ARTIGO – Previsões: Furdunço Geral. Por Marli Gonçalves

 

Acho que eu ainda não tinha exatamente contado pra vocês que disponho de sentidos extras, quase mediúnicos, e posso antever alguns fatos e acontecimentos. Na verdade, acho que todos nós temos esse dom. Você também já está aí percebendo o furdunço, os forrobodós se armando. Nada como um fim de ano como esse de 2018 para previsões: os fatos nem esperam chegar no futuro, já estão até rolando, apressados.

 Bem que falamos. Espero que tenham registrado que, independente de posição política, que não sou de lá nem de cá, já tinha previsto que a coisa toda ia ser bem produtiva de fatos, fitas, frases lapidares, revelações, pensamentos aterradores, brigas de caçarolas. Tanto que logo comecei meu programinha #ADEHOJE, #ADODIA. Zástrás. Um minutinho só. Com um diferencial: o humor, que é preciso para assistir ao espetáculo alucinado que nos entregam. Como um velho amigo entendedor da política me disse, ao elogiar, humor, uma boa e atraente forma de análise crítica.

E como ultimamente até se você estiver falando de uma receita de bolo o povo acha que está falando mal do próximo presidente e ataca ferozmente, já adianto que as previsões atingem bastante não só a ele, essa equipe indicada, os filhos, mas também outros ex-presidentes, inclusive o atual de hoje e que virará ex nos próximos dias. Também aquele lá, preso, mas sempre bem acompanhado porque visitas não lhe faltam.

A bola de cristal já é bola para não ter essa coisa de direita/esquerda. Quando a gente olha em seu interior consegue ver um país, gigante, movimentando-se lentamente, tentando sair do lodo. E quando ele começa a fazer isso, escorrega e tem de começar tudo de novo.

A bola de cristal enrubesce. Começam a passar em seu interior as frases que ouviremos – algumas a gente até já decorou. Ex-ministro mais poderoso de um governo anterior passa dias contando fatos, conversas e acertos, esclarecedores. Qual é a frase? “É mentira, não pode provar, está falando só para sair da prisão”. A propósito, mais uma vez os advogados entrarão com algum recurso, e darão entrevista dizendo que é política a prisão desse ex-presidente, e que ele não viu nada, não sabe de nada, e que nada é dele. Que apenas tem cuecas que deixa por onde passa, como o farelo de pão da história.

A bola de cristal se enevoa.  Uma nuvem de fumaça cobre as reais intenções de um jogo que está no tabuleiro, onde as peças escolhidas e posicionadas, em grande parte, são militares, outras evangélicas. O objetivo comum, convergente para o centro, mas uns já pensam em “comer” (linguagem de jogo) os outros, ou derrubá-los no caminho.

Esportes. Os mais comuns serão queda-de-braço, capoeira com rasteira certeira, corrida miudinha, boca batendo a língua nos dentes, soco abaixo da linha do equador, arremesso de informações para a imprensa quando interessa, arremesso de pedras na imprensa quando não interessa. Veremos também a modalidade barra pesada, trapézio bajulado pendurado vocês sabem onde, assalto duplo corrupto.

Na Cultura, ah, muito stand up. Vai ter um festival para saber quem faz mais comédia. Principalmente de improviso. Será o astronauta? A pastora do Ministério dos Enjeitadinhos? O vice? O ator pornô? A deputada que se acha a lata de leite condensado do pão do presidente? O próprio? Os filhos se enroscando com os aliados no palco da vida? O ministro que está tão bem com a sua consciência que responde a uma pergunta esbravejando com outra que não tem nada a ver com as calças?  O major? O general?

Na Sala da Justiça as coisas seguirão animadas. Um prende; outro solta. Sorrindo, se odeiam lado a lado, e seguirão desafiando e contrariando as previsões mais otimistas que poderíamos tentar encontrar.

Chega, que a bola de cristal esquentou muito e parou. A carga foi pesada demais para ela. Só mandou um recado antes de ferver: espera só até o Carnaval chegar.

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 Marli Gonçalves, Jornalista Concentrando! Bola de cristal, sites, cartas na mesa, tevê, búzios, jornal, mapas, rádio, todo o material necessário.

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ARTIGO – Postes desencapados. Por Marli Gonçalves

PosteNão encoste no poste. Eles são frágeis, sem ideias, a não ser as que colam neles, servem só para atravancar e segurar mal e porcamente os malditos fios que teimam em não ser enterrados. Agora, metidos, querem de novo participar das eleições

Estaca, pau, toco, se já é difícil definir melhor os postes, agora eles tentam nos atrapalhar novamente nas eleições. Se estamos nessa penúria já é por causa de uma posta presidenta que caiu tarde, nos deixando a sua sombra da meia-noite, o vampiro que se escondia por detrás da chapa quente. Não é que agora estão tentando “emplacar” outros e outras?

Não sei se dar com a cara no poste é pior do que os acintes que nos impõem dia após dia. Auto concessão de aumentos de salários de e para quem já ganha o máximo e que, se aprovados, farão uma perigosa transmissão de valores para todas as esferas, ressonantes. Pior, quem poderia parar essa gracinha são justamente aqueles que – justamente pelos agraciados – serão julgados logo mais à frente.

Bem, e as aterradoras discussões do espetado país que solta para o Dia dos Pais quem matou o seu com requintes de crueldade?

Justiça? Querem debater para intervir sobre nossa cultura e religião, os nossos corpos, e aceitam, plácidos como postes inertes, que um preso por eles julgado, julgado e julgado se arrogue da porta para fora com megafone, receba mais visitas do que as casas da mãe joana, e ainda queira ser candidato à presidência da República. O espetáculo continua: agora, além do ap triplex, alguém já tinha ouvido falar da chapa triplex? Preso, poste, vice. Três em um. E um monte de inteligentinhos batendo palmas pros malucos dançarem. O que bebem para se encostar nos postes? Acham mesmo que essa é uma atitude avançada, de esquerda, de compromisso social, popular, correta?

Ou será apenas tanta insegurança que acham que seguir um líder, um Messias, um Bessias, os salvará? O mesmo com relação aos patriotinhas de araque, quem quer o poste Palmito, apelido que ele próprio disse que tem mostrando seus pálidos cambitos, e que pretende pendurar insígnias militares no nosso viver, contaminando tudo com toda a sua atroz ignorância.

O momento é sério. Estamos em grandes dificuldades. Não temos um candidato sequer que possa ser defendido sem ruborizar. Para relaxar, até porque já não tem mais outro jeito a não ser esperar o dia seguinte, estamos brincando, fazendo memes, até nos esforçando para tentar ouvi-los em debates e entrevistas para ver se, quem sabe, espremendo bem, sai algo que preste. E dia a dia só piora. Falam uma língua desconhecida, desqualificam nosso idioma, usam termos pomposos, prometem o que é impossível e fazer o que nunca fizeram quando puderam.

E os “novos” – que surgem, batendo no peito que são novos e chegam com as mais milenares práticas do dá aqui, que eu retribuo lá?

Não fizemos reforma política. Agora será uma maçaroca e é no que eles mais uma vez se fiam com a nossa distração. Talvez poucos entendam ainda que no dia da eleição vão encontrar uma urna repleta de fotos, e que terão que apertar para presidente (que vem com o vice dependurado), dois senadores, governador, deputado federal e estadual. Seis vezes aquele irritante alarme triiimmmm vai tocar. Pela ordem: deputado federal, deputado estadual ou distrital, senador primeira vaga, senador segunda vaga, governador e presidente da República.

Um monte de postes. Um do lado do outro. No meio da rua. Para tropeçarmos, darmos topadas neles. E estarão interligados transmitindo essa energia ruim que já sentimos no ar. Aterrados estamos nós.

Mariposas, quem nos dará uma luz?

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Marli Gonçalves, jornalista – Se tivesse um cachorro, o levaria para irrigar esses postes.

Brasil, 2018

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ARTIGO – Ziquizira Brasilis. Por Marli Gonçalves

 Eles sempre existiram. Mas agora andam saindo das tocas inclusive de dia, atrás de comida para alimentar seus instintos torpes. E a comida deles – infelizmente – é a nossa liberdade, os princípios democráticos, a alegria. Não dá para calar porque a situação esquisita está numa crescente. Homens e mulheres cheios de ódio que parece estão gostando de nos irritar devem ser iluminados urgentemente. Não resistirão se formos firmes. Voltarão para as suas profundezas

Quer chamar atenção? Coloca uma melancia no pescoço! Capaz até de a gente achar engraçadinho porque pelo menos seria inofensivo. Mas não são nada inofensivas e nem brincadeiras as ações que temos presenciado espocar aqui e ali e que têm aumentado a frequência de uma forma preocupante. Do que vivem? Como conseguem dormir? Quem lhes deu tamanha ignorância e tanta ousadia? Onde estão os criadouros que os fermentam?

Tenho muito ouvido falar que é culpa da internet, das redes sociais que dá voz aos idiotas. Verdade. Dá mesmo. Mas encafifei que acabamos generalizando muito e o que é essencial nos escapa. O que temos de fazer é buscar os ninhos, os ovos de serpente chocados. Tipo localizar quem é a abelha rainha, a formiga mãe, o macho dominante. Quem é o enrustido problemático, o mentecapto cafajeste, o religioso doente, a mente do Mal. Nesses ninhos reside o mal que alimenta os boquirrotos, que comem as minhocas que lhe são servidas e as regurgitam nas redes. Esses são bem reais, orgulham-se de seus pensamentos e ações torpes, adoram dar entrevistas, aparecer na foto – e sempre com suas segundas intenções, acreditem.

Vergonha. Quantas vezes esses últimos dias li amigos meus falando que estavam com vergonha por conta de acontecimentos armados por essa gente nefasta. Vergonha! Vergonha do Brasil. De ser brasileiro, do papelão. Pior é realmente ruborizar e querer morrer diante das insanidades. A filósofa perseguida como bruxa, queimada como boneca, escorraçada no aeroporto. O cantor com cabelinhos de caracol, símbolo de uma era e da qualidade de nossas criações, achincalhado, tachado e #hashtagueado como pedófilo. Uns deputados obscuros e obscurantistas querendo levar à força um artista para depor lá no picadeiro deles – coitado, já pensaram você ser obrigado a ficar lá ouvindo e sendo agredido por aqueles “pelasaco”? Pelasacos são muito chatos. Os nossos, então, ainda por cima são muito burros.

Que dizer dos que, além de não nos deixarem andar para frente, com as mulheres decidindo o que fazer com seus corpos e úteros, quererem proibir o aborto das meninas e mulheres estupradas? Só pode ser gente muito ruim e sem sensibilidade para também querer ver nascer uma criança sem cérebro.

A coisa não pararia aí nos últimos dias. Houve o ápice. O absurdo da divulgação de um vídeo de um ano atrás no qual o mais do que conceituado jornalista William Waack aparece – fora do ar – resmungando e dizendo uma frase, sim, de cunho racista. Mas que é manjada até. E de maneira alguma isso querendo dizer que ele, William, seja racista, até por ser  impossível – uma vez que vem de uma família de ascendência de negros; mas nunca fez disso pilar. Pois bem. William Waack foi decepado, decapitado, dissecado e, pior, demitido, desconsiderado. E claro com um monte de gente (até uns bem admiráveis) aplaudindo seu linchamento público em prol de seus ideais supostos politicamente corretos – ah, como eles são corretos! Só eles são os bons, os puros. Pior ainda descobrir a origem, que isso foi arte de dois jovens cheios de dreads, blablabá, piriri pororó! Justiceiros… Dá até palpitação. Pavor.

