#ADEHOJE – BOLSONARO, NOIVO DE ISRAEL. E OS CIÚMES DE ANA ESTELA

#ADEHOJE – BOLSONARO, NOIVO DE ISRAEL. E OS CIÚMES DE ANA ESTELA

SÓ UM MINUTO – O repertório de Jair Bolsonaro é tão restrito que qualquer coisa que ele diz usa o mesmo tipo de exemplo. Desde a posse, já casou, noivou, brigou, namorou – para ele a política é igual a um casal, bem doméstico. Lembra, já falou isso de vários fatos, inclusive agora há pouco do Rodrigo Maia? Então, vamos lá: cadê o anel? O que vamos mesmo ganhar, qual será mesmo o dote, desse casório, que na verdade, na hora do altar, vai ter outro monte de países se opondo e retirando seus investimentos? Senhor juiz! Pare agora!

Mais uma, como gosto de fazer vocês darem uma boa risada: estão insinuando que a mulher de Fernando Haddad, Ana Estela, será candidata à Prefeitura, ano que vem. Ela, aquela que fez de um tudo para atrapalhar com seus ciúmes bobocas a Manuela D´Ávila, que foi vice de Haddad para a Presidência. Vivia no meio dos dois, literalmente.

Sobre esse mané prefeito querer abrir as vilas residenciais e ruas sem saída: mais um erro haddadiano. Veja opinião de advogado especializado

91-city2_4Fechamento de vilas em São Paulo é constitucional

CITY, CRAZY CITY

Por Marcelo Dias Freitas Oliveira
O Brasil é um país onde discussões extremamente técnicas no âmbito jurídico e legislativo afetam diretamente a vida quotidiana dos seus cidadãos. Esse é o caso do embate sobre o fechamento de vias públicas, ruas sem saída, as chamadas Vilas.
No fim de 2014, o Tribunal de Justiça de São Paulo declarou a inconstitucionalidade da Lei municipal 15.002/09, que consolidava antigas normas e autorizava o fechamento das Vilas. Neste julgamento também foram incluídas as antigas leis sobre o assunto (10.898/90; 12.138/96; 13.209/01 e 14.113/05), assim como o Decreto que regulamentou a norma mais atual (Lei 51.541/10).
No caso, o Procurador Geral de Justiça de São Paulo ajuizou Ação Direta de Inconstitucionalidade em face do Presidente da Câmara Municipal de São Paulo e do Prefeito da Cidade terem argumentado que a Câmara teria usurpado a competência para propor a Lei, pois versava sobre matéria de exclusiva iniciativa do Prefeito.
O Órgão Especial do Tribunal acolheu a argumentação e declarou inconstitucional a Lei que autorizava a criação das Vilas, ou fechamento de vias públicas, tais como as “ruas sem saída” que se encaixassem na legislação.
Entretanto, foi além o Tribunal, pois declarou, também, a inconstitucionalidade das Leis antigas, o que fez cair em um vácuo legal todas as Vilas que já estavam estabelecidas há anos, até mesmo décadas, em primeira análise.
Em vista dessa decisão, a Prefeitura iniciou ato para abertura de todas as vilas já existentes, assim como indeferir todos os pedidos feitos após a publicação da decisão citada. Enquanto isso, propôs, por meio do Prefeito, nova Lei, que foi aprovada na primeira votação na Câmara no dia 06 de outubro (PL 453/15).
Contudo, está errada a decisão de abertura das vilas, as quais foram autorizadas na constância das leis que foram declaradas inconstitucionais.
Validamente, o Órgão Especial do Tribunal de São Paulo, ao fazer a declaração de que as leis eram inconstitucionais, também limitou os efeitos dessa decisão, a fim de proteger diversos princípios constitucionais, assim como faz o Supremo Tribunal Federal ao julgar causas de grande impacto na sociedade.
Portanto, observa-se que a decisão não atinge as vilas já estabelecidas, sob pena de se desrespeitar a própria decisão de inconstitucionalidade. Assim os cidadãos e associações que já tinham vilas formadas podem requerer ao Judiciário que assim continuem até que outra Lei entre em vigor.
Marcelo Dias Freitas Oliveira é advogado do escritório Bertolucci & Ramos Gonçalves Advogados.

city

DENÚNCIA DE (MAIS UM) CRIME ELEITORAL EM SP. VEJAM.Chega de sermos tratados como idiotas. Levantem-se!

JÁ VIRAM FAZER FESTA DE INAUGURAÇÃO PARA LANÇAMENTO DE EDITAL?

POIS É. AQUI EM SÃO PAULO O ZÉ BONITINHO ESTÁ FAZENDO.  Inauguração de edital para hospital!

Se isso não é crime eleitoral, o que é, além das ciclovias pintadas a torto e direito querendo parecer o prefeito moderno e bonzinho?

Chega! Onde está a Justiça Eleitoral? Ajudem a denunciar isso.  Quer dizer, mais isso!

Conto com todos. TODOS CONTAMOS.

image001(1)

Retrato da Prefeitura do poste. Leia essa placa se for capaz. Feliz Aniversário, Parque Ibirapuera?

 Em frente a um bem público, o Ginásio do Ibirapuera, e ao lado do aniversariante de hoje, Parque  Ibirapuera

 

Parabéns?

20140821_112123

Esse Haddad é o UÓ desenhado na areia. Pintor de faixas.#spvirandolixo

FONTE: COLUNA CLAUDIO HUMBERTO – DIÁRIO DO PODER

getoutLivrando-se do sofá

O prefeito paulistano Fernando Haddad (PT) vai mudar toda área de comunicação, como se fosse culpa dos profissionais sua má avaliação.

Nota deliciosa do amig James Akel. Fernando Haddad, o Rei da Barra. Ops, dos barrados. Eu diria mais: dos barrentos. Ô coisinha nada.

