Meraldo Zisman convida a todos para o lançamento do seu livro:
Cotidiano em Movimento – Crônicas de Meraldo Zisman
que acontecerá no dia 21 de julho às 19h30 na Academia Pernambucana de Letras
Local: Av. Rui Barbosa, 1559 – Recife -PE.
O PRÓPRIO AUTOR NOS FAZ A APRESENTAÇÃO.
O MERALDO É UM CRONISTA FANTÁSTICO , UMA DAQUELAS PESSOAS GOSTOSAS E QUE SABE TUDO, ALÉM DE SER MÉDICO E PSICOTERAPEUTA. E ELE SABE PORQUE VIVEU.
COM VOCÊS,
meraldo zisman
APRESENTAÇÃO
Cotidiano em movimento
Lanço este pequeno livro Cotidiano em Movimento, uma coletânea de crônicas publicadas no caderno Opinião do Diário de Pernambuco (entre 2005 e 2015) graças à acolhida do então Presidente Joezil Barros.
O livro é pequeno porque é descarnado de valor literário e ao mesmo tempo grande pois contém muitas crônicas, algumas das quais deveriam ser cortadas. Deixei-as para obedecer à ordem cronológica. Não procure nele a estrutura de um livro. Carece de unidade íntima. O que sei é que cada uma das crônicas decorreu de um determinado estado de espírito, lugar, e tempo do autor.
Sou um homem afetuoso e tenho muito cuidado para não ferir nenhuma pessoa injustamente. Caso tenha sido áspero com alguém ou tenha parecido sê-lo, incluo “esta maneira de ser” entre as minhas poucas qualidades.
Possuo mais de meio século de pratica médica, para falar somente dela; outras coisas prefiro não discutir.
Seja do Recife, cidade onde nasci, no Rio de Janeiro, ou em Bristol, Oxford ou Londres. Quando eu mudava de cidade a Madame Medicina continuava a ser meu par constante. Admiro os clássicos de todas às Artes. Conseguem juntar às dissonâncias das inquietações humanas sem abandonarem o encanto da atualidade.
Até hoje não sei com quantos quilos de medo e de poder se faz uma tradição ou preconceito. Burrices bastam as minhas. Pois delas não posso fugir nem me livrar. Nasceram comigo e juntos morreremos. Não me peça para aguentar asneiras dos outros. É pedir o impossível. Desde que não fiz fortuna pessoal, não tenho o direito de ser nem um pouco injusto, inconveniente ou desonesto. Sou apenas curioso. E tenho certeza de que a melhor e mais inteligente reposta vale menos que qualquer pergunta.
Cada vez mais tenho certeza de que o órgão mais sensível do homem ou da mulher é o bolso. Portanto, não escrevo para mudar a cabeça dos meus infrequentes leitores, nem mesmo pretendo que venham a modificar a minha. Escrevo por afoiteza, apesar de todas essas tecnologias, dessa modernidade liquida contemporânea. O importante é a vida. O tempo da vida é o tempo da memória mesmo a da palavra escrita.
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Sou um homem limitado e a melhor das minhas emoções deixei vazar nessas cônicas que apelidei de croniquetas, pois, como afirmava o cronista Rubem Braga (1913 —1990): “A crônica tem que ser uma escrita muito pessoal”. “Para ser crônica tem que ser assinada” … Elas não toleram anonimatos. Não existe crônica anônima.