Mas devemos ter pisado muito no pescoço do padre e estamos pagando por isso. Para finalizar o coreto apareceu o conhecido designer austríaco Hans Donner querendo, sim, falando sério, com gente aplaudindo, mudar a bandeira do Brasil. Legal, né? Querendo acrescer a palavra amor. Ficaria Amor, Ordem e Progresso na tira, no arco central que mudaria a posição para ascendente, ao contrário da forma atual. O verde seria degradê. O amarelo. Digamos que é uma coisa super simples de ser desenhada, reproduzida… Degradê. Degradê! Um veeeeerde… Amareeeelo. Não é genial? As estrelinhas ficariam ali mesmo onde estão.

Vocês também não gostariam de dar um golinho nessa bebida que ele sorve?

Que o Brasil está precisando de Amor, não há dúvida. Que as bandeiras brancas hasteadas que já deveríamos estar fazendo tremular nas ruas deveriam trazer amor estampado, não há dúvida.

As coisas estão tão esquisitas que só pode estar havendo uma epidemia de ziquizira. Ziquizira Brasilis, suco de nossas jabuticabas.

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Marli Gonçalves, jornalistaMais amor, por favor. Mas na real, para ser a bandeira de todos.

 Brasilzão, e ainda tem o Aécio querendo cantar de galo!

 

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A defesa de Temer, pelo grande advogado ( e amigo) Antonio Cláudio Mariz de Oliveira

A mim importa a defesa. É fundamental que ela prossiga.
A oposição petista está fazendo beicinho, mas não pode esquecer: há aspectos jurídicos e aspectos políticos.

Cada um no seu quadrado.

Daqui, mando parabéns ao protagonismo de Mariz, independente de quem ele esteja defendendo.

Repito: Defesa é um Direito. Inquestionável.

(Marli Gonçalves)

Viu essa? Aquela gente “família” e “moral” que votou sim ou não? Festa e nudes pra lá e prá cá

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Se estão dissociados da vontade popular, o que fazem esses parlamentares ? Há algumas pistas. Uma reportagem d’O Globo de hoje conta que nas festas que se seguiram depois do impeachment na Câmara, alguns deputados, que tinham reverenciado a família ao microfone, compartilhavam no WhatsApp, jubilosos, fotos nuas de suas amantes (teriam o apanágio da exclusividade ?), tendo ao fundo a imagem da televisão com o próprio parlamentar votando. São estes alguns de nossos representantes. E durma-se com um nude destes. mulherzinha rebola com bandeira

 

fonte: MIGALHAS .COM.BR

Levy leva bronca da Dilma, leva puxão de orelha de deputados, nas suas enormes…Eita, culpa do celular

Levy leva bronca por ficar ao celular

FONTE: VEJA.COM

O novo ministro da Fazenda Joaquim Levy em São Paulo
O ministro da Fazenda Joaquim Levy(Paulo Whitaker/Reuters)

O Whatsapp do ministro Joaquim Levy estava a todo vapor nesta quinta-feira. Durante a apresentação do novo plano de ajuste fiscal, ao lado do titular do Planejamento, Nelson Barbosa, na Comissão Mista de Orçamento – fechada à imprensa -, o ministro da Fazenda não se desligava do piscar de seu smartphone. Em determinado momento, enquanto parlamentares questionavam Levy sobre cortes de concursos públicos como sendo medida ineficaz de ajuste, já que se trata de redução de gasto futuro, o ministro abstraiu-se da discussão e mergulhou nas conversas ao celular. Foi repreendido pelos parlamentares, que criticaram a falta de atenção do ministro. Para provar que estava atento, Levy citou alguns trechos da pergunta, mas não aplacou a ira de alguns presentes. (Ana Clara Costa, de Brasília)

KKK. Olha essa! Até parece que não é. Aliás…tem tantas baratinhas por aí que o mercado está até inflacionado. Quem paga pode pedir um descontinho, pra usar na bolinha zul

o que ele olha no computadorcomputador do Gerson, de PassioneEfeito Danny Bond

Ciúme de Paolla

A extensão do uso das passagens aéreas dos deputados para suas mulheres tem sido chamada na Câmara de efeito Danny Bond.

