ARTIGO – Mulheres, Uni-vos! Por Marli Gonçalves

Mas que seja para sempre, união além eleições, além luta contra o inominável abominável, contra os paspaqueras que pululam para nos destratar. Temos tantas coisas para lutar juntas e conseguir sucesso, oxalá ainda neste século, que nossas mãos dadas poderão realmente tornar esse mundo melhor. Fico orgulhosa de ver as novas gerações chegando com garra. Ou melhor, garras, afiadas, e coloridas com todos os matizes

turma de mulheresturma de mulheres

 

Mulher é tudo de bom. Mulher está na moda. Vamos aproveitar! Que foi assim, com perseverança, que o movimento feminista dos Anos 70 conseguiu tantas vitórias que talvez muitas e muitos de vocês que estão chegando agora não saibam o quanto tudo era ainda muito pior. Mulher não trabalhava fora, não tinha direitos reconhecidos, não tinha liberdade de escolha. Não tinha a quem recorrer. Mulheres não gostavam de trabalhar com outras mulheres, não se respeitavam entre si, era difícil juntar-se em grupos. Foi uma batalha danada, gente!

Vejo agora o reflorescimento vital de um novo movimento. Chamemos, sim, de feminismo, porque o é, embora ainda muitas teimem em não admitir, uma vez que tanto foi feito – e ainda tentam, mas não vai adiantar nada – para denegrir a palavra da qual devemos nos orgulhar. Feminismo. Agora é mais ainda, Feminismo 3.0, porque estamos mais adiante em nossas conquistas. O movimento hoje incorpora tranquilamente a sexualidade, o prazer. Prevê o combate ao racismo, à violência, à desigualdade, ao não pode isso, não pode aquilo.

Podemos tudo. E, juntas, poderemos mais.

Junte-se a todas as mulheres do mundo!

Bata no peito, empine os seios, com orgulho. Incrível que o mais novo motor tenha sido, pelo menos por esses dias, juntarmo-nos contra aquele ser que pretende ser presidente de nossa República. Pelo menos para alguma coisa boa servirá sua presença no cenário. Mesmo que ele – infelizmente, tudo é possível – consiga o seu intento, já é claro o suficiente que enfrentará uma mobilização muito especial, linda, ruidosa, cheia de vontade. Forte. As mulheres.

Que sejam de todas as classes. Que sejam de todos os credos, raças, posições políticas. As questões femininas são muito claras, devem sempre ter visibilidade dentro do cenário nacional; aconteça o que houver. Temos de ampliar, aumentar, agregar, conquistar – inclusive as desgarradas que ainda não perceberam a total dimensão que os novos fatos poderão tomar.

Em poucos dias formou-se um Grupo no Facebook – Mulheres Unidas CONTRA Bolsonaro, ao qual se agregou imediatamente mais de um milhão de mulheres, já prontas a ir às ruas. As hashtags só se avolumam. A geral é #EleNao.

mulheres, salvems nosso Estado!Mas quero dizer que é mais do que contra Ele. É a favor de tantas coisas que precisamos mudar, conquistar, conseguir visibilidade e respeito: Saúde, Educação, Trabalho, Direitos, dar um basta ao assassinato diário de mulheres apenas porque são mulheres.

Imploro que se mantenham unidas, ao contrário do país conflagrado e dividido. Que não seja para beneficiar um ou outro partido ou candidato. A maioria – repare – ainda são homens. O poder ainda é de maioria masculina; daí glorificarmos com razão muitas que estão ali no meio, levantando a voz. Que a união se mantenha além das Eleições – acreditem: vamos precisar disso, repito, haja o que houver.

Não se incomodem (!) com desaforos. Sim, sempre foi assim. Para nos combater nos xingam de um tudo. Falam até de nossas axilas! Se temos pelos aqui, lá, é um problema nosso. Se depilamos, se usamos calcinha ou não, se somos novas, velhas, gordas, magras, feias, belas, se umas amam outras, se queremos ou não casar e ter filhos é um problema nosso. Só nosso. De cada uma de nós. O corpo é nosso. E só quem é mulher sabe onde o sapato, sapatão, alto, baixo, rasteirinha, chinelo, chinelinho, aperta. Não é coisa para virem ordenar, nem com religião, muito menos com política e abuso de poder, mesmo inclusive que a tentativa venha de outra mulher que tente ter autoridade para tal. Nossas avós e mães já comeram o pão que o homem amassou, e agora é novo tempo, mesmo que muitas delas não entendam ainda quais foram as suas frustrações.

Salvem suas filhas desse tempo de horror, quando para onde a gente olha novamente está encontrando uma patente, coronel disso, general daquilo, olhos e caras duras, para os quais não bateremos nunca continência. Apenas, claro, se desejarmos, se quisermos. Hoje podemos também sermos militares, usarmos as roupas verdes e camufladas. Mandar e comandar.

