Atenção. Sinto muito. Fomos todos enganados. Caramelo não é Leão que não é John que não é cachorro perdido, muito menos no túmulo de ninguém. Leia esse esclarecimento obtido pelo Portal Imprensa

original no www.portalimprensa.com.br

Desculpem só avisar agora, mas só vi agora a mensagem de um leitor.

Fomos todos enganados. E eu, de minha parte,  não gosto nada, nada disso. Tenho muito o que fazer, para perder tempo.

Do site da Agência de Notícias de Direitos Animais

As tragédias na região serrana do Rio de Janeiro (RJ) mobilizaram o país por meio das imagens disseminadas pela imprensa. Entre as mais comoventes, a história do cão Caramelo que, desamparado diante da morte de sua tutora, guardou seu túmulo em um cemitério de Teresópolis, por dois dias seguidos. No entanto, a notícia é falsa.

Segundo relato do jornalista Anderson Duarte, do Diário de Teresópolis, ao Portal IMPRENSA, a história de Caramelo não passa de um mal-entendido. Trata-se de dois cachorros parecidos.

O que aparece deitado ao lado do túmulo de Cristina Maria Cesário Santana, sua suposta tutora, na verdade é Leão, e é cuidado, há mais de um ano, por Rodolfo Júnior, voluntário que atua no trabalho de escavação do cemitério de Carlinda Berlim.

“Isso é coisa de repórter que precisava chegar com uma história diferente para apresentar ao chefe… o John é meu há mais de um ano quando fiquei com ele pra mim! O antigo dono foi para o Rio e deixou ele por aí… ele chamava o cachorrinho de Leão, mas eu prefiro John… ele tem cara de John, explicou Junior que ainda disse que seu animal é dócil e o segue por todos os lugares. No dia em que o rapaz tirou a foto dele eu estava trabalhando nas covas e ele ao meu lado como sempre… e aí depois veio essa maluquice toda”, explicou Rodolfo Júnior.

O Caramelo citado em diversas reportagens, de fato, era cuidado por uma família que morreu em decorrência dos deslizamentos. No entanto, jamais entrou no cemitério, que fica a quilômetros do bairro de Caleme, quando foi encontrado perambulando sozinho.

A notícia foi replicada por diversos veículos de comunicação, inclusive a ANDA, e, conforme a história de Caramelo se tornava popular, um novo capítulo era acrescentado.

Entre os absurdos do cão que velou durante dois dias a morte de sua tutora, um se destaca: o de que Caramelo teria, inclusive, auxiliado as equipes de resgate a encontrarem não apenas o corpo de sua tutora, mas de outras três pessoas de sua família.

O desencontro de informações irritou o administrador do cemitério, Márcio de Souza, que chegou a comentar o fato em um dos portais que publicou a história sobre Caramelo.

“É lamentável que tal fato seja utilizado para causar comoção aos leitores! Fui contatado horas antes da notícia ser levada ao ar por um repórter e fui claro ao dizer que o cão da foto ao lado do túmulo é de um de nossos voluntários que no momento faziam sepultamentos naquele local, logo não tem nada a ver com o cão adotado”, finalizou.

Fonte: Portal Imprensa

 

Pois bem. Não sou a única que se preocupa com as pessoas, com as crianças, mas sabe que a ternura de um animal não tem limites. Leia essa emoção, do grande Assis Ângelo.

