Uma análise de Cesar Maia que pode animar os azuis. Ele é especialista na área, conforme já expliquei

voteEX-BLOG ESPECIAL; NA VÉSPERA DA ELEIÇÃO! I- O DEBATE NA TV GLOBO! AÉCIO PODE TER GANHADO ATÉ 3,3 PONTOS!

(FONTE: EX-BLOG CESAR MAIA)

1. Os debates não mudam o voto dos decididos. Mas podem mudar os dos indecisos –6%- somados aos que marcam sua intenção de voto nas pesquisas, mas admitem que podem mudar –10%. A tendência dos indecisos se pode mensurar pelas perguntas feitas pelos indecisos escolhidos pelo Ibope para fazerem perguntas. Todas as perguntas foram de críticas ao governo. Ou seja: precisavam de razões para votar na oposição. 2. O debate mostra a falta que faz a prática parlamentar. Dilma não tem eloquência, gagueja, perde a continuidade da frase e se interrompe. Aécio não apenas levou vantagem por isso, mas com tiradas que geram lembrança como “para acabar com a corrupção no Brasil: tirar o PT do poder”. Dilma tem erros de concordância e de português (para mim responder, etc.). E ainda sugeriu à economista indecisa fazer o pronatec (arghh). 3. A ambos falta suavizar as expressões, o que a TV gosta. Dilma nunca, Aécio às vezes. 4. A audiência do debate foi de 30 pontos na média e 38 pontos no pico. A cada 100 televisores ligados, 47 sintonizavam o debate. 5. Numa pesquisa telefônica (600 ligações Rio, SP, BH), buscando aqueles que não estavam convencidos antes do debate, citando Aécio, Dilma e nenhum dos dois por enquanto, e usando como referência aqueles 16% de indecisos, 39% responderam que o debate não foi suficiente. 41%, responderam Aécio e 20% Dilma. Ou seja, liquidamente, Aécio cresceria 3,3 pontos em relação à Dilma pelo debate, extrapolando-se para todo o Brasil. * * * II- OS ÚLTIMOS PROGRAMAS DE AÉCIO E DILMA! AÉCIO.

DILMA.

* * *

III- Pesquisa realizada no Rio de Janeiro em 24/10: Vantagem para Pezão de 11 pontos e para Dilma de 10 pontos. * * * IV- PROPORÇÃO DE VOTOS NAS REGIÕES E INTERFERENCIA DA ABSTENÇÃO E DOS VOTOS BRANCOS E NULOS! 1. Admitindo a confiabilidade das pesquisas realizadas pelos Institutos reconhecidos nacionalmente, o resultado das mesmas se refere ao total do eleitorado inscrito. Mas parte dos eleitores não comparece às urnas: é a taxa de abstenção. E parte dos que comparecem anulam seu voto ou votam em branco. 2. O cálculo da porcentagem de eleitores em cada região é feito sobre os eleitores inscritos em cada uma delas. São dados oficiais do TSE. Mas chamemos de voto líquido, já que parte dos eleitores se abstém ou não escolhem nenhum dos candidatos. Portanto, o que vale no final são os votos líquidos, ou seja, os que marcam o número dos candidatos. 3. Mas a abstenção e votos brancos+nulos não constituem as mesmas proporções em cada região. Com isso, as pesquisas só cobrem essas diferentes proporções quando a diferença de intenção de voto entre os candidatos é acentuada. Não é o caso desta eleição presidencial. Vejamos. 4. Em 2010, a abstenção no primeiro turno foi de 20,34% na região Norte; foi de 20,43% na região Nordeste; foi de 17,15% na região Sudeste, foi de 15,27% na região Sul, e de 18,16% na região Centro-Oeste. Vamos comparar apenas as regiões Nordeste e Sudeste que representam respectivamente 27% e 44% do eleitorado. Com isso, a região Sudeste representa 62% a mais que o eleitorado do Nordeste. Mas levando em conta esta abstenção, passa a representar 70% a mais que o Nordeste. Isso afeta o resultado –mesmo supondo que as pesquisas acertaram na hipótese que se referiam ao total do eleitorado. 5. Em 2010 a abstenção no segundo turno foi de 26,19% na região Norte, crescendo 29%. Foi de 23,79% na região Nordeste, crescendo 16%. Foi de 20,05% no Sudeste, crescendo 17%. Foi de 21,54% no Sul, crescendo 41%. E foi de 22,82% no Centro-Oeste crescendo 25%. Por exemplo, o maior crescimento no Sul prejudicou o candidato José Serra no segundo turno. 6. Em 2010, os votos brancos+nulos no primeiro turno foram 11,2% no Nordeste. No segundo turno caíram para 6,8%, favorecendo a candidata Dilma. No Norte passaram de 5,7% no primeiro turno para 4,5%. No Sudeste caíram de 8,4% para 7,7%. No Sul caíram de 6,9% para 4,8%. E no Centro-Oeste passaram de 7% para 6,1%. 7. Dessa forma, são dois os movimentos. Primeiro a mudança das ponderações do eleitorado por região em função da abstenção e dos votos brancos+nulos. Segundo, o aumento ou diminuição dessas proporções do primeiro para o segundo turno. 8. Sendo assim, além da margem de erro que os Institutos informam (nas últimas pesquisas falam em + ou – 2 pontos), ainda deve ser levando em conta o voto líquido –em função da abstenção e brancos+nulos, o que altera a ponderação entre as regiões. 9. Portanto, há que se ter cautela –muita cautela. Uma diferença em pesquisas entre candidatos para o segundo turno no entorno dos 5% não garante nada. Há que esperar os movimentos de abstenção, brancos e nulos. * * *

V- MUITO CUIDADO COM AS MESAS ELEITORAIS DEPOIS DAS 16H! COMO FLAGRAR! 1. Os “profissionais” das mesas eleitorais costumam usar uma fraude depois das 16h em várias mesas. Na medida em que as pessoas, em geral, não se interessam em participar das mesas, grupos “interessados” compõem as mesas. A partir das 16h o afluxo é mínimo. Um “amigo” se aproxima da mesa e o “mesário” aponta um nome para ele assinar. E em seguida vai votar. 2. Se por acaso chega o verdadeiro dono do nome, o “mesário” diz que houve um descuido, mas ele pode assinar em outro lugar, sem problema, porque na ata isso se ajusta. E assim vai. 3. Em mesas que se repetem em muitas eleições isso é feito com facilidade porque parte da abstenção compulsória (moram fora, etc.) é conhecida. Por isso, o risco é mínimo, assim como a chegada no final do verdadeiro dono do nome. 4. Mas o TSE tem como pegar esta fraude. Basta cruzar a lista dos que justificaram a ausência com a lista dos que votaram. Isso se faz eletronicamente. Aqueles nomes que “votaram” e que justificaram ausência correspondem a uma fraude. Aquela urna deveria ser anulada retroativamente e procedida nova eleição.a dançando

Homenagem musical a Chico Buarque e sua “rica” (880 mil pratas!)namorada. Nota da coluna de James Akel

CHICO BUARQUE E A NAMORADA

Chico Buarque, aquele compositor que não fez mais nada de música depois que acabou o regime militar, tem uma namorada que acaba de ganhar direito de patrocínio de 800 mil reais pra fazer cd e shows.

Ah, eu nem havia contado pra vocês, mas ela canta.

Então eu vejo na tv o Chico declarando amor à candidatura de Dilma e a namorada dele recebendo direito de patrocínio do Ministério da Cultura.

Sei que ela tem bastante talento e que isto é apenas coincidência.

Mas com a falta de programas de humor na tv eu me contento em rir com notícias.

ARTIGO – Estupefatices. Ou Ai, meus hormônios! Por Marli Gonçalves

angeldevilflash.gif~c200Por onde começar? Falando da inacreditável campanha e momento político pelo qual passamos? Da briga do vermelho com o azul? Com quem eles pensam que estão falando com esse linguajar? Ou começo por essa imposição do tamanho de um bonde que é o tal horário de verão? Não estou discutindo se você gosta ou não, antes que queira debater ou fazer a minha pressão cair. Mas é imposição, sim. E a gente não se rebela por mais nada, nem por isso, nem por aquilo.

ovelha_pulando_cerca2Ativem os carneirinhos! Embora carneirinhos sejamos nós, juntinhos, pulando miúdo para sobreviver a tanta insolência e manipulação, inclusive de nossas vontades. Repito: se você gosta, ótimo! Entra logo numa campanha para vivermos sempre no tal horário de verão, mas no país inteiro, o ano inteiro, porque até nisso estamos divididos em lá para cima e aqui para baixo. Lá para cima, em grande parte dos Estados não vai ter mudanças, por decisões inclusive governamentais. Aqui para baixo, nesse país que está ficando esquizofrênico, a maior parte tem uma hora tirada e depois posta. O que parece pouco, mas mexe com todo nosso organismo, principalmente com os hormônios melatonina, que regula o sono, o GH, do crescimento, e a leptina, que regula a saciedade, além de ser mudança que desregula até o mapa astral das pessoas.

Não é pouco. Claro, outra coisa: se fosse para melhorar, sei lá, a vazão da água, a paz mundial, a proteção à mulher, o fim do descongelamento da calota polar, eu seria a primeira a alinhar exércitos. Daria mais do que uma hora, daria até minha própria vida. Mas para uma economia de energia de quinta, pouca e inexpressiva coisa, num país despreparado para a importante questão energética, e que tem um ministério da área tão afeito a roubalheiras que o ministro, pasmem…sumiu!- não.

brasinhaDito isso, vamos à próxima: com quem os feios, sujos e malvados pensam que estão se comunicando? Peguei uma canetinha e anotei as pre-vi-si-bi-li-da-des dos últimos debates que me fizeram lembrar daqueles caras empolados que fazem cara de importante, de conteúdo, de conhecedor, mas que se você espremer não sai suco. Está pronto para mudar seu voto? Pois bem: os indicadores sociais dizem que a pavimentação asfáltica é um sofisma com déficit de singeleza, leniente e estarrecedor com relação à meritocracia e ao nepotismo, com mobilidade urbana e vulnerabilidade social. Só citando alguns, hein! Não esqueçam ainda a “pasta rosa”, que até agora deve ter muita gente pensando que é alguma coisa gay.vote

Essa campanha decretou a morte do marketing político feito de forma decente e profissional. Não sei se por idiossincrasias (é, aprendo com eles!) dos próprios candidatos que me parecem todos ou ir pela sua própria cabeça ou apenas com comandos de jornalistas malvadinhos, mas está lamentável. Vejam e relembrem as caras, os tiques, as roupas, as expressões corporais. No começo do debate no qual até passou mal no final, fiquei chocada com a cara da presidente Dilma, visivelmente irritada, doente de ter de estar ali, apertando os lábios, parecendo querer matar um, esganar alguém. E quando ela passou mal, juro que nunca vi coisa igual, foram muitos e intermináveis segundos até ser socorrida por alguma alma bondosa, além da repórter atônita e aflita segurando o microfone e o câmera, ligado em manter a imagem ao vivo. Onde estavam os assessores? Teria ela pensado em recorrer aos seus blogueiros progressistas amestrados e bem subsidiados? Ué, eles deviam estar por ali, atarracados ao seu saco vazio, como ela própria se definiu um pouco mais tarde, tentando amenizar o fato, afirmando que “ia comer arroz com feijão porque saco vazio não para em pé”.

hothotComo, inacreditavelmente, ainda tem gente que acha que foi teatro, vou tentar ajudar com a minha tese, já que para falsear daquela forma nem Bete Davis em seus melhores momentos. Quem conhece a gíria vai entender. Bolada não vem de grana, nem só de “bola”, de comprimido de tomar para ficar legal. É expressão também de terreiros, quando o santo incorpora, mas de forma pesada, e derruba o médium. Então, escolha: literalmente o personagem que ela tanto ama e agora até paga bem para existir, a tal Dilma Bolada, apareceu. Foi isso.

Calma que também vai sobrar para o outro lado, já que o mundo agora está pior do que os dois lados da moeda, tudo dividido; pior, dois sem grandes diferenças que entusiasmem e nos façam realmente nos digladiar nas ruas, perder amigos, fazer o diabo como estamos vendo, e fazendo um mal tamanho que acometeu agora até os nossos humoristas, entre outros profissionais que resolveram que são os heróis da resistência da esquerda-contra-o-conservadorismo-liberal-da-direita.O mineirim Aécio tomou chá de galo. Alguém garantiu a ele que sorrisinho irônico no bico ganha eleição, e que ele nem precisa falar do que realmente nos é fundamental.my-first-attempt-at-an-up-vote-gif

Assuntos ligados ao comportamento continuam trancafiados. O que pensam sobre o dia a dia, vida nas grandes cidades, drogas, violência, gestação precoce, aborto, ecologia, violência contra a mulher, situação dos presídios, como solucionar a inflação e a economia parada, só para citar alguns temas, nem com saca-rolhas. Fica um nhem-nhem-nhem, Pronatec pra lá, Enem pra cá.

Desculpem, mas estou – e sei que muitos aqui por perto estão também – estupefata. Posso quase garantir que o domingo de eleições realmente vai ser um dia de fortes emoções. Não só pelo pau a pau, cabeça a cabeça, mas porque vai ter muita gente que vai preferir ficar dormindo e coçando a barriga, até para amenizar os efeitos do tal horário veranil, do que ir até as urnas. Ou que, se empurrado for até a tal cabina (nunca entendi esse “cabina”) de votação, pode chegar lá e digitar qualquer coisa. Até o número 666.

Devilish_DevilNão, por favor! Senão o Lula volta.

São Paulo, que já está o inferno, 2014. Viva o Halloween.  

Marli Gonçalves é jornalista – Oposição no dia seguinte. Também anotei os verbos que andam super em voga em qualquer coisa que você vá ler: disputar, debater, rebater, contestar, acessar, revelar, investigar, prometer. E protestar!

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ARTIGO – Nossas margens de erro particulares. Por Marli Gonçalves

LABRASIL0219De tempos em tempos surgem palavras e expressões que como num passe de mágica passam a ser mais faladas do que donzelas entrando em lupanares. Da mesma forma que vêm, vão, e a gente nem percebe. Mas enquanto estão na moda, que também é cada vez mais rápida, chegam a dar enguias. Mas penso que podemos pegá-las e extrair o que nelas houver de bom. Ou, de acordo com a margem de erro, podem ser regulares. São as variações de nossos tempos.

Tempos duros esses. Tempos até bem chatos. Até que o processo eleitoral passe parece que estamos numa arena nos digladiando, e o pior é não ter uma variante para a decisão. Ou se é um ou se é outro. Não me admira que, na primeira rodadas das eleições, 28 milhões de brasileiros não tenham querido ser nem um nem outro, nem aqueles outros, numa espécie de revolução silenciosa e à qual não vi ser dada atenção especial, o que me deixa muito cabreira. Porque me parece ser o fato mais preciso do momento, um urgh, uma vaia enorme, milhões de desesperanças, desinteresses, desinformação e beijinhos no ombro que se juntaram, nulos ou brancos. Aí não tem nem teve margem de erro.

A semana foi boa para quem consegue manter o humor, os gozadores e gaiatos adoráveis que fazem do limão mais que limonada, e alguns até vivem disso. A margem de erro foi o assunto predileto. Foto de Araci de Almeida, legenda: Gisele Bündchen, de acordo com margem de erro. Hoje é sexta, mas também pode ser quinta ou quarta, de acordo com a margem de erro. Daí por diante. Dei muita risada.

betty boop 20Creio que poderei colaborar com entendimento maior da raça humana, a partir da tal margem de erro. Depois do sucesso de minhas perguntas não respondidas do artigo passado (E se?…) resolvi me dedicar um pouco a esse assunto, para mais ou para menos, o que pode significar, pode significar…nada! Ou tudo. Depende da pesquisa, da região, da sua cara de pau, do seu índice de sinceridade.marvel-s-hawkeye-doing-crazy-superheroine-poses-in-comics-82aba282-b953-4c87-88a5-1f33fafaeb2c

Pensei o quanto a tal margem de erro é a cara do Brasil, o país que não é – o país do Futuro que não chega. Pensa! Tudo anda dentro da margem de erro. Por exemplo, agora, você pode perguntar sossegado, para qualquer mulher, a idade dela. Dentro da margem de erro, dependendo de quem pergunta e para o quê, de qual censo/senso, ela vai responder. No caso, em geral, o “pesquisador” poderá ele próprio classificar a resposta dada como ótima, boa, regular, ruim ou péssima. A propósito, péssima, palavrinha forte, carregada de sentido inquestionável. E que o atual governo, neste momento, está tomando como carimbo numa taxa de 22%. São 22% de gente com opinião, que vê e sente na pele a realidade, que não está no parquinho de diversões, nem no Imaginário Mundo das Estrelas.

door_animatedMas voltando ao nosso assunto e à possibilidade de uso variado da margem de erro que parece até coisa inventada aqui. Ela traz em si um “pode ser também”, que a livra de julgamentos, como se fosse uma afirmação feita antes de um problema. Traz uma elasticidade. Nada é totalmente não ou sim, há uma variação, até condizível com o quanto somos diversificados na vida real.

Se ocorrer, eu disse; se não, de acordo com a margem de erro, tudo bem, era previsto. Corresponderia a uma precaução. Convivemos com a tal margem de erro nossa vida inteira. Onde pode ter alguma variação, oscilação, ela estará lá. Dá para usar para idade, peso (de acordo com a margem de erro você pode ser gordo ou baixo, dependendo do ângulo, do enfoque) ou como está nos parecendo a cada dia mais patente, margens largas sendo usadas para questões éticas. Vide mensalão, e outros escandalozitos que cantam em nossas janelas.

De acordo com a margem de erro, variando para cima ou para baixo, para a esquerda ou para a direita, eles não sabiam de nada, não viram, não perceberam, não têm nada com isso. Ficam indignados, surpresos, vão tomar todas as providências. E, de acordo com a margem de erro, podem até esquecer o assunto.

Assim será até que outra palavra ou expressão entre na moda. Não é que delator, X-9, alcaguete, traíra, agora virou colaborador premiado? Não é que parlamentares, governantes, diretores de estatal, pegos com a boca bem na botija, gente que trabalha com o meu, o seu, o nosso dinheiro, agora virou “agente público”, e não tem nem mais nome nos noticiários? Repara.

De acordo com a margem de erro, variando para cima, no Nordeste, e para baixo, Sul/Sudeste, estão tentando promover no país uma cisão jamais vista, nem quando não tínhamos eleições, muito menos pesquisas.

Disso eu tenho 100% de certeza.

São Paulo, Salvador da Pátria, 2014Brasil42Marli Gonçalves é jornalista – Vou começar a tentar pagar minhas contas com essa tal margem de erro. O problema é que se passa a data, os juros não são só de 2 por cento para cima ou para baixo.

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Curiosidades sobre a eleição presidencial em outras esquinas da América

patrick_star___to_do_list___animated_by_flyes-d4ikvok1Aécio ganha na Venezuela e perde em Cuba

( fonte: nota da coluna de Aziz Ahmed – O POVO-RJ)
Resultado curioso desta eleição para presidente: se dependesse apenas dos votos dos brasileiros na Venezuela – país de governo socialista e próximo ao PT –, Aécio seria eleito já no 1º turno. Ele obteve 52,2% dos 728 votos de brasileiros no país; Dilma obteve 30,2% e Marina 15,7%.

Já em Cuba, Aécio recebeu apenas 8% dos votos, contra 84% dados a Dilma e 6% a Marina.
Levantamento da BBC Brasil a partir dos resultados do primeiro turno revela que Aécio foi o mais votado em 58 nações, Dilma em 14, e Marina Silva (PSB), em 13.Se Aécio dominou a votação em quatro continentes, Marina dominou o eleitorado na África. Já Dilma não obteve maioria em nenhuma macrorregião do globo.

Segundo dados do TSE, 141.501 dos eleitores brasileiros (40% do total de 353.504 cadastrados) que vivem no exterior foram às urnas no último domingo em 132 cidades de 88 países.

Eleição presidencial: Para ajudar a entender as pesquisas e números divulgados ontem, uma análise de Cesar Maia

ELEIÇÃO PRESIDENCIAL: 2010 x 2014 E PRIMEIRAS PESQUISAS DATAFOLHA DO SEGUNDO TURNO!businessman_walking_t

1. Em 2010, Dilma venceu o primeiro turno da eleição presidencial com 43,1%. Em 2014 caiu para 37,7%, ou menos 5,4 pontos. Serra, em 2010, no primeiro turno, atingiu 30%. Aécio, agora, no primeiro turno, praticamente os mesmos, com 30,3%. Marina, em 2010, chegou a 18% e agora, em 2014, atingiu quase o mesmo, com 19,3%. Em 2010, os votos brancos e nulos somaram 8,6%. Em 2014 somaram 10,44%. Abstenção em 2010 foi de 18,12% e em 2014 de 19,39%. Portanto, a única mudança foi a votação porcentual de Dilma/PT, que caiu dos tradicionais 43% no primeiro turno para 37,7%.

2. A primeira pesquisa Datafolha em 2010, no segundo turno, em 08/10, deu Dilma 48% e Serra 41% com 11% de brancos+nulos+não sabe. Agora, na mesma data, em 2014, deu Aécio 46% (um crescimento de 5 pontos sobre Serra) e Dilma 44%, uma queda de 4 pontos sobre Dilma-2010.

3. Aécio cresceu 15,7 pontos sobre o primeiro turno. Dilma cresceu 6,3 pontos. Marina + Outros somaram 21,6%. Desses, uns 70% foram para Aécio e uns 30% para Dilma.

4. Em 2010, Lula atingiu o auge da popularidade e a economia cresceu 7,5%. Agora, em 2014, Lula é apenas um eleitor de referência e a economia está parada.

* * *

TRANSFERÊNCIAS DE VOTO NO SEGUNDO TURNO DAS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS NO BRASIL!

question-mark-boyMetade dos eleitores inscritos não votou em nenhum dos dois no primeiro turno.

1. As pesquisas eleitorais sobre a eleição presidencial no Brasil começaram a ser divulgadas. Mas devem ser tomadas com prudência neste início de segundo turno. Quando se acompanha as curvas nas séries de pesquisas e se observa tendências ascendentes ou declinantes, deve-se imaginar um processo em que os eleitores estão formando sua opinião e convencendo outros. Por isso as curvas.

2. Na abertura do segundo turno, aquele candidato que tem curva ascendente, tende a ter uma taxa de agregação, inicial, maior que seu adversário, pois o entusiasmo dos que votaram nele no primeiro turno atinge os que votaram em outros ou não escolheram candidato no primeiro turno. Mas ainda não se pode tomar esta decisão dos “outros” eleitores como cristalizada. A campanha eleitoral na TV e no boca a boca que provoca é que vai ajustando ou sedimentando esta reação inicial.

3. A campanha de Aécio Neves levou/leva uma vantagem técnica sobre a de seus adversários e vai manter esta vantagem técnica no segundo turno. Explica-se. Usou e usa o instituto de pesquisas GPP, que desenvolveu nos últimos anos uma metodologia de amostragem superior aos demais (este Ex-Blog já comentou sobre a prevalência do fator espacial sobre os demais, etc.). Além disso, diversificando a amostra e usando perguntas sinalizadoras e em seguida cruzando-as com as intenções de voto, consegue-se antecipar tendências eleitorais, subsidiando a comunicação do candidato.

4. Numa política inorgânica como a brasileira, é ingenuidade pensar que o apoio de um ou outro candidato que não passou para o segundo turno, em nível nacional ou regional, transfira automaticamente os votos. Na verdade, o que se pode transferir é o voto potencial no candidato que passou para o segundo turno e que estava contido nos candidatos que não passaram para o segundo turno.

5. Isso se poderia saber ainda no primeiro turno com as perguntas e cruzamentos diversos. Sendo assim, na campanha eleitoral no segundo turno (que começou ontem na TV), com essa informação, a comunicação pode atrair e cristalizar os votos potenciais contidos em outras candidaturas, antes que sejam atraídos pela campanha virtual de seu adversário.

6. Não se trata de perguntar em que proporção a votação de Marina será transferida para os demais usando simplesmente as pesquisas que começam a ser divulgadas e que darão esse destaque. Há que se ir mais longe. A própria pergunta ao eleitor, em quem votou no primeiro turno, mostrará respostas que não são iguais aos votos depositados nas urnas. Mas não se trata de explicar aqui.

