#ADEHOJE – O DISCURSO QUE DESVIOU O ASSUNTO

#ADEHOJE – O DISCURSO QUE DESVIOU O ASSUNTO

 

SÓ UM MINUTO – Enfim Jair Bolsonaro discursou ao mundo e, como mesmo se esperava, trocou as bolas e saiu atacando, inclusive a mídia, para ele, só sensacionalista. É como se aqui estivesse tudo bem, céu azul, sem queimadas, sem tanta ignorância que disparam em relação aos temas sociais e de direitos humanos. Puxa, um governo tão lindo que ninguém vê. Que vive de proteger a família, as crianças, a mata. Deus tá vendo! Ágatha, a menininha morta com um tiro pelas costas no Rio de Janeiro é exemplo – morto – dessa política em ação…

Ele voltou o canhão para Cuba, Venezuela, Maduro, lideranças indígenas que não a que ele cooptou, e que levou na manga uma cartinha sem sentido. Disse que o Cacique Raoni está sendo usado como massa de manobra. Para resumir, subiu, falou e desceu do palanque como o legítimo Jair Bolsonaro que é – e levando o país ao isolamento mundial.

#ADEHOJE – BOLSONARO CAI MAIS NA PESQUISA E NA CONSIDERAÇÃO INTERNACIONAL

#ADEHOJE – BOLSONARO CAI MAIS NA PESQUISA E NA CONSIDERAÇÃO INTERNACIONAL

 

SÓ UM MINUTO – O presidente Jair Bolsonaro deve estar muito descompensado, para não dizer outra coisa, mais ainda depois da prisão do sargento com 39 quilos de cocaína no avião da comitiva presidencial. No Japão, respondeu grosseiro à primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, que havia criticado a defesa que o Brasil faz da Amazônia. O presidente da França, Emmanuel Macron já avisou que não assinará nenhum acordo comercial com o Brasil caso o presidente Jair Bolsonaro saia do acordo climático de Paris, ameaçando colocar em risco os trabalhos de negociações comerciais entre União Europeia e Mercosul. Vamos vr o que o homem que nos desgoverna vai responder a isso. Vocês lembram quando a Dilma tentou ensinar economia para a Alemanha? É cada presidente que a gente tem suportado!

Para completar o mau humor do homem, hoje o Ibope divulgou pesquisa feita a pedido da CNI. Resultado? Claro! Caiu mais ainda aprovação ao governo, foi pra 32%, a mais baixa desde a posse. Agora, olha só, nessa pesquisa, o registro de ruim/péssimo subiu cinco pontos: 27% para 32%…

Também, é TODO DIA – TODO DIA têm acontecimentos lamentáveis. Ê, tosqueira!

 

#ADEHOJE – YUKA, A TORNEIRA MÁGICA DE DINHEIRO E OUTRAS TRAGÉDIAS

#ADEHOJE – YUKA, A TORNEIRA MÁGICA DE DINHEIRO E OUTRAS TRAGÉDIAS

 

Só um minuto – Nada tem graça hoje, neste belo dia de Sol. Morreu Marciano, morreu Marcelo Yuka, símbolo da luta contra a violência urbana que dizima sem dó. Enquanto isso continua a saga da fritura de Flávio Bolsonaro, o Filho do Capitão eleito senador. Na conta dele, tinha dias que pingaram 2 mil reais por minuto, em dinheiro, no caixa da Assembleia do Rio de Janeiro. A morte, aos 17 anos, da ginasta Jackelyne da Silva, será melhor investigada a pedido do pai dela. Caiu e morreu horas depois. Creio que erros médicos podem ter sido cometidos. No México um oleoduto explodiu e matou outra dezena de terráqueos. Na França os coletes amarelos estão nas ruas novamente. E o Datena acusado de assédio sexual contra uma repórter do Brasil Urgente. Dias quentes.

#ADEHOJE, #ADODIA – NOSSAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS…E BOLSONARINHOS MATRACAS

#ADEHOJE, #ADODIA – NOSSAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS…E BOLSONARINHOS MATRACAS

 

O Brasil está no noticiário internacional por vários motivos. Cutuquei, cutuquei e não achei nenhum bom motivo. João de Deus, porque atende a um grande número de estrangeiros. Cesare Battisti, o sumido, porque a Itália quer porque quer e até já deixou um avião paradinho para extraditá-lo. O Capilé, traficante perigoso preso no Paraguai (não, não é aquele Capilé das manifestações, que sumiu, nunca mais ouvi falar dele). Bom, tem mais: Cuba e Venezuela países “desconvidados” para a posse. Argentina chateadíssima mandará alguém, do quinto escalão, porque acha que não estamos tratando bem do maior parceiro comercial. Mais? A questão da embaixada em Jerusalém e atritos com Oriente Médio. E mais falação das matracas dos Bolsonarinhos obrigam o pai sair de casa para amenizar a situação, negar, explicar. Agora o empedernido Eduardo Bolsonaro, eleito deputado federal, junto com aquelas figuras assustadoras do PSL – Joyce, Frota, etceteras – dando a entende que o país fixará pena de morte para traficantes igual à Indonésia. Isso fora nossas decisões com relação ao clima, o namoro com Trump…Socorro, Mundo, desculpe aí, que a gente vai tentar melhorar!

 

#ADEHOJE, #ADODIA – JOÃO, JOÃO. ATÉ VOCÊ, JOÃO DE DEUS! Animações desse final de ano

#ADEHOJE, #ADODIA – JOÃO, JOÃO. ATÉ VOCÊ, JOÃO DE DEUS! Animações desse final de ano

O horror. A clareza e firmeza das declarações das mulheres que denunciam ter sido abusadas sexualmente pelo médium João de Deus, em Abadiânia, Goiás, apresentadas pelo programa do Bial na noite desta última sexta-feira fizeram com que acordássemos hoje ainda mais sobressaltados e incrédulos. Há também um surto de tosse na turma do novo governo que ainda nem tomou posse e já está em ebulição. Coaf, Coaf, Coaf! O assessor de Flávio Bolsonaro que andou ganhando bem bem e distribuindo por aí dinheirinho, para a família dele – que ele pôs para render – e para a de Bolsonaro – Dona Michele levou 24 mil vai render muito pano para manga. E para a gente costurar um saco para enfiar na cabeça, de vergonha de tