#ADEHOJE – VEIAS PULSANTES E CORTANTES DA AMÉRICA LATINA
SÓ UM MINUTO – Creio que, assim como eu, estamos todos muito preocupados com tudo o que acontece à nossa volta. Pior, estamos todos muito confusos sobre a constitucionalidade e legalidade das coisas. Digo isso, não só, claro, por causa da Bolívia, da renúncia de Evo Morales. Mas pelo somatório das coisas em toda a região. No Brasil, a libertação de Lula acirrou novamente ânimos que estavam, mal ou bem, sendo acalmados. Nas ruas, pessoas desinformadas pedem o fim do STF, protestam sem bem entender as coisas.
As falas de todos os lados não estão sendo para aplacar as diferenças, mas para acentuá-las. Qualquer posicionamento é visto sob o ângulo de direções que não explicam as coisas. A economia – que se abala com qualquer fato nacional e internacional – bambeia. Na área de comportamento, a violência grassa em estádios, na polícia, dentro das casas com os feminicídios em destaque.
A respeitada diplomacia brasileira vem se tornando fantoche de velhas e conhecidas ideologias políticas. (Missão Bolívia, dialogar e documentar) revela o descaso da política externa brasileira no sofrimento enfrentado pelo senador boliviano Roger Pinto Molina, que passou mais de um ano asilado, esquecido em um quarto no edifício da embaixada do Brasil em La Paz, Bolívia. “Eu me sentia como se eu tivesse o DOI-Codi ao lado da minha sala de trabalho.” (Eduardo Saboia, diplomata brasileiro) Molina vitima de perseguição política, denunciou o envolvimento de membros do governo do presidente Evo Morales, com o narcotráfico.
O senador boliviano foi resgatado (agosto, 2013) da Bolívia, em uma operação coordenada pelo diplomata brasileiro Eduardo Saboia, sem o conhecimento dos governos brasileiro e boliviano. “E asseguro: é tão distante o DOI-Codi da embaixada brasileira lá em La Paz como é distante o céu do inferno. Literalmente isso.” (Dilma Rousseff, presidenta do Brasil). “Não respeito caprichos nem ordens manifestadamente ilegais”. (Eduardo Saboia, diplomata brasileiro). “No Brasil de Dilma, quem diz isso é réu. A presidente exige obediência cega. Vergonha”. (Demétrio Magnoli, sociólogo) “Eduardo Saboia revela ser um continuador corajoso do legado de coragem do mártir brasileiro, mártir da ONU, Sérgio Vieira de Mello”. (Jose Ramos-Horta, Prêmio Nobel de Paz) Fatos como a prisão (fevereiro, 2013) em Oruro na Bolívia, de doze brasileiros, torcedores do Corinthians, acusados pela morte de um adolescente em um jogo da Copa Libertadores da America, tráfico de drogas, e outros crônicos gargalos da relação diplomática entre Brasil e Bolívia, são abordados no filme.
“Torcedores presos na Bolívia são usados como ‘objetos de barganha política’ pelo governo Morales”. (Senador Ricardo Ferraço, Presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado do Brasil). “Hoje, nove de cada dez toneladas de cocaína produzida na Bolívia têm como destino o Brasil” (José Casado, O Globo) Missão Bolívia, tem participações especiais de Eduardo Saboia (diplomata), Carlos Mesa (ex-presidente Bolívia), Jorge Quiroga (ex-presidente Bolívia), Roger Pinto (senador), Marcel Biato (diplomata) Ricardo Ferraço (senador), Alvaro Dias (senador), Sérgio Petecão (senador), Jerjes Talavera (diplomata), Fernando Tibúrcio (advogado). Um Documentário do cineasta baiano (Jequié,Bahia) Dado Galvão (Conexão Cuba Honduras), Pilar Celi Frias (jornalista, pré-produção, pesquisa Bolívia), Arlen Cezar (fotógrafo, pré-produção). Exibições públicas poderão ser solicitadas agora, mas só acontecerão a partir de julho de 2014. dadogalvao@hotmail.com www.MissaoBolivia.com
Roger Molina: senador ficou asilado, exilado, preso na nossa embaixada até fugir par ao Brasil. Líder oposicionista participa da sessão de cinema que denuncia os desmandos de Morales
MOSTRA SP: última exibição do polêmico UM MINUTO DE SILÊNCIO acontece nesta terça-feira
UM MINUTO DE SILÊNCIO, o polêmico documentário sobre a situação política da Bolívia, terá sua última exibição na 37ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo nesta terça-feira, dia 22 de outubro, às 15h30 no Espaço Itaú de Cinema/Frei Caneca.