7. Há que se saber –desde o fim do primeiro turno- que potencial de re-decisão do eleitor que votou Marina ou não votou, tem para ir para um ou outro lado ou nenhum lado. Portanto, o fundamental é a demanda, ou seja, a lógica do eleitor. As declarações de Marina não serão capazes de fazer trocar de lado as razões do eleitor: não há transferência automática. Da mesma forma em relação aos 35% de eleitores que se abstiveram ou anularam o voto. Pode ter sido uma decisão ativa, ou apenas uma espera para decidir no segundo turno, quando se sentir mais empoderado.

8. Conhecidas as razões potenciais do eleitor –espaciais, valorativas, programáticas, temáticas, emocionais- que combinam com a desse ou daquele candidato/a, a comunicação fala para o eleitor certo e produz imediata sinergia. Mas se as fotos e declarações bastarem aos candidatos e se deitarem em berço esplêndido, verão com surpresa que o eleitor não foi junto quando o trem passou.

9. Quem tiver essas informações, vence a eleição. Se –se- a equipe de Aécio analisou em profundidade as pesquisas do GPP, no primeiro turno, partirá com vantagem até se tornar favorito. Se…

space_glove_animation( Como venho repetindo, a cada vez que publico aqui,  Cesar Maia é considerado um bom analista de marketing político. Essa análise foi publicada hoje no Ex-Blog de Cesar Maia)

Interessante essa análise de Cesar Maia, sobre como Dilma vai ter que pisar mais miudinho. Aproveito e alerto: tem sacanagens vindo de todos os lados contra a oposição.

end9MARINA: UM ERRO CRUCIAL DA CAMPANHA DE DILMA!

1. A entrada de Marina na campanha e sua presença inicial –explosiva- nas primeiras pesquisas levaram a campanha de Dilma (Santana?) a uma decisão açodada. Imaginando que o apoio a Marina no segundo turno pelo PSDB seria automático e não necessariamente o contrário, “Dilma” iniciou um bombardeio –aberto e fechado- a Marina.

2. Deixaram de lado a Teoria da Ballotage –das eleições em dois turnos que este Ex-Blog já apresentou algumas vezes. Esta ensina que nesse caso se deve escolher o adversário a ser atacado e poupar o outro ou outros, de forma a construir apoios naturais no segundo turno. “Dilma” atacou os dois.

3. Atacar ou não atacar Aécio não mudaria a posição do PSDB num eventual segundo turno entre Dilma e Marina. Dessa forma, “Dilma” construiu um cenário para o segundo turno com a aliança entre Marina e Aécio, fosse qual fosse o resultado do primeiro turno. E mais ainda: ajudou muito a tirar Marina do segundo turno. Ou seja: perdeu o apoio ou a neutralidade de Marina no segundo turno.

4. E provavelmente não contava que a dosagem usada estava sendo desproporcional. Dessa forma, a queda de Marina correspondeu um crescimento de Aécio que, em função da dosagem usada por “Dilma”, foi geométrico. Aécio, que no auge do efeito Marina chegou a 15% das intenções de voto, dobrou, chegando a 29% na urna, incluindo brancos e nulos.

5. Dilma, que havia se estabilizado em 40% das intenções de voto, fechou nas urnas com 37%, incluindo brancos e nulos. Ou seja: perdeu também com a tática que usou, talvez passando a imagem de autoritária, ao atacar outra mulher.

6. Resta agora saber se a transferência de intenções de voto de Marina para Aécio foi apenas parcial, ou seja, alcançou principalmente os que oscilavam entre Marina e Aécio e os que haviam migrado de Aécio. Ou o que ficou com Marina ainda alcança principalmente os que estavam indecisos entre Aécio e Marina.

7. As pesquisas que serão divulgadas esta semana farão esses cruzamentos entre Dilma x Aécio e em quem votaram no primeiro turno. Mas há que se ter cuidado, pois em geral essas pesquisas sobre em quem votaram no primeiro turno produzem alguma distorção de arrependimento do eleitor e dificuldades da própria amostragem e, por isso, devem ter outras perguntas para garantir os cruzamentos. Provavelmente Aécio terá mais do que teve e Marina menos do que teve.

8. Ideal seriam os institutos abrirem –mesmo que internamente- a pesquisa de boca de urna por gênero, instrução, renda, faixa etária, religião, região…, de forma a as equipes poderem avaliar os potenciais de migração. Nesse sentido –mesmo que de forma a sinalizar ao eleitor evangélico- que em geral migrou do Pastor Everaldo para Marina, Dilma e Aécio deveriam contatá-lo à luz dos refletores. Um gesto que pode valer milhões de votos na definição dos eleitores que votaram Marina no primeiro turno.

FONTE: EX-BLOG CESAR MAIA

 

Discurso de banqueiro enterra Dilma, sem meias palavras. Leia isso.

Nota da Coluna do jornalista Lauro Jardim – Coluna Radar – Veja online

cultura em massa

taça quebrandoSetubal, Marina e a mediocridade

Setubal: murmúrios na plateia

Os convidados para a festa dos 90 anos do Itaú, realizada ontem à noite na Sala São Paulo,  ainda não se refizeram do choque e ouvir Roberto Setubal dizer em seu discurso:

– O Brasil está prestes a tomar um novo rumo com a eleição de Marina Silva para a presidência.

Mais: disse que  o Brasil não aguenta mais a mediocridade.

Numa tacada, descartou Aécio Neves, inicialmente o candidato natural do sistema financeiro, e decretou a eleição terminada.

Falta ainda, no entanto, muito chão pela frente. De qualquer maneira, é fato raro, raríssimo, um empresário de grande porte se posicionar em público tão enfaticamente.

Na plateia, boa parte da elite brasileira, além de petistas como Eduardo Suplicy.

Por Lauro Jardim

Marketing político. Como já disse, nisso o Cesar Maia é bom. Por isso que ele se faz de maluco.

Dados sobre campanhas em tevê e a conclusão do último item. Por aqui, estamos perdidos

FONTE: EX-BLOG DE CESAR MAIA

tevePROGRAMAS/COMERCIAIS ELEITORAIS NA TV, NO BRASIL, E AS LIMITAÇÕES PARA A COMUNICAÇÃO!

1. A professora e pesquisadora norte-americana Kathleen Jamieson, uma das mais importantes autoridades em comunicação política e autora de vários livros, realizou, no início dos anos 90, uma enorme pesquisa desde a Universidade da Pensilvânia sobre as eleições presidenciais norte-americanas de Kennedy a Clinton. Trabalhou com 5 mil pesquisadores.

2. No final, as conclusões da pesquisa foram publicadas em um livro com o nome “O que você pensa que sabe sobre política e por que você está errado”. Esse livro não foi ainda traduzido para o português.

3. Uma das conclusões mais importantes foi testar que tipo de comercial de trinta segundos é o mais efetivo sobre os eleitores. Jamieson agrupou os comerciais em três tipos: comerciais defensivos, comerciais negativos e comerciais de contraste.

4. Os comerciais defensivos são aqueles que os candidatos dizem o que fizeram, dizem o que pensam, enfim, falam bem de si mesmos e de seus governos ou de seus mandatos. Os comerciais negativos são aqueles que os candidatos atacam seus adversários, mostrando os erros em seus governos ou no exercício de seus mandatos.

5. Finalmente, os comerciais de contraste são aqueles que os candidatos, ao afirmarem suas posições, contrastam com as posições dos adversários sobre aquele tema. Os amplos testes feitos foram agrupados como conclusões. Os comerciais que menos efeito tem sobre a decisão de voto e a memória do que foi dito são os comerciais defensivos.

6. Os comerciais negativos criam certo desconforto no espectador quando são vistos. Mas depois disso, geram muito mais memória que os defensivos e têm muito maior efeito sobre o voto. Jamieson considera os comerciais defensivos fracos sobre o voto e a memória e os comerciais negativos regulares sobre voto e memória, mas de bem maior impacto que os defensivos.

7. Finalmente, os comerciais de contraste de longe são os que produzem maior impacto sobre a memória e a decisão de voto.

8. No Brasil, a legislação eleitoral proíbe os ataques de uns –em seus programas- sobre outros, especialmente com o uso da imagem dos adversários, coisa que é liminarmente proibida com perda de tempo de TV e direito de resposta. Dessa forma, proíbem, e por proibir, inibem os comerciais negativos e de contraste.

