ARTIGO – Carlos Brickmann. Por Marli Gonçalves

Carlos Brickmann: Ensinou muitos. Deu a mão a outros tantos, solidário. Confiou e empurrou para a frente jovens talentos que sabia reconhecer – muitos destes alçaram voos seguros para a fama, essa senhora egoísta a qual ele mesmo, Carlinhos, como era chamado esse desajeitado de mais de cem quilos, quase dois metros de altura, nunca deu bola…

carlos brickmann
Carlinhos, com nossa gata Mel
ARTIGO, A CONVITE DA DIREÇÃO,  PUBLICADO ORIGINALMENTE NA FOLHA DE S.PAULO, 
OPINIÃO, PÁG. A3, EDIÇÃO DE 23 DE DEZEMBO DE 2022

O legado de alguém é o que fica registrado. Temos sorte em preservar os escritos do jornalista Carlos Brickmann, que partiu dia 17, aos 78 anos, 59 de profissão. No Grupo Folha, onde chegou aos 19 anos, foi e voltou três vezes, e em todos os principais veículos de comunicação do país, jornais, revistas, tevês, rádios, sites. Seu Frias, Octavio Frias de Oliveira, sempre foi referência usual sua. Autodidata, leitor voraz, cuidadoso com a verdade, visão pluralista, bom amigo, colegas que há dias enchem as redes sociais de histórias deliciosas sobre esse convívio. As mãos suadas que secava nas laudas, a capacidade de escrever enquanto o mundo caía ao seu lado e sem olhar para o teclado. Textos enxutos, precisos, vocabulário impecável. Dono de um humor politicamente incorreto, onde se incluía como gordo, feio, judeu e o que mais pudesse, e que nunca vimos – por ser puro – nenhuma mulher, negro, deficiente ou gay se doer. Ao contrário, risadas eram sempre ouvidas, dos próprios.

Ensinou muitos. Deu a mão a outros tantos, solidário. Confiou e empurrou para a frente jovens talentos que sabia reconhecer – muitos destes alçaram voos seguros para a fama, essa senhora egoísta a qual ele mesmo, Carlinhos, como era chamado esse desajeitado de mais de cem quilos, quase dois metros de altura, nunca deu bola. Mauricio de Sousa, com quem trabalhou na Folha da Tarde deu ao simpático elefante de suas histórias que começavam a fazer sucesso o seu nome do meio: Ernani.

Carlinhos gostava disso. Era pura memória, aliás, de elefante mesmo, como se diz. Pura história. Aliás, fatos incontáveis, vividos por ele, e os da História mesmo, geral. Seu conhecimento era acima do normal dos fatos nacionais e internacionais. Da política desta nação que vive em círculos, de momentos históricos, das guerras, em particular da Segunda Grande Guerra, que levou seu povo ao extermínio do Holocausto. Tinha horror a guerras e armas. Mas, guerreiro, defendia sua gente onde e como pudesse, chamando para o debate, que sempre ganharia com Inteligência aguçada e argumentos imbatíveis, qualquer um que destratasse de alguma forma o povo judeu, fosse quem fosse. Judeu engraçado esse que não seguia nenhum rito, adorava uma boa costelinha, um torresminho.

Um grande cidadão em todos os sentidos. Além do jornalismo, sua trincheira. Corintiano roxo, democrata, adepto da liberdade de imprensa acima de tudo, contra a censura, contra ditadores de qualquer bandeira. Cutucou poderosos, enfrentou generais na ditadura, buscou justiça pelo primo Chael Schreier, assassinado torturado, despistou policiais e protegeu perseguidos políticos. Foi ainda um dos primeiros homens a desmistificar a adoção de crianças, agindo como divulgador da ação e anjo de muitas delas, que acompanhou à distância ver crescerem. Seus dois filhos são adotados. Amava os gatos que mantinha em casa e no escritório. Relaxava fazendo cosquinhas neles.

Amigo há 45 anos, com quem tive o prazer de trabalhar e aprender por 30, fico feliz em contar mais dele. Meu Natal ficou menos triste.

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Carlos Brickmann - CarlinhosMarli Gonçalves, 64, jornalista. Sócia e diretora do Chumbo Gordo (www.chumbogordo.com.br), o espaço livre para o pensamento e conhecimento, por ele idealizado.

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Leia também, mais sobre Carlos Brickmann

( 7 de outubro de 1944 – 17 de dezembro de 2022):

Carlinhos

Carlos Brickmann,Carlinhos, o Caco. Por Ricardo Setti

Carlos Brickmann

COM MARLI GONÇALVES
COM KASSAB
COM QUÉRCIA E CARLOS RAYEL
COM RICARDO KOTSCHO E JORGE ARAÚJO

COM JOSÉ DIRCEU

COM RICARDO KOTSCHO
COM MEL
BEBÊ
COM ULYSSES GUIMARÃES
carlos brickmann
Com nossa gata Mel

COM A AMIGA EVELYN SCHULKE
COM MARLI

COM A ESPOSA, BERTA

Carlinhos

Homenagem ao amigo, parceiro Carlos Brickmann

Carlos Brickmann - Carlinhos

Marli Gonçalves

Para mim vai ser sempre assim. Carlinhos. Muitos o chamavam só assim; outros desavisados bem que não entendiam como é que aquele gigante gentil podia ter seu nome conhecido no diminutivo. Mas nós que com ele convivemos bem, sabemos. Era um crianção, sempre com a aguçada inteligência acima da média unida a um humor mordaz, precisão e memória implacável. Senta que lá vem história!

Carlos Brickmann nos deixou. Me deixou. Amigo há 45 anos, e com quem trabalho há 30 anos, vocês conseguem imaginar como estou me sentindo? De antemão, aviso: este texto será todo em primeira pessoa. Sou eu que estou falando dele, da dor de sua perda, de um tudo que significou para mim e para a história da imprensa nacional. Afinal, convenhamos: 30 anos dos quais 27 em convivência diária não é para qualquer um. Tocávamos de ouvido, como se fala em orquestras; à distância; perto, por um olhar, uma sacudida de cabeça, uma “dormida” em pé rápida que dava quando fechava por instantes os olhos matreiros, eu podia com toda a certeza acertar o que estava pensando. Era difícil um dia em que eu não aprendesse algo, daquelas coisas que só ele sabia, lembrava, ou mesmo tinha acompanhado ou estado lá nos seus 59 anos de profissão, vejam só que beleza!

Não era bom fisionomista, mas era capaz de lembrar em detalhes cada frase sussurrada ao seu ouvido tenha sido por Tancredo Neves, Ulisses Guimarães, Jânio, Montoro,  Quércia, Paulo Maluf, Kassab, uns ou qualquer outro político com o qual tenha estado. Todos o respeitavam e admiravam muito suas observações – um ás da comunicação e marketing político de campanhas. Fato é que – daquelas formas idiotas dos burros pensarem, se é que pensam – pregaram nele um adjetivo, “malufista”. Ah, mas não era mesmo! Era apenas um vitorioso, para vocês verem que naquela época ele conseguiu melhorar até a imagem do Paulo Maluf, e isso não é pouco. Carlinhos era um profissional como muitos poucos, destes que a gente anda procurando sem encontrar, como agulha no palheiro. Dava de ombros ao ouvir isso, ser chamado, xingado, de malufista. Mas eu digo que por conta dessa pecha perdeu amigos (se bem que amigos não deviam ser) e clientes. Uns não o contratavam porque seria malufista; outros, os mais malufistas, digamos assim, não o contratavam porque seria amigo do “chefe”, não queriam desagradá-lo.