Queremos é escolher. As lutas femininas começam, entendam todos, definitivamente, por uma palavra só: Liberdade. Essa é a palavra de ordem que nos manterá unidas cada dia mais.

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Marli Gonçalves, jornalista – Como disse, mulher está na moda, e já vemos até o marketing dando uma abusada nisso. Mas que essa moda não passe mais, nunca mais acabe. A propósito, em breve terei novidades para contar, e para as quais conto com vocês,  mulheres e homens de bem.

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Beijo com marca de batom, 2018

ARTIGO – Saudades de mim, saudades que temos de nós. Por Marli Gonçalves

Ninguém sabe como começa, nem quando termina ou até onde vai, se voltam em algum ciclo nos próximos meses, mas eles simplesmente aparecem. São os desafios do Facebook. Parece chiclete. Pode ser uma brincadeira, uma campanha altruísta-solidária (e que em geral é sem nexo), algum momento cultural. Entre outras está rolando agora uma de fotos antigas da pessoa, de algum momento lá atrás. E vou dizer: está bonito, desse desafio gostei. Saudades de nós, saudade de mim, saudade de você, de quando era corajoso, sem culpas cristãs, e não acreditava em maledicências que tentavam nos separar

Claro que aceitei. O problema é que para quem está na minha geração e nas de meus amigos, o que significa o ir lá atrás é ter de entrar em um túnel do tempo forte, de algumas dezenas de anos. Tempo do filme Túnel do Tempo. Do rock instigante. Tempo do gravador de rolo, da fita cassete, do cabelo pigmaleão 70, das pulseirinhas coloridas de fio de telefone ou de conchinhas. Sandália de pneu. Batik. Túnica. Ninguém tinha tatuagem, acreditem.

Fotos analógicas, aquelas tiras de contatos jamais revelados que agora olhamos contra a luz tentando identificar os contornos, guardados em envelopes compridos. Fotos já detonadas pelo tempo, sépia, com mofinhos, retirada de caixinhas, álbuns decorados, porta-retratos guardados. Tem de escarafunchar tudo. E aí é igual revisitar sua própria vida, sua adolescência, “crescência”.

Ninguém combinou nada, ao que eu saiba, mas pelo que entendo está valendo tudo, desde que antigas, achados – desde quando se entendeu como gente até quando começou um pouco da ascensão profissional. Quando os rapazes tinham cabelos. Quando os cabelos eram naturais. A primeira gravidez. O primeiro casamento, aquele amor jurado em barracas de camping, portão de casa, férias de verão na praia. Quando tínhamos algum frescor. Quando acreditamos, quando procuramos e escolhemos as imagens hoje, o quanto éramos felizes outrora. Naquele dia. Naquele fato. Com aquele sorriso. Com aquelas pessoas, muitas das quais até já não estão mais por aqui. Outras foram rasgadas das fotos, ou recortadas cuidadosamente com tesourinhas.

Eu estou adorando ver o resultado desse desfile de imagens. Legal lembrar de como as pessoas eram quando nos conhecemos. Os tempos de faculdade. Os amores antigos. Como as pessoas se transformaram com os anos, muitas para melhor; outras, nem tanto.

Legal ver a escolha e até a segurança de muitos em expor momentos bem doidos, mas sempre muito especiais para cada um. Quando o corpinho mostrado hoje vira um corpão, que arranca elogios como se de hoje fosse. Fixo imaginando o quanto devem ser legais também as fotos que não estão sendo mostradas, mas que passaram diante dos olhos nessa revisão. Penso e digo por mim que ainda não cheguei nem perto das caixas maiores onde as minhas estão guardadas. Só com as avulsas já fiz uma festa. Já lembrei, ri, chorei, me emocionei, guardei de novo. Parei para pensar em cada um dos momentos.

Presenteei amigos enviando a eles fotos onde eles estavam e que achei entre as minhas coisas. Uma delícia. Como foram parar lá, quando foi esse click, sempre uma lembrança. Toca escanear para lhes dar mais tempo de vida, a digital.

Esse desafio tem um saudosismo bem significativo no momento em que vivemos. Percebo uma busca por autoestima, por um momento nacional mais orgulhoso, por aqueles que fomos e sonhos que podem ter se perdido por aí nessa estrada tão cheia de pedras da existência e coexistência humana. Ou não.

Podem ter sido realizados e a gente até tinha esquecido que antes – um dia – foram apenas sonhos.

“A saudade que dói mais fundo e irremediavelmente é a saudade que temos de nós”.

(Mário Quintana)

euMarli Gonçalves, jornalista – Histórias que dão filmes, quadro a quadro.