9. Sendo assim, abrem-se todas as portas e janelas para quem tem mais tempo de TV, pois pode falar a vontade de seus feitos –mesmo que ficcionais- e se sentem protegidos pela legislação. Com isso, com estas limitações, os eleitores ficam pouco informados diretamente pelos programas/comerciais eleitorais e ficam dependentes da imprensa.

10. Ou seja, a legislação termina estimulando a ficção eleitoral e a desinformação do eleitor –impedindo o debate publicitário entre candidatos. Para ativar a crítica ou o contraste, resta contar com a imprensa. Ou, agora, as redes sociais.teve

Em compensação…Os jovenzinhos não querem nem título, quanto mais votar!

JOVENS –16/17 ANOS- MOSTRAM REJEIÇÃO À POLÍTICA NÃO SE INSCREVENDO PARA VOTAR!

moleque4Em 2010 eram 900 mil os jovens com 16 anos aptos a votar e nesta eleição são 480 mil – redução de 47%. Os jovens de 17 anos somavam 1,49 milhão de eleitores em 2010, e para a eleição deste ano são 1,15 milhão inscritos – queda de 22%.

Dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta terça-feira (29) mostram que o total de eleitores entre 16 e 17 anos teve redução de 30% em relação ao eleitorado de 2010, última eleição na qual foram escolhidos deputados estaduais, distritais e federais; senadores, governadores, e presidente da República. Em 2010, o número de eleitores jovens que optaram por tirar o título já havia caído em relação a 2006. O total do eleitorado cresceu 5,1% em 2014 em relação a 2010.

(g1)

Mais uma do Aziz que, lá do Rio, também vê o “Vai pra casa, Padilha!”

disney-graphics-pinocchio-399144Antes que seja tarde

Patinando nas pesquisas, o candidato do PT ao governo de São Paulo
pode enfrentar fogo amigo. Tem gente do partido preparando adesivos
para serem afixados em para-brisas de veículos com o bordão que Jô Soares
tornou famoso: “Vai pra casa, Padilha!” ( fonte: coluna aziz ahmed)

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Para onde vão os indecisos. Veja essa análise do César Maia. Ele pode ser o que for, mas de marketing político entende

FONTE: EX-BLOG DE CESAR MAIA

circle03ELEIÇÃO PRESIDENCIAL: PARA ONDE VÃO OS INDECISOS?

1. Os indecisos numa eleição majoritária não são apenas aqueles que marcam branco, nulo, não sabem ou não responderam. Entre os que marcam sua intenção de voto estão também indecisos. Os institutos de pesquisa identificam a proporção deles perguntando se estão decididos ou podem mudar o voto.

2. Mas, de qualquer maneira, aqueles que marcam branco/nulo/não sabe/não respondeu são certamente os efetivamente indecisos, que tanto podem votar como não votar em nenhum candidato.

3. Todas essas dezenas de pesquisas para presidente mostram Dilma com X% das intenções de voto e os demais somados têm quase –mais ou menos- esses X% de intenções de voto.

4. (Band, 28) “O Índice Band – que sintetiza as últimas pesquisas de intenção de voto – mostra que é grande a probabilidade de a eleição presidencial ser decidida no segundo turno. De acordo com a ferramenta, Dilma Rousseff (PT) teria hoje 50% dos votos válidos. Aécio Neves (PSDB) ficaria com 29%. Eduardo Campos (PSB) somaria 11%. Já Pastor Everaldo (PSC) teria 4% dos votos válidos.”

5. Os institutos tem perguntado aos completamente indecisos algo assim: “Mas no dia das eleições, tem mais chance de votar Dilma ou outro candidato?”. Bom, a resposta para esta questão tem dado em quase todos os estados, 80-90% para um dos outros e 20-10% para Dilma. Ou seja: numa pesquisa com Dilma 40% outros 40%, e 10% indecisos e 10% branco/nulo, com os números de hoje, se pode cravar que Dilma fica com 42%, e os demais com 48% no dia da eleição. E 10% mantêm a decisão de anular ou votar em branco.

6. Importante lembrar isso, até em defesa dos institutos, para não virem as análises costumeiras: “institutos erram, 2º turno com folga” ou “Surpresa nas Urnas”, ou etc.

o que vai dar

Escuta essa, do Maluf. Quer casar com o Padilha no altar, com pompa e cardeal…

Fator Maluf – 1
O apoio do PP nas eleições paulistas já está garantido. Agora, caberá a Lula resolver a segunda parte do problema: tirar da cabeça de Paulo Maluf a ideia de subir no palanque do petista Alexandre
Padilha.

Fator Maluf – 2
A armação do PT não faz a cabeça de Maluf, que, dono de uma bagagem de uns 500 mil votos, ao anunciar apoio a Dilma e Padilha, cantou de galo, afirmando:

“Eu não caso no porão, só caso no altar. E tem que ser com cardeal.”

(NOTAS COLUNA AZIZ AHMED – O POVO-RJ)

E O QUE É O QUE É QUE FALTA NESSA FOTO ABAIXO????

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Nelson Antoine/Fotoarena/Estadão Conteúdo

 

RESPOSTA CERTA:

ALGEMAS!UMA, COLETIVA!

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Melhor ficar com a charge do Sponholz. Amigos, não vejam – para não se deprimir – a lista dos que podem ser indicados ao STF na vaga do JB

 

Eu avisei, mas como sei que vocês são teimosos, lá vai. É de arrepiar. Depois não digam que não avisei. Notas do site jurídico MIGALHAS (www.migalhas.com.br). Os grifos são meus.

jackIdiossincrasia

Com a anunciada aposentadoria no STF, recomeçam as especulações quanto ao substituto. Dizem que a presidente Dilma ouvirá uma só voz para a escolha : ministro Lewandowski. Seria, de certa forma, também um desagravo. Nesse sentido, há vários nomes bons figurando na lista.

Na bocaElectrocution

Se a escolha fosse hoje, o novo ministro seria o professor Heleno Torres. Indo para depois das eleições, o cenário pode ser outro, dependendo do resultado do pleito.

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Fala-se também nos ministros do STJ Benedito Gonçalves, Luis Felipe Salomão, Nancy Andrighi e Herman Benjamin, no chefe da AGU Luís Inácio Adams, no ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, no presidente da OAB Marcus Vinicius Furtado, no criminalista Alberto Zacharias Toron, no jurista Luiz Edson Fachin, entre outros festejados nomes.

ARTIGO – O jogo começou divertido. Lance os dados que é sua vez. Por Marli Gonçalves

Game-Board-Ludo-200p-2types-animatedO jogo começou. Façam suas apostas. Cada vez mais pessoas, principalmente jovens, se desinteressam pela política, que anda mesmo “trabalhada na chatura”. Assim, num momento de colaboração, porque sou boazinha, resolvi jogar os dados para você ver como tudo anda parecendo um gigantesco Ludo, ou um misto com Banco Imobiliário versão luxo. Dá para se divertir acompanhando, mas alguém tem de ganhar, e aí é que está o xisGame-Board-Ludo-200p-2types-animated

Estava no meu canto prestando atenção às coisas e, como diria aquele juiz de futebol, a imagem foi clara. A política nacional virou um joguinho que você vai lembrar porque certamente já o jogou, o Ludo, aquele que você vai andando as casinhas, para, recua, anda, com misto de Banco Imobiliário, Minha Casa Minha Vida, Minha Mansão.

Vê se não tenho razão para brincar: de dois a quatro jogadores, um vermelho, um azul, um verde e outro amarelo, cores partidárias. O objetivo do jogo é ser o primeiro que, partindo de uma casa de origem chega à casa final. Para isso, deve-se dar a volta inteira no tabuleiro e chegar antes dos adversários. Na minha cabeça misturei com o Banco Imobiliário justamente para dar mais emoção: o jogador ganha bolsa, perde bolsa, pode ser preso, inventa que está construindo, dando desconto. A casa cai. Tem um valor no morro e na cidade. Enfrenta protestos e balas perdidas. Enfrenta o Batman. Pode construir de mentirinha: laboratórios. Investe em ações: Eike no jogo. É espionado. Faz compras nos Estados Unidos e paga mais…Ou pode ser expulso, pagando é o mico da vez, com guardanapo na cabeça.

0091Preparado? Trouxe uns jogadores para brincar com a gente.