HADDAD É O REI DA BARRA

Ao que tudo consta Haddad é o Rei da Barra.

O TCM, Tribunal de Contas de Município, já barrou 6 bilhões em licitação do prefeito.

A última foi a licitação de 848 câmeras pra controlar trânsito.

A grande licitação foi a de corredor de ônibus que valia 4 bi e 800 mi.

animated-gif-animals-crying-emperors-new-groove-disney-1360315833FONTE: COLUNA JAMES AKEL

É demais! Haddadinho tira férias. Ainda bem que já fui vaiar esse estrupício no sábado. Pessoalmente. Uhuhuuuuuuuuú

(Embora pensando bem, talvez seja melhor ele bem longe para não fazer mais estrupicídios contra a cidade de São Paulo. Se você não é daqui não tem ideia de como as coisas estão. A cidade está mais do que um lixo – abandonada)With_dynamite

Vida boa

agstickfigures2Com alto índice de rejeição, Fernando Haddad (PT) sai de férias

 
 

Mal avaliado pelo eleitorado, prefeito Fernando Haddad (PT) sai de férias. (Foto: reprodução/Facebook)

Menos de um mês após pesquisa Datafolha apontar que 77% dos paulistanos consideram que o prefeito Fernando Haddad (PT) fez menos do que o esperado, o petista larga o batente e tira férias. É a segunda vez que Haddad sai de folga. Em outubro do ano passado, com apenas 10 meses no cargo, o prefeito viajou com a esposa, Ana Estela Haddad, para a Itália. O casal comemorou 25 anos de casamento.

No Diário Oficial da Cidade de São Paulo não há qualquer publicação comunicando o afastamento do prefeito. A assessoria de comunicação do petista não informou quantos dias Haddad ficará afastado nem se ele viajou. A vice-prefeita, Nádia Campeão (PCdoB), que responderá pelo Executivo, disse apenas que “acha que a folga será de uma semana” e que “o prefeito está aproveitando o final de julho para descansar”.

No sábado (19), uma nova pesquisa Datafolha apontou que o índice de reprovação de Haddad segue em disparada. A taxa aumentou 11 pontos porcentuais de junho para cá, 47% da população reprovam a gestão do prefeito.  A parcela da população que classifica como a administração como ótima ou boa caiu no período. No fim de junho, esse índice era de 17% e agora, de 15%.

dalmata

ARTIGO – Atenção: Frágil. Este lado para cima. Por Marli Gonçalves

Índice     Socorro, socorro, socorro. Nunca foi tão fácil, parece, ser literalmente subversivo, no sentido de subverter a tal ordem, seja ela qual for. Causar uma revolução, mas na vida dos outros. “Confusionar”, convulsionar. Nada mais tem cara, liderança, história. Surgem e somem. Somem e surgem. Se São Paulo pode parar como aconteceu essa semana, imagina… na Copa! Ops! Desculpe: imagine o Brasil todo

Quanto mais modernos ficamos, mais vulneráveis estaremos? Ou, o que adianta tanta modernidade se os sistemas de trabalho ainda são do tempo do onça? Que Mané especulação imobiliária, bolha imobiliária, se diariamente milhares marcham ou estacionam suas barracas, tranqueiras e filhos nos primeiros terrenos e prédios que encontram dando bobeira? É perturbador observar o quão fácil ou possível ou previsível está o mergulho em crises.

mousetraplightbulbPor um segundo, pense, se faltar água mesmo no Estado de São Paulo. Por dois segundos, pense, se por um lampejo os metroviários resolverem parar também, assim, de repente, como o fizeram os motoristas de ônibus essa semana, ligando o foderaizer para cima de todo mundo. No sistema de trens nem precisa pensar porque ele já para mesmo toda hora, e quebra-quebra é quase rotina – a rotina das sardinhas do transporte coletivo. Por outros cinco segundos – pense – se houver apagão, se o sistema combalido não suportar a pressão que vem por aí. Aproveita e pensa nas telecomunicações, onde tem canal passando em cima de outro canal, banda, estradinha; não é mais 3 ou 4 G, mas 3 ou 4 D. Agora, por pelo menos um minuto, pense o quanto estaremos fritos se as coisas ficarem ainda mais tensas em vários setores e a gente ainda estiver sendo liderado por frouxos como o prefeito que foi eleito para essa cansada cidade de São Paulo, ou por chuchus inodoros. É, isso pode acontecer – pior, um pouco já ocorre – do Oiapoque ao Chuí.taça quebrando

Já li gente falando que a população está com mau humor. Concordo. Mas não é uma nuvem precisa pairando sobre as cabeças. Não tem direção, não tem lado, posição política, muito menos informação real. Pergunta por aí. São interesses difusos, enevoados, ninguém sabe exatamente o que quer ou não quer, muito menos há parâmetros de lutas que consigam mover a classe média, especialmente a fatia mais esbordoada. Em junho passado escrevi várias vezes que não era verdade, que não tinha gigante nenhum acordando, só bocejando, que era apenas modinha ir até as ruas, marcar com amigos e depois postar nas redes sociais fotos segurando plaquinhas de papel. Uma coisa Rock in Rio. #eufui. Isso ficou claro quando li, naqueles dias, uma matéria regrando qual era a moda quente para ir aos protestos. Desde que me entendo por gente, tudo aqui no Brasil só se avacalha.