Brasil, São Paulo, baús nas redes sociais. 2017

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ARTIGO – Pavio aceso. Por Marli Gonçalves

   Gifs%20Anim%E9s%20Feu%20%28119%29  Não esbarre. Não pise no pé. Não cutuque a onça. Não pise no rabo. Não provoque. Use óculos escuros. Fique na sua. Não encara! Vivo em São Paulo. Então, transmito minhas impressões diretamente do centro do caldeirão, e o caldeirão está em ebulição de uma forma que não me lembro de ter visto antes, em formato, perigo, disparates. Está difícil ir daqui até ali sem se aborrecer, sem encontrar problema, sem encontrar gente rosnando inconformado seja de um lado ou de outro, curtindo rancores, olhando torto para o que não compreende ou que não lhe é espelho Gifs%20Anim%E9s%20Feu%20%2850%29

Gifs Animés Bombes et Explosion (3)O país inteiro está quente, mas aqui em São Paulo todo esse calor se mistura com cimento, ar sujo, cidade caída e esburacada, saco cheio, durezas de vidas sem poder por o pé na areia, nem chinelos de dedo, nem grandes possibilidades de se acalmar vendo o por do sol sentado em algum morrinho. Sim, tem quem pode; mas a maioria apenas se sacode. E sacode para cima dos outros. O clima de individualismo está chegando num perigoso limite com a insanidade mental e física.

O pavio está aceso e o barbantinho queima com rapidez. O relógio faz tiquetaque, tiquetaque, e a gente procura para ver se acha a bomba antes que ela estoure. O barril é de pólvora e tem gente com fósforo aceso achando graça. A panela está fervendo e o leite já derramou. Nunca antes nesse país qualquer faísca – e elas não param – eclode em tanta violência. No trânsito, até facas zunem. Nas ruas ninguém mais pede licença nem para passar e gentilezas são tão raras que quando a gente encontra uma é capaz de se apaixonar, querer filmar para guardar a cena e mostrar para gerações futuras, chorar e querer abraçar e beijar.

Pior é que para arrumar uma encrenca não precisa nem mais sair de casa. Tenho visto amigos deixarem de ser amigos entre si, e o que é pior, em público, se xingando de uma forma pavorosa e cruel via as tais redes que daqui a pouco se chamarão é “redes anti sociais”. Não é mais porque um não pagou o dinheiro que pediu emprestado, ou não devolveu um livro, ou mexeu com a mulher, roubou um namorado; mas brigam só por conta dessa política rastaquera implantada tal qual erva daninha. Não me conformo. E todo dia assisto pelo menos uma dessas pendengas. Sei também o quanto é difícil calar, principalmente quando escrevem bobagens no seus posts – quase como uma invasão do espaço íntimo. Porque a gente não gosta de ser amigo de quem é burro, maria-vai-com-as-outras, e que dá palpite sobre o que nem tem ideia, apenas telecomandado por uma ideologia de última categoria, vontade de engraxar sapato dos guias máximos. Eu pelo menos não gosto. Não brigo, mas fico atenta para ver se a pessoa ainda tem cura. E espero que ela vá pensar o que quer, democraticamente, mas bem longe dos meus domínios, com a turma dela, já que não há mais possibilidade de debate sério, civilizado. É só petralha! para lá, tucano da elite para cá; agora deram para xingar até de “comunistas!” Quando é que vão ver que esquerda e direita é mão de direção? E em política a gente pode, sim, pegar a contramão na hora que quiser. Deveria poder.

Os nervos, ah, os nervos! Estão à flor da pele e temo que seja por não estarmos conseguindo prever – pense – nada, nem poucas horas diante de nossos narizes. Como vai ser? Vai ter protesto? O povo voltará às ruas? A seleção brasileira passará das oitavas? Aliás, os turistas conseguirão chegar? Partir? Vai ter Copa? (Claro que vai, mas tumultuada).

Achei verdadeiramente brilhante esse post do amigo jornalista Wilson Weigl: “Pra mim já deu! Não aguento mais ouvir falar de: manifestação, protesto, caos, crise, crime, Black Blocs, arrastão, rolezinho, roubo, assalto, polícia, tráfico, metrô, faixa de ônibus, tarifa de ônibus, apagão, racionamento, favela, comunidade, UPP, crack, cracolândia, máscara, médicos cubanos, Ramona, Mais Médicos, Bolsa Família, Cuba, porto cubano, eleição, Copa, imagina na Copa, Pizzolato, Pedrinhas, Pampulha, Maranhão, PT, PSDB, Dilma, Lula, Alckmin, Haddad, Padilha, Cardozo, Sarney etc etc etc. #cumbicajá

Gifs%20Anim%E9s%20Eau%20%2828%29Quem vive de informação tem melhor ideia do que trato. Você abre o jornal e lê artigos que, puxa vida, como alguém pode escrever e publicar tanta bobagem só porque tem nominho no mercado? Como alguém pode ser âncora de jornal sério e ser tão babaca? E as declarações e explicações dos homens públicos? Trabalho com isso, gente; os caras não estão contratando profissionais de comunicação, não. Andam contratando qualquer coisa: filhinhos de papai, moças bonitinhas, coisinhas fofas, mas que não têm ideia do mal que estão fazendo. A gente vai guardando…uma hora a coisa explode, e não vai ter controle. Fora os jornalistas que viraram bucha de canhão, fritos em óleo quente, queimados com fogos, rojões, acertados com cassetetes e bordunas.

