#ADEHOJE – E OS NOSSOS MENINOS NÃO PUDERAM SAIR DA CAVERNA CONTÂINER…

#ADEHOJE – E OS NOSSOS MENINOS NÃO PUDERAM SAIR DA CAVERNA CONTÂINER…

 

SÓ UM MINUTO

– A CADA HORA FICAMOS SABENDO DE DETALHES MAIS ESCABROSOS SOBRE O INCÊNDIO QUE MATOU 10 JOVENS, FERIU GRAVEMENTE 3 NO CENTRO DE TREINAMENTO do Flamengo em mais uma tenebrosa sexta-feira que vivemos. A “caverna” deles, contêineres onde dormiam como em um curral tinha apenas uma porta de saída, que se encheu de sangue, fogo e fumaça. O Flamengo, acreditem, hoje tem seus jogadores profissionais treinando normalmente no Ninho do Urubu, como se nada tivesse acontecido e como se o clube não nos devesse graves explicações. Os meninos javalis sobreviveram. Os meninos urubus viraram cinzas. O local era absolutamente clandestino, não tinha permissão, nunca houve preocupação se poderia ocorrer algo. Não pudemos salvar os meninos da terrível caverna do descaso. O mundo chora.

ARTIGO – Escovar palavras em busca de ossos. Por Marli Gonçalves

ESCOVAR PALAVRAS EM BUSCA DE OSSOS

MARLI GONÇALVES

Precisarei, contudo, de uma escova de cerdas de aço para seguir o ensinamento do mestre Manoel de Barros. Escovar palavras. Preciso desembaraçá-las, dar-lhes uma forma para que não ofendam os mais sensíveis. As que me vêm à mente para descrever as cenas da tragédia e do mar de lama de Brumadinho são muito duras, nervosas, indignadas. E agora será preciso que até lá cheguem também palavras de esperança e beleza, como a da chuva de pétalas de rosas com as quais os bombeiros homenagearam os mortos e desaparecidos

Tomo emprestada do poeta Manoel de Barros (1916-2014) a expressão que cunhou em suas palavras recordando a infância, quando viu homens “escovando ossos”, e que depois aprendeu serem arqueólogos que buscavam vestígios de antigas civilizações naquele chão onde viveu, em Cuiabá. A cena o fez querer escovar palavras e escrever, escrever, escrever as coisas que via e sentia.

Para falar dos acontecimentos e consequências do rompimento da barragem de Brumadinho, em Minas Gerais, que ceifou centenas de vidas, sobre feridos, sobreviventes, desaparecidos soterrados que virarão para sempre terra, perdidos, misturados, levados para as correntezas, guardados sob dezenas de metros de rejeitos, preciso escovar as palavras. Elas choram, agoniadas.

Que palavras levar àquelas famílias que dia após dia estão ali em busca de alguma certeza que na verdade já têm, a de que não mais verão seus filhos, maridos, mulheres, pais, mães? Um dia, talvez, se aparecerem as pessoas que escovam ossos. Que pacientemente buscarão vestígios, não de civilização, mas de barbárie.

Essa semana consegui forças para ir à estreia do monólogo Meu Quintal é Maior do que o Mundo, brilhantemente encenado pela atriz Cássia Kis, com direção de Ulysses Cruz. Com simplicidade emocionante levaram ao palco a poesia de Manoel de Barros. Imperdível. Está no Teatro Popular do Sesi, em São Paulo, até meados deste mês, e depois percorrerá o país.

Uma coincidência, terrível, ouvir aqueles poemas não poderia ter sido mais atual para o cenário que se descortinou na verdade, na nossa realidade, sobre a natureza humana, a natureza das coisas, a natureza da natureza, e sobre a impiedosa marca da rudeza com a qual a ganância destrói sonhos e chãos. O que o poeta, se vivo estivesse, diria desses ossos enterrados, das vidas levadas, dos rios invadidos, das árvores sem pássaros, dos clamores das palavras em conchas?

Precisamos pedir a escova de cerdas de aço para não assistirmos tão inertes às explicações toscas dos culpados, que agora resolveram lançar balões de bondades, alguns com promessas de dinheiros que não pagam, que agora nada valem; balões, como se eles pudessem elevar aos céus os perdidos na lama escura. Precisamos escovar as palavras, aliás, desenrolar as palavras e fazê-las de flechas para responder aos que nada viram, nada fizeram, e ao presidente da poderosa empresa da represa, das ações na Bolsa, dos lucros das escavações das riquezas minerais.

As sirenes não soaram, senhor presidente, porque foram engolfadas? Engolfadas e levadas com as centenas de funcionários que almoçavam no refeitório e prédios plantados no caminho da morte que escoou? Como é? Como disse? Que o rompimento foi muito rápido, imprevisto? Ele devia, sei lá, ter telefonado antes, em nome da barragem, mandado e-mail, talvez uma mensagem por WhatsApp, como uma carta de um suicida? – “Senhores, há muito aguardo que vocês tomem providências. Tenho os pés rachados, não suporto mais segurar a pressão. Vou vazar. Tentei achar os alarmes, mas não alcancei. É que eles estão lá embaixo junto com as pessoas e tudo que vou ter de engolfar, no meu caminho na Vale, no Vale, o da Morte. Um abraço para o senhor que disse `Mariana, nunca mais´. Só não sei que desculpas usarão desta vez; só sei que elas, creio, não servirão mais para nada. Adeus.”

Não há desculpas. Não há palavras que possam ser escovadas para amainar o desespero. Temos forças apenas para balbuciar, dirigindo-nos aos socorristas, todos, que como caranguejos há dias rastejam na lama em buscas que nem eles mesmos sabem mais do que: Obrigado. A determinação de vocês nos faz chorar, acreditar que nem tudo está perdido, mesmo depois da lama derramada. Vocês escovam a esperança.

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Marli Gonçalves, jornalista – Indignada. #nãofoiacidente. Assim, também jogo a escova fora.

Brasil, de Mariana e Brumadinho, ano após ano

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Escovar palavras

Manoel de Barros

Eu tinha vontade de fazer como os dois homens que vi sentados na terra escovando osso. No começo achei que aqueles homens não batiam bem. Porque ficavam sentados na terra o dia inteiro escovando osso. Depois aprendi que aqueles homens eram arqueólogos. E que eles faziam o serviço de escovar osso por amor. E que eles queriam encontrar nos ossos vestígios de antigas civilizações que estariam enterrados por séculos naquele chão. Logo pensei de escovar palavras. Porque eu havia lido em algum lugar que as palavras eram conchas de clamores antigos. Eu queria ir atrás dos clamores antigos que estariam guardados dentro das palavras. Eu já sabia que as palavras possuem no corpo muitas oralidades remontadas e muitas significâncias remontadas. Eu queria então escovar as palavras para escutar o primeiro esgar de cada uma. Para escutar os primeiros sons, mesmo que ainda bígrafos. Comecei a fazer isso sentado em minha escrivaninha. Passava horas inteiras, dias inteiros fechado no quarto, trancado, a escovar palavras. Logo a turma perguntou: o que eu fazia o dia inteiro trancado naquele quarto? Eu respondi a eles, meio entresonhado, que eu estava escovando palavras. Eles acharam que eu não batia bem. Então eu joguei a escova fora.

 

 

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ARTIGO – Nossos minados campos urbanos. Por Marli Gonçalves

Veja bem por onde anda, por onde pisa, para onde olha, por onde passa, pelo o que cruza. Olhe para os lados e para cima, mas não se esqueça de olhar também para baixo. Abra bem os olhos, apure sua audição, veja se não há cheiro estranho, fique atento a todos os sinais. Sinta se está ficando muito quente ou muito frio. Quem pode relaxar nos grandes centros urbanos, ainda mais nos nossos relaxados campos minados nacionais?

 Tenho amigos que já quebraram pés, tornozelos, pernas, braços, o nariz. O que faziam? Esportes radicais? Bem, não deixa de ser já um esporte bem radical viver nos grandes centros urbanos, mas eles apenas andavam pelas ruas, por onde também eu já tropecei e me estatelei algumas vezes. Agora, além das calçadas esburacadas, ruas e avenidas sem sinalização ou iluminação, das árvores roídas por cupins, violência, balas perdidas, carros desgovernados, marquises despencando, malucos de toda sorte, acresce-se mais um grande perigo: prédios ruindo.

O incêndio e o pavoroso desmoronamento do Edifício Wilton Paes de Almeida, icônico prédio do centro de São Paulo, era a famosa bola cantada, e que se não fosse ali seria – ou o que é pior ainda – poderá ainda ser – em muitos outros lugares da cidade. Sim, as ocupações que estão em toda a cidade onde houver uma porta aberta, um imóvel largado e alguma liderança que se diga social, são verdadeiros palitos de fósforo prontos a serem riscados. Do mapa, inclusive. Como ocorreu agora, onde só sobraram a poeira, escombros, cinzas e uma vergonhosa memória do descaso das autoridades em todas as esferas, inclusive com as suas propriedades. Essa era da União, se é que ainda dá para usar essa palavra.

Basta olhar com atenção. São prédios velhos, de todos os tamanhos, que abrigavam hotéis falidos, residências abandonadas, imóveis com questões judiciais. Estão pichados, com vidros quebrados, mas todos quase sempre decorados com bandeirinhas dos movimentos dos sem-alguma coisa, que agora podemos chamar de MSVNEMH – Movimento dos Sem Vergonha Nenhuma de Explorar a Miséria Humana. Ah, e um “Fora Temer” carimbado em algum lugar, assim como a bandeirinha da CUT. O que eles não têm são condições mínimas de segurança, salubridade ou dignidade.

Com essa tragédia vimos ainda bem mais claramente como é que se aglomeram as dezenas de famílias, criando um novo tipo de habitação: barracos construídos dentro dos prédios – uma meta habitação. Os elevadores viram enfeite, e os seus poços, depósitos de lixo. É assim o ambiente onde vivem milhares de pessoas, idosos, crianças, animais. Não tenho notícia se os chefes dos invasores vivem ali também – parece que não, apenas nomeiam um chefete local, uma espécie de bedel. Não é situação nova, apenas piora a cada ano, cada governo, cada crise dessas que vivemos toda hora.

Sem teto, sem casa, sem condições – obviamente que isso tudo não é privilégio nacional. Mas é sim, instados a viver no centro de uma metrópole como São Paulo, recheado de imóveis ocupados em condições alarmantes, alguns dirigidos por organizações criminosas que os utilizam como disfarce social de suas armas e fugitivos, e tão perto do outro grande problema que só se espalha, a Cracolândia. E as Cracolândiazinhas que já infestam os bairros e pequenas cidades. Só parecem nas desgraças.

Esse é o problema maior: a inação. A espera que as coisas se alastrem ou que se acomodem sozinhas porque consideram que essa parte da população não merece cuidados. Querem ver até onde vai, e no colo de quem a bomba vai cair. Depois apontam dedinhos uns para os outros.

Isso é terror urbano. Estamos cercados de campos como esses – campos minados, prontos a explodirem sob os nossos pés, como se fôssemos nós os inimigos em nosso próprio país. Os outros barris de pólvora, como as prisões e as favelas, estão apenas na fila de espera.

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Marli Gonçalves, jornalista – Cuidado onde pisa. Aguarde novas explosões. Fica difícil achar sobreviventes.

marligo@uol.com.br / marli@brickmann.com.br

Brasil, 2018

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ARTIGO – Marielle: esse crime terá castigo. Por Marli Gonçalves

Marielle: esse crime terá castigo

Marli Gonçalves

Mulher, negra, lésbica, vereadora, combativa, corajosa, jovem. Marielle, de cara, juntou sete motivos para exasperar muita gente, tanto a ponto de ser executada friamente numa viela do Estácio, no Rio de Janeiro. “Se alguém quer matar-me de amor/Que me mate no Estácio/Bem no compasso, bem junto ao passo/Do passista da escola de samba/Do Largo do Estácio”… – profetizou Luiz Melodia

Assim, Marielle passou definitivamente à História. Balas que estavam por aí perdidas, literalmente, desde 2006, a encontraram no Estácio. Quatro delas. Todas na cabeça, como se não só quisessem matá-la, mas também as suas ideias, sua beleza, seus pensamentos. Pouco importava a eles quantas vidas levariam junto, como levou a do motorista Anderson Gomes traiçoeiramente, três outras dessas balas amargas nas costas. Balas malditas do lote UZZ-18, arsenal que já havia sido usado na maior chacina de São Paulo, em agosto de 2015, o horror quando 23 pessoas, muitos jovens, foram mortas. Quantas balas mais estarão por aí?

Balas que mataram de amor que o país inteiro dedicou e demonstrou nas horas seguintes e que nos mantêm inquietos e alertas até que se descubra tudo. Quem foi? Quem “foram”? – que isso é coisa de mais de um. Por quê? Quem mandou? No pé de quem Marielle pisou? Queremos ver a cara deles e, podem apostar, serão todos homens.

Enquanto isso estamos sendo obrigados a ver outras caras que por mais que se esforcem, não conseguiremos nunca acreditar em suas compungidas expressões, muito menos no silêncio escandaloso preferido por certos outros, e nem em muitas de suas condolências com palavras poderosas acompanhadas de pouca ação, que pouco importam. Um, o religioso prefeito, se apressou em dar o nome de uma escola, decretar luto oficial. Outro, o presidente do país, falou, falou e não disse nada, com sua oratória de sempre, voltada a si próprio. Sim, é inaceitável; sim, atenta contra a democracia. Foi até mais longe quando puxou a intervenção na segurança – a intervenção que não interviu, não interveio, e ao que parece, não intervirá na crescente violência que destrói a Cidade Maravilhosa. Presidente esse que meia hora depois sorria fazendo politicagem com a turma de um tal programa “Brasil mais jovem”, puxando um minuto de silêncio com apenas 30 segundos e posando com uma bola nas mãos. Eu disse bola. Que bola foi essa?

O que o Brasil mais jovem verá não dá para calcular nesse momento dramático. Mas o que está vendo é de revirar o estômago. De um lado, oportunismo político deslavado. De outro, manifestações nas redes sociais que chegam a dar vergonha e que expõem a degradação humana, uma sociedade má, burra, doente. Atrás de seus quadradinhos com fotos, ou de pseudônimos tonitruantes, do alto de suas vidas vis e egoístas, despejam o que há de pior, aplaudem mortes, querem comparar quem morre pior do que outro, e chegam a ensaiar um “bem feito, quem mandou cuidar de direitos humanos”. Essa gente mata sem puxar gatilho; mata com o veneno que destilam, com a ignorância que exibem, com o atraso que causam.

Que tiros foram esses? São iguais aos tantos que matam os policiais, as crianças, os pais e mães de família? Não, esses foram ainda piores de alguma forma: vieram com endereço certo. Mais perigosos, mais elaborados, combinados em cima de uma clara simbologia.

Mataram, e pela culatra, esses tiros também os matará. Criaram um símbolo imortal de luta, uma movimentação nova, doída, onde as mulheres brancas e negras, lésbicas ou não, mães ou não, também se mostrarão mais corajosas e combativas. Nas ruas. Cobrando o resultado da investigação. Queremos ver a cara de quem apertou esse gatilho. Queremos olhar bem a cara de seus cúmplices. Poderemos guerrear contra a maldade que nos cerca e aproveita uma ocasião como essa para sair de seu buraco profundo.

Esse e outros assassinatos do mesmo dia marcaram com sangue o calendário: um mês da intervenção militar na segurança do Rio de Janeiro; quatro anos da Operação Lava Jato, que só levanta as pontas desse tapete que nos derruba diariamente.

O tiro que queremos ver no coração da corrupção, origem de muitos desses males, continua guardado, sabe-se lá onde, sabe-se lá com quem.

Marli Gonçalves, jornalistaMarielle, com as letras de seu nome posso escrever o meu. Escrevo.

marli@brickmann.com.br / marligo@uol.com.br

Brasil, ferido.

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Imagem: Foto/Ilustração de Marielle - Catraca Livre

ARTIGO – Acabou chorare. Por Marli Gonçalves

Acabou chorare

Por Marli Gonçalves

Resultado de imagem para cry animated gifsEstá engraçado. Bateu o vento da humildade e da reconsideração. É um tal de pedir desculpas, olhos marejados apertadinhos e promessas de que nunca mais isso ou aquilo…Resultado de imagem para cryiNG animated gifs

Quando a gente é criança e apronta alguma fora da ordem tem todo o sentido botar as mãozinhas para trás, fazer cara de arrependido, com o pé meio virado para dentro, prometendo nunca mais, não faço mais. Morrendo de medo do castigo que pode vir, ou mesmo das palmadas que já levou.

Essa semana, no entanto, foi um festival de políticos ou correlatos emocionados, prontos a ser imolados por seus erros admitidos em praça pública. Claro, em troca de – adivinhe! – o seu perdão (ou pena). Adivinhe de novo! – Em troca de seu voto. Ou mesmo para disfarçar ter falado mais da conta. Ou ainda para desdizer, uma atividade muito praticada no poder, seja qual for ele, assim como voltar atrás, quase uma modalidade olímpica, velozmente.

Vimos o ex-ministro da Justiça, e atual advogado de todas as causas perdidas, todo grandão, todo desajeitado, olhos marejados, vermelhos de descascar cebolas, reclamar da advogada arretada que falou dos netos da ex-presidente para justificar a sua retirada do Palácio.

Vimos a advogada arretada, por sua vez, emocionada e prestes a ficar em prantos defendendo sua tese em voz alta, fazendo ressalvas de desculpas, porque o alvo era uma mulher. Mãe. Avó. Essas conversas fiadas.

Toda hora aparece a Marta Suplicy piscando olhinhos azuis aqui na minha tevê. Mea culpa mea maxima culpa. E olha que a lista dela não é brincadeira, dá voltas no quarteirão: criação de taxas, chocar o ovo Haddad que botou no seu governo para se criar, suas muitas frases antipáticas, irônicas e infelizes, e o fora dos foras, a de aceitar que usassem a pergunta – É casado, tem filhos? – na campanha contra o Kassab.

Lembrou você, por acaso, tantas vezes quanto eu, da expressão “lágrimas de crocodilo”? Certamente que sim, se estava acompanhando o desenrolar final do novelo e da trama em Brasília, aquela votação que pareceu que ia, mas não foi – botaram água na fervura quando dividiram crime e castigo. Houve crime, mas não tem castigo; uma nova obra, ou melhor, frutinha, jabuticaba exclusivamente nacional, criada e aprovada em minutos por senadores vacilantes que também deviam estar fazendo fila e nos pedindo desculpas, mas não perderemos por esperar. O dia deles chegará.

Sabe por que chama assim? Lágrimas de crocodilo? Porque o bicho lagrimeja enquanto saboreia sua presa; lacrimeja, todo falso, mas é por causa de uma glândula ativada quando abrem toda aquela bocarra para comer mais rápido, prazerosamente. Tipo também o Lobo Mau que tem aquela boca enorme para?…te comer.

A analogia é clara. Estamos nós aos prantos. Buá Buá.

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oculos fendiMarli Gonçalves, jornalista – Anda estranho se emocionar com o que andam fazendo ou prometendo que farão qualquer hora dessas.

São Paulo, vai mesmo ser difícil votar, 2016

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DILMA, A ALHEIA.

fonte: coluna claudio humberto – diário do poder

Ao afirmar ontem em Salvador que “não há nada” contra ela que justifique o impeachment, nem mesmo uma denúncia “consistente” de crime de responsabilidade, Dilma mostrou outra vez que não faz ideia do que ocorre à sua volta e até que nem sequer leu sua condenação por unanimidade no Tribunal de Contas da União (TCU). A presidente está fora da casinha ou não se importa de ser chamada de mentirosa.
Em condenação unânime, reiterada depois, o TCU listou os crimes pelos quais Dilma pode ser responsabilizada criminalmente.bike_24
Proibidas pela Lei de Responsabilidade Fiscal, as chamadas “pedaladas” são apenas um dos crimes atribuídos a Dilma.
Decretos ilegais, não numerados, e atos de usurpação de prerrogativas do Legislativo, inclusive para abrir crédito, também configuram crime.

Para acompanhar o cartaz anterior, como estão as coisas. Aqui em SP não está muito diferente…Mas estamos sem escolta

policial procurando fugitivosCOMÉRCIO DO CENTRO DO RIO OFERECE ESCOLTA PARA CLIENTES!policia com farol

(UOL, 28) 1. Preocupados com a onda de assaltos e esfaqueamentos no Rio de Janeiro, comerciantes do centro da cidade estão oferecendo escolta a grupos de clientes, principalmente mulheres, no percurso entre o estabelecimento e o local de trabalho ou estudo. A iniciativa partiu dos restaurantes localizados na Rua Santa Luzia e na Avenida Graça Aranha, onde almoçam trabalhadores de empresas como Petrobras, Vale do Rio Doce, Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio), entre outras.

2. A escolta funciona de maneira informal e gratuita. Uma vez solicitada ao estabelecimento, os seguranças que trabalham para o comércio da região são orientados a acompanhar os clientes no trajeto de volta. “Tem umas duas ou três semanas que a gente faz isso. As pessoas pedem mais no sábado, quando o centro fica deserto”, relatou um dos seguranças que atuam na Rua Pedro Lessa, nas imediações do prédio do MEC (Ministério da Cultura) e da Ancine (Agência Nacional de Cinema).

FONTE: DO BLOG DE CESAR MAIA – EX-BLOG

Crime: discriminar portadores de HIV. Agora é crime. Total. Crime, crime, crime. Veja a lei

FONTE; DO MIGALHAS. http://www.migalhas.com.br

Lei 12.984/14

6a00e54ee8552c883300e54f2d0f398834-800wiDiscriminação de portadores de HIV é crime
Lei prevê punição de reclusão de um a quatro anos e multa dependendo do caso.

A lei 12.984/14, sancionada nesta segunda-feira, 2, pela presidente Dilma, criminaliza a discriminação de portadores de HIV e de doentes de Aids. A norma prevê punição de reclusão de um a quatro anos e multa.

Negar emprego, segregar no ambiente de trabalho ou escolar e recusar atendimento à saúde para portador da doença estão entre as atitudes consideradas discriminatórias.

Confira a íntegra da lei.

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LEI Nº 12.984, DE 2 DE JUNHO DE 2014

Define o crime de discriminação dos portadores do vírus da imunodeficiência humana (HIV) e doentes de aids.

A P R E S I D E N T A D A R E P Ú B L I C A

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Constitui crime punível com reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, as seguintes condutas discriminatórias contra o portador do HIV e o doente de aids, em razão da sua condição de portador ou de doente:

I – recusar, procrastinar, cancelar ou segregar a inscrição ou impedir que permaneça como aluno em creche ou estabelecimento de ensino de qualquer curso ou grau, público ou privado;

II – negar emprego ou trabalho;

III – exonerar ou demitir de seu cargo ou emprego;

IV – segregar no ambiente de trabalho ou escolar;

V – divulgar a condição do portador do HIV ou de doente de aids, com intuito de ofender-lhe a dignidade;

VI – recusar ou retardar atendimento de saúde.

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 2 de junho de 2014; 193º da Independência e 126º da República.

DILMA ROUSSEFF

José Eduardo Cardozo

Arthur Chioro

Ideli Salvatti

 

ARTIGO – Pavio aceso. Por Marli Gonçalves

   Gifs%20Anim%E9s%20Feu%20%28119%29  Não esbarre. Não pise no pé. Não cutuque a onça. Não pise no rabo. Não provoque. Use óculos escuros. Fique na sua. Não encara! Vivo em São Paulo. Então, transmito minhas impressões diretamente do centro do caldeirão, e o caldeirão está em ebulição de uma forma que não me lembro de ter visto antes, em formato, perigo, disparates. Está difícil ir daqui até ali sem se aborrecer, sem encontrar problema, sem encontrar gente rosnando inconformado seja de um lado ou de outro, curtindo rancores, olhando torto para o que não compreende ou que não lhe é espelho Gifs%20Anim%E9s%20Feu%20%2850%29

Gifs Animés Bombes et Explosion (3)O país inteiro está quente, mas aqui em São Paulo todo esse calor se mistura com cimento, ar sujo, cidade caída e esburacada, saco cheio, durezas de vidas sem poder por o pé na areia, nem chinelos de dedo, nem grandes possibilidades de se acalmar vendo o por do sol sentado em algum morrinho. Sim, tem quem pode; mas a maioria apenas se sacode. E sacode para cima dos outros. O clima de individualismo está chegando num perigoso limite com a insanidade mental e física.

O pavio está aceso e o barbantinho queima com rapidez. O relógio faz tiquetaque, tiquetaque, e a gente procura para ver se acha a bomba antes que ela estoure. O barril é de pólvora e tem gente com fósforo aceso achando graça. A panela está fervendo e o leite já derramou. Nunca antes nesse país qualquer faísca – e elas não param – eclode em tanta violência. No trânsito, até facas zunem. Nas ruas ninguém mais pede licença nem para passar e gentilezas são tão raras que quando a gente encontra uma é capaz de se apaixonar, querer filmar para guardar a cena e mostrar para gerações futuras, chorar e querer abraçar e beijar.

Pior é que para arrumar uma encrenca não precisa nem mais sair de casa. Tenho visto amigos deixarem de ser amigos entre si, e o que é pior, em público, se xingando de uma forma pavorosa e cruel via as tais redes que daqui a pouco se chamarão é “redes anti sociais”. Não é mais porque um não pagou o dinheiro que pediu emprestado, ou não devolveu um livro, ou mexeu com a mulher, roubou um namorado; mas brigam só por conta dessa política rastaquera implantada tal qual erva daninha. Não me conformo. E todo dia assisto pelo menos uma dessas pendengas. Sei também o quanto é difícil calar, principalmente quando escrevem bobagens no seus posts – quase como uma invasão do espaço íntimo. Porque a gente não gosta de ser amigo de quem é burro, maria-vai-com-as-outras, e que dá palpite sobre o que nem tem ideia, apenas telecomandado por uma ideologia de última categoria, vontade de engraxar sapato dos guias máximos. Eu pelo menos não gosto. Não brigo, mas fico atenta para ver se a pessoa ainda tem cura. E espero que ela vá pensar o que quer, democraticamente, mas bem longe dos meus domínios, com a turma dela, já que não há mais possibilidade de debate sério, civilizado. É só petralha! para lá, tucano da elite para cá; agora deram para xingar até de “comunistas!” Quando é que vão ver que esquerda e direita é mão de direção? E em política a gente pode, sim, pegar a contramão na hora que quiser. Deveria poder.

Os nervos, ah, os nervos! Estão à flor da pele e temo que seja por não estarmos conseguindo prever – pense – nada, nem poucas horas diante de nossos narizes. Como vai ser? Vai ter protesto? O povo voltará às ruas? A seleção brasileira passará das oitavas? Aliás, os turistas conseguirão chegar? Partir? Vai ter Copa? (Claro que vai, mas tumultuada).