tUp71UJ_f4En1R_tumblr_lz64j1kmiR1qdu4dpo3_400Passo o dia lendo ou ouvindo cada bobagem que é melhor calar, e não só para não arrumar inimizades. É o jornal mal lido, a situação X generalizada descuidadamente, o assassinato de reputações sem dó, a facadas de agressividade. É um tal de não ver a política – “não voto mais”, “vou votar nulo”, etc. – só isoladamente, e para xingar. Depois, quando tem eleição, escolhe qualquer um na véspera. Não me admira que a gerente Dilma esteja caindo – esperavam dela, sociedade machista, que por ser mulher teria ordem na casa. Mas ela não é dona-de-casa, e não espanou o pó da sujeira, nem lavou a louça suja dos dois períodos anteriores, deixou tudo acumulado na pia. Também não se mostrou boa cozinheira, nem para contratar direito quem trabalhasse para ela, com ela. Os banheiros continuam sujos; o elevador parado no mesmo andar; isso, sem falar nas compras que deixou fazer.

woman_breaking_eggs_oNada mais tem fundamento. Quando que vocês imaginariam ver marchas vermelhas de sem-terra ciscando no terreiro do próprio PT, criador e criatura? O prefeito Zé Bonitinho todo santo dia recebe visitas, ora professorinhas, ora servidores da própria prefeitura, ora motoristas, cobradores, estudantes, blackblocs. Nesta semana, enquanto a cidade ardia entre muralhas de ônibus parados nas tais faixas que ele mandou pintar a mão, inacreditável a falta de senso, ficou quase uma hora dando entrevista para o Datena – e tomando um pau, de soltar o couro! Como bem observou um amigo, melhor, porque aí ele estava ocupado falando bobagem, sem fazer mais bobagens.

11650780-soccer-ball-and-a-crack-on-the-glass

Cresci temendo um tal botão vermelho que, apertado, buum!, explodiria o mundo. Temia o telefone vermelho do presidente dos EUA, ou uma tal pasta preta, a guerra fria. Mas tudo isso mudou e a surpresa do 11 de setembro deles foi o ápice do “não dá mais pra prever nada”. E se eles que são grandes não podem, imaginem nós que vivemos pequenos, subordinados a quaisquer zinhos que falem o que devemos ou não fazer até com as nossas bolas.

A verdade é que a humanidade, quando se afastou da sua própria condição humana legando a máquinas muitos dos seus controles, facilitou que crescesse uma fragilidade perigosa. Com muitos botões vermelhos e pastas pretas. Por aqui, inclusive, umas delas recheadas de dinheiro.

São Paulo, paralisada, paranoica, e que não pode parar, 2014.

0511-1001-0616-1628Marli Gonçalves é jornalista Neste jogo já está vendo bolinhas em todos os cantos, iguais às da obra da artista japonesa Yayoi Kusama, “Infinita Obsessão”, que chegou essa semana a São Paulo. Achei bem louco saber que, por espontânea vontade, ela vive desde 1977 recolhida numa clínica psiquiátrica. E se eu começar também a ver bolhinhas?

********************************************************************
E-mails:
marli@brickmann.com.br
marligo@uol.com.br

ARTIGO – O jogo começou divertido. Lance os dados que é sua vez. Por Marli Gonçalves

Game-Board-Ludo-200p-2types-animatedO jogo começou. Façam suas apostas. Cada vez mais pessoas, principalmente jovens, se desinteressam pela política, que anda mesmo “trabalhada na chatura”. Assim, num momento de colaboração, porque sou boazinha, resolvi jogar os dados para você ver como tudo anda parecendo um gigantesco Ludo, ou um misto com Banco Imobiliário versão luxo. Dá para se divertir acompanhando, mas alguém tem de ganhar, e aí é que está o xisGame-Board-Ludo-200p-2types-animated

Estava no meu canto prestando atenção às coisas e, como diria aquele juiz de futebol, a imagem foi clara. A política nacional virou um joguinho que você vai lembrar porque certamente já o jogou, o Ludo, aquele que você vai andando as casinhas, para, recua, anda, com misto de Banco Imobiliário, Minha Casa Minha Vida, Minha Mansão.

Vê se não tenho razão para brincar: de dois a quatro jogadores, um vermelho, um azul, um verde e outro amarelo, cores partidárias. O objetivo do jogo é ser o primeiro que, partindo de uma casa de origem chega à casa final. Para isso, deve-se dar a volta inteira no tabuleiro e chegar antes dos adversários. Na minha cabeça misturei com o Banco Imobiliário justamente para dar mais emoção: o jogador ganha bolsa, perde bolsa, pode ser preso, inventa que está construindo, dando desconto. A casa cai. Tem um valor no morro e na cidade. Enfrenta protestos e balas perdidas. Enfrenta o Batman. Pode construir de mentirinha: laboratórios. Investe em ações: Eike no jogo. É espionado. Faz compras nos Estados Unidos e paga mais…Ou pode ser expulso, pagando é o mico da vez, com guardanapo na cabeça.

0091Preparado? Trouxe uns jogadores para brincar com a gente.

Alexandre Padilha, candidato do PT ao Governo do Estado de São Paulo. Recuou quatro casas quando encontrou com o doleiro, com o deputado do bracinho levantado, e depois de ter assinado a compra do Labogen. Vai virar poste, mas para ficar parado um tempo até ser resgatado, se possível.Ainda tem de ficar ouvindo piadinhas tipo “Volta para casa, Padilha!”