Alexandre Padilha, candidato do PT ao Governo do Estado de São Paulo. Recuou quatro casas quando encontrou com o doleiro, com o deputado do bracinho levantado, e depois de ter assinado a compra do Labogen. Vai virar poste, mas para ficar parado um tempo até ser resgatado, se possível.Ainda tem de ficar ouvindo piadinhas tipo “Volta para casa, Padilha!”

Lula, ex-presidente que fez que ia, mas não foi. Botou todas as cartas em jogo. Parou no hospital, desencalacrou, tenta trocar jogadas com qualquer um. Elegeu um poste e uma posta. Fixou um em Brasília. Outro, em São Paulo. Ambos perderam jogadas. Mudou de tática. Agora quer de novo dar as cartas, ou tem quem queira trucar com ele. Andou duas casas esta semana com o movimento Volta, Lula, mas disfarça as cartas que tem na mão. Resolveu virar messiânico e acha que o povo vai comprar o que diz.0008

Dilma, a posta. Primeira mulher a governar o Brasil, mas continuou com o passo duro e irritada, gritando com todo o mundo. Fez uma jogada grande, conseguiu chegar no Palácio do Planalto, mas não abriu as portas, não conseguiu abaixar nada do que disse, nem entregar o que prometeu. Como gerentona se acabou quando assinou – e disse que não sabia de tudo nem de nada – a compra da Refinaria nos Estados Unidos. Obama sabia, mas também fez birra. Vai andar várias casas para trás nas próximas jogadas. Ou acabar só com o Jogo da Velha.0099

Fernando Haddad, poste e prefeito de São Paulo. Pediu para sair do jogo. Prefere Buracos. A cidade está repleta. Já faz planos de voltar a estudar, defender alguma tese, já que na política não deve se aventurar mais.

Aécio, candidato da oposição, como tucano, à Presidência da República. Apareceu no jogo. Andou umas dez casas nos últimos dias. Empurrou para lá o senador Álvaro Dias e agora é ele quem dá opinião sobre tudo e todos, ziguezagueia no tabuleiro, sobe e desce do muro. Aproveita fama das jogadas do avô.

0100Eduardo Campos, outro candidato de oposição à Presidência. Tenta hipnotizar os ex-amigos, agora inimigos, com seus olhos coloridos. Avança no tabuleiro muito lentamente porque ainda não definiu sua estratégia. Encavalou sua partida quando entrou junto com o peão verde, Marina Silva, e está um tal de empurra para lá, empurra para cá, para ver quem se equilibra no quadradinho. Quem fica em cima ou embaixo. Ainda tem muita coisa para resolver quando passar pelos pontos Igreja, Economia, Ecologia, quando deverá ainda enfrentar os perigosos soldados dos ruralistas.

Geraldo Alckmin, governador de São Paulo e candidato à reeleição. Secou. Atolou. Está de castigo, parado há várias jogadas, até que chova. Ou que algo melhor caia do céu.Adoraria ficar transparente, literalmente.

Paulo Skaf, presidente da FIESP e candidato ao Governo do Estado de São Paulo, pelo PMDB. Pulou umas oito casas na frente quando o Padilha regrediu. Comprou indústrias, casas, jogou tudo o que podia, se reune até com o diabo. Deixou crescer cabelo na cabeça e vitaminou os “Ss”(esses), e com eles serpenteia por todo o Estado. Espera desistências para continuar no tabuleiro. Que não é o da bahiana, literalmente.Door_01_Reactions

Olha, que pena que a gente não pode colocar um número indefinido de jogadores, porque ainda tem uns bem legais esperando a vez, e que de vez em quando jogam para a plateia. Mas estes preferem, creio, o dominó, ficam encaixando as peças para ver se acabam as pedras. Fernando Henrique Cardoso, Gilberto Kassab, bons exemplos. Mas eles também sabem jogar com outras pedras, peças e cartas; sabem jogar damas, xadrez, War.

São Paulo, sua vez, 2014

  • Marli Gonçalves é jornalista Como esse jogo ainda leva meses, os esquecidos aqui ainda terão algum tempo de se movimentar.

magicMan

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ARTIGO – Viramos avestruzes. Parece. Por Marli Gonçalves

?Já que nem é verdade que aquelas aves grandonas, frangões enormes, se escondem, enfiam a cabeça no buraco – até porque nem seriam malucas e a natureza é sábia – a comparação serve só para ilustrar. Porque quem está enfiando a cabeça na terra para não ver, ou fazendo logo como aqueles três macaquinhos – não ver, não ouvir, não falar – somos nós, os humanos. Especialmente nós, os humanos brasileiros, coisa verde e amarela. Puxa, tem nem uminha musiqueta de protesto? Uminha, vai!

animated-gifs-ostriches-22AlôôÔ! Posso saber o que é que está acontecendo? Alguém pode dizer? Será a água (a pouca que temos? Alguém pingou “desmemoriol” ou “apatiol” na caixa dágua geral? Vamos continuar só sussurrando entre nós que a crise está brava, que o país está desgovernado, parado, estupefato, atrasado? Que a crise está batendo toc,toc,toc na porta e a gente ainda fazendo de conta que não está escutando. Logo só o nariz vai estar para fora e a gente saltitando na ponta do pé. Acaso estamos esperando algum super-herói vir nos socorrer? Temo ter de informar que o último que estava sendo esperado, o Batman Joaquim Barbosa, resolveu se recolher e ficar lá no Supremo, onde, aliás, passou a ser mesmo de fundamental importância.

Más notícias: não temos super heróis, o Papa anda super ocupado com outras coisas, que agora incluem até a sua Argentina; fora que ainda, pois é, não está comprovado que Deus é brasileiro – parece que é mentira. Até o Obama cansou de escutar nossas conversas: deve ter ficado pasmo com o que ouvia, negociata em cima de negociata, com o nível geral das conversas, entre si e uns mais que outros, dos políticos, empresários, governantes e assemelhados. No momento mesmo, a cada diálogo revelado nossos cabelinhos ficam em pé, tão “republicanos” que são. “Você é nosso e nós somos teu”, a mensagem escrita pelo petista Vacarezza no SMS mandado ao Governador Sergio Cabral, era apenas um leve, levíssimo, prenúncio do que ainda iríamos ver, ouvir, saber. Tem mais: nossa presidente e seu imenso ministério – um rabo com quase 40 atarracados – está lá batendo pino, zoada, diríamos. Continua irritada e distribuindo tabefes verbais enquanto manda alguns fazerem o papel de sonsos, nos azeitar, amanteigar. Enquanto isso, jornalistas ficam úmidos, babam e se espremem para sorver as palavras do ex, espectro, agora sempre previamente escolhidas, para uma plateia amestrada como focas.sanden

Assim, continuando a ligação animal do início desta conversa, a inflação está galopante e não é para combinar com o ano chinês do Cavalo de Fogo. Estamos com nossa auto estima completamente arranhada, pó unhas e patas de gatinhos e tigrões, e – vai, admita! – nos mantemos em pânico absoluto, sem conseguir antever sobre o que acontecerá até a Copa. Até as eleições. Até a chegada ou retorno do bom velhinho, se é que até ele não mudará de rota com medo de suas renas serem assaltadas ou seus sacos de presente “aliviados”. Isso, claro, se não aparecer ninguém pintando uma faixa, cobrando alguma taxa ou inventando algum imposto novo pro coitado voar nossos ares. Viram como andam nossas estatais.

Não bastasse há uma coisa nervos à flor da pele, faca nos dentes, acometendo a população de Norte a Sul. Não junta nem dez e já alguma coisa pega fogo, a avenida ou estrada é bloqueada, chovem pedras e gases, e o protesto que era para ser pacífico blábláblá. Aposentaram os blackbobocas; foram pra gaveta junto com os ninjas. É ação e reação, só que localizadas. A polícia chega rasgando, bomba pra lá, bomba pra cá. Feridos, na certa. E o espectro da morte por ali, rondando. Qualquer coisa. Uma fagulha. Tudo isolado. Se até organização criminosa protesta! Faz a conta: a frota de ônibus nacional sofre grande e grave revés. Agora já nem saem mais das garagens – os caras vão lá e queimam a garagem inteira. Concentrado.

gifs-animados-avestruces-915622Uma das grandes preocupações recentemente eram os arrastões em restaurantes. Agora já estão alhures, rolando até em lanchonetes e padarias de esquina – devem render só trocados, porque todo mundo está Durango Kid. A coisa está feia. Na dúvida o pessoal das Olimpíadas de 2016 já toma posição, com uma espécie de intervenção. Porque se estão vendo na Copa… Imagine nas Olimpíadas.

Não vou me estender mais porque sei que você sabe. Todos os leitores já se perguntaram coisas como “como assim um quilo de carne estar custando isso?”, “como assim um pedaço de melancia a 10 reais?”, “como assim essa conta de luz, de telefone, celular que não funciona, como assim esses impostos novos, mais essas leis incumpríveis?”, “como assim tanta roubalheira de dinheiro público, agora o pessoal rouba e nem tenta fazer”? Como assim?

ostrich4Falamos entre nós. Ouvimos nas ruas. Vemos a nossa situação e a de amigos. Precisamos e não temos o que pagamos para ter, como Saúde, Educação, Infraestrutura. O burburinho está crescendo, e sussurros qualquer hora viram gritos. Só que está demorando; estamos paralisados e divididos, mesmo concordando em tanta coisa.

Andamos cabisbaixos. Um país triste e perplexo.

graphics-swans-487640Viraremos avestruzes, porque nossas cabeças também não serão visíveis e estarão perto do chão quando tentarmos nos esconder, assustados com tantos predadores. Vamos começar a ouvir o canto dos cisnes. Mas os cisnes – sinto informar – não cantam. São mudos. Iguais a como nós estamos.

São Paulo, 2014Marli Gonçalves é jornalista Nem pensar em Ovos de Páscoa. Até porque podem vir recheados só com ar, numa revolução de coelhos.

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Do Ex-Blog de Cesar Maia. Friboi, Roberto Carlos, Dilma e BNDES. Senão não tem samba

graphics-cows-824453TONY RAMOS, ROBERTO CARLOS, FRIBOI, BNDES E DILMA!

(Sakamori Ossami – Gazeta do Paraná, 15) 1. O grupo HBS/Friboi é maior tomador individual do programa PIS, Bolsa Empresário, do BNDES.  O valor ascende a R$ 20 bilhões.  Os tais empréstimos são subsidiado pela União, uma vez que ela capta no mercado, hoje, entre 10,75% da taxa Selic a 13,46% da taxa da NTN-F.  O BNDES empresta para empresários como JBS/Friboi a uma taxa média de 3,5% ao ano.  O subsídio do governo federal varia entre 7,25% a 9,96%.

2. O grupo JBS/Friboi, aplicando o dinheiro do PIS, instituído no governo Lula, tomado em forma de empréstimo do BNDES, mais de R$ 20 bilhões, significa que, se deixar aplicado, sem produzir nada, rende cerca de R$ 2 bilhões anuais.  No final das contas, vão jogar os empréstimos do BNDES no lixo.   Já fiz, a primeira denúncia no dia 19 de janeiro deste ano.  Mas, ninguém ousa tomar atitude para investigar as operações estranhas do grupo JBS/Friboi junto ao BNDES.graphics-cows-624514

3. Recentemente, contrataram os atores globais, o cantor Roberto Carlos, apresentadora Fátima Bernardes, o ator Tony Ramos e a apresentadora Ana Maria Braga para fazer propaganda/ merchandising dos produtos Friboi.  O pano do fundo é fazer divulgação dos nomes do Júnior Friboi para o governo de Goiás e a Dilma para a presidente da República.  Não demora muito, as personagens citadas, vão aparecer em companhia dos atores globais, num propaganda subliminar, sem infringir legislação eleitoral.

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Um resumo do que você queria saber sobre Friboi, Júnior, Roberto Carlos, Toni Ramos e Duda Mendonça. Se é que você queria saber e entender. Está tudo no mesmo saco.

FONTE: COLUNA JAMES AKEL

banana VACAPORQUE A FRIBOI CONTRATOU ROBERTO CARLOS PRA COMERCIAL

Muita gente se pergunta se a contratação de Roberto Carlos pra fazer comercial da Friboi seria porque Toni Ramos não estava mais sendo eficiente.

Mas nada a ver isto nem aquilo.

Tanto a contratação de Toni Ramos quanto a de Roberto Carlos nada tem a  ver com a Friboi que não precisa de ninguém pra vender carne porque é absoluta no mercado e vende toda sua produção antes da existência dos comerciais.

Estes comerciais com Toni Ramos ou Roberto Carlos servem apenas pra agregar imagem dos artistas ao dono da Friboi, conhecido como Júnior Friboi que vai ser candidato ao governo de Goiás agora e precisa ter imagens agregadas.

O mesmo Júnior Friboi contratou também Duda Mendonça pra fazer sua campanha.

Está desvendado o segredo da contratação de tanta gente cara pra fazer comercial de um produto que já vendia tudo antes da existência do comercial.

Quanto ao cachê de Roberto Carlos algumas fontes do mercado publicitário me garantiram que foi mesmo 16 milhões líquidos.

Bem menos que os 30 milhões que o Duda Mendonça vai receber nesta empreitada.

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Mais uma análise de Cesar Maia. Desta vez sobre o NV, o Não-Voto, brancos, nulo e abstenção

fonte: ex-blog de Cesar Maia, ex-prefeito do Rio de Janeiro e analista político

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BRANCOS, NULOS E ABSTENÇÃO EM 2014! QUEM GANHA? QUEM PERDE?

1. De longe, o que mais impacienta os candidatos em todos os níveis em 2014 é a quanto vai somar o Não-Voto (NV), ou seja, a proporção de votos brancos, nulos e abstenção. Em média o NV tem alcançado 25% no Brasil, uns Estados a mais e uns Estados a menos.

2. Admitamos -apenas por hipótese- que o NV possa subir para 35%. A primeira dedução é quanto à eleição presidencial. Dilma vai carregando seus 43% de intenções de votos nas pesquisas, aliás, o mesmo patamar das eleições de 2002, 2006 e 2010 sobre votos totais.

3. Supondo a mesma distribuição que a anterior, entre abstenção, brancos e nulos. Para vencer no primeiro turno, Dilma precisaria alcançar 47% incluindo os brancos e nulos. Com o aumento do NV, estes 47% caem para o entorno destes 43% que Dilma tem em pesquisas. Conclusão apressada: isso interessa a Dilma.

4. Apressada porque depende das áreas de concentração desse aumento do NV. Apenas como exemplo, se ocorrer em áreas de menor renda ou no Nordeste, o maior NV vai afetar negativamente Dilma. Mas se ocorrer principalmente em áreas de classe média mais alta, ou nos Estados do Sudeste-Sul-Centro-Oeste, os maiores prejudicados serão Aécio e Eduardo Campos e Dilma ganharia no primeiro turno,

5. Como conclusão, a campanha dos presidenciáveis deve incluir a chamada às urnas em suas áreas mais fortes de voto. Ou seja, o uso da TV eleitoral não resolve por ser nacional, a menos que o TSE autorize a regionalização da TV. Aqui, a internet pode ajudar por ser uma comunicação focalizada.

6. O mesmo raciocínio se aplica nas eleições dos governadores, apenas adaptando o cenário nacional descrito acima para cada cenário estadual.

7. Em relação aos deputados estaduais e federais, o aumento do NV tem como efeito imediato a redução dos votos de legenda. Um exemplo. Se para eleger um deputado eram necessários 100 mil votos, a legenda cairá para 90 mil. Isso é bom para quem? Claro, para os mais votados. Os que têm menos votos se iludem que esta redução os beneficia. Lembrem: o número de deputados eleitos por Estado será o mesmo.

8. Finalmente, entre os deputados, quais se beneficiam e quais são prejudicados? Outra vez, depende do perfil de voto do aumento do NV. A concentração numa sub-região, ou num perfil de eleitor, prejudicará os que têm voto aí.

9. É provável, que aqueles que protestam nas ruas ou se incorporam a elas virtualmente sejam os mais propensos a não votar ou anular o voto. Se for assim, os prejudicados serão -paradoxalmente- exatamente os candidatos a deputado que mais se envolveram e mais estimularam as manifestações.

10. As pesquisas eleitorais contratadas pelos partidos e candidatos deveriam passar a incluir as decisões de NV e, assim, orientar os candidatos em todos os níveis e regiões.

