autoridade de defesa russa e quase cem soldados ao país, segundo informações das agências de notícias, além de uma carga de cerca de 35 toneladas de equipamentos militares. Autoridades venezuelanas e russas não se manifestaram.

Enquanto isso, aqui, continua o bate-boca, briga entre Poderes, e Bolsonaro só falando sobre o que não é competência de presidente, como por exemplo, praticamente”comemorar” que Cesare Battisti, preso agora na Itália, admitiu a participação em quatro assassinatos como sempre foi denunciado. E? Ministros militares começam a se movimentar também contra as insidias do guru Olavo de Carvalho, que não para de dar palpites onde não foi chamado. O ministro general Carlos Alberto dos Santos Cruz, da Secretaria de Governo disse que ele é “chulo e desequilibrado”

ARTIGO – A Era do Bate-boca. Por Marli Gonçalves

  Creio que, a partir de janeiro, com a posse do novo Governo, a Era do Bate-boca se torne realidade histórica. Já vem num formidável crescendo, pega pra capar, durante o processo eleitoral. Tudo acaba em bate-boca, por mais que se evite. Na vida, na política, no futebol, nos amores. Mas no maior dessa semana deu orgulho a altivez (e até certa paciência) com a qual a juíza Gabriela Hardt enfrentou o ex-presidente Lula

Com quem você pensa que está falando? Lembra do tempo em que tínhamos de abaixar a cabeça diante de poderosos? Acabou. E não volta mais, não há de voltar. Pois eu lembro bem e faço de tudo para esquecer, hoje batendo é palmas para esse novo momento de não levar desaforo e desrespeito para casa, especialmente as mulheres, que de igual para igual vêm participando em todos os debates. O Lula revoltado que apareceu essa semana dando depoimento no caso do Sítio de Atibaia pareceu claramente achar que a juíza Gabriela Hardt, que substituiu Sergio Moro, baixaria a cabeça diante de sua ex-autoridade. Acho até que ela foi paciente demais.

É o evidente velho hábito – desculpem aí, hein, esquerda, direita, centro! – de achar que mulher é menos, mais facilmente amedrontável. Vimos um Lula destemperado (ok, isso não é tão anormal assim) ao lado de seu pálido advogado silente, enfrentando a Justiça como se ela não fosse para todos, e ali personificada por “aquela mocinha”, como tenho certeza de que ele pensou antes de estar ali cara a cara com ela. Sobrou até para o promotor, várias vezes chamado de você, e para quem ousou até insinuar o que é que ele e ela deviam estar perguntando. E aproveitando para desmerecer com evidente ódio e insinuações o ex-juiz Sergio Moro, que o colocou ali naquele banco. A juíza brincou de Stop; de Wanderléa ao contrário: senhor ex-presidente, pare, agora!

O doloroso processo político que o país vem enfrentando, o momento eleitoral que parece interminável, a sensação de poder das redes sociais e a intransigência colocaram o bate-boca na ordem do dia. Mas há o bom bate-boca, o que poderá nos defender dos desatinos e ignorâncias. Vamos e devemos bater muita boca ainda, principalmente se decisões do novo governo (dos novos governos, se contarmos outros seres reacionários que dirigirão os Estados e alguns de seus parlamentares lambisgoias) nos afrontarem – e algumas já estão vindo recheadas de desaforos.

Debates: saempre bons, para a democraciaA discussão burra que eles chamam de “Escola sem partido”, que sabe-se lá Deus de onde apareceu essa besteira que só atrapalha o foco e a verdadeira busca por uma Educação eficiente; as tentativas de encabrestar os indivíduos e seus corpos numa moral religiosa excludente; as tentativas de criminalizar atos civis e individuais de uma liberdade pela qual tanto lutamos; e, entre outros tantos atos que já podemos prever, o de buscar jogar a sociedade contra a imprensa, a guardiã, trocando-a por falas únicas em caracteres de Twitter, copiando outros topetes do poder mundial.