Lula, ex-presidente que fez que ia, mas não foi. Botou todas as cartas em jogo. Parou no hospital, desencalacrou, tenta trocar jogadas com qualquer um. Elegeu um poste e uma posta. Fixou um em Brasília. Outro, em São Paulo. Ambos perderam jogadas. Mudou de tática. Agora quer de novo dar as cartas, ou tem quem queira trucar com ele. Andou duas casas esta semana com o movimento Volta, Lula, mas disfarça as cartas que tem na mão. Resolveu virar messiânico e acha que o povo vai comprar o que diz.0008

Dilma, a posta. Primeira mulher a governar o Brasil, mas continuou com o passo duro e irritada, gritando com todo o mundo. Fez uma jogada grande, conseguiu chegar no Palácio do Planalto, mas não abriu as portas, não conseguiu abaixar nada do que disse, nem entregar o que prometeu. Como gerentona se acabou quando assinou – e disse que não sabia de tudo nem de nada – a compra da Refinaria nos Estados Unidos. Obama sabia, mas também fez birra. Vai andar várias casas para trás nas próximas jogadas. Ou acabar só com o Jogo da Velha.0099

Fernando Haddad, poste e prefeito de São Paulo. Pediu para sair do jogo. Prefere Buracos. A cidade está repleta. Já faz planos de voltar a estudar, defender alguma tese, já que na política não deve se aventurar mais.

Aécio, candidato da oposição, como tucano, à Presidência da República. Apareceu no jogo. Andou umas dez casas nos últimos dias. Empurrou para lá o senador Álvaro Dias e agora é ele quem dá opinião sobre tudo e todos, ziguezagueia no tabuleiro, sobe e desce do muro. Aproveita fama das jogadas do avô.

0100Eduardo Campos, outro candidato de oposição à Presidência. Tenta hipnotizar os ex-amigos, agora inimigos, com seus olhos coloridos. Avança no tabuleiro muito lentamente porque ainda não definiu sua estratégia. Encavalou sua partida quando entrou junto com o peão verde, Marina Silva, e está um tal de empurra para lá, empurra para cá, para ver quem se equilibra no quadradinho. Quem fica em cima ou embaixo. Ainda tem muita coisa para resolver quando passar pelos pontos Igreja, Economia, Ecologia, quando deverá ainda enfrentar os perigosos soldados dos ruralistas.

Geraldo Alckmin, governador de São Paulo e candidato à reeleição. Secou. Atolou. Está de castigo, parado há várias jogadas, até que chova. Ou que algo melhor caia do céu.Adoraria ficar transparente, literalmente.

Paulo Skaf, presidente da FIESP e candidato ao Governo do Estado de São Paulo, pelo PMDB. Pulou umas oito casas na frente quando o Padilha regrediu. Comprou indústrias, casas, jogou tudo o que podia, se reune até com o diabo. Deixou crescer cabelo na cabeça e vitaminou os “Ss”(esses), e com eles serpenteia por todo o Estado. Espera desistências para continuar no tabuleiro. Que não é o da bahiana, literalmente.Door_01_Reactions

Olha, que pena que a gente não pode colocar um número indefinido de jogadores, porque ainda tem uns bem legais esperando a vez, e que de vez em quando jogam para a plateia. Mas estes preferem, creio, o dominó, ficam encaixando as peças para ver se acabam as pedras. Fernando Henrique Cardoso, Gilberto Kassab, bons exemplos. Mas eles também sabem jogar com outras pedras, peças e cartas; sabem jogar damas, xadrez, War.

São Paulo, sua vez, 2014

  • Marli Gonçalves é jornalista Como esse jogo ainda leva meses, os esquecidos aqui ainda terão algum tempo de se movimentar.

magicMan

********************************************************************
E-mails:
marli@brickmann.com.br
marligo@uol.com.br

ARTIGO – Quem somos, para onde vamos, se é que vamos. Por Marli Gonçalves

nósSei lá mesmo, porque tem horas que parece que todas as estradas ou estão fechadas ou, sem sinalização, nos levam apenas a encruzilhadas. De lá, para ficar andando em círculos é um passo só. Ou uma volta.

Se eu – que sou a mais otimista das pessoas – estou assim, imagine como devem estar as coisas. Se eu – que detesto ficar pra baixo – estou abaixo do rabicó da cobra, imagine a alegria em que devem estar os pessimistas e tristes de plantão, com tanta coisa boa para eles sofrerem acontecendo. Sim, porque não é o caso e claro que você também sabe que existem profissionais da tristeza, da melancolia, da depressão, tipo hipocondríacos, com mania de doença, mas estes em geral tiveram algum problema que as levou a ter esse transtorno.

Olho para um lado, para outro, ando por aí. Ou estou atraindo, o que é possível, mas fico pasma e preocupada por perceber que, além de mim, e o que não ajuda nem um pouquinho a subir a moral, só estou vendo e ouvindo lamentos, inclusive de quem nunca passou, que eu soubesse, por problemas. Não digo só aqueles problemas que todo mundo tem; nasceu, tem. Tipo família, saúde, amores perdidos, desilusões, unha encravada, azia.

worker8Falo de outros, que não são manias, mas realidade. E uma realidade que vem sendo imposta , enfiada goela abaixo, coisas que atingem a todos, mas alguns – como estão se “dando bem” no momento – ainda não os percebem, ou se fazem de desentendidos. Se bobear, ainda zombam. Tem gente que só vê as coisas quando estas estão em suas próprias peles, e isso pode ser bem perigoso, porque vistos tarde demais. Com a água já no pescoço.

Muito disso tudo que passamos, quem não acompanha não tem ideia, tem a ver com a política. Fora ver cada tropeço maior do que outro, ilusão sendo vendida em gotas e bolsas para tudo que é corretinho e tentando nos fazer de antidemocratas de direita porque apontamos as insanidades, a presidente falando uma bobagem atrás de outra em seus embaralhados discursos, as medidas tomadas já nos atingem diretamente.broncas

Quer ver só alguns exemplos? Como é que alguém pode pagar o IPTU imaginado por esse prefeito que São Paulo arranjou, infelizmente eleito, e que veio junto, no pacote, com uns vereadores de quinta categoria e secretários municipais que não têm estofo nem para ir brincar lá no parque, quanto mais cuidar de uma cidade tão complexa? Quem aí teve 30% de aumento de ganhos? Fora isso, qual é a do Mané querer arrumar o cofrinho do porquinho às nossas custas? E os serviços, jacaré? Quando chegam? Se você está em São Paulo, não preciso descrever os buracos das ruas, bueiros abertos e entupidos, lixo para tudo quanto é lado, descaso por tudo quanto é canto, assassinato frio da lei da Cidade Limpa? Serviços? Tudo nojento, os ônibus que circulam nas impostas faixas “exclusivas” pintadas a mão com vidros que você não consegue nem ver do outro lado, imundos. Fiscalização correndo sempre com um “por fora”. Já precisou?cofre

Experimente. É de se arreganhar todo, sabe o quê, não?- como descreveria minha musa e filósofa Dercy Gonçalves com propriedade sem igual.

comprasAbrindo o leque: andou vendo o preço das coisas? O que aconteceu nos últimos dois anos para os aluguéis e preços de imóveis atingirem esse patamar? Desculpe a ignorância, mas quem é que está medindo a inflação? Qual supermercado frequenta, qual feira frequenta, qual açougue? A gente precisa saber para ir lá comprar também. E as leis e decretos? Viu o número de empregadas domésticas desempregadas depois que alguém tentou protegê-las jogando pacotes kamikazes dentro das casas? Está vendo como de tanto incentivarem carros e carros estamos morrendo por poluição ou paralisados perdendo tempo nos congestionamentos? Acho que esses caras fugiram da escola justamente nas aulas de física, matemática, biologia…Ah,claro, das aulas de português também!

Estou sabendo: grande parte do desconsolo vem da falta de recursos, só para aproveitar e “tucanar” a dureza total. Mas vejam que não estou falando de roupas, viagens, supérfluos, mas de moradia, alimentação, trabalho, locomoção.

Pior é que uma coisa leva a outra. Tenho, volto a dizer, andado por aí. O que estou ouvindo de relatos de decepções, traições, puxadas de tapete, falta disso e daquilo, acende a luz vermelha e não é a do lupanar (ainda). Já é resultado de cada um tentando se salvar, pisando na cabeça de outros, vendendo muito – mas muito barato – a mãe, as amizades, o respeito, a ética, solidariedade, todos os traços de respeitabilidade, além de outros produtos pessoais. Tudo na bacia das almas. Vendendo e não dando recibo. Outros, comprando isso tudo e não pagando.

Não sei mais mesmo quem somos, para onde vamos e, na verdade, se vamos; se é que vamos.

atençãoMas achei que não custava nada deixar registrado que nem todos são cegos para ver as coisas; nem surdos para fazer de conta que não ouvem as mentiras. Nem mudos, para calar-se diante de tantos descalabros. Em nome de pobres, em prol do que chamam de bem, eles só pensam no poder de hoje. E na eleição de amanhã.

Usando uma expressão PCC, precisamos dar um “alerta total”. Um “salve geral”

São Paulo, 2013Marli Gonçalves é jornalista Deixa eu aproveitar para anunciar aqui, aos interessados. Vendo discos raros, alguns autografados. Vendo livros, alguns autografados. Vendo roupas seminovas e algumas novas. Vendo sapatos tamanhos 36, 37 e 38. Alguns móveis e quadros. A coisa está preta. De cabelo duro.

chove dinheiro

********************************************************************
E-mails:
marli@brickmann.com.br
marligo@uol.com.br

Gosto do James porque ele fala mesmo. E esse Haddad tá precisando de uns bons beliscões. Alô, vocês estão vendo o que está ocorrendo na cidde de SP?

figura PREFEITO HADDAD DEIXA O POVO NA CHUVA

O prefeito Haddad pagou 146 milhões de reais para uma empresa retirar os abrigos de ônibus que protegiam a população da chuva e colocar pontos de ônibus sem abrigo.
Ou seja, deixou o povo na chuva e no calor escaldante.

E nenhum político até agora abriu a boca sobre esta atitude insensata.

O prefeito está acabando com o mínimo de conforto para o passageiro de ônibus e não aparece um político sequer pra questionar.

Dilma lá e Haddad cá e o povo que se dane.

FONTE; COLUNA JAMES AKEL – http://jamesakel.zip.net/


ARTIGO – “Encurralados”, por Marli Gonçalves

people-angryman2haddawayOlha para um lado, para outro. Aí vai atravessar e uóóóim, o trem tira uma fina. Estamos assim, paralisados, sem saber para onde ir, quem apoiar, o que apoiar, nem mesmo se é para apoiar alguma coisa. Em São Paulo o problema é pior: travou. Fisicamente, na prática a cidade já está inviável

Quer saber o que o prefeito Fernando Haddad, de São Paulo, anda fazendo? Bem, além de anunciar meio chorando desanúncios de tudo o que prometeu sorrindo em campanha, toma medidas para atrapalhar ainda mais, e com explicações que beiram o stand-up. Uma delas umas tais faixas exclusivas para ônibus. Ideia louvável, não? Claro, mas se existisse lugar onde colocá-las, não feitas “porque sim”. Lembram a máxima de que dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço? Pois bem: foram lá com umas latas de tinta e pintaram as faixas, tá? Aqui tem de passar o ônibus. Parece aqueles programas de comédia, mudos, que os caras vêm, pintam uma porta, abrem e entram. O cartunista Juarez era um craque nisso, todo domingo, no velho Fantástico.

Saturação total. Mandaram todo mundo comprar carro, e nada de planejar o sistema de transporte coletivo e circulação; embaralharam tudo de vez. Todos os dias dá nó, entre 150 a 200 kms de lentidão na São Paulo que não pode parar. Parado. Não tem para onde escapar – conheço muitos atalhos, e não tem jeito. A gente fica preso. Ou melhor, encurralado. E os motoqueiros malucos, as ambulâncias, arrastão, resgate, os carros de polícia (além dos engraçadinhos que passam atrás), mais uma ou duas manifestações, nossa nova média diária, todo tipo de obstáculos urbanos, forçam a passagem e pronto! A tal Lei da Física, dos dois corpos…, revogada. Peguei duas roubadas dessa essa semana. No rádio só a infeliz Voz do Brasil, e me apavoro observando o entorno: cidade escura, suja, placas tortas, sujas, cidade feia, descaso de coisas quebradas.