O ex-prefeito Cesar Maia é bom analista. Ele fez um resumão da pesquisa publicada ontem, festejada pelos caras…Mas entenda melhor e o mundo gira…

 

CURIOSIDADES SOBRE A PESQUISA NACIONAL CNT-MDA  FEV/2014!earth_l

1. Em quem para Presidente não votaria de jeito nenhum: Dilma 37,3% / Aécio 36% / Eduardo Campos 33,9%.

2. Avaliação de Dilma: Ótimo+Bom 36,4% (2013 em novembro 39%) / Ruim+Péssimo 24,8% (2013 em novembro 23%).

3. Fernando Henrique em julho de 1998: Ótimo+Bom 31%, Ruim+Péssimo 23%.

4. Os investimentos na Copa foram desnecessários para 75,8%. Haverá manifestações nas ruas na Copa para 85,4%.

5. Custo de vida nos últimos meses aumentou para 77,2% / Em 2014 deve continuar aumentando para 71,8%.

6. 62,1% não se interessam pelas eleições presidenciais. 37,4% se interessam.

7. Quer que o próximo presidente mude totalmente a forma atual de governar: 37,2%. Mude a maioria das coisas 22,9%. Total dos que querem mudanças substantivas: 62,2%.

8. A Violência aumentou nos últimos meses para 46,5%.  Para 22,9% não.

 

fonte: Ex-blog de Cesar Maia

Deputados fazem o Brasil andar para trás. Pioramos ao invés de melhorar. Parem de votar nesses babacas enquanto é tempo.

FONTE: DIÁRIO DO PODER

Direito dos gays

nósProposta de deputado pode pôr fim à união entre homossexuais

arolde olveiraUma proposta  em tramitação na Câmara dos Deputados dá um passo atrás nos direitos gays. A medida de autoria do deputado Arolde de Oliveira (PSD-RJ) susta a resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que permite a união entre homossexuais. Para Oliveira,  a resolução extrapola as competências do CNJ e usurpa a competência do Congresso Nacional ao ir além do poder de regulamentar, não apenas esclarecendo uma determinada lei, mas normatizando como se lei fosse.

“A resolução, como um mero ato administrativo de conduta dos agentes públicos, atinge a esfera legiferante e abre um precedente temerário, porque os legítimos representantes do povo têm reduzida sua atuação por conta de um órgão administrativo e auxiliar do Poder Judiciário”, sustenta. Independentemente do mérito, a resolução dava a garantia de união às pessoas de mesmo sexo, que podem perder esse direito caso a medida seja derrubada.

ARTIGO – Escravos de Jó… Por Marli Gonçalves

bagladyTem expressões tão arraigadas que é só dar uma “letra” que o resto vem correndo atrás. Essa cantiga infantil, uma delas. Independente de quem é Jó, se ele tinha ou não escravos e, especialmente, o que é caxangá, ela lembra exatamente como têm sido os nossos dias, tira daqui para por ali. De lá, para pagar o acolá. E música especialmente para mim, que ando com ela na mente, e que estou me sentindo a própria caxangazinha, carregando caixas de mudança, tirando dali, pondo aqui, deixando ficar lá

Juro que hoje pensei em escrever – e vou, também – uma coisa mais geral, pessoal, sem falar de política. Só que é quase impossível. Não é que, além de tudo, a cantigueta também fala em guerreiros? Acaso você viu que o Lula e o PT chamam a turma de presos e condenados de “guerreiros”? Pois é, eles devem estar fazendo zigue-zigue-zá.

homEnfim, deixa essa gente para lá porque só servem mesmo para nos atrasar e chatear. Esperneiam. Berram mais que leitão de véspera, antes de virar pururuca. Como diz um amigo, esse aqui deve ser o único país onde o sistema judicial é discutido e achincalhado em praça pública; e pelos condenados. Condenados estes que ficam soltos dando entrevistas, posando para fotos, apontando o dedinho, ou presos, mas tratados como reis. Fora o campeonato para saber quem rouba mais, se são os chupins, ops, tucanos, ou a turma dos ideais perdidos na Terra do Nunca (… antes nesse país…), ops, os petistas.FPAPsmall

Por causa de tudo isso, mais algumas gotas de gerenciamento manco, e admitido pelo próprio ministro esta semana, a economia vai de mal a pior. E não me venham com índices, pesquisas de aprovação, muito menos com falas sobre os que “saíram da linha de miséria”. Balela. Mentira. Enganação. Basta olhar as ruas neste Natal. Basta ver as pessoas. Nem precisa ser repórter. Saia por aí perguntando. Todo mundo devendo. Todo mundo reclamando. Todo mundo cortando, cortando. Todo mundo fazendo piruetas dignas do Cirque Du Soleil. Na boa, mesmo, só vi festinhas de firma, boca livre. Até a Cidade de São Paulo está murcha, sem brilho, sem luzinhas – só umas lá, outras cá, uma grita a outra não escuta.

Como sou brasileira e, ainda por cima, mulher, independente, de linhagem SRD, etc. etc., estou atingida também. Detesto mudar. Mas estou sendo obrigada a fazer a terceira mudança em 5 anos, porque os proprietários estão enchendo os olhos e a bolha embolhando cada vez mais. Tendo de resolver de forma meio doméstica que depois conto qual está sendo, assim que me recuperar. Mas que, resumindo, me levou a neste momento estar às voltas com duas mudanças, uma reforminha, uma troca da cuidadora de meu pai que andava batendo pino e eu poderia querer é bater nela, trabalho do dia a dia (inteiro aliás, que jornalista não descansa), manter o blog e abrir um pequeno novo negócio com uma amiga, El Gran Bazar! Tem mais detalhes, mas melhor deixar para lá. Não quero ver você aos prantos na calçada comigo, no meio fio, coisa de que tenho tido vontade umas dez vezes por dia mais ou menos.children_sled

Virei a louca das caixas. Não posso ver uma dando sopa na rua que paro e pego. Tento organizar tudo, mas sempre tem alguém que estraga. …”Escravos de Jó jogavam caxangá. Tira, põe, deixa ficar, Guerreiros com guerreiros fazem zigue-zigue-zá”…

Foram as caixas que me lembraram a cantiga. Fui ver mais: Jó é aquele personagem bíblico do Antigo Testamento, dotado de grande paciência, o mesmo do “paciência de Jó”. Deus teria apostado com o Diabo que Jó, super rico, uma espécie de Eike, mesmo perdendo as coisas mais preciosas que tinha (filhos e fortuna), não perderia a fé. Assim aconteceu, segundo a Bíblia. Ou supostamente, como está na moda escrever para não se comprometer.

Ah, e tem a polêmica do caxangá. O que é. Até agora, para mim, eram pedras. Que eles usavam como fichas, tipo dados, movimentando de lá para cá. Nénão! Parece que é um siri. Que eles deviam jogar morto, porque siri “morde”. Tem outras teses: caxangá, em tupi-guarani, seria “mata extensa”. Jogar mata? Tem quem fuma mato, mas jogar…

Pode também ser um chapéu de marinheiro. Ou, ainda, dizem, um adereço usado pelas mulheres alagoanas sabe-se Deus onde. Continuaremos sem saber, porque, convenhamos, que não dá para jogar para lá e para cá nem o mato, nem o chapéu, nem o adereço, nem as mulheres.

Por falar nisso, reparou na nova moda de fim de ano? Deve ser por causa da novela, da Tetê pára-choque, para-lamas: as mulheres estão usando flores no cabelo, e tiaras rodeadas de flores.

Acho ótimo. Já usei faz 40 anos; com 15 anos andava por aí com uma linda, que eu própria fiz com as flores roubadas dos vasos de arranjos de flores artificiais de minha mãe.

Me sentia como uma rainha coroada. Só que na época tinha o sentido: usava quem queria a Paz e o fim da ditacuja que nos esmagava.

Agora, só quero a Paz. E bom senso aos homens de Boa Vontade.

lemonadeSão Paulo, Natal, acabando o horroroso 2013

 

Marli Gonçalves é jornalista – Virando uma pessoa compacta, compactada. Lembrando de matemática moderna, intersecção – operação pela qual se forma o conjunto de todos os elementos que são comuns a dois ou mais conjuntos. Entendeu, né?

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Maldade em poucas linhas. Sobre Aécio.

17Shines_smallFogo de palha?

Deputados do PSDB-SP garantem que o senador Aécio Neves (MG) deixou a preguiça de lado e apertou o passo rumo às eleições de 2014. Mas maldosamente duvidam que fique assim até o fim de semana.

fonte: coluna Cláudio Humberto