Motivo para bate-boca não vai faltar. Inclusive de outros países com o nosso, se o diplomata escolhido para Ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, resolver levar seus patéticos pensamentos de cabeceira para a política externa. Serão bate-bocas memoráveis.

Por conta disso vamos bater cabelo e bater barba contra os bate-orelhas; bater chinela e os pés pelos nossos direitos. Zunir e chamar atenção até resolver, como as pequenas abelhas bate-chapéu. Que bater panelas virou démodé e bater coxas é coisa íntima.

Não nos intimidarão como fazem os bate-bolas que saem nas ruas à época de Carnaval, personificando o bicho-papão. Quem fará barulho, porque não somos palhaços, seremos nós. Afinal, já estamos acostumados.

Embora claramente prefiramos um bom e velho bate-papo para resolver as diferenças.

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  – Marli Gonçalves, jornalista – Tudo para não entrar se não for preciso…, mas mamãe sempre ensinou a não trazer desaforos para casa e que ninguém é melhor do que ninguém. Também sempre respeitei a hierarquia, desde que ela não tente a submissão pela força.

marligo@uol.com.br / marli@brickmann.com.br

Brasil, à espera da posse de 2019

 


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MARTA SUPLICY ARRUMA OUTRA ENCRENCA NO SENADO. CADA DIA MAIS AMADA, MAIS DOCE…

DO UOL

Estilo de Marta provoca novo bate-boca no Senado

GABRIELA GUERREIRO
DE BRASÍLIA

A senadora Marta Suplicy (PT-SP) voltou a trocar farpas no plenário do Senado nesta terça-feira (15), desta vez com o senador Mário Couto (PSDB-PA), pelo seu estilo de comandar as sessões da Casa.

Aos gritos, o tucano protestou contra atitude de Marta, que permitiu ao senador Jorge Viana (PT-AC) falar por 30 minutos em seu discurso de estreia no plenário –enquanto o tempo previsto para os discursos é de 10 minutos.

Marta interrompe Sarney após uso de expressão ‘presidente’ para Dilma
Na estreia, Marta corta microfone de Suplicy durante discurso

Felix Lima/Geraldo Magela/Folhapress/Agência Senado
Depois de dar broncas em Eduardo Suplicy e Sarney, senadora Marta se envolve em contenda com o colega Mário Couto
Depois de dar broncas em Suplicy e Sarney, senadora Marta se envolve em troca de farpas com Mário Couto

Ao pedir que o tucano encerrasse seu discurso, Marta foi surpreendida pela reclamação pública do colega. “Quero dizer a Vossa Excelência que o Regimento Interno não diz que, na estreia, o senador pode falar a hora que quiser. Eu vou descer desta tribuna certo de que não fui intimidado, certo de que neste Senado ninguém vai cortar a minha palavra, a palavra do meu povo, a palavra daqueles que me colocaram aqui, senadora. Ninguém, ninguém”, disse.

Marta reagiu aos ataques. “Talvez até ele tenha falado 30 [minutos], mas se ele falou a mais, era um discurso de estreia, e a sua é uma comunicação inadiável. Então, o senhor tem dois minutos a mais, por favor.”

Couto disse que a “igualdade tem que ser respeitada” na Casa, mas acabou deixando a tribuna após ser alertado pela petista de que seu tempo havia acabado.

CORREÇÕES

Na semana passada, Marta protagonizou outro episódio no plenário ao corrigir o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP). Depois do peemedebista referir-se à Dilma Rousseff como presidente, Marta disse que o correto é chamá-la de “presidenta”.

Membro da Academia Brasileira de Letras, Sarney rebateu a colega. “Muito obrigado a Vossa Excelência, mas eu sempre estou usando a fórmula francesa: madame le président. Todas as duas são corretas, senadora, gramaticalmente”, rebateu Sarney.

Dias antes, Marta também enquadrou o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), seu ex-marido, por ultrapassar seu tempo de discurso na tribuna.

A senadora o alertou por três vezes sobre a necessidade de encerrar o pronunciamento. Em uma delas, o microfone do petista acabou cortado, mas Marta permitiu que ele concluísse depois de censurá-lo sobre o longo discurso.