#ADEHOJE, #ADODIA – FELIZ DEZEMBRO! MAS LEMBRA DE TUDO O QUE TEMOS DE FAZER AINDA.
#ADEHOJE, #ADODIA – FELIZ DEZEMBRO! MAS LEMBRA DE TUDO O QUE TEMOS DE FAZER AINDA.
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Marli Gonçalves, jornalista – Pã, papam, pã-pam, papapapaaaam. Só usem de novo, por favor, quando for para noticiar que encontraram a solução para que a gente volte à vida normal. E que outros só surjam para informar avanços da ciência, a descoberta de curas para os males do mundo.
Brasil, isso é certeza. É aqui. Só pode. 2017
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Tentei ficar por aqui quietinha, quietinha, esperando setembro passar. Mas estou vendo ataques tão sórdidos, tão desleais, pagos a soldo, sem propósito, maledicentes e mentirosos que não vejo restar outra alternativa aos que pelo menos tentam ser do bem. É preciso rejeitá-los sem dó sob o custo de sairmos dessa campanha num país ainda mais lastimável, terra arrasada. E Deus não vai ter nada a ver com isso
Nunca pensei que fosse ver de novo quão desesperadora a situação de uns e o medo de outros em perder a boquinha – ou tentar ganhá-la – como nessa eleição para a Presidência da República, principalmente nos últimos dias. Vinha vindo tudo calminho, educado até, com alguma cortesia entre os três primeiros colocados. Aí caiu o avião que imediatamente de alguma forma já mudou o país. Ascendeu Marina Silva como um foguete, e embora ela seja lenta, em poucos dias uma nova campanha entrou no ar. Imediatamente chegou junto o lado mais escuro e obscuro da força. Não é mais competição; virou guerra. E muito suja.
A frágil Marina, que nem é tão frágil assim pelo que vemos, já que responde com firmeza e determinação, agora é a única a quem cobram para ter tudo pronto, apresentar solução até para bicho de pé. Tudo o que diz tem de fazer muito sentido, ser basicamente um plano com começo, meio e fim. Perceberam? Não faz um mês que entrou – antes era apenas uma vice, e os vices são vices, estava abrigada numa sigla para não ficar com a sua rede no sereno – e agora até um ministério já estão chutando para ela. Se fala disso, copiou. Se muda uma vírgula, é porque voltou atrás. Se a amiga é rica, problema. Se trabalhou e ganhou, problema. Se não trabalhasse ia viver de quê? Do fundo partidário que não seria, já que todos os obstáculos, pedras, tachinhas e barreiras impediram a criação de seu partido.
Só acho engraçado cobrarem tanta coerência e significado das promessas só da parte dela, quando, por exemplo, são famosos os discursos sem pé nem cabeça da Dilma, a candidata e a presidente, o que é pior, uma vez que faz isso há 4 anos todos os dias. Basta que a deixem falar de improviso, sem ler o papelzinho. Depois é só tentar espremer as palavras ao vento que profere com seu ar mandão, e enfim dar muita risada. O mineirinho também não fica atrás. Fala em reformar isso, aquilo, tudo por cima, tudo geral. Ninguém nos fala ao coração, do nosso dia a dia, do Futuro, de como poderemos acompanhar as mudanças, a tecnologia, os novos desafios do comportamento.
Agora, ainda por cima, enquanto nós, mortais, tentamos manter nossas cabeças fora d água num país parado, inquieto, recessivo, passaram a apelar para Deus! Apelar para a religião, como se o Estado laico não fosse uma de nossas maiores preciosidades a preservar, garantia que devemos defender com unhas e dentes e pontapés, já que é com isso mesmo que combateremos inclusive esses pastores e emissários reacionários, atrasados, essa gente que tenta nos atazanar se imiscuindo na nossa sagrada vida privada. Fora que ninguém precisa de autorização para ser gay, que eu saiba, pelo menos. Vão lamber sabão para ver se faz bolhas!
Escrevo essa defesa por mim, não entendam como posição política. Só me respondam. Durante muito tempo, por exemplo, consultei o I-Ching, e foi bom. Quem de vocês aí do outro lado deixou de dar uma espiadinha no horóscopo do jornal, não se interessou por aquela vidente que joga um tarô fenomenal, foi ver aquele babalorixá dos búzios, não levantou as mãos e os olhos para o céu agradecendo ao invisível? Quem não pulou sete ondinhas, fez sinal do padre, promessa? Quem, espírita, não recorreu a alguns dos ensinamentos psicografados pelos mestres ? Ou a aqueles livrinhos Minutos de Sabedoria, aos calendários Seicho-No-Ie, aos livros de Paulo Coelho ( agora chutei o pau da barraca) ou mesmo aos biscoitinhos chineses da sorte ou ao papagaio do realejo? Digam: qual é o problema da Marina dizer que consulta a Bíblia? Vocês acham mesmo que, caso eleita, ela vá tomar as decisões só abrindo o livrão, fechada no banheiro? Se nem o pessoal da esquerda abre mais O Capital, ou o Livro Vermelho do Mao-Tsé Tung! Do lado da Marina, do Aécio, da Dilma, do Eduardo Jorge, de todos, igual com a gente, estão pessoas com todos os tipos de crença. Bom respeitá-las. Se não fizerem mal a ninguém, a nós também não farão, a não ser que atiremos pedras.