Gifs%20Anim%E9s%20Feu%20%28107%29Dá para dizer que o tumulto no Metrô foi sabotagem? Não. Dá para dizer que o rolezinho é coisa de infiltrados? Não. Dá para dizer que fazer a justiça com paramilitares sanguinários, milicianos que espancam meninos, está certo? Não. Dá para ficar perguntando o que foi que o Lula dedurou, para acreditar que ele teve, sim, tratamento diferenciado? Não. Se ele falou, nem que seja a cor da cueca do companheiro, se sorriu (e sorriu) para os agentes da ditadura, já não é suficiente? Dá para jurar num dia que não vai ter apagão e no dia seguinte o país inteiro sofrer um apagão? Dá para por culpa no raio?

Alguém, por favor, pode jogar água nessa fervura? Rápido! O barbantinho está quase no fim. E a água está para ser racionada.

Gifs%20Anim%E9s%20Eau%20%2813%29São Paulo, 40 graus  

Marli Gonçalves é jornalista Lembra quando a gente brincava de esconde-esconde, adivinhação, quente ou frio? Pois é: agora está mais para “chegou com um quente e dois fervendo”. A batata está assando. Ou quente, nas mãos.

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ARTIGO – Me abana? Por Marli Gonçalves

graphics-fan-964637Esta semana arrasei. Cada dia da semana postei no Facebook uma foto “selfie”, posando com um dos leques de minha modestinha coleção. Tão modesta que já mostrei toda ela, em poucos dias. Foi um sucesso, com um monte de “curti”, fiufiu, elogios. Já estou até pensando o que vou aprontar agora, mas o problema é que não gosto muito de usar roupa; sangue de índio. Uma parte do corpo por dia? Posso mostrar? E se me censuram? O negócio está preto, não pode facilitargraphics-fan-122807

Está tudo muito seco, opressivo, quente, e a gente precisa de um ventinho. Então eu me abano com os meus leques mesmo, que ventilador e ar condicionado gastam energia e energia é dinheiro. O calor de um verão não aproveitado, no entanto, frita os miolos, tira forças e até pensar fica difícil, imaginem escrever. Mas estou apenas disfarçando para entrar no assunto que quero expor, sério, uma vez que não sei receita de bolo: a censura que nos ronda, sopra um hálito quente aqui, ali. Na nossa nuca. Como diz um amigo, um dia censuraram X e eu não fiz nada; no outro, Y e eu não fiz nada; depois fui eu e eu não tinha a quem recorrer, parafraseando Martin Niemöller.

Todo santo dia ficamos sabendo de alguém punido e banido pelos controladores das redes sociais. Essa semana foi o genial fotógrafo Gal Oppido a vítima. A conta dele no Instagram, com milhares de seguidores e onde ele diariamente posta verdadeiras obras de arte, fez puff! Sumiu, sem explicações. Provavelmente, desconfio, por causa de “alguém” (covardes nunca se apresentam) não gostou de algum pedaço de pele negra que viu de um dançarino maravilhoso que ele coincidentemente fotografava para um trabalho especial dele. A gritaria foi geral e a conta voltou.

graphics-fan-141829Só que não é só na rede que a tesourinha anda cortando, editando. Não é que o Ministério alterou a classificação do pueril Confissões de Adolescente de 12 para 14 anos? Não é que esses pastores políticos de quinta categoria toda hora vociferam contra alguma charge, piada, filme, cena de tevê, e ameaçando jogar hordas moralistas babando em cima de nossas canelas?

Sou do tempo da ditadura. Cresci sob sua égide, sem poder ler o que queria nem falar tudo o que pensava, nem fazer o que queria. Cresci aprendendo a olhar para os lados, sabendo que tudo estava sendo registrado, mesmo que mal e porcamente, tanto que hoje os arquivos desapareceram, por aqueles homens que nos cercavam, sempre em seus ternos baratos, listrados, óculos escuros, e que mais pareciam bandidos que tiras. Com 15 anos um dia vi um ônibus chegando e levando embora quase uma centena de amigos roqueiros presos. Lembro apenas de ter agradecido a Deus esses minutos que me atrasei – eles ainda teriam de me explicar, menor de idade que era. E já bastava o corre-corre: um deles estava com uns 50 ácidos e não teve dúvida: jogou na boca dos amigos o mais rápido que pode. O resultado foi certamente uma das prisões mais engraçadas daqueles tempos negros, já que todos começaram a “viajar” ao mesmo tempo. Apenas um jornal fez esse registro – a foto desse bando de malucos – imagem que guardo na memória – esse lugar ainda indevassável, nosso mais valioso cofre.graphics-fan-886453

“Eles”, os inimigos, também tentavam outros disfarces: casais namorando no muro, mendigos, sempre perto das janelas para gravar as conversas. Mas, enfim, ainda disfarçavam.