Bobagem. Entre as amizades, a gama do arco do pensamento democrático, políticos de quem espero lhe rendam devidas homenagens. José Dirceu, Genoíno, outros muitos do PT e partidos de esquerda; Haroldo Lima, que perdemos com covid, do PC do B, o adorava, impressionado sempre com a firmeza de suas críticas. Lula, não, que ele nunca foi muito chegado. Implicava mesmo – e aí tínhamos um divertido embate, porque nunca descobri exatamente por causa do quê – era com a Luiza Erundina, com quem eu tenho forte amizade e calorosa consideração (sou Marlizinha para ela, desde que fui a primeira jornalista a entrevistá-la quando eleita vereadora, seu primeiro cargo público, há 40 anos atrás).

Carlinhos enfrentou generais na ditadura, despistou policiais e protegeu perseguidos políticos, buscou justiça pelo primo Chael, assassinado torturado. Gostava demais de lembrar que da montanha de processos que enfrentou com as verdades de suas colunas nos principais jornais, nunca foi o PT a lhe processar. Já o PSDB… E vou dizer mais: político esperto não gostaria de estar no alvo dele, que o diga um certo secretário de segurança de grande queixo com quem duelou por meses. Carlinhos adorava o chamar de gordo, queixudo, e o que mais lembrasse, acreditem. Um dia os vi se esbarrarem pessoalmente em Brasília no saguão de um hotel. O queixudo ameaçador ficou quietinho, baixou o olhar, leãozinho amansado, rabo entre as pernas.

Nosso Carlinhos sempre disse que, como gordo e feio que era, podia falar isso quanto quisesse de outro gordo e feio. Eita humor refinado, ardido! Sabiam que Carlinhos trabalhou com o Faustão, logo ali no começo dele na tevê? Escrevia para o programa.

Gostava de contar uma piada, construir uma frase, definir alguém por algum detalhe que acabava virando até código entre nós – olha, que politicamente correto ele não era mesmo. Piadas de judeu, de gordo, de velho, com sexo ou não, uma coleção. Histórias divertidas de jornalistas e suas trapalhadas, inclusive as amorosas, uma atrás da outra. Sua passagem foi marcante em todas as grandes redações: Folha de S. Paulo, onde pela primeira vez chegou com 19 anos, Jornal do Brasil, Estadão, Jornal da Tarde (foi um dos fundadores),  Revista Visão, Folha da Tarde(Toninho Malvadeza!), Folha de S. Paulo novamente (foram três vezes por lá). Em 92 fundou a Brickmann, hoje Brickmann & Associados, B&A Ideias, para a qual colaborei desde 1993 até ir para lá em 1996 e ficar até hoje.  Juntos, também criamos em 2015 o site Chumbo Gordo, que farei de um tudo para honrar, continuar reunindo o melhor do pensamento, os amigos, aberto à democracia.

Quantos trabalhos maravilhosos fizemos juntos! Como gostávamos de uma encrenca boa, gerenciar grandes crises, acompanhar uma CPI, defender nossos clientes com provas diante da opinião pública. Trabalho esse hoje cada vez mais escasso porque depende de quem tenha reputação a zelar, alguma explicação a dar para se defender.

E nunca parou de escrever suas colunas fantásticas, duas vezes por semana, para o nosso Diário do Grande ABC e repicado em nosso site e em jornais de sites de todo o país. Foi durante muito tempo também um crítico da imprensa em coluna especial no Observatório da Imprensa, de Alberto Dines. Parecia prever a caminhada da imprensa e da profissão para o buraco em que está hoje, repleta de desinteligentes, jovens talentos de um talvez futuro, pouca afeição aos mais velhos. Mas a sua história está e ficará para sempre registrada em todas essas páginas, muitas das primeiras páginas, capas, em grandes reportagens, nas colunas que acompanharam o tempo e as mudanças em círculo de nossa nação. Textos perfeitos, duros, irônicos. Muito trabalho, sem esquecer as participações em tevês, debates, e o amor ao rádio (há anos participava religiosamente do programa Showtime, com João Alckmin, de São José dos Campos). Nunca deixou um amigo na mão, sem cobrar um centavo. Era só pedir. Entrevistas para teses, livros de amigos, sinopses de filmes sobre o Brasil.

Autodidata, culto, leitor voraz. Posso garantir ainda o quanto nos últimos tempos odiou profundamente tudo o que Bolsonaro e sua gente aprontou nesse governo que ele, pessoalmente, considerava de inclinação nazista, para vocês verem o que observava das tramoias que enfrentamos. O descaso com a Saúde, a Economia na mão do poste Ipiranga, o desmonte das áreas de Cultura e social, o descaso com a verdade, o violento incentivo ao armamento. Carlinhos era da paz.

Mas preciso voltar mais a falar do Carlinhos mench, em ídiche, gente, “alguém para admirar e imitar, alguém de caráter nobre. A chave para ser ‘um verdadeiro Mensch’ é nada menos que caráter, retidão, dignidade, um senso do que é certo, responsável, decoroso”, ensina o Wikipedia. Nossos escritórios sempre em casas de vilas prazerosas onde desde sempre criámos gatos e gatas, que inclusive chegaram na porta e ali passaram a morar. Morphy, Mel, Princesa… Na sua casa, o amado Vampeta, o negro de olhos amarelos, irmão da minha Vesgulha Love. Sempre tivemos bichos irmãos. Minha husky Morgana era irmã do Lobo. Carlinhos deixa órfãos, além dos filhos Rafael e Esther, os gatos, a branquinha Jade, que deu à esposa Berta, o Léo, o Chumbinho, a Laila. De um ano para cá a perda de Vampeta e da Mel o deixaram especialmente deprimido.

Não posso deixar de registrar que Carlinhos era corintiano roxo. Que Seleção, que nada! Futebol era Corinthians, sem mais conversas. Adorava mangar dos “porcos”, palmeirenses, e dos são-paulinos, salto alto, etc, etc… Times cariocas, ignorados, todos. Daí, claro, o corintiano gato Vampeta.

Telefone. Difícil encontrar alguém que gostasse mais do que ele de falar ao telefone, claro que se não fosse no horário do jogo do Timão – e a gente ao ouvir tocar e assim que ouvia sua voz já se preparava para no mínimo uma hora de variada e divertida conversa Vai ter um monte de amigos lembrando disso também. No telefone, enquanto falava, jogava paciência no computador, o único jogo a que se dedicou, se distraía assim, pensando no tema da coluna, quando dava uma parada. Computador que, aliás, que foi ele quem me apresentou à esta tecnologia e ensinou a usar pela primeira vez, aqueles ainda do sistema DOS, de letras verdes.

Tristeza é não escutar mais a sua voz cheia de planos mesmo lá no hospital, logo que deu a primeira melhorada. “Marlizoca…” Na recaída não ouvi mais esse chamado; não ouvirei. Como pode uma perda desse tamanho? Alguém com tantas dimensões na vida de tantas pessoas?

