Nota ABRAJI contra a violência, a truculência e ignorância da polícia carioca

JORNALISTA 1Abraji repudia agressões a jornalistas no Rio de Janeiro

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) repudia as ações da Polícia do Rio contra jornalistas durante protestos na noite de segunda-feira (22). Dois repórteres do Mídia NINJA foram levados a uma delegacia para averiguações. Um fotógrafo da AFP foi agredido na cabeça com golpes de cassetete.JONALISTA 2

Agentes da PM detiveram dois integrantes do movimento Mídia NINJA que transmitiam pela internet os protestos na região de Laranjeiras, zona Sul do Rio. Felipe Peçanha foi levado até a delegacia do Catete. Pouco depois, seu colega Felipe Assis, que estava transmitindo imagens do lado de fora, também foi detido.

Ambos foram liberados depois de duas horas na delegacia.

O fotógrafo Yasuyoshi Chiba, que registrava os mesmos protestos contra os gastos com a recepção do Papa Francisco, foi agredido por um PM com golpes de cassetete na cabeça. Ele precisou ser levado ao hospital para realização de exames e curativos. O também fotógrafo Marcelo Carnaval, de O Globo, foi ferido nos confrontos ao ser atingido na cabeça por uma pedra.

graphics-journalist-335913A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo repudia este novo episódio de ação violenta da Polícia Militar do Rio de Janeiro contra profissionais da imprensa. O Estado, ao contrário, deve prevenir e investigar intimidações e ameaças a comunicadores sociais. É o que determina a Declaração de Princípios sobre Liberdade de Expressão da Organização dos Estados Americanos. É preocupante que a polícia do Rio de Janeiro reincida nesta prática tão característica de regimes autoritários. A agressão e as prisões dessa segunda-feira (22.jul.2013) constituem ofensa violenta ao livre exercício da comunicação. Nenhuma instituição que apoie a democracia pode tolerar conduta deste tipo.JORNALSITA 3