Agora não. O tiro é direto. Cortam – às vezes a gente nem fica sabendo, porque o que os olhos não veem o coração não sente. O que pretendem?

Teimam em nos ensinar. Querem voltar as nossas cabeças para que vejamos apenas um lado, que ainda explicam, como se fôssemos todos uns imbecis de marca maior como se falava antigamente. Lembram aquelas cenas de filmes “eróticos” que o cara falta arrancar a cabeça da mulher, empurrando, para obrigá-la ao sexo oral.Creature_on_fan

O jornalismo, pobre jornalismo, editorializado. Para um lado, para outro. As cenas do cinema nacional, o que um crítico apontou outro dia, são chatas porque são expressas- ele andou até ali, viu? Pegou o copo. Bebeu. Caiu. Era veneno (e faltam mostrar aquele caveirinha com os ossos cruzados para terem certeza se você entendeu). Criam assim gerações de autômatos, preguiçosos, jovens de olhar vazio, como alguns que tenho encontrado. Como os que estão nas ruas sem saber para o quê.

Deixem-nos em paz. Deixem-nos pensar, formar opinião. Sem cabresto. Estamos em outros tempos e devíamos estar construindo uma moral, sim, mas mais aberta e condizente.

Deixem os pensamentos serem ventilados. Com eles não dá para usar leques.

São Paulo, fevereiro 2014, e peitos e bundas aflorarão logo mais de todos os cantos. Fan-03-june

Marli Gonçalves é jornalista Vou posar só de leque. Acho chique demais. Já aprendi a abri-los como o fazem as espanholas, com aquele barulhinho. E vou torcer para que as tevês contratem moças para cameraman. Aí talvez a gente possa ver que nas escolas de samba também passam corpos masculinos dignos de escultura. Isto é: se elas não forem censuradas, claro! graphics-fan-915599

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ARTIGO – Insinceridades e sincericídios. Por Marli Gonçalves

mickey-mousePode ser o maior trubufu da história, caída ou caído. Ou um bebezinho todo enrugado recém nascido. Talvez um vira-lata estropiado. Postou uma foto no Facebook ou outro desses lugares e não dá dois segundos começa a enxurrada de interjeições iguais ou similares ou genéricas. Linda! Lindo! Lindésima! Lindão! Lindona! Que bonitinho! Tem variações como “cada dia melhor, hein?”, entre outras frases que, certamente, nem a pessoa-alvo está gostando de ler porque sabe mesmo que é mentira. E que, de verdade, está só descobrindo um puxa-saco

Impressionante. A cada dia fica mais claro que, se proibidas forem algumas expressões, a internet e as redes sociais acabam. Minguam. Desidratam. Ficarão sem assunto. Não precisa nem de marco civil, militar, controle não sei mais de quê. E se cobrassem, então, por essas palavras? Tem quem iria ficar na miséria. Se apitasse cada vez que alguém escreve algumas destas letrinhas ou expressões seria ensurdecedor. Acho que para parar essa mania só espalhando que, cada vez que uma mentira dessas for postada, uma criancinha morrerá lá na África, ou crescerá uma verruga, ou aumentará o aquecimento solar. Só ameaçando.

2“Linda (o)” e todas as suas variações – como bela, belíssima; kkkkkk e rsrsrsrsrs, para dizer que achou engraçada alguma coisa. E o “Bom Dia”, então? Deve ter gente que não é capaz de cumprimentar o porteiro ou o vizinho dentro do elevador – mas dá “Bom Dia” na internet. Tem também o “Boa Noite” – falta só pegar a moda de falar “vou mimir” – Graças a Deus que pelo menos entre meus amigos ainda não li nenhum. Fora o beijo no coração, beijo na alma, em um monte de lugares não eróticos.0014

Outra coisa é a mania de postar foto da comida que está comendo. Cada comida besta, bife e arroz com ovo, de vez em quando até aparecem iguarias, mas para que eu quero ver? Muitas vezes a imagem só está querendo dizer que a pessoa “pode” – está comendo num restaurante caro em alguma quebradinha “exclusiva” do mundo. Alguém conta para as pessoas que alimentos são uma das coisas mais difíceis de fotografar e de sair bem na foto? Precisa ser profissional e, em geral, inclusive, utilizar de técnicas e produtos falsos para a produção, como massinha, gelo, luz, ângulo, gotas, etc. – coisa de quem vive do que está postando, por isso o faz bem quando faz, não é para qualquer um. Essa semana, no Instagram, uma conhecida apresentadora de tevê que anda babando e poetando em cima do seu bebê postou uma foto de um copo cheio de um negócio que, sinceramente, parecia vômito, meio bege. O copo também era daqueles de bar, feioso, de geleia. “Suco do dia: polpa de morango, folha de brócolis, couve, blueberry, proteína de arroz, gengibre e capim-cidreira! A cor é feia mas o gosto é bom!” – dizia a legenda.