Ah, se for para escrever sobre ele! Muita coisa divertida também. Os mais próximos bem sabem as duas coisas que odiava, o-di-ava. Bacalhau. Palmito (achava que era crime de lesa humanidade). Em compensação, amava abacaxi. Mas que não viessem com nenhuma rodelinha branquela, desmilinguida, que ele fechava o tempo, senhores e senhoras. Até com o garçom, nas poucas vezes que o vi muito bravo. Tinha de ser amarelinho, lindo, daqueles que só se encontra lá pelos lados de Brodowski, perto da sua amada Franca, outra de suas grandes honras. Dividia São Paulo em Capital e “Grande Franca” no seu mapa particular. Ai de quem não reconhecesse isso, e os doces de lá – chegou a escrever colunas para o Jornal de Franca apenas em troca que lhe mandassem os doces e que quando não chegavam, reclamava o pagamento.

Vou parar agora, que está difícil demais conter as lágrimas. Quem agora vai me chamar de Marlizoca? Marli “Gançalves”? Definida por ele, sempre, como o cinto mais largo da imprensa brasileira por conta do meu hábito de usar atrevidas mini saias nos tempos do Jornal da Tarde, nos anos 80, onde infelizmente não cheguei a trabalhar com ele, nessa época já na Folha.

Galanteador, ah, jogava charme mesmo para cima das moças, mas isso vou manter entre nós as que assisti. Mulher feia? Não existia. “Não só não existe, como até já paguei por algumas”, brincava, maroto. Quantas confidências. Quantas coisas ele também sabia da minha vidinha, sempre apoiando minhas escapadas para encontros fortuitos em algumas tardes.

Chega. Tem uma coisa nessas lembranças e brincadeiras todas que agora vira terrível realidade. Qualquer coisa que ele tinha, tipo sei lá uma dor aqui ou ali, fazia um drama teatral e falava para eu já chamar a Chevra Kadisha, desde 1923 a instituição responsável pela administração e sepultamentos dos cemitérios israelitas do Estado de São Paulo e que oferece serviço funerário religioso para a comunidade judaica.

Sabem? – nesse momento em que escrevo, por incrível que pareça e nem sei como estou conseguindo, o coração de Carlinhos ainda bate, fraquinho, lá no hospital, nos seus últimos momentos de vida, anunciado no fim e desenganado pelos médicos aguardando o apagar de seu corpo na frieza de uma UTI. Será uma questão de horas. Amargas e incontáveis horas, depois de semanas de sofrimento e perdas no leito do hospital. E a Chevra Kadisha, então, será chamada.

Perdemos Carlinhos Brickmann. Eu perdi. O CB. Um irmão. Um amigo fiel. Com ele, se vai mais um pedação, quase uma vida, e de minha própria história.

SP, 17 de dezembro de 2022

p.s.: Acabo de saber que você se foi, às 17h30, enquanto eu escrevia totalmente ligada em você

Carlos Brickmann – Carlinhos

 

ARTIGO – Torcida. Por Marli Gonçalves

Torcida. Por isso. Por aquilo. A gente vive torcendo, uma loucura, nem que seja pra chegar ao fim do mês com as conta pagas. Pelo time, país, melhorias de vida, por amor. Torcida é difícil de ser medida, a não ser quando visível ou em movimento em estádios, nas ruas, nas redes. Mas quase nada é tão dilacerante e solitário quanto a torcida pela recuperação de um amigo ou ente querido.

One Person Standing Out From The Crowd Stock Photo, Picture And Royalty Free Image. Image 14095454.

Vai ter torcida sim, claro, que o Brasil tem tradição e dias de Copa do Mundo costumam ser especiais, divertidos, diferentes, seja aqui ou lá no Oriente. É só começar, a bola entrar em campo, o primeiro gol. Lembra? O país é repleto de conhecedores, palpiteiros, críticos e técnicos de futebol. A Seleção entra em campo, o Hino Nacional vai ser entoado e aqui e lá estaremos nós, audiência alta, mão no peito, errando a letra, comentando o cabelo e as tatuagens dos jogadores, esperando refrões à capela dos que estarão presentes. Por alguns dias serão esquecidas as pendengas eleitorais, e até o enjoado sequestro do verde e amarelo nos atos antidemocráticos. Basta um golzinho. Um golzinho só.

Também ali não teremos, no fundo, exatamente como interferir. No dia, no calor, no humor dos jogadores, condições físicas, no time adversário, nas sacanagens, faltas, decisões dos juízes, escalações, VAR.  Se vai ter protesto, quem vai ser notícia se desrespeitar as rígidas leis e mandos da cultura local. O pacote completo entra em campo e minuto a minuto dos 90 regulamentares será o olhar a movimentação no campo. O time todo representará o país, juntando corintianos, flamenguistas, palmeirenses, vascaínos, são-paulinos, atleticanos, etc.  – trocam as bandeiras por uma só. O barulho da torcida será a motivação, o empurrão, e assim vamos até onde der.

Mas cada um de nós tem uma torcida paralela, além do futebol.  Um “tomara”. Algo que almeja, preocupa, pede aos céus. Algumas dependem de esforços nesse sentido, trabalho. Poucas, contudo, dependem tanto de fé quanto quando um ente querido cai doente, internado, dependendo de cuidados, eficiência de medicamentos, reação do organismo, controle de órgãos vitais. Dependem de Ciência, médicos e equipes, e enfim e ao cabo dos desígnios de Deus. Ou, do que seja lá de qualquer fé se professe.

Não é a primeira vez que me vejo nessa torcida por alguém fundamental em minha vida. Aconteceu com minha mãe, com meu pai, com o drama vivido no passado por alguns melhores amigos. Décadas de vida já me deram algumas vezes essa experiência difícil e  me fizeram entender o quanto somos nadas,  frágeis e incapazes nesse momento, para tudo o que apelamos, queimando velas, orando, enviando energias e pensamentos positivos que se renovam e se esgotam revezando no baile dos dias, das horas e minutos, em que cada vitória é comemorada mais do que gol; cada derrota, um pênalti perdido ali na boca do gol, e a gente xinga bactérias malditas de tudo o quanto é nome. A seleção em campo nessa luta trocada a cada plantão.

Seguir firme, ansiando e esperando informações que não chegam – e comemorando isto por conta da velha lógica de que notícia ruim chega logo, chega antes. Toda uma vida passa diante dos olhos nessa torcida que, embora individual, se soma de forma muito bela, emotiva e carinhosa a todos os outros amigos que estejam onde estiverem –  e são muitos – preocupados, querendo fazer algo, buscar o inatingível, emanar solidariedade, diariamente buscando a conquista da taça mais importante do mundo nesse momento: a alegria da volta do jogador ao campo de batalha onde os seus feitos e histórias marcaram ou modificaram profunda e particularmente a vida de cada um de nós, e que esteve ao nosso lado sempre que precisamos.

Todos, juntos, viramos Maracanãs repletos. Ou, melhor, no caso específico, um Itaquerão, torcendo por um de seus mais fiéis corintianos.