Faz hoje uma semana que o fim do mundo chegou de cara feia, amarrada, arrastando tudo que encontrou pela frente na região serrana do Rio de Janeiro, sem perdoar nem pobres nem ricos, negros ou brancos, gordos ou magros, homem, mulher ou criança.
Um horror!
Gatos, cachorros e outros bichos, domésticos ou não, tiveram também a vida abreviada de forma abrupta.
Entre os estragos, destaque para milagres e fatos inusitados, como o que li nos jornais a respeito de um jovem casal, casado há pouco, encontrado morto e de mãos dadas nos escombros de Teresópolis.
De cortar o coração.
Li também que um pai salvou o filho – um bebê de sete meses – dando-lhe sua própria saliva, enquanto durante horas e horas estiveram ambos soterrados e dados como mortos, a exemplo da mulher e também da sua mãe, que jaziam ao lado.
Também de maneira fantástica, inacreditável mesmo, li que uma mulher de idade ganhou o noticiário internacional ao ser içada de uma tromba d´água por vizinhos solidários. Para salvar-se, ela amarrou-se a uma corda em segundos. Detalhe: nunca, na vida, ela deu um nó sequer numa corda ou num cordão.
Outras cenas igualmente incríveis foram anotadas na operação de socorro urgente desenvolvida por bombeiros e pelo exército de voluntários que rastreiam em busca de corpos e sobreviventes a região escolhida como alvo da violência, de origens naturais, que desabou num piscar de olhos e diante de meio mundo.
Mas o episódio que me tocou sobremaneira foi o referente a um cachorro que não abandonou o dono nem na hora da morte.
Ele ficou o tempo todo no local onde o dono fora encoberto pela danação e lá achado sem vida.
E nem lá, no cemitério, o cachorro o abandonou.
Fez-me lembrar a história do vaqueiro pernambucano Raimundo Jacó, primo do rei do baião Luiz Gonzaga.
Jacó foi encontrado morto sob uma árvore, em julho de 1954.
A seu lado, um fiel vira-lata.
E como no caso do cachorro do Rio, o cachorro de Pernambuco acompanhou o dono ao cemitério e lá, ao lado da cova, permaneceu por vários dias; até que também foi encontrado morto, sem tocar na água e na comida que lhe deram numa cumbuca.
Tanto na vida quanto na ficção, há histórias fabulosas envolvendo cachorros.
Graciliano Ramos, por exemplo, no seu romance Vidas Secas, dos anos de 1930, dá vida a uma cachorra chamada Baleia.
Sugiro leitura.

Por favor, todo nosso pessoal do Rio! Caramelo fugiu de casa e deve estar perdido por aí…pela Barra da Tijuca. Vejam a mensagem que recebi de uma leitora ( carta no post anterior ).

GENTE,

O CACHORRINHO CARAMELO FUGIU DO LAR DA NOVA DONA, NA BARRA DA TIJUCA, DIVULGUEM E FIQUEM ATENTOS MORADORES DO RIO DE JANEIRO, A NOVA DONA ESTA DOIDA QUERENDO ENCONTRAR, DEU ATÉ NO JORNAL DA GLOBO!

Ontem, postei AQUI matéria sobre o Caramelo, o cachorro que está nos levando às lágrimas por ter ficado gridado junto a túmulo de sua dona, morta na tragédia, e que foi adotado… MAS PARECE QUE ELE FUGIU DE CASA.

Talvez a pessoa que o adotou não saiba como lidar com ele, nem tenha prática.

atenção: vejam a foto dele. Avisem se o virem! Ajudem a divulgar.

ATENÇÃO!
PROCURADO! CARAMELO ESTÁ PERDIDO!

 

Caramelo, o cachorrinho que grudou no túmulo da dona, foi adotado!!Ah, como adoraria saber que o Pretinho da Dona Ilair foi achado!Mas é tão difícil…

Cachorro que velava túmulo da dona em Teresópolis é adotado

Notícia do jornal EXTRA-rj

Cahorro Caramelo nos braços do veterinário que o levou ao abrigo

/ Crédito: Foto/divulgação

O vira-lata Caramelo, que passou dias ao lado do túmulo da dona, Cristina Maria Cesário Santana, morta em decorrência das fortes chuvas que atingiram a Região Serrana do Rio na semana passada, ganhou um novo lar neste domingo. Adotado por uma família da Barra da Tijuca, o cãozinho não é o único a esperar pelo dono mesmo depois da sua morte.

Segundo a veterinária Andrea Lambert, membro da Comissão Especial de Proteção Animal da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) que resgatou Caramelo e outros animais que ficaram sem lar por causa da chuva, histórias assim são muito comuns. – O animal doméstico tem muita lealdade –, explica. – O dono acaba sendo a referência para tudo.