XRAYDRG_animadoBom apetite! – diria eu. Aproveite bem! Beba até o fim. Fosse fazer algum comentário, ainda diria: “Corajosa” ou “O que aconteceu com seu paladar? Foi a gravidez?”, ou ainda poderia também perguntar “Está fazendo alguma promessa?”

Se ver fotos de comida engordasse, estaríamos todos obesos. Na hora do almoço é pior, mas tem também a versão jantar, café da manhã e lanche da tarde. Sadismo explícito.

shark on a boardFico a cada dia mais surpresa com a criação e desenvolvimento desse ambiente virtual. Na tevê, propagandas, concursos e informações importantes mostram como única alternativa o endereço da internet “para maiores esclarecimentos”, “Saiba Mais”, como se todo o mundo desse nosso tão desenvolvido país tivesse acesso. Computador, ao menos. Sinal de Wi-Fi. Smartphone. Do jeito que as coisas vão, nem radinho de pilha!

KKKKK. Na sua cara se é um dos que acham que “todo mundo” tem carro, e que “todo mundo” tem internet. Se nós que temos acesso, e até trabalhamos com isso, de vez em quando ficamos completamente vendidos e isolados por essas operadoras/provedoras e outras, digamos, “orras”… Imagino nos rincões como anda a coisa!

Aqui na megalópole São Paulo, entre as cinco maiores cidades do mundo, toda rica, poderosa, industrial, estamos sendo enganados todos os dias por governos, sejam tucanos, estrelados, socialistas, comunistas, coronelistas, qualquer um. Anunciam em grande estilo que várias praças e avenidas passarão a ter Wi-Fi gratuito, acesso livre, que estão criando não sei quantos postos de atendimento, que vão passar talco cheiroso em nossos bumbuns. Vai procurar!

Um roteador funcionou mal e porcamente na Praça Dom José Gaspar – Biblioteca Mário de Andrade, a maior e mais importante do Estado, com placas. Pufff! Sumiu o sinal, sumiram as placas e ninguém viu, ninguém sabe, pergunta ali para aquele ali. E o tal ACESSA SP? Pufff também. Nem tchuns de satisfação. Ou Feedback, como os empolados falam, com tom quase britânico.

Tudo isso para dizer uma coisa só: não acredite em tudo que escuta; não acredite em tudo que lê ou vê. Não acredite no que esses caras prometem. Mentem deslavadamente, ou omitem, digamos assim, os detalhes e condições.

Vá se preparando para o ano que vem.

São Paulo, 2013
smoochingMarli Gonçalves é jornalista – De vez em quando pega um tempo só para checar a realidade e o funcionamento desse lindo mundo cor-de-rosa que tentam pintar

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Sabe quem chegou no Facebook? Ele, o inigualável, o genial: Sponholz. Pega o endereço aqui e corre lá para curtir

Roque Sponholz - Ponta GrossaO amigo, arquiteto e cartunista Sponholz inaugurou  uma fã page no Facebook

animated-gif-clock-black-backgroundCORRE LÁ.

Você que está sempre aqui no nosso blog já viu muitas das maravilhas diárias dele, que tem o site

www. sponholz.arq.br

O endereço no FACEBOOK:

 https://www.facebook.com/pages/Roque-Sponholz/199103910269287?fref=ts

Viram? Bela tatuagem. Bom exemplo. E o Facebook censura.

Banida do Facebook, imagem de mulher tatuada se torna viral

Imagem de mulher tatuada depois de superar câncer de mama é removida do Facebook constantementeFoto: Reprodução de internet
 mulher tatuada depois de superar câncer de mama

Reprodução de internet

O GLOBO – RIO – A tatuagem no colo de uma mulher desenha um belo top, e foi postada pelo estúdio canadense Custom Tatoo Design no Facebook. Por trás do desenho, está a história de uma mulher que fez mastectomia dupla (ou seja, retirou totalmente os dois seios) por conta de um câncer de mama. A foto, porém, foi banida da rede social por violar a política do site, que não autoriza nudez em suas páginas.

