Ontem fui à FAAP, a ex-faculdade. Fotografei a porta da sala de aula que, pelo menos ela, não mudou tanto…

Fui – e recomendo – na FAAP ver a exposição Pérolas, do Qatar. Uma joia, umas jóias!

Aproveitei e fugi para ver minha ex-sala de aula – Fiz Comunicação ( jornalismo) lá, sou da última turma, de 1979.

Vejam só:

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Aproveitei e também fiz umas imagens dos vitrais. O resto tem muita coisa mudada, mais feia, mais em cima da tal segurança, que fecha e asfixia tudo.

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RIP Rodolfo Konder, um grande jornalista, que olhava longe, e muito se dedicou por nós nos tempos negros. Agora estava na ABI

Foi ontem, 2 de maio, mas não há muitas informações. Ele já foi cremado. As informações dizem que já estava muito doente.

Mas nós não poderíamos deixar de homenageá-lo. Que descanse em paz

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RODOLFO KONDER
BIOGRAFIA DE RODOLFO KONDER PARA O MUSEU DA TELEVISÃO BRASILEIRA

Rodolfo Konder é jornalista, escritor, tradutor, professor universitário e conferencista. Ele nasceu na cidade de Natal, em 5 de abril de 1938. É o filho do meio do intelectual comunista Valério Konder e de Ione Coelho. Tem um irmão mais velho, que é o filósofo marxista Leandro Konder e uma irmã mais nova Luiza Eugênia Konder, casada com o banqueiro Antônio Carlos de Almeida Braga. Rodolfo Konder é casado com Silvia Gyuru Konder e eles têm um filho, que se chama Fábio Gyuru Konder.

Como jornalista, Konder trabalhou nos principais jornais do país. Durante cinco anos, foi professor de jornalismo na FAAP- Fundação Armando Álvares Penteado. Foi ainda diretor da FIAM- Faculdades Integradas Alcântara Machado, por um ano. Fez palestras e conferências no Brasil e exterior. Os temas abordados foram sempre: jornalismo, liberdade de expressão e democracia.

Durante a gestão do prefeito Paulo Maluf, em São Paulo, Rodolfo Konder foi Secretário de Cultura do Município, de 1993 a 1996.

Como escritor, sua obra é extensa. São eles: ” A Ascensão dos Generais”, ” Cadeia Para os Mortos”, ” Sob o Comando das Trevas”, ” Tempo de Ameaça”, ” De Volta Aos Canibais”, ” Anistia Internacional”, ” O Veterano de Guerra”, ” Erkundungen”, ” Palavras Aladas”,” O Rio da Nossa Loucura”,” As Portas do Tempo”, ” A Memória e o Esquecimento”, ” A Palavra e o Sonho”, ” Hóspede da Solidão”,” Labirintos de Pedra”. ” O Conto Brasileiro Hoje”, ” Retratos na Neve”, ” Sombras no Espelho”.
Rodolfo Konder já recebeu inúmeros prêmios; Em 1994, recebeu o Prêmio Vladimir Herzog de Jornalismo. Em 1995: Prêmio Homem dos Direitos Humanos. Em 96: Prêmio Borba Gato. Em 1999: Medalha Monteiro Lobato- da Academia Brasileira de Literatura Infanto-Juvenil. Em 2001: Prêmio Jaburu- Categoria Contos e Crônicas-pelo livro ” Hospede da Solidão”.

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atualização – 12h30: Matéria do Uol sobre Rodolfo Konder:

O jornalista, escritor e professor universitário Rodolfo Konder morreu aos 76 anos na manhã de ontem em São Paulo.
De acordo com sua mulher, Silvia Gyuru Konder, com quem era casado há quase 40 anos, Konder morreu devido a complicações no tratamento de um câncer. Ele estava internado há dois meses no hospital Beneficência Portuguesa. Há 20 dias, ele foi internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), onde morreu às 10h30.
“Ele estava em uma batalha insana contra o câncer. Rodolfo foi uma pessoa muito séria, muito íntegra, muito intrigante. Era um excelente pai. Muito divertido. Foi uma perda muito grande”, disse Silvia. O corpo de Konder foi cremado ontem às 17h, no Crematório Horto da Paz, em Itapecerica da Serra (Grande SP), em cerimônia restrita aos familiares.
Konder era diretor da representação da ABI (Associação Brasileira de Imprensa) em São Paulo. Natural de Natal (Rio Grande do Norte), Konder nasceu em 1938, filho de Valério Konder, que foi dirigente do PCB, e de Ione Coelho. Era irmão do filósofo Leandro Konder e de Luíza Eugênia Konder. O jornalista deixa um filho.
Um dos maiores defensores das liberdades e destacado militante contra a ditadura militar (1964-1985), Konder foi preso político em 1975, ao lado do jornalista Vladimir Herzog. Ele foi testemunha do assassinato sob tortura, em 1976, de Herzog nas dependências do DOI-Codi (Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de Defesa Interna) em São Paulo.
Konder foi secretário de Cultura de São Paulo nos governos Paulo Maluf (1993-1996) e Celso Pitta (1997-200). Além disso, foi membro do Conselho da Fundação Padre Anchieta (TV Cultura), integrou a diretoria da Bienal de São Paulo e foi presidente da Comissão Municipal para as Comemorações dos 500 anos do Descobrimento do Brasil.
Como jornalista, Konder trabalhou nas revistas: “Realidade”, “Singular Plural”, “Visão”, “Isto É”, “Afinal”, “Nova”‘; e colaborou com a “Playboy”, “Revista Hebráica” e “Época”. Também trabalhou em jornais e em rádio –como a Rádio Canadá, em Montreal. Durante quatro anos, foi editor-chefe e apresentador do “Jornal da Cultura” (TV Cultura) e colaborador permanente de “O Estado de S.Paulo” durante dez anos.
Publicou artigos na Folha e nos jornais “Movimento”, “O Diário”, “Voz da Unidade”, “Jornal da Tarde”, “Gazeta Mercantil”, “Diário Popular”, “Pasquim”, “O Paiz”, “LA Calle”, “El Clarin”, “História”, “Venus”, “Opinião”, “Povos e Países”, “Jornal do Brasil”, “Jornal da Semana”, “Leia Livros”, “Shopping News”, “Américas” e “Shalom”.
Konder foi professor de jornalismo na FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado), diretor da FIAM (Faculdades Integradas Alcântara Machado). Além disso, Konder fez palestras e conferências no Brasil e no exterior, sempre sobre temas relacionados ao jornalismo, à liberdade de expressão e à luta pela democracia.
Como escritor, Konder venceu o Prêmio Jabuti em 2001 pelo livro “Hóspede da Solidão”. Ele também é autor de: “Cadeia para os Mortos”, “Tempo de Ameaça”, “Comando das Trevas”, “De Volta, os Canibais”, “Anistia Internacional: uma Porta para o Futuro”, “O Veterano de Guerra”, “Palavras Aladas”, “O Rio da nossa Loucura”, “As Portas do Tempo”, “A Memória e o Esquecimento”, “A Palavra e o Sonho”, “Hóspede da Solidão”, “Labirintos de Pedra”, “Rastros na Neve”, “Sombras no Espelho”, “Cassados e Caçados”, “Agonia e Morte de um Comunista”, “A Invasão”, “As Areias de Ontem”, “Educar é Libertar” e “O Destino e a Neve”.