CAMPANHA CONTRA TURISMO SEXUAL EM PERNAMBUCO GERA REVOLTA EM REDES SOCIAIS
Carlos Madeiro
Do UOL, em Maceió
Uma campanha lançada contra o turismo sexual em Pernambuco está causando polêmica e revolta nas redes sociais. Um cartaz publicado na página oficial e no Facebook do “Fórum Permanente Pernambucano Pró Vida” cita o “homossexualismo” como um dos problemas enfrentados pelo turismo no Estado e que deve ser combatido.
Indignação na rede
Cartaz diz que Pernambuco não quer homossexualismo e provoca reações na internet
O grupo se intitula “contra a proliferação do homossexualismo” e diz que tem, como objetivo, “divulgar, preservar e defender os princípios cristãos, éticos e dos bons costumes”. Na campanha, lançada neste domingo (2), o Fórum compara o homossexualismo com práticas como pedofilia, exploração sexual de menores e prostituição. A polêmica tornou-se pública após a divulgação de um anúncio com o cartaz da campanha na edição desta segunda-feira (3) do jornal “Folha de Pernambuco”. Na internet, o periódico também passou a ser alvo de críticas de militantes dos diretos humanos.
Na explicação da campanha, o movimento diz que “ataca de frente a exploração do turismo sexual no nosso estado. Nesta campanha, a organização se manifesta abertamente contra comportamentos e atitudes anticristãs como a pedofilia, a prostituição, a exploração sexual de menores e a proliferação do homossexualismo”.
As páginas da Internet e do Facebook não fazem menção sobre quem são os responsáveis pelo Fórum. Diz apenas que o “Movimento Javé Nossa Justiça é um movimento formado por cristãos, aberto a todos que professam a fé em Jesus Cristo”.
A campanha, intitulada “Pernambuco não te quer”, é inspirada em uma outra campanha, oficial da prefeitura da capital pernambucana, chamada “O Recife te quer”, que tenta atrair turistas para o Estado.
“Seus nazistas! Vão pagar caro por colocar homossexualismo no meio disso! Serão denunciados, espero que vão todos pra cadeia com seu falso moralismo!”, disse Mauro Brazbear.
O post também gerou denúncias formais contra a página. “Denunciado. Coloquei como discurso ou ódio e tem cara de ser sim, um ódio a nós, homossexuais, e não fizemos nada, isso só se resume a uma palavra: preconceito”, opinou Lucas Emanuel.