Achei verdadeiramente brilhante esse post do amigo jornalista Wilson Weigl: “Pra mim já deu! Não aguento mais ouvir falar de: manifestação, protesto, caos, crise, crime, Black Blocs, arrastão, rolezinho, roubo, assalto, polícia, tráfico, metrô, faixa de ônibus, tarifa de ônibus, apagão, racionamento, favela, comunidade, UPP, crack, cracolândia, máscara, médicos cubanos, Ramona, Mais Médicos, Bolsa Família, Cuba, porto cubano, eleição, Copa, imagina na Copa, Pizzolato, Pedrinhas, Pampulha, Maranhão, PT, PSDB, Dilma, Lula, Alckmin, Haddad, Padilha, Cardozo, Sarney etc etc etc. #cumbicajá

Gifs%20Anim%E9s%20Eau%20%2828%29Quem vive de informação tem melhor ideia do que trato. Você abre o jornal e lê artigos que, puxa vida, como alguém pode escrever e publicar tanta bobagem só porque tem nominho no mercado? Como alguém pode ser âncora de jornal sério e ser tão babaca? E as declarações e explicações dos homens públicos? Trabalho com isso, gente; os caras não estão contratando profissionais de comunicação, não. Andam contratando qualquer coisa: filhinhos de papai, moças bonitinhas, coisinhas fofas, mas que não têm ideia do mal que estão fazendo. A gente vai guardando…uma hora a coisa explode, e não vai ter controle. Fora os jornalistas que viraram bucha de canhão, fritos em óleo quente, queimados com fogos, rojões, acertados com cassetetes e bordunas.

Gifs%20Anim%E9s%20Feu%20%28107%29Dá para dizer que o tumulto no Metrô foi sabotagem? Não. Dá para dizer que o rolezinho é coisa de infiltrados? Não. Dá para dizer que fazer a justiça com paramilitares sanguinários, milicianos que espancam meninos, está certo? Não. Dá para ficar perguntando o que foi que o Lula dedurou, para acreditar que ele teve, sim, tratamento diferenciado? Não. Se ele falou, nem que seja a cor da cueca do companheiro, se sorriu (e sorriu) para os agentes da ditadura, já não é suficiente? Dá para jurar num dia que não vai ter apagão e no dia seguinte o país inteiro sofrer um apagão? Dá para por culpa no raio?

Alguém, por favor, pode jogar água nessa fervura? Rápido! O barbantinho está quase no fim. E a água está para ser racionada.

Gifs%20Anim%E9s%20Eau%20%2813%29São Paulo, 40 graus  

Marli Gonçalves é jornalista Lembra quando a gente brincava de esconde-esconde, adivinhação, quente ou frio? Pois é: agora está mais para “chegou com um quente e dois fervendo”. A batata está assando. Ou quente, nas mãos.

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ARTIGO – O papa e os corações peludos, por Marli Gonçalves

coeurs-61 A renúncia do Papa Bento XVI, aquele ser carismático, com toda aquela sua esbanjante simpatia, se atravessou na avenida em pleno Carnaval, criando uma sucessão de ohs!e outras interjeições de espanto. Mas também abriu a tampa de impropérios de todo o tipo, análises e chutes de todas as formas, além de mostrar que os corações peludos estão em pleno vigor coeurs-55

Pensei tanto no Joãozinho Trinta e aquela sua insofismável verdade contida na frase que esclarecia que quem gosta de miséria é intelectual, que quase nem levei em conta o silêncio dos protetores de animais sobre a depilação que os faisões e pavões, entre outros bichos que viram fantasias, sofreram antes do Carnaval desembocar nas avenidas, especialmente de São Paulo e Rio. Só fiquei ali, na frente da tevê, pelo menos até dormir de tédio aos 60 minutos do segundo tempo da segunda escola, esperando ver o PETA, aquele grupo ultra radical que atira tinta em casacos de pele e se auto-embala como carne crua, invadir a avenida com faixas e cartazes; ou mesmo se apareceriam as gostosas do Fêmen botando os peitos de fora e reclamando, no mínimo, da total desvalorização feminina – se bem que elas logo acabariam misturadas às cabrochas, passistas, destaques, silicones.