Mais, em O GLOBO
 

Viram isso, garotas? Especialmente, é claro. Serve para ambos os sexos. É um mendigo de Curitiba.

uma moça fotografou, botou no Facebook e daí par ao mund foi um passo.

vi isso no:http://blogs.estadao.com.br/rodrigo-martins/2012/10/17/mendigo-que-parece-modelo-causa-alvoroco-no-facebook/

 

Viu essa? Eduardo Paes se acha o máximo. Olha o que publicou no Facebook, e depois tirou. De O Globo. Olha a foto do “herói”

Eduardo Paes comete gafe em publicação do Facebook

Após enaltecer sua presença em desastre no Centro, página do candidato retira montagem
 

RIO – Uma frase infeliz e de interpretação dúbia fez a campanha à reeleição do prefeito Eduardo Paes retirar uma publicação do Facebook nesta terça-feira. Em uma montagem que pretendia enaltecer a presença de Paes no local do desabamento de três prédios no Centro do Rio, foi transcrita a seguinte frase do prefeito:

“Quando o prédio desmorona ou a encosta desliza é que as pessoas mais precisam de mim”. A fala é sobreposta à foto de uma caminhada de Paes em meio aos destroços. O desastre ocorreu no dia 25 de janeiro, próximo ao Theatro Municipal.

A publicação gerou repercussão negativa, e a imagem começou a ser compartilhada e criticada por usuários da rede social. Posteriormente, ela foi apagada.

“Lamentamos, sinceramente, a interpretação equivocada gerada pelo post com a imagem do desabamento no Centro do Rio. Por isso, estamos removendo o mesmo”, informou a página de Paes. Procurada pelo GLOBO, a assessoria da campanha ainda não se manifestou.

Na rede, o prefeito não foi perdoado:

“Como era ÓBVIO que ele ia apagar a imagem do perfil oficial, eu salvei aqui. É o famoso ‘está na internet, agora é para sempre’”, diz Renato Borges.

“Dudu, não precisamos de você quando tudo desaba. Precisamos QUE EVITE a desgraça”, disse outro usuário, o Anonymous Rio.

ARTIGO – Eu odeio essa tal linha do tempo. Por Marli Gonçalves

Detesto qualquer coisa que já chegue imposta, virtual ou real. Coisas que a gente tenha de reaprender a usar, sendo que antes estava tudo bom e ninguém pediu para mudar. Há coisas que precisam ser clássicas, tombadas, imutáveis, e respeitada a vontade de mudar ou não; outras, irrequietas e mutantes

Não dá risada, vai! Quem me conhece sabe que, se tem uma coisa da qual não posso ser acusada ou chamada nunquinha é de ser conservadora; ou clássica, ou careta, ou qualquer coisa relacionada à paradeira, estática. Sou longe de ser o que chamam de convencional. Aqui e ali, sempre – e de forma natural – estive à frente do meu próprio tempo, o que me levou a aventuras (e muitas desventuras) precoces. E conhecimentos e aprendizados precoces, também, mas dos quais muito me orgulho.

Sendo assim, com todas as letras, posso falar?: eu odeio essa tal linha do tempo. Entenda como quiser. Falo diretamente da virtual, do Facebook, que agora está sendo imposta em todos os perfis, um saco, cheia de anúncios, confusa; mas respingo também na linha do tempo real, a que prende, delimita você em limites do passado, do presente e no futuro, quanto te costura na mídia social.

Gosto de arejar, acho que tudo tem, precisa e deve ser arejado, por melhor que seja. Mas ar livre, não condicionado. O arejar vem com a suavidade, escorrega, e quando você percebe já aceitou, se adaptou. Ultimamente as coisas mudam como se estalam ovos; no máximo avisam que a partir do dia tal, tal coisa que era assim vai passar a ser assim. E ponto. Gostou, gostou. Não gostou, vá lamber sabão.

Vem de cima, como está virando moda aqui no país tropical e alhures. É MP, decreto, diário oficial para regrar, incluindo leis, capítulos e parágrafos e gêneros. Não é por menos que cada vez mais decisões que dizem respeito até ao comportamento humano estão caindo lá na caixinha dos superiores magistrados. Viraram uma espécie de conselho de sábios e anciões ungidos que leem seus votos por hooooras a fio, para explicar o que decidem, indicados que foram pelas canetas da política. Tudo bem. Pelo menos botam ordem na fuzarca. Mas que eu lembro daquele Conselho do filme original Planeta dos Macacos, ah, lembro!

Deve ser a idade chegando. Fico besta com o tempo. O tempo passando todos os dias. Como as pessoas usam o tempo. Como desperdiçam o seu tempo – o seu, e o deles. O tempo de novos que chegam sem querer nem saber como era, e achando que são novidadeiros porque usam arrobas, enquanto nós a carregávamos. Os tempos dos velhos que não conseguem sair lá de trás, não arredam o pé. Ou novos que tapam a frente, não ajudam a carregar as sacolas de ninguém, como se imortais já fossem.