UK_Roundabout_8_CarsMas peraí que esse texto não é contra o moço meio sonso, que fica aguardando ordens de cima e que ainda não tomou posse, esperando o tal Arco prometido, e que não é íris! É sobre nossa situação geral. Sobre o momento político, protestos, a economia em derrocada, sobre a paralisia. Não dá para, sei lá, pensar nem dois dias à frente, menos ainda programar investimentos – e, por conseguinte, qualquer ideia de consumo e/ou alegria. O entusiasmo dos protestos – teve gente que brigou comigo porque “como é que eu não via as maravilhosas medidas dos congressistas, da Dona Dilma”? – sendo trocado por decepção na medida em que a pessoa se informe direito. Tudo como dantes no quartel de Abrantes.

Mal acostumado com a boa moda inicial, qualquer protesto que tenha só 50, 100 pessoas é completamente desprestigiado. A não ser que os meninos maus, vestidos de pretinho básico, à frente, quebrem tudo ou ameacem – para virar notícia. Eles entenderam isso muito bem e mandam ver.

A verdade – lá vou eu!- é que não vejo mais nenhuma liberdade muito grande nas manifestações. Elas, agora – repara – têm muito mais polícia do que manifestantes. São tantos os policiais com cara de bravo que sufocam as passeatas, emparelhando dos dois lados das caminhadas e à frente, e atrás. Por cima. Não dá mais nem para ler as faixas. Ah, parece que ainda tem de avisar com antecedência para que o trânsito seja desviado.

Enfim, não é mais protesto – é evento festivo na rua; a espontaneidade, que foi a parte melhor do levante, já era. Tudo bem que sou, claro, contra quebra-quebra, mas não venham me dizer que o que estamos presenciando é liberdade de reunião, especialmente me referindo a São Paulo. Não é só o povo do mal que está cercado, mas todos os manifestantes. E daí para murchar tudo é um passo só.

animated-kids-crowdPior ainda é que já nem sabemos mais o que pedimos. Nem porque pedimos. A qual comparecer, qual engrossar. Os meninos, novidade, têm combinado cada vez mais esses encontros para a noite, muitos varando a madrugada. Virou um programa legal, barato, animado, e ainda dá para zoar as “minas”. Fora que tem segurança e a possibilidade de um “barato” com gás de pimenta gratuitamente distribuído.

Em junho quando pensava no cartaz que levaria, fui fazê-lo e não coube no papel. Era contra tanta coisa que protestávamos que viramos todos momentaneamente anarquistas. Fora isso, Fora aquilo!

Mas, olha que péssimo: estou vendo a hora que vai aparecer uma manifestação, marcha, concentração ou assemelhado para pedir é que parem as manifestações. Tudo acontecendo porque um grupo político está pisando no calo do outro, para ver estrelas e pulos dos gatos dos balaios. Pisando nas asas, para que fechem o bico curvo e colorido. Agora o silêncio cairia bem para eles.

Encurralados, estamos. E encalacrados.

São Paulo, 2013Marli Gonçalves é jornalista Sete de Setembro se aproximando e uma grande dúvida aonde isso vai dar. Se vai dar. Ou se vai só bater no muro de uma rua sem saída.

********************************************************************carpoolE-mails:
marli@brickmann.com.br
marligo@uol.com.br

PATRULHINHA URBANA NA CIDADEHADDAD DE SÃO PAULO. AS FOTOS SÃO DE RELANCE, PORQUE SE FOR PARA PARAR E REGISTRAR TUDO DE ERRADO DO CAMINHO…

árvore caída Rua Batatais
árvore caída Rua oscar freire com Haddock Lobo – tá lá o corpo estendido no chao
ÁRVORE DESPENCADA NA RUA BATATAIS - DESDE SEGUNDA
ÁRVORE DESPENCADA NA RUA BATATAIS – DESDE SEGUNDA
ÁRVORE DESPENCADA NA RUA BATATAIS - DESDE SEGUNDA
ÁRVORE DESPENCADA NA RUA BATATAIS – DESDE SEGUNDA
ÁRVORE DESPENCADA NA RUA BATATAIS - DESDE SEGUNDA
ÁRVORE DESPENCADA NA RUA BATATAIS – DESDE SEGUNDA
CIDADE LIMPA!! CADÊ VOCÊ? TUDO QUANTO É TIPO DE PENDURICALHO NOS POSTES. AQUI, CONJUNTO NACIONAL, ALAMEDA SANTOS COM AUGUSTA
CIDADE LIMPA!! CADÊ VOCÊ? TUDO QUANTO É TIPO DE PENDURICALHO NOS POSTES. AQUI, CONJUNTO NACIONAL, ALAMEDA SANTOS COM AUGUSTA
CIDADE LIMPA!! CADÊ VOCÊ? TUDO QUANTO É TIPO DE PENDURICALHO NOS POSTES. AQUI, CONJUNTO NACIONAL, ALAMEDA SANTOS COM AUGUSTA
CIDADE LIMPA!! CADÊ VOCÊ? TUDO QUANTO É TIPO DE PENDURICALHO NOS POSTES. AQUI, CONJUNTO NACIONAL, ALAMEDA SANTOS COM AUGUSTA
CIDADE LIMPA!! CADÊ VOCÊ? TUDO QUANTO É TIPO DE PENDURICALHO NOS POSTES.
CIDADE LIMPA!! CADÊ VOCÊ? TUDO QUANTO É TIPO DE PENDURICALHO NOS POSTES.
CIDADE LIMPA!! CADÊ VOCÊ? TUDO QUANTO É TIPO DE PENDURICALHO NOS POSTES. AQUI, NOVE DE JULHO
CIDADE LIMPA!! CADÊ VOCÊ? TUDO QUANTO É TIPO DE PENDURICALHO NOS POSTES. AQUI, NOVE DE JULHO
A CIDDE ESTÁ PARECENDO ABAJUR CHINÊS. ESSESCONES ENFEITAM TODAS AS RUAS PELAS QUAIS PASSEI
A CIDADE ESTÁ PARECENDO ABAJUR CHINÊS. ESSES CONES ENFEITAM TODAS AS RUAS PELAS QUAIS PASSEI