Façam-me o favor. Todos os candidatos têm gente legal ao lado, para buscar formar uma equipe. Não são monolitos, ditadores que imporão usos e costumes – isso era lá na ditadura, e nela, para ela, não tinha eleição. Era só porrada, ordem; não queremos mais isso. Queremos discutir usos e costumes, mas a sério. O direito ao aborto, a legalização das drogas, a utilização das redentoras células-tronco, mudanças no Código Penal. Queremos ciência, filosofia, pesquisa, tecnologia acessível. Ir às estrelas se nos for possível.
A gente não quer só comida. A vida é maior que a economia, que agora volta a frequentar as colunas de jornais como há tempos atrás, de forma pesada e quando invadia todos os cadernos. A vida é maior do que as elucubrações que vêm gastando páginas e páginas, canetas, batucadas nas pretinhas, para analisar os ditos e não ditos. Contradições, turma, todos nós temos, basta abrir o baú, inclusive o de alguns analistas que já acharam “outras” coisas tempos atrás, gente séria. Só não revirem – nem abram – os baús dos que atacam de forma tão sórdida como nos últimos dias. Deles, só cairão moedas, traições e um enorme apego à boquinha, ao bico onde mamam.
Da Bíblia eu aqui só sei, confesso, que é um livro grande que nunca li. Mas desde pequena uma delas, bem bonita, que vinha com a Enciclopédia Barsa, lembram?, ficava aberta na sala da casa de meus pais. Uma vez perguntei a minha mãe o porque, se era só um enfeite já que ninguém nunca foi muito católico por lá. Ao que ela respondeu, rápida: “Não, filha, dá sorte!”.
Vou confiar nisso.
São Paulo, 2014 Marli Gonçalves é jornalista – – Ainda não decidiu em quem vai votar. Mas do jeito que estão atacando a Marina Silva, vou fazer igual ao que ouvi de um amigo: “Daqui a pouco, de tanto tentarem destruí-la, vão me forçar a gostar dela”.
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marli@brickmann.com.br
marligo@uol.com.br
Do UOL Ciência e Saúde
Em São Paulo
O buchicho que de tempos em tempos vem à tona voltou a circular na internet: “Você sabia que o sêmen tem propriedades antidepressivas?”. Segundo uma pesquisa do psicólogo Gordon G. Jr. Gallup, publicada na revista Archieves of Sexual Behavior (Arquivos do Comportamento Sexual), tem sim.
O professor da Universidade Estadual de Nova York em Albany acompanhou 293 estudantes americanas em 2002 e concluiu que aquelas que faziam sexo sem camisinha apresentavam menores níveis de depressão do que aquelas que usavam o preservativo sempre ou geralmente e também daquelas que não faziam sexo.
Como a diferença entre quem não fazia sexo e aquelas que usavam proteção não foi significativa, atribuir a felicidade ao sexo estava excluído.
Gordon Gallup conta em entrevista à Jennifer Abbasi do Popsci veiculada nesta quinta-feira (05) que “o plasma seminal deve controlar e manipular o sistema reprodutivo feminino para trabalhar de acordo com o melhor interesse do doador, o homem”. É possível encontrar no plasma hormônios como estrogênio, prostaglandinas e ocitocina. Os dois primeiros têm sido associados a menores níveis de depressão, enquanto a ocitocina é conhecida por hormônio do amor, por favorecer o contato social.
Ele conta ainda que em um recente estudo, não publicado, descobriu que as mulheres podem sofrer quando ficam sem sêmen. De acordo com o pesquisador, as mulheres em relacionamentos estáveis que tinham relações sexuais desprotegidas foram muito mais devastadas e negativamente afetadas depois de um rompimento do que aquelas que faziam uso de preservativos.
Pesquisa de Cambridge aponta que espécie de inseto tem os maiores testículos em relação à massa corporal
Cientistas da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, identificaram uma espécie de grilo como sendo o animal com os maiores testículos em relação à massa corporal.