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MARLI GONÇALVES – Jornalista, consultora de comunicação, editora do Chumbo Gordo, autora de Feminismo no Cotidiano – Bom para mulheres. E para homens também, pela Editora Contexto.  (Na Editora e na Amazon). marligo@uol.com.br / marli@brickmann.com.br

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ARTIGO – Como é o seu candidato ideal? Por Marli Gonçalves

Como é a pessoa em quem você votaria de olhos fechados, sairia feliz para votar até debaixo de chuva e frio, como se diz, ou até debaixo de facas, não temeria a pandemia e voltaria para casa orgulhoso por ter praticado a cidadania em sua melhor forma? Ela existe?

candidato

Mulher? Homem? Alguma causa social a ser defendida? Você se importa com o partido ao qual pertencem? É que temos tantos (33) que é até bem confuso, porque pouco eles se diferenciam entre si, sejam de centro, esquerda, direita, direções que cada vez mais apontá-las se torna indiferente nessa nova sociologia que enfrentamos. Existem tantos porque tem uma torneirinha que vaza nosso dinheiro para cada um deles.

Essa semana pensei muito nisso. Passamos por seis horas de imersão no tema eleições e marketing político, em curso online do jornalista e um dos experts no assunto, Carlos Brickmann. Foram seis horas, duas horas em três dias. Interessante pensar nos variados aspectos eleitorais pelo menos um pouco antes, e, especialmente, neste ano tão cheio de surpresas, mudanças, medo. Além da premente e visível necessidade de renovação e mudança. Tempo muito curto. Piscou, e vai chegar o dia, um domingo, 15 de novembro, primeiro turno; e onde houver segundo turno será 29 de novembro, apenas 14 dias depois.

Como será a presença? Terá forte abstenção? Vacina, até lá, desistam. A eleição atual será de âmbito municipal, prefeitos e vereadores, tudo o que é mais perto da gente, de onde moramos, vivemos, transitamos. A “outra”, nacional, federal e  estadual, tão esperada por grande parte da população que não sabe nem como é que chegaremos lá, tão destroçados que já estamos, só em 2022. Você seria a favor de que todas as eleições fossem unificadas? Gostaria que esta tivesse sido adiada? Você vai votar?

O tempo curto: a campanha começa oficialmente só no próximo dia 27 de setembro. Imagino que já deve ter recebido aceno de algum amigo ou conhecido que será candidato, com quem você há anos não falava e já esteja percebendo a candura e “saquinhos de bondades” de alguns prefeitos que adorariam se reeleger. Acredito ainda que já perceba de repente até algumas máquinas na pista e homens trabalhando em locais onde eram esperados já há algum tempo.

Nas nossas conversas sobre o assunto, na qual participaram pessoas de todas as regiões do país, percebemos a chegada de vários candidatos bem intencionados, que vão tentar serem eleitos para buscar contribuir com seus conhecimentos. Embora pelas Câmaras passem todos os assuntos, seria muito bom se nelas houvesse conhecimento mais preciso sobre temas como Saúde, Educação, Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano, Segurança Pública. Mas também é fundamental, muito especialmente, que a Câmara seja composta de forma diversificada e que atente também a temas comportamentais, como as questões de gênero, raça, entre outras que nos são tão caras e sempre tão esquecidas ou deixadas de lado.  Pense bem nisso quando for votar.

Na questão feminina, pela qual tenho especial apreço, pensa na importância de termos mais mulheres nos parlamentos. Não só pela luta pela igualdade, mas pelos aspectos que tanto nos afligem, e só a nós, que precisam ser consertados ou resgatados, inclusive em relação ao respeito aos direitos conquistados e nos tantos que ainda faltam. Cuidado com essa questão de cotas, onde muitas são postas apenas como números. Procure as que realmente fazem a diferença. É a hora das lideranças comunitárias, daquelas que há muito tempo guerreiam, sejam de qual idade forem. O mesmo para as questões LGBTs.

No curso, interessante, se concluiu que o povo vota por emoção, mas não gosta de quem ataca os adversários, especialmente se esse ataque for abaixo da linha da cintura. Agora não é hora de acirrar ainda mais essa divisão nacional, bolsonaristas, lulistas, etc… – mas, sim, hora – e oportunidade – de dissipá-las, em prol de uma união nacional. Vote em quem fala a verdade, aliás, quem sempre falou, porque nessa hora o que tem de gente esquecendo o que disse, o que escreveu, o que já prometeu e não cumpriu, não é brincadeira.

Se eu pudesse pedir voto, apenas diria: vote contra a ignorância que precisamos conter, com tanta força. Fique atento às notícias, promessas e informações falsas, a arma dos incompetentes. Muitas coisas talvez não dê para falar pessoalmente, nesse ano o contato será muito “digital”, com máscaras. Não se deixe enganar por quem é capaz de levantar, sem perceber, um anão, pensando ser uma criança. Esqueça a política antiga e, já que essa chegará em grande parte por redes sociais, utilize esse mesmo campo com consciência, seja para apoiar, seja para incrementar com os temas que farão a diferença nesse futuro ainda tão incerto que vivemos.

Ah, me conta, por favor, se puder, como é o seu candidato/candidata ideal? Não é de hoje que me dedico a tentar entender este país.

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MARLI GONÇALVES Jornalista, consultora de comunicação, editora do Chumbo Gordo, autora de Feminismo no Cotidiano – Bom para mulheres. E para homens também, pela Editora Contexto. À venda nas livrarias e online, pela Editora e pela Amazon.

marligo@uol.com.br / marli@brickmann.com.br

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Copa do Brasil: esse estilhaço do Carlos Brickmann define todos os times

bola_pulando_9Corinthians, campeão brasileiro.

Santos, campeão paulista.

Palmeiras, campeão da Copa do Brasil.

São Paulo com trânsito congestionado.

FONTE: ESTILHAÇOS – CHUMBO GORDOBOLAS DE PAPEL FLAMEJANTES

O Oitavo Selo, de Heloisa Seixas, um livro extraordinário lançado hoje em SP. Livraria Cultura. Ruy Castro está dentro, do livro, e da vida da autora, sua esposa, que conta das suas sete vidas numa narrativa envolvente e literária

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EU, RUY CASTRO E O CARLINHOS BRICKMANN

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HELOISA SEIXAS ABRAÇA UMA AMIGA: AUTORA DO OITAVO SELO – QUASE UM ROMANCE, A SUPER TALENTOSA E ESPOSA DO RUY CASTRO. CONHECÊ-LA VALEU A PENA

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DA ESQ PAR AA DIREITA, KRIGOR, CARLOS BRICKMANN, A ESPOSA DO KRIGOR E UM AMIGO. KRIGOR, PARA QUEM NÃO SABE, FOI, ALÉM DE DONO DA DUCAL, E ACHO QUE CONTINUA SENDO, O MEHOR AMIGO E MENTOR DE NADA MAIS NADA MENOS JOÃO GILBERTO. QUANDO FIZ – SIM – FUI UMA BOA PRODUTORA CULTURAL – OS SHOWS DE JOÃO EM SP, FICAMOS AMIGOS ( EU E JOÃO). UM DOS ORGULHINHOS QUE LEVO NESSA VIDICA. UM DIA CONTO MAIS DESSE PERÍODO. OS SHOWS FORAM PREMIO APCA DAQUELE ANO, 85

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EU E O IVSON, FOTOGRAFO DAS ANTIGAS , QUE ACOMPANHAVA O EVENTO

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Os jornalistas mais admirados do Brasil. Me sinto representada no Carlos Brickmann, com quem trabalho há décadas. Vote. Apoie. Divulgue. Veja lista completa.