Dirigido pelo italiano Ferdinando Vicentini Orgnani, o filme ganhou três sessões dentro do Panorama Internacional da Mostra e arrancou reações bastante diversas do público presente nas duas primeiras exibições, sendo aplaudido de pé por alguns e veementemente criticado por outros espectadores.
O documentário, que começou a ser rodado em 2008, aborda a situação da Bolívia nos últimos cinco anos, durante o governo de Evo Morales, o primeiro presidente indígena eleito após a queda do presidente Sánchez de Lozada no auge da revolução socialista.
Durante os anos de filmagem, Orgnani esteve diversas vezes no país e narra a mudança que sentiu no governo “entre junho de 2008 e dezembro de 2011, percebi uma transformação gradual: no começo havia grande entusiasmo em relação à revolução que ajudou a eleger o presidente indígena, mas hoje há sinais de que a Bolívia está caminhando para um regime que usará de todos os meios, lícitos e ilícitos, para manter-se no poder”.
Para conseguir finalizar a produção, o diretor, que veio ao Brasil para o lançamento mundial da obra, precisou contar com o apoio de ONGs e da imprensa local, devido às constantes ameaças de represália. O filme também aborda o recente e dramático protesto indígena contra a construção da rodovia que cruzará o parque nacional do TIPNIS, com o objetivo de escoar a produção de coca.
Sobre o diretor:
Ferdinando Vicentini Orgnani nasceu em Milão, em 23 de setembro de 1963. Após concluir o Ensino Médio, mudou-se pra os EUA onde estudou música. De volta à Itália, começou a estudar roteiro em Roma com Ugo Pirro. Em 2002 graduou-se em Direção pelo Centro Sperimentale di Cinematografia de Roma, uma das instituições mais importantes da Itália. Desde então, ele tem trabalhado como roteirista, diretor e produtor.
Curiosamente, Ferdinando Vicentini Orgnani personifica “Marcello Mastroiani” no filme Ucraniano PARADJANOV, de Olena Fetisova e Serge Avedikian, que também está em exibição na Mostra.
Serviço:
UM MINUTO DE SILÊNCIO (UN MINUTO DE SILENCIO), de Ferdinando Vicentini Orgnani (88 min./ Bolívia, Itália). Falado em espanhol. Legendas eletrônicas em português. Classificação: Livre.
O senador boliviano Roger Pinto Molina, que está asilado em Brasília, desembarca em São Paulo amanhã, 19, exclusivamente para acompanhar o lançamento do filme “Um minuto de silêncio” – documentário que aborda a situação da Bolívia nos últimos cinco anos, durante o governo de Evo Morales.
Para quem quiser assistir ao filme:
19/10 – 21h30 – ESPAÇO ITAÚ DE CINEMA – AUGUSTA 1; > 20/10 – 14h – CINE LIVRARIA CULTURA 2; > 22/10 – 15h30 – ESPAÇO ITAÚ DE CINEMA – FREI CANECA 4. >
GOVERNO BRASILEIRO SE HUMILHOU PERANTE EVO MORALES
No final do Governo Lula, o chanceler Celso Amorim estava na Bolívia e quando ia voltar ao Brasil em avião da FAB, Evo Morales mandou seu exército invadir o avião da FAB até com cachorros treinados para saber se Celso Amorim não estava trazendo ao Brasil um senador boliviano adversário de Evo, escondido dentro do avião.
Esta humilhação ficou em segredo e nada foi feito contra este ato vergonhoso de Evo.
Agora recente, quando em Viena o avião de Evo foi parado e revistado pra saber se Evo não levava dentro dele o espião americano que estava na Rússia, Dilma fez um pronunciamento público protestando contra o ato.
Que vergonha ter um governo brasileiro deste porte subserviente a uma Bolívia governada por quem é o presidente boliviano.
Alguma coisa muito misteriosa tem neste governo.
Na manhã de hoje, em Brasília, o que se comentava era a possibilidade do espião americano que estava escondido na Rússia estar agora no Brasil. O avião de Evo Morales que foi abordado em Viena na volta da Rússia não foi revistado por dentro como alguns publicaram. Evo não permitiu e isto seria considerado um ato de invasão de guerra por ser o avião território boliviano. E ao adentrar o Brasil o avião de Evo fez escala em Fortaleza ao invés de Recife que é a primeira parada depois do mar. A movimentação de Fortaleza e algumas mudanças de agenda no Planalto e Itamaraty causaram este boato em Brasília na manhã de hoje. Se isto fosse verdade e Dilma tivesse aceito esconder o espião americano a situação política de Dilma seria pior que enfrentar as manifestações. Obama ficaria zangado assim igual os americanos ficaram com Jango.