Os parlamentares acham que as peripécias de Paolla Oliveira em Felizes para sempre? passaram às respectivas a imagem de que a Brasília dessa turma é um antro de perdição.

Não que não seja.

Por Lauro Jardim

NOTA COLUNA LAURO JARDIM – RADAR – VEJA ONLINE

Código florestal: leia a análise do Gabeira

Código Florestal, aos vencedores o deserto

DO BLOG OFICIAL DE FERNANDO GABEIRA – http://www.gabeira.com.br/wordpress/2012/04/codigo-florestal-aos-vencedores-o-deserto/
 

Com 274 votos a favor e 184 contra, a Câmara aprovou, ontem, um novo Código Florestal para o Brasil. Como somos um pais rico em recursos naturais e também um grande produtor de alimentos, creio que a votação de ontem tem uma importância planetária.

A votação reflete uma vitória dos deputados que se dizem ruralistas, aliados ao PMDB e outros partidos da base do governo.

Desde o princípio, achei que num debate exposto apenas ao jogo parlamentar, a tendência era sair um Código Florestal impreciso. Mencionei a importância do trabalho científico para orientar as decisões pois é muito difícil, abstratamente em Brasília, definir limites de preservação em todos os os rios do Brasil, limites de destamento em todos os principais biomas do pais.

Mesmo dentro da Amazônia é uma grande abstração afirmar que 80 por cento de sua área não pode ser plantada. Existem regiões degradadas que poderiam ser usadas e, alem disso, existem métodos de plantação, usados pelos indígenas no passado, que não destroem o meio ambiente.

Pelas pessoas que comemoraram, pela ênfase em suprimir multas e facilitar financiamentos mesmo para quem desmatou recentemente, a mensagem que o novo Código Florestal passa é a de liberalismo em relação ao uso do solo no Brasil.

Como será interpretado, que conseqüências trará para o nosso futuro? O líder do PMDB, Henrique Alves, estava eufórico com a votação. Ele não é do tipo que se preocupa com o futuro do pais, muito menos do planeta. Como a maioria é um político vulgar, interessado em enriquecer e fazer negócios no Congresso.

Poucos donos de terra no Brasil respeitaram a lei. Agora que se passou este sinal de liberalização, é possível que a respeitem menos ainda.

O governo dá a entender que foi derrotado e que não queria esse desfecho. O governo também a entender que é contra a corrupção e está realizando uma faxina. Tudo isso é calculado para manter algo os níveis de popularidade de Dilma.

A combinação de extrordinário recursos naturais com um baixíssimo nível político acabaria definindo os caminhos futuros do Brasil. O pais contribui para solucionar um importante problema mundial que é o da segurança alimentar. Poderia fazê-lo de uma forma mais equilibrada.

O único consolo é que na vigência de leis mais severas, o meio ambiente era destruído de qualquer jeito. Na vigência de multas pesadas, poucos centavos eram recolhidos aos cofres do governo. Para o bem ou para o mal, as leis não são ainda o fator determinante.

Se depender do Congresso, com o nível de mediocridade dominante, tudo será negociado até a última árvore e a última gota de água nos rios brasileiros.

Não sei se a resposta para isto é apenas o radicalismo militante. O zoneamento ecológico, algo que não é realizado no Brasil, pode definir, com a ajuda da ciência como e quais áreas  serão exploradas. Da mesma maneira, os comitês de bacia que cuidam especificamente de um rio teriam mais condições de determinar a área de proteção de suas margens do que deputados em Brasília que, as vezes, nunca saíram de sua própria região.

Vamos ver como se desenrolam os próximos capítulos. A quem se interessa pelo tema, recomendo a leitura do livro A Ferro e Fogo, de Warren Dean, contando a destruição do Espírito Santo com a lavoura do café, realizada sem planejamento e critérios