Lista inicial consolida 246 nomes
FONTE: http://www.portaldosjornalistas.com.br/noticias-conteudo.aspx?id=2857

Colégio eleitoral é integrado por mais de 2 mil executivos de comunicação corporativa de todo o País. Segunda etapa consagrará os cem jornalistas mais admirados do Brasil

Chegou ao fim, com a indicação de 246 nomes (ver acima), a primeira etapa do projeto Os cem mais admirados jornalistas brasileiros. Nela, os pouco mais de 2 mil executivos de comunicação corporativa de todo o País, de agências e de empresas públicas e privadas, indicaram livremente até cinco nomes de jornalistas de sua admiração. Foram indicados, no total, 705 jornalistas e, desses, 246 se destacaram pelo número de indicações, classificando-se para a finalíssima que elegerá os cem mais. Nesta 5ª.feira (28/8), começa a segunda e derradeira etapa, em que os executivos voltarão a indicar, em ordem de preferência e da lista de 246 nomes, os cinco de sua preferência.

Os votos para a 1ª colocação valerão 5 pontos; para a 2ª colocação, 4 pontos; 3ª, 3 pontos; 4ª, 2 pontos; e 5ª, 1 ponto. E todos os indicados levarão para a segunda etapa os pontos acumulados na etapa preliminar, sendo que cada indicação recebida valerá um ponto. O período de indicações se estenderá até a meia noite do dia 15 de setembro, momento em que o sistema será bloqueado para o fechamento da pontuação final.

Segundo o idealizador do projeto e diretor de Jornalistas&Cia Eduardo Ribeiro, a lista finalizada mostra que um dos principais objetivos, que era o de valorizar também os colegas que atuam na retaguarda dos veículos, foi atingido: “A lista contempla pauteiros, repórteres, blogueiros, editores, âncoras, colunistas, comentaristas, chefias, enfim, praticamente todo o espectro do jornalismo e de todas as plataformas. Quem tiver curiosidade de olhar a relação, vai ali ver profissionais de jornal, revista, rádio, televisão (aberta e paga) e internet. Obviamente que há também muitos outros colegas valorosos que não entraram na lista, mas isso, a meu ver, poderá ser corrigido nas próximas edições, pois os próprios eleitores – no caso, os profissionais de comunicação corporativa – vão aprimorar seus votos. De nossa parte, parabenizamos a Maxpress pelo excelente e zeloso trabalho na apuração dessas indicações e também esses 246 jornalistas indicados. E não podemos deixar de agradecer a grande participação dos executivos de comunicação corporativa, num movimento que nos surpreendeu. Agora, é aguardar a lista final dos cem mais, ressaltando que os que até aqui chegaram já podem se considerar vitoriosos”.

Eduardo lembra ainda que entre os nomes há alguns que hoje não estão em funções essencialmente jornalísticas, mas “optamos por deixá-los na relação porque a indicação já demonstra que há entre os eleitores a percepção de que continuam jornalistas e também porque a atividade a que se dedicam de certo modo tangencia o jornalismo”.

Para Decio Paes Manso, da Maxpress, parceira do projeto, “o espírito da admiração, respeito, estima e consideração profissional se fez presente, de forma marcante, como ficou patente pelo alto índice de participação da comunidade da comunicação corporativa, na indicação dos jornalistas”.

Os cem nomes que obtiverem as maiores pontuações, na soma das duas etapas, serão anunciados como Os cem mais admirados jornalistas brasileiros, iniciativa que celebrará os 19 anos deste Jornalistas&Cia e os 23 anos da Maxpress, na edição especial que circulará no dia 24 de setembro. Nela serão conhecidos os mais admirados jornalistas do Brasil com as respectivas pontuações, destacando-se os Top 10, Top 50 e Top 100.

O trabalho tem na Coordenação Editorial Lena Miessva, na Coordenação da Pesquisa Magda Oliveira e na Coordenação Comercial Vinícius Ribeiro (vinicius@jornalistasecia.com.br) e Silvio Ribeiro (silvio@jornalistasecia.com.br). Profissionais de comunicação corporativa que não tiverem sido convidados a votar mas desejem fazê-lo devem solicitar sua inclusão a Lena Miessva, pelo lena@jornalistasecia.com.br.

Nossa mensagem de Natal: que 2013 seja um ano limpo em todos os jogos!

Como imprensa, vocês sabem, vivemos levantando ponta de tapetes e mostrando as sujeiras escondidas. A nós, jornalistas, cabe especialmente zelar para que a Terra continue a crescer, sempre livre no pensamento e limpa para podermos manter orgulho de caminhar sobre ela.

Mas o tempo agora é outro. A hora é de arrumação. Nossa.

104vacummCada um de nós é uma casa. Que abriga os amores e os amados. Guarda os sonhos e as conquistas. Onde nos escondemos dos ataques, cultivamos nossos pensamentos, ideias, criações. Aplainamos até o terreno onde deixaremos que se façam outras construções, dos vizinhos, dentro de nossas vidas.

Garantir as trancas dos portões, as bençãos das portas, o tapete para limpar os pés de toda a sujeira lá de fora, deixar entrar o ar fresco da renovação, o calor do Sol. Mãos à obra, arrumando a casa para enfrentar o próximo ano com segurança e confiança.

aalaundry     A hora é de arrumação de nossas casas. Fazer as listas de desejos, compras, cortes, decisões. Semear a terra, espanar os males para bem longe, enfeitar as almas, reciclar nossos pensamentos.

Realmente são muitas atividades só nossas.file154

Mas as que pudermos dividir – o amor, a solidariedade, a Paz, o compromisso com a Nação, a busca por um futuro digno – isso tudo, faremos juntos, na mesma direção, em 2013 e em todos os anos que pudermos.

aalady20ironsCONTE COM A GENTE.

POR UM 2013

MAIS LIMPO E PASSADO A LIMPO!

Carlos Brickmann / Berta Brickmann / Marli Gonçalves

E as rainhas daqui,

morfinhasMorphy e a Melmorphymel na comoda

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ATENÇÃO: Nossa folga do final de ano vai da  próxima terça-feira, 19 de dezembro/ 12 até a terça-feira,  dia 8 de Janeiro/ 2013.

Mas isso não quer dizer que a gente vai estar muito longe ou fora do ar, porque vocês sabem que a informação não para. Qualquer coisa, liguem para os nossos celulares:
(11) 9 – 8196-5541 – Carlinhos Brickmann/
(11) 9 – 9468-7878 – Marli Gonçalves

Brickmann&Associados Comunicação – B&A

Momento Coluna Social: Takes do lançamento do livro do fantástico e absoluto Newton Mesquita, na Saraiva, na última segunda-feira

neumanecarlinhos
José Nêumanne Pinto e Carlos Brickmann, no lançamento dos livros de Newton Mesquita ( retratando sua obra), lançado na Livraria Saraiva de HIgienópolis

autografo neumanne-newton mesquita
NEWTON MESQUITA, ALÉM DE PINTOR E ARTISTA PLÁSTICO ENTRE OS MELHORE S DO PAÍS,  TEM MAIS QUALIDADES: É CORINTIANO. E DETESTA FAZER AQUELE CABEÇALHO COMUM DE ASSINATURA, TIPO SÃO PAULO, TAL E TAL. REPARE QUE AQUI ELE DESENHA O BRASÃO DO CORINTHIANS NA DEDICATÓRIA PARA O JOSÉ NEUMANNE

Delegado de SP (Deic) proíbe seus comandados fazerem o sinal da cruz. Viu isso? Acha que não é coisa de homem. Pior: ele e o secretário continuam nas suas cadeiras.