Elementar, meu caro Watson. Haddad é anódino, placebo, sem sal, sem açúcar

Haddad: campanha gelada

Se vão ou não para o segundo turno em São Paulo, são outros quinhentos, mas a cúpula petista está impressionada com a recepção gelada que a campanha de Fernando Haddad, inclusive o próprio, recebe na periferia da capital paulista.

FONTE: COLUNA RADAR – VEJA ONLINE – Por Lauro Jardim

Artigo do Augusto Nunes. Você tem que ler para pensar direito…

Os vincos no rosto e as rugas na alma, por Augusto Nunes

Para balear José Serra, Fernando Haddad sacou da maleta a certidão de nascimento. “Um homem novo para um tempo novo”, diz o slogan do candidato à prefeitura de São Paulo que o PT engoliu por ordem de Lula. Haddad tem 49 anos. Serra, 70. Em outubro de 2008, quando partidários de Eduardo Paes incluíram a diferença de idade no repulsivo balaio de espertezas forjadas para convencer o eleitorado carioca a aposentar Fernando Gabeira, publiquei no Jornal do Brasil um artigo com o mesmo título deste post. A reprise ensaiada pelo filhote de Lula exige a republicação do texto. Volto em seguida.

“Um é novo, outro é velho, decreta a primeira linha de uma reportagem que confronta os perfis dos candidatos Eduardo Paes, 38 anos, e Fernando Gabeira, 67. Se a frase abrisse o editorial que formaliza a escolha feita por um jornal, nada a objetar. Se abrisse algum texto assinado por colunistas ou colaboradores, tudo bem. Como abre uma reportagem que deve tratar as coisas como as coisas são, a isenção é assassinada no prólogo ─ e os capítulos seguintes estão condenados à morte por parcialidade. Não há esperança de salvação para matérias jornalísticas que, amparadas em duas certidões de nascimento, decretam em seis palavras quem é o novo e quem é o velho.

Se a diferença de idade é o quesito mais relevante no desfile de comparações, a sensatez e a ética recomendam palavras que rimem com neutralidade. Por exemplo: um tem 26 anos menos que outro. Ou, então, um tem 26 anos mais que outro. Ou, ainda, um é mais novo que o outro. A escolha de uma quarta opção transformou Paes na encarnação da novidade, da inovação, da mudança ─ e comunicou aos cariocas que o candidato do PV é apenas velho.

Quase 34 anos distante de Oscar Niemeyer, 10 atrás de Fernando Henrique Cardoso, quatro à frente de Lula, apenas um à frente de José Serra, Gabeira só se encaixaria nessa simplificação se fosse portador de senilidade precoce (e aguda). Como o candidato sessentão chegou ao ponto final da reportagem com boa saúde, deduz-se que o decreto se apoiou exclusivamente no calendário gregoriano.

Juventude é uma expressão associada a entusiasmo, energia, dinamismo, vitalidade. No Brasil, pode ser o outro nome do perigo. Os mais velhos sabem disso desde o começo da década de 60. Os ainda novos ficaram sabendo na década de 90. Jânio Quadros tinha 44 anos ao tornar-se presidente em 1961. Renunciou depois de sete meses, sem explicar direito por quê. O vice João Goulart tinha 43 quando herdou a vaga. Perdeu-a 36 meses mais tarde, deposto pelo golpe militar de 1964.

Como a era dos generais revogou a eleição direta, o último presidente escolhido nas urnas seria também o mais jovem da história republicana entre 1960 e 1989. Foi superado por Fernando Collor, eleito com 40 anos. O recordista em idade se tornaria também o único a escapar do impeachment pelo atalho da renúncia. Os presidentes quarentões não deixaram saudade.

No começo da campanha, Eduardo Paes parecia moço demais para cuidar do Rio. A 10 dias da decisão, está claro que o corpo de menor de 40 tem uma cabeça perturbadoramente envelhecida por excesso de pressa e carência de princípios. Gabeira foi desde sempre um contemporâneo do mundo ao redor. Paes é a versão remoçada dos políticos do século passado. Um se orienta por idéias. Outro é conduzido por interesses, circunstâncias e conveniências.

Eduardo Paes sempre embarca no trem que lhe parece mais veloz e abandona o vagão quando a velocidade diminui. Começou no PV, fez uma demorada escala no cordão dos agregados de Cesar Maia, elegeu-se deputado federal pelo PFL, filiou-se ao PSDB, caprichou no papel de inquisidor enquanto durou a CPI dos Correios, foi promovido a secretário nacional do partido, candidatou-se a governador para garantir a tribuna que lhe permitiu desancar o padrinho Cesar Maia e o adversário Sérgio Cabral, rendeu-se ao PMDB de olho em alguma vaga no secretariado estadual. Para quem viveu tão pouco, não é pouca coisa.