Segundo os pesquisadores, que fizeram o estudo em conjuto com cientistas da Universidade de Derby, também na Inglaterra, os testículos dos grilos da espécie Platycleis affinis correspondem a 14% da massa corporal do animal.
O animal com o segundo maior testículo em relação à massa corporal é a Drosophila bifurca, uma mosca de fruta cujos testículos equivalem a 10,6% de sua massa.
Pesquisador Karim Vahed exibe grilo e tamanho dos testículos em relação ao corpo do inseto
Karim Vahed, biólogo líder da pesquisa, afirma que ficou surpreso com os resultados do levantamento. “Não pude acreditar no tamanho desses órgãos”, disse ele, em referência aos testículos do grilo. “Eles pareciam preencher todo o abdômen”, completou.
A equipe de Vahed analisou mais de 21 espécies de grilos e concluiu que os testículos eram proporcionalmente maiores nas espécies em que as fêmeas acasalavam com mais de um macho. A fêmea da espécie Platycleis affinis, por exemplo, acasala com 23 machos diferentes ao longo da sua vida adulta, que dura apenas dois meses.
Tradicionalmente, é seguro afirmar que quando as fêmeas são promíscuas, os machos têm testículos maiores para oferecer um grande número de espermatozóides para competir com outros machos. Segundo Vahed, no entanto, o grilo da espécie Platycleis affinis contraria essa regra e produz menos espermatozóides por ejaculação.
“Nosso estudo mostra que temos que repensar essa suposição. Parece que os testículos podem ser grandes simplesmente para permitir que os machos possam acasalar várias vezes sem que suas reservas de esperma se esgotem”, explicou o comunicado emitido pelos cientistas
PARIS, 3 novembro 2010 (AFP) – O homem de Neandertal talvez seja lembrado apenas como aquele nosso ancestral de aparência carrancuda e sempre munido de um tacape, mas em um importante aspecto de sua vida social esses homens das cavernas podem causar inveja a seus descendentes modernos: a grande intensidade de suas atividades sexuais.
É o que afirma um estudo publicado pelo Journal Proceedings of the British Royal Society, que sugere que o comprimento do dedo pode indicar promiscuidade entre hominídeos, como a antiga família dos humanos é conhecida.
Pesquisadores liderados por Emma Nelson, da Universidade de Liverpool, noroeste da Inglaterra, observaram fósseis de dedos de quatro espécies de hominídeos.
Esses fósseis compreendem o Ardipithecus ramidus, um hominídeo que viveu cerca de 4,4 milhões de anos atrás; o Australopithecus afarensis, entre três e quatro milhões de anos, os Neandertais, que desapareceram há cerca de 28 mil anos; e um fóssil de um Homo sapiens, como os humanos modernos são anatomicamente conhecidos, de cerca de 90 mil anos de idade.
A teoria de Emma Nelson é baseada na razão entre o comprimento do dedo indicador se comparado com o dedo anelar.
Pesquisas anteriores realizadas por seu grupo concluíram que a exposição no útero a hormônios sexuais como andrógenos, nos quais se inclui a testosterona, afeta o comprimento dos dedos – e comportamentos sociais futuros.
Altos índices de andrógenos no útero aumentam o comprimento do dedo anelar em relação ao segundo dedo, que assim diminui a proporção.
Eles também estão relacionados com competitividade e promiscuidade, de acordo com a pesquisa.
Então como ocorreu com os primatas?
Uma baixa proporção dos dedos apresentada pelo Ardipithecus ramidus indicou que ele era mais despudorado, enquanto uma alta proporção nos dedos do Australopithecus afarensis demonstrava a preferência por exclusividade.
Enquanto isso, as proporções baixas dos Neandertais e dos primeiros humanos “sugerem que os dois grupos podem ter sido mais promíscuos que a maioria das populações humanas”, afirmam os autores.
Os cientistas admitem que sua abordagem é nova, e são necessárias mais evidências para lançar luz sobre o comportamento social dos seres humanos antigos.
“Apesar das proporções dos dedos fornecerem algumas sugestões muito excitantes sobre o comportamento dos hominídeos, aceitamos que a evidência é limitada e para confirmar essas descobertas realmente precisamos de mais fósseis”, disse Nelson.
As conclusões do estudo acrescentaram um novo elemento no debate sobre a linhagem humana. Mais espécies promíscuas de hominídeos teriam uma vantagem sobre as monogâmicas, em termos de número e tamanho do grupo genético.
“A harmonia entre o casal, em um sentido amplo, é universal entre humanos, mas não se sabe quando a transição de um sistema promíscuo para um estável ocorreu”, conclui o estudo.