Da coluna Carlos Brickmann. leia a coluna inteira AQUI

( ela só vai ser publicada amanhã nos jornais)

O delegado Nelson Silveira Guimarães, do DEIC paulista, proibiu seus homens de fazer o sinal da cruz. Diz que, para trabalhar com ele, os homens têm de ser destemidos. Insulta e discrimina os católicos. E está na cúpula da Polícia.

 

Artigos que eu assinaria embaixo – 2, sobre essa história toda de Copa. Esse, do Carlos Brickmann

Verás que os filhos teus fogem à luta

Chega de brincadeira: a presidente ficou irritada com Ricardo Teixeira, ficou irritada com a FIFA, ficou irritada com as exigências para a realização da Copa. Mas cedeu em tudo – menos, por enquanto, na meia-entrada para idosos.

Presidente, desculpe a ousadia deste colunista: se está irritada, tome um calmante. Depois, informe ao pessoal da FIFA o que eles já deveriam saber: que o país tem leis e que essas leis devem ser cumpridas. A FIFA é uma entidade privada e tem o direito de reivindicar medidas que aumentem seus lucros. O Governo brasileiro é uma entidade pública e tem o dever de exigir o respeito às leis.

Meia-entrada para estudantes, por exemplo. Este colunista é contra, por não conseguir entender como é que assistir a uma partida da Copa pela metade do preço vá estimular o estudo (ah, sim: a carteirinha de estudante, que dá direito à meia-entrada, é emitida e cobrada pela UNE, comandada pelo mesmo partido do ministro dos Esportes). Mas, quando decidiu realizar a Copa no Brasil, a FIFA conhecia as leis brasileiras. A Ambev produz e vende cervejas, cujo consumo é proibido nos estádios do país. É patrocinadora da Copa – e daí? Se a FIFA aceitasse o patrocínio da Cosa Nostra, iria exigir a liberação da cocaína nos estádios? E a Ambev, só lucra com cerveja? Sua linha de refrigerantes não é rentável?

Este colunista é favorável à realização da Copa no país – mas não a ponto de mudar as leis para agradar os donos do futebol. Se quiserem sair, saiam. O Brasil vive há 61 anos sem realizar a Copa. Não vai sumir se o jejum continuar.

GENIAL. DA COLUNA DE CARLOS BRICKMANN DE AMANHÃ

As colunas do Mestre Brickmann você pode ( e deve ) ler todas.

Visite sempre o nosso site: http://brickmann.com.br

Mudou o slogan

O velho “rouba mas faz” já foi superado. Hoje o lema é outro, mas mantém a precisão: “Rouba e não faz. E quando faz, faz mal feito”.

Saudades! Ando pra lá e para cá.Em compensação, tem coisas que você só vê aqui. Admita. Hoje é um pouco de Rede TV!( por dentro)

Não paro desde ontem.

Mas o tempo inteiro eu estou pensando no que trazer aqui para o nosso cantinho. Que seja uma imagem, uma informação diferente, um comentário sobre esse mundo estranho mundo.

Hoje, vou contar: – sabe qual foi o programa principal? Fomos, eu e o Carlinhos Brickmann, almoçar com o Diretor de Comunicação da Rede TV!, o amigo véio, Caetano Bedaque. Claro, na sede da Rede TV!, em Osasco, SP

Vocês não têm idéia do que é,  do que está aquela emissora. Sinceramente, estou chocada e muito bem surpreendida.

Andamos e futucamos em tudo quanto é estúdio, cantinho, pedacinho. Não  pude, infelizmente, fotografar tudo. Algumas coisas, até por uma questão de segurança. Mas vou contar: a Rede TV! está dando um banho de tecnologia digital, o que já inclui até 3-D, além de toda a programação já serem HD.

Todos os lugares, juro, e eu sou chata para ver essas coisas, têm um extremo bom gosto na decoração, com elegância. E o que é melhor: pensando em quem trabalha lá.

Assim, a luz é legal, a temperatura ( mesmo perto das ilhas de edição) é legal. Tem até “cheirinho” bom , daqueles tipo de lojas chiques tipo Osklen, sabe qual é?

O almoço estava ótimo, em um ambiente refinado, privado, mas sobretudo muito amável. Almoçamos eu, Carlinhos, Caetano e o Kaká, o Diretor de Programação, e que me deu uma aula de como eles manipulam os equipamentos.

Ali, todos tem IPADS e, de qualquer lugar do mundo podem – claro, quem manda e desmanda – editar programas e por no ar, com todos os detalhes.

Aproveitei, claro, e apresentei o nosso blog para ele no IPAD. Eu mesma não tinha visto como ficam maravilhosas as edições, que já saem especiais para o IPAD ( eu ainda não tenho, turma!).

Enfim, só quis dar uma satisfação. E vou mostrar as fotos que fiz, ok??

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Só para completar:

Por lá encontramos, além do mandachuva Amilcare Dallevo, com o Kennedy Alencar, com o gracinha do Nuno Cobra, que cobra de todo mundo um pouco de atividades físicas. Conheci a sala da Maira e um super, da sua equipe. Conhecemos também um diretor muito simpático, Cesar Azevedo, de Planejamento Estratégico.

Fora outros jornalistas, os camarins ( cada um mais lindo do que o outro, feito por decoradores famosos)…

ESPERO QUE VOCÊS TENHAM GOSTADO. DE TUDO.

Da coluna do Carlos Brickmann que será publicada amanhã nos jornais

Ranzinzas

Cá entre nós, as brigas entre Fernando Henrique e Lula não lembram os filmes de Jack Lemmon e Walther Matthau, em que dois velhinhos ranzinzas se odiavam mas dependiam um do outro para atingir certos objetivos comuns?

Assunto muito sério: leia esse post de Ricardo Kotscho. Agora ele está vendo a verdadeira face do Zé Cardozo, ministro da Justiça e dissimulado total

Quem nos acompanha já estava alertado que o atual Ministro da Justiça, também chamado de um dos Três Porquinhos de Dilma, o Zé Eduardo Cardozo, é um dissimulado.

E os dissimulados são um dos tipos mais terríveis de gente que se pode encontrar nesta vida.

Peço a leitura atenta deste post, publicado no Balaio do Kotscho, do jornalista Ricardo Kotscho, no sábado, 19 de fevereiro. Trata de um um pedido que um outro grande jornalista, Audálio Dantas, tentou fazer ao coisinha ministro. Sobre Wladimir Herzog.

Veja o que deu. E o grande Ricardo Kotscho lascou o pau, de forma legal e genial, até porque ele não esconde de ninguém sua ligação com Lula, o petismo, etc… A admiração pelo porquinho é que foi embora, enfim, no episódio. Escafedeu-se.

Mais um a ver a verdade…

Aproveito para publicar também, mais abaixo, um comentário feito – também lá no Balaio – pelo Carlos Brickmann, que lembra de outro assassinado pela ditadura, Chael, seu primo, e que nunca foi honrado pela turma que pertencia antes de ser morto. Nem por Dilma, com quem chegou a dividir uma célula.

Dilma chorou lágrimas de crocodilo em homenagem a ele, há alguns anos. Prometeu que de tudo faria para resolver as questões… E NADA.