coeurs-28Nada. Quem atravessou o samba foi o Papa entregando os pontos e o cargo, querendo tirar logo, e antes de morrer, toda aquela roupa enfeitada e se enclausurar, como promete fazer assim que der no pé. O mundo todo ficou boquiaberto e – não sei se porque não gostamos de tanta surpresa assim – a partir daí já li e ouvi de um tudo. Tanto sobre os “verdadeiros” motivos de sua decisão, que agora parece que todo mundo conhece até o papel do banheiro do Vaticano e seus porões, com elogios de um lado e ataques de outro.

coeurs-25Aí que eu quero chegar. Numa boa, estão faltando só jogar pedras na Geni, desconhecendo os limites mínimos do respeito. Religião – seja qual for – é coisa séria, faz guerras, morre e mata, tem politicagem, roubalheira, escândalos e desvios, mas precisa ser respeitada entre os homens de boa vontade. Sempre tem quem viva dessa crença e não é direito de ninguém desprezar esse fato, até porque em seu nome grandes coisas também foram construídas. E, ao se tratar de catolicismo, emocional, dogmático, cheio de simbologismos, de lutas contra o Mal, de implementação de culpas e de Poder, a coisa não é diferente. Reparou como as emergentes lideranças evangélicas estão guardando um silêncio sepulcral sobre o assunto? Cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém.

Mas os corações peludos, pelo menos os brasileiros, “tupiniquins”, não esperaram o sinal, e só está faltando organizarem abaixo-assinados do tipo desse aí que nem fez o Renan Calheiros se coçar. Nele, enumerariam os milhares de problemas enfrentados nos milhares de anos para provar que o Papa é desimportante, quase desnecessário, uma vez que – veja só! – não conseguiu acabar com a pedofilia, como se isso fosse possível, pretendeu que ninguém mais fizesse amor sem procriar e jogasse todos os métodos anticoncepcionais e preservativos fora, entre outras.coeurs-54

Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Conheço gente que acredita em coisas verdadeiramente inacreditáveis. Somos gente e gente falha. Queiram ou não as crenças permeiam tudo o que a humanidade desenvolve. Mas não impedem que outros pensem diferente ou mesmo os que seguem ordens religiosas volta e meia se desviem aqui e ali no escurinho do cinema.

agmisc7Teremos milhares de abortos sendo feitos todos os dias; homens amarão homens e mulheres amarão outras mulheres sempre, porque aí tratamos de algo incontrolável, imponderável. Padres continuarão tendo desejos. E será crime se usarem a igreja para aplacar seu celibato envolvendo crianças.

Não é porque o Vaticano vaticina que o mundo vai ser melhor ou pior. Ele já é o que nós todos fazemos dele.

Independente da cor da fumaça que vamos ficar esperando sair da chaminé. E que inclusive pode vir a ser tingida de verde e amarelo.

coeurs-06São Paulo, depois de tempestades, raios, asteróides e meteoros ameaçadores, 2013 Marli Gonçalves é jornalista– Só vi tanta fé junta assim quando os prêmios da loteria se acumulam. Mas, como sempre observa um amigo antigo, nunca coloquei a minha “igrejinha” para funcionar e ter a vida fácil garantida. Não trabalha não, para ver se cai do céu… – aprendi com o meu papa!

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CRIME! Lésbicas são agredidas violentamente em Jacareí por um pai e um filho, nem vou dizer mais…Veja só. Vamos manter o olho em cima desse caso!

O caso foi no começo deste mês de fevereiro e infelizmente só está circulando ainda nas redes gays específicas e nos jornais locais.

É CASO DE POR A BOCA NO TROMBONE.

Elas não morreram por pouco, estão muito machucadas ainda e os safados tentarão ( que eu sei) se livrar de qualquer jeito.

ALARME GERAL : VAMOS MANTER ESSA HISTÓRIA VIVA!

 

Lésbicas são agredidas por pai e filho em Jacareí (SP)

com informações do Mix Brasil

Duas lésbicas donas de um estacionamento em Jacareí (SP) acusam pai e filho de terem as agredido na noite do dia 15 de dezembro, dentro do estacionamento. O caso que veio a público apenas nesta semana está sendo investigado pela Polícia Civil, que considera a homofobia como motivo do crime.

Sem serem identificadas, as duas deram entrevista à televisão local e afirmaram que esperavam o cliente do estacionamento. Pai e filho entraram e começaram uma discussão com elas, partindo para a agressão física em seguida. Segundo as vítimas, eles gritavam frases como “vamos matar essa sapata!” e “é assim que eu faço com sapata!”.

Uma das lésbicas levou uma forte pancada na cabeça e teve seu globo ocular quase destruído. Ela fará três cirurgias para tentar recuperar pelo menos 10% de sua visão. À polícia, os homens negam que tenham agredido as lésbicas e dizem que foram elas quem os agrediram.