A linha do tempo real são as nossas rugas, cicatrizes, vitórias e percalços, subidas e quedas. Nossos amores, encantos e desencantos, a genética e os tiques que herdamos de algum canto. Só nós podemos organizá-la, dar importância ou descartar cada ítem. Só nós podemos compartilhar alguns destes momentos. Seja com imagens, seja com conselhos. E só na hora que a gente entender.

Nada é obrigatório?, diria Camões em versos luminosos que às minhas mãos chegaram agora, vindos de uma fundamental cápsula do meu tempo. Escritos em épocas onde o pensamento básico era da imutabilidade, das verdades eternas.

“Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, Muda-se o ser, muda-se a confiança; Todo o mundo é composto de mudança, Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades, Diferentes em tudo da esperança; Do mal ficam as mágoas na lembrança, E do bem, se algum houve, as saudades”.

Para finalizar, lindamente:

…”E, afora este mudar-se cada dia, Outra mudança faz de mor espanto: Que não se muda já como soía”.

Nada de modernidades esquisitas – comer bem não é juntar espuma de chocolate com azeite. Mas Bossa Nova é Bossa Nova, mesmo que 50 anos depois.

São Paulo, onde o tempo e sua linha não param, 2012Marli Gonçalves é jornalistaVamos ficando mais velhos e perdemos muito da espontaneidade tão necessária à revolução, e à mudança. Por uma linha do tempo bem mais maleável.

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Marchas: são tantas na Avenida Paulista que já se misturam…

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aos domingos, assuntos mais leves e divertidos…

Gosto de mostrar pequenas cenas que eregistro andando para lá e para cá. Ou eu registro, ou meus amigos registram.

Um deles é o Luiz Nusbaum, que nos forneceu várias fotos da loucura da marchas. Ontem, sábado, 2, houve tantas marchas na avenida paulista que elas se fundiram, ficando até engraçadas.

Esses registros são da junção da Marcha pela Ética com a dos hackers do Grupo Anonymous. Ficaram legais.

Depois ainda teve a Marcha da Maconha, em outros quarteirões…

 E neste domingo à noite, nem sei o que é – não deu para fotografar – vi umas vinte pessoas atrás de um boneco gigante daqueles de Olinda passeando e sambando lá na avenida.

 

Facebook considera que mãe amamentando é obsceno. Chilena tem conta cancelada.Êêêê…

Chilena é expulsa do Facebook por postar foto amamentando

Leslie Power, de 37 anos, recebeu um aviso da companhia comunicando que sua conta tinha sido fechada por publicar foto considerada ofensiva
 do site da Exame

 http://exame.abril.com.br/tecnologia/facebook/noticias/chilena-e-expulsa-do-facebook-por-postar-foto-amamentando

FacebookMark Zuckerberg, criador e presidente do Facebook: censura no Chile

Santiago – Uma psicóloga chilena denunciou nesta quarta-feira que o Facebook fechou sua conta por considerar “obscena” uma foto publicada em seu perfil, na qual aparecia amamentando seu filho de três meses.

Leslie Power, uma especialista em desenvolvimento infantil de 37 anos, explicou à Agência Efe que em 31 de janeiro recebeu um aviso da companhia comunicando que sua conta tinha sido fechada por ter publicado uma foto que “atenta contra pessoas”.

“O Facebook me informou que protege seu território de imagens obscenas”, indicou Power, que escreveu uma mensagem aos administradores da rede social para pedir mais explicações, embora até agora não tenha recebido nenhuma resposta.

A psicóloga apontou que outras mulheres foram “censuradas” na rede social por mostrar fotos parecidas à sua, o que o faz pensar que o “Facebook tem algum tipo de preconceito com as fotos de mulheres que amamentam”.

“A censura é dizer que minha foto atenta ou é uma obscenidade é uma completa ignorância”, garantiu Power.

A mulher denunciou que o fechamento da conta afetou sua situação laboral, já que utilizava Facebook como plataforma profissional.

“Muitas mulheres e profissionais fazem suas consultas por meio do Facebook, e agora também não posso publicar artigos ou projetos”, lamentou a psicóloga. Garantiu que espera uma resposta da companhia para levar o caso à justiça.

“Espero que me escutem e vejam que amamentar um filho não é um ato obsceno”, acrescentou. EFE

NÃO! LULA NO FB E TWITTER? Não!

NOTA DE HOJE NA COLUNA CONFIDENCIAL DE AZIZ AHMED, JORNAL DO COMMÉRCIO-RJ

Blogueiro e tuiteiro

Agora vai. Gente ligada ao ex-presidente garante que,

entre os assessores a que tem direito de convocar para

ficar à sua disposição, Lula está escolhendo um que

domine bem a informática. Motivo: assim que se sentir à

vontade, quer ter um blog e comunicar-se no Twitter.