Decidido a alojar-se no gabinete do prefeito, Paes topa qualquer negócio, faz tudo o que for preciso. Insulta o tutor Cesar Maia, rasteja diante de Lula, presta vassalagem à primeira-dama, ordena agressões a cabos eleitorais adversários, mobiliza entidades fantasmas em passeatas instruídas para gritar que Gabeira odeia suburbanos, renega os companheiros de combate na CPI, acaricia mensaleiros juramentados, absolve de todos os pecados a bandidagem dos partidos que o apóiam. Cesar Maia? Só esse não pode. Babu, o vereador de estimação dos moradores dos presídios, esse pode. Delúbio Soares? Pode.

Os vincos no rosto de Fernando Gabeira reafirmam a idade que tem. As rugas na alma de Eduardo Paes informam que a idade mental é muito maior que a oficial. Um é antigo. Outro é moderno.

Em 1984, Paulo Maluf amparou-se na mesma fraude para enfrentar Tancredo Neves no Colégio Eleitoral. “O Brasil não deve eleger um presidente com mais de 70 anos de idade”, começou a recitar o candidato do regime militar agonizante. A ladainha foi silenciada pela curta réplica de Tancredo: “A Inglaterra, no auge da Segunda Guerra, foi conduzida com sabedoria pelo ancião Churchill. Roma antiga, no entanto, foi incendiada pela estupidez do jovem Nero”.

Juventude costuma ser sinônimo de inquietação, rebeldia, independência. Fernando Haddad faz tudo o que lhe ordena o padrinho sessentão. Prisioneiro de teses empoeiradas, com a cabeça estacionada em outros séculos, a invenção de Lula é um Eduardo Paes que ainda não soube da queda do Muro de Berlim.

De novo, o maior adversário de José Serra é o próprio José Serra. Ele terá de mostrar ao eleitorado, com a veemência e a clareza que lhe faltaram em 2010, que a velhice política não é determinada pelo calendário gregoriano, mas pela idade das ideias.

FONTE: http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/

Que lindo! Vaiddad, para lá e para cá, de aviãozinho…

ACHEI ESSA NOTA NA COLUNA DO RICARDO NOBLAT.

QUE DELÍCIA VER COMO ESTÃO FAZENDO ECONOMIA DO DINHEIRO PÚBLICO…

Haddad transportou família em jato oficial
Lúcio Vaz, Folha de São Paulo
O pré-candidato a prefeito de São Paulo pelo PT, Fernando Haddad, usou jatinhos da FAB (Força Aérea Brasileira) para transportar mulher e filha de Brasília para São Paulo enquanto ocupava o cargo de ministro da Educação.
Levantamento feito pela Folha revela que foram 129 deslocamentos em aeronaves oficiais, entre janeiro de 2010 e dezembro de 2011 -pelo menos uma viagem de ida e volta por semana.
Em 97 voos, estavam juntos o então ministro, a mulher, Ana Estela, e a filha menor, além de outras autoridades e servidores públicos.

Caso optassem por aviões de carreira nas viagens, a mulher e a filha de Haddad teriam gasto cerca de R$ 50 mil em passagens aéreas

Série de boas notícias. O bonitão Vaiddad poderá ser defenestrado da campanha pela Prefeitura de São Paulo.

NOTAS DA COLUNA DE CLAUDIO HUMBERTO DE HOJE

Pessimista, PT cogita substituir Haddad em SP

 Subiu no telhado a candidatura à prefeitura de São Paulo do ministro Fernando Haddad (Educação), daí o adiamento de sua saída do governo, prevista por ele mesmo para meados de janeiro. Há dias, Haddad disse que Dilma havia solicitado para ele “ficar mais um pouco” no cargo. A idéia foi de Lula, agora pessimista com as pesquisas e a falta de entusiasmo da militância, que prefere Marta Suplicy na disputa.

Não é uma Brastemp

 O ex-presidente Lula forçou a barra no PT para entronizar Fernando Haddad como candidato, mas concluiu que ele não é nenhuma Dilma.

Sem discurso

 Quando escolheu sua chefe da Casa Civil como sucessora, Lula tinha o que dizer de sua capacidade como gestora. Já sobre Haddad…
Sem realizações
 A gestão de Haddad é marcada por vexames nas provas de avaliação e por polêmicas desnecessárias, como o kit gay arquivado por Dilma.
Última chance
 As próximas pesquisas sobre a disputa paulistana definirão o futuro da candidatura Haddad. Se não der sinal de vida, será sepultada

Livrai-nos do Haddad, amém. Veja boa resposta de Andréa Matarazzo ao ministro que não sabe nada de SP. Nem de educação. Boa puxada de orelha.

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1003459-haddad-nao-conhece-a-usp-nem-a-cracolandia-diz-matarazzo.shtml

08/11/2011 – 15h36

‘Haddad não conhece a USP nem a cracolândia’, diz Matarazzo

VERA MAGALHÃES
ENVIADA ESPECIAL A BRASÍLIA

A ação da Polícia Militar para desocupar o prédio da reitoria da USP desencadeou um debate antecipado entre os pré-candidatos a prefeito de São Paulo.

O secretário de Estado da Cultura, Andrea Matarazzo, um dos postulantes à candidatura pelo PSDB, respondeu na tarde desta terça-feira ao ministro Fernando Haddad (Educação), que mais cedo disse que “não se pode tratar a USP como se fosse a cracolândia, nem a cracolândia como se fosse a USP”.

“Essa declaração mostra que o ministro Haddad não conhece o que se passou na USP nem na cracolândia”, disse Matarazzo à Folha.

E continuou: “A USP trata-se de baderneiros mimados e a cracolândia é um problema de saúde pública”.

Para ele, “depredação de patrimônio público por meia dúzia de mimados se resolve com polícia”.

“Já a cracolândia tem de se tratar com médicos, internação e retaguarda para os usuários. É uma questão de tratamento”, afirmou.