Pois bem, a mãe de Chael, Dona Emília,  morreu ontem, domingo, sem ver a Justiça feita ao seu filho.

Assim, você pode ter uma noção de quanta coisa há para ser feita e dita. Mas que a poucos verdadeiramente interessa.

Olha aí. Esta é a história:

A terceira morte de Vlado Herzog

Pense num absurdo, em algo totalmente inverossímel, num completo desrespeito aos que querem contar a nossa história e à memória de quem tombou na luta pela redemocratização do país.

Pois foi isso que sentiu na pele esta semana o jornalista Audálio Dantas ao procurar o Arquivo Nacional, em Brasília, para poder finalizar o livro que está escrevendo sobre o seu colega Vladimir Herzog, o Vlado, torturado e morto nos porões do DOI-CODI durante a ditadura militar (1964-1985).

Vlado já tinha sofrido duas mortes anteriores: o assassinato propriamente dito por agentes do Estado quando estava preso e o IPM (Inquérito Policial Militar) que responsabilizou Vlado pela sua própria morte, concluindo pelo suicídio.

Esta semana, pode-se dizer que, por sua omissão, o Ministério da Justiça, agora responsável pelo Arquivo Nacional, matou Vladimir Herzog pela terceira vez, impedindo o acesso à sua história.

Muitos dos que foram perseguidos naquela época, presos e torturados, estão hoje no governo central, mas nem todos que chegaram ao poder têm consciência e sensibilidade para exercer o papel que lhes coube pelo destino.

É este, com certeza, o caso de Flávio Caetano, um sujeito que não conheço, chefe de gabinete do ministro da Justiça, meu velho ex-amigo José Eduardo Cardozo, por quem eu tinha muito respeito.

Digo ex-amigo pelos fatos acontecidos ao longo da última semana, que relatarei a seguir.

Na segunda-feira, Audalio Dantas me contou as dificuldades que estava encontrando para pesquisar documentos sobre o antigo Serviço Nacional de Informações (o famigerado SNI) no Arquivo Nacional, e pediu ajuda para falar com alguém no Ministério da Justiça.

Explique-se: um dos primeiros decretos baixados pela presidente Dilma Rousseff, o de nº 7430, de 17 de janeiro de 2011, determina a transferência do Arquivo Nacional e do Conselho Nacional de Arquivos da Casa Civil da Presidência da República para o Ministério da Justiça.

Por se tratar de quem se trata, presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo na época do crime praticado contra Vlado, o primeiro a denunciar o assassinato, profissional dos mais premiados e respeitados do país, com 57 anos de carreira _ provavelmente mais do que os nobres Cardozo e Caetano têm de idade _, encaminhei a Audálio o telefone do gabinete do ministro da Justiça.

E lhe recomendei que falasse diretamente com José Eduardo Cardozo, explicando a ele as absurdas dificuldades que estava encontrando no Arquivo Nacional para fazer o seu trabalho.

Foi muita ingenuidade minha, claro. A secretária de nome Rose, certamente sem ter a menor idéia de quem é Audálio Dantas e de quem foi Vladimir Herzog, informou que o chefe de gabinete, Flávio Caetano, estava “em reunião com o ministro”, garantindo que entraria em contato mais tarde.

Até aí, faz parte do jogo. Chefe de gabinete é para isso mesmo. Serve para fazer a triagem das demandas que chegam ao ministro, e não devem ser poucas.

“Deixar sem resposta mais de dez telefonemas, no caso de qualquer cidadão, não caracteriza apenas desleixo ou arrogância, mas falta de educação”, desabafa Audálio, com toda razão.

Pelo jeito, Flávio Caetano anda muito ocupado ou também nunca ouviu falar de Audálio e Herzog. Sem conseguir ser atendido por telefone pela excelência maior nem pelo seu chefe de gabinete, o jornalista-escritor resolveu encaminhar este e-mail ao Ministério da Justiça:

“Prezado Senhor Flávio Caetano

Provavelmente o senhor não me conhece, por isso apresento-me: sou Audálio Dantas, jornalista, ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo e da Federação Nacional dos Jornalistas, ex-deputado federal. Tentei vários contatos telefônicos com o senhor, sem resultado. Por isso envio-lhe esta mensagem.

Estou concluindo (com prazo para entregar à Editora Record) livro sobre o Caso Herzog, do qual fui parte. Necessitando de informações sobre o assunto, procurei, no último dia 10, o Arquivo Nacional _ Coordenação Regional de Brasília, que mantém a guarda dos papéis do Serviço Nacional de Informações. Depois de me identificar, preenchi fichas de solicitação, tomando o cuidado de acrescentar informações adicionais sobre o caso, hoje referência histórica.

Como dispunha apenas de uma cópia de procuração que foi dada pela viúva de Herzog, Clarice, datada de agosto de 2010, disseram-me que era necessário documento original, com data mais recente. Já estava para buscar outra procuração quando recebi (dia 14/02) ofício em que se exige, além da procuração:

– Certidão de óbito de Vladimir Herzog
-Certidão de casamento

Considero que, em se tratando de caso histórico, de amplo conhecimento, e quando se sabe que a União foi responsabilizada na Justiça pelo assassinato de Herzog, tais exigências são absurdas e até desrespeitosas. Que atestado de óbito terá a viúva para mostrar? O que foi lavrado com base no laudo do médico Harry Shibata, que servia ao DOI-CODI e confessou tê-lo assinado sem ver o corpo? E que certidão de casamento terá Clarice Herzog juntado à ação que impetrou contra a União pela morte do marido?

E se a pesquisa fosse sobre o ex-deputado Rubens Paiva, quem forneceria o atestado de óbito? Desse jeito, ninguém conseguirá saber sobre ele no Arquivo Nacional.

Gostaria de discutir mais a questão que envolve, parece, deliberada dificultação de pesquisa. Ou, no mínimo, desconhecimento histórico por parte desse órgão público.

Faço questão que essas informações cheguem ao conhecimento do ministro José Eduardo Cardozo, que deve conhecer minha história.

No aguardo de uma resposta,
Atenciosamente,

Audálio Dantas”.

No momento em que escrevo este texto, no final da tarde de sábado, dia 19/02, Audálio continua esperando uma resposta. Na melhor das hipóteses, suas informações não chegaram às mãos do ministro José Eduardo Cardozo. Não tenho como saber porque também não consegui falar com o ministro.

Na sexta-feira à tarde, depois de ler o e-mail acima que Audálio enviou ao chefe de gabinete, sem receber retorno, liguei para o gabinete do ministro. A secretária que atendeu já ia me despachando direto para a assessoria de imprensa do ministério. Fui bem educado ao lhe explicar:

“Minha senhora, eu não quero entrevistar o ministro. Eu preciso falar com ele pessoalmente sobre um caso grave e urgente do qual ele deve tomar conhecimento”.

Só aí ela permitiu que eu soletrasse meu sobrenome, respondeu-me que sabia quem eu era, pediu os números dos meus telefones e, imaginei, cuidou de passar a ligação para o ministro. Minutos de silêncio depois, a secretária voltou para me dizer, sem muita convicção, que o ministro estava ocupado e me ligaria em seguida. Também estou esperando até agora.

Na hierarquia da falta de respeito pela própria função que exerce, o menos responsável nesta história é o funcionário de nome Raines, que se apresentou como historiador ao atender (ou melhor, deixou de atender) Audálio Dantas.

A sua superiora, Maria Esperança de Resende, coordenadora-geral da Coordenação Regional do Arquivo Nacional no Distrito Federal, é quem assina o absurdo pedido de documentos. Alguém superior a ela a colocou lá sem perguntar se as suas qualificações eram adequadas ao seu pomposo cargo no comando do Arquivo Nacional.

Talvez o jeito mais simples e barato de resolver este problema seja baixar outro decreto presidencial e devolver o Arquivo Nacional à Casa Civil da Presidência da República, como era antes, já que o Ministério da Justiça não parece muito interessado no assunto nem preocupado com o seu funcionamento.

Das duas uma: ou Cardoso está muito mal assessorado ou não entendeu ainda quais são os seus compromissos e responsabilidades no Ministério da Justiça do governo de Dilma Rousseff, a presidente da República que, ao contrário de Vladimir Herzog, conseguiu sobreviver às torturas na ditadura militar.

Autor: Ricardo KotschoCategoria(s): Blog http://colunistas.ig.com.br/ricardokotscho/

E O COMENTÁRIO DO CARLOS BRICKMANN, QUE CITEI

1.     Carlos Brickmann disse:

Ricardo: esta história não lhe lembra a do Chael Charles Schreier? Por indicação sua, enviei mensagem ao então ministro Paulo Vanucchi, e ele simplesmente não respondeu. É o mesmo caso do tal Caetano, do tal Cardozo: é melhor fingir que não é com eles, que assim não dá trabalho. Solidariedade total ao Audálio, solidariedade total a você. E, quanto ao boquinheiro que acha que você quer voltar para a Folha, só uma informação: se quisesse, voltaria no mesmo dia a qualquer redação em que já trabalhou.

Prepare-se. Tem delícias assim na coluna do Carlinhos Brickmann

Vai lá no www.brickmann.com.br daqui a pouco que a coluna que será publicada pelos jornais amanhã estará lá.

Com pérolas como essa:

Rosquinha apreciada

O deputado do PR goiano Sandro Mabel, que tanta confusão causou na eleição para presidente da Câmara, não se chama Mabel: adotou o nome em homenagem à marca dos biscoitos que fabrica. Esses biscoitos, que Sua Excelência distribui fartamente aos colegas, explicam boa parte de seu prestígio na Casa.

E MAIS:

 DESDOBRAMENTOS DO CASO DAQUELE DELEGADO SAFADO QUE AGREDIU O CADEIRANTE EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, QUE O  CARLINHOS FOI O PRIMEIRO A PUBLICAR. LEMBRA? aqui

Da coluna de Carlos Brickmann, amanhã nos jornais. Adorei a parte dos caras tentando matar formigas e acertando o helicóptero.

 

Rigoroso inquérito

É verdade, este colunista garante: o delegado de Combate às Drogas do Rio, Pedro Medina, disse que vai investigar se os tiros que atingiram o helicóptero da Rede Globo foram intencionais. Será uma investigação difícil: pode ser, por exemplo, que algum bandido, mostrando seu novo brinquedo a um cúmplice, tenha disparado por engano, acertando alguns tiros no helicóptero. Ou, pior ainda, pode ter feito alguns disparos contra um formigueiro próximo, para acabar com a infestação de formigas, e as balas tenham ricocheteado e acertado o Globocop.

Enfim, é bom ouvir o que eles dizem e saber quem cuida de nossa segurança.

 

Veja a coluna de Carlos Brickmann, completa, clicando AQUI

Eu não queria que você perdesse essa definição, para os tucanos

Clique na imagem, que mexe

A coluna do Carlinhos Brickmann que será publicada amanhã em vários jornais do país já está no ar.

 

Mas eu não queria que você perdesse uma nota deliciosa, entre as outras, para desopilar um pouco nosso fígado tão amargurado nos últimos dias e trouxe para você, aqui.

Clique na imagem, que mexe

Geraldo detestava Sergio Guerra que também não gostava de Geraldo que não gostava de Serra e só de vez em quando gostava de Aécio que não gostava de ninguém, exceto dele mesmo, mas sabe fingir que é uma beleza.

Os tucanos são a única legenda que merece o nome que tem: partido.

Leia a coluna inteira em: www.brickmann.com.br

Devaneios reais do jornalista Carlos Brickmann. Para lavar nossa alma, depois de tanto descalabro.

Você encontra a coluna inteira do Carlos Brickmann,que será publicada amanhã em alguns jornais de todo o país, no nosso site www.brickmann.com.br

VALE A PENA!

E eles, cavalões, comendo

O imperador romano Calígula nomeou seu cavalo favorito, Incitatus, para o Senado – naquele tempo, o Congresso só tinha uma Casa. Há quem diga que Calígula nomeou Incitatus para demonstrar seu desprezo pelos senadores da época, um bando de gente sem espinha que só queria os favores do trono; há quem diga que, sem prejuízo de sua opinião sobre os parlamentares, Calígula nomeou Incitatus porque estava doido (o que também era verdade). Incitatus tinha 18 assessores, dispunha de fortuna pessoal (colares de pedras preciosas), usava mantas nas cores reservadas ao imperador. Custava caro, Incitatus; mas até que seu mandato saiu barato, porque besteiras pelo menos não fazia.

Bons tempos, bons tempos. Incitatus se contentava com feno e alfafa, não dava muita importância às honras com que o cumulavam (uma estátua de mármore em tamanho natural, por exemplo, com base em marfim), e ao que se saiba jamais pleiteou cargos na administração nem fraudou o Orçamento. Jamais recebeu sequer os salários referentes ao cargo; ignorava solenemente os múltiplos auxílios, ajudas, verbas, passagens. Nepotismo, nem pensar. Sua ficha era limpa, cândida – como cândida deveria ser a túnica de um candidato sem mancha.

Que os leitores perdoem este colunista pelas divagações históricas de fim de ano, que obviamente nada têm a ver com o presente. E pelas lembranças poéticas. O título deste artigo foi inspirado no Rondó dos Cavalinhos, do grande Manuel Bandeira: “Os cavalinhos correndo/ e nós, cavalões, comendo”.

Brilhante frase, do jornalista Carlos Brickmann. Frase não, conselho. Aos bem educados e aos que não gostam de mentir

Etiqueta congressual

Se mandar um e-mail a algum parlamentar, evite chamá-lo de “caro amigo”. A boa educação ensina que nem tudo o que é verdade deve ser dito.

 

( Acredite. Vai valer a pena: amanhã à tarde você lerá mais na coluna dele, completa, no www.brickmann.com.br. Alguém tem de dizer,né?)

Bingo! Na mosca.

UMA PRÉVIA DA COLUNA DE CARLOS BRICKMANN,

MAIS no www.brickmann.com.br e amanhã em vários jornais do país

mosquinha na moscaDo mal vem o bem

O deputado Paulinho da Força propõe que os impostos pagos pelos bingos sejam destinados à saúde. O projeto atual propõe que os impostos sejam divididos entre Cultura, Esporte e Saúde (mas há que sugira que a Segurança também receba algum). O deputado Régis de Oliveira propõe que os bingos fiquem a 500 metros, no mínimo, de escolas e templos. Se o bingo é tão bom, por que não pode ficar perto de templos? Se não pode nem ficar perto de quem busca um contato com Deus, seu poder maligno deve ser imenso – então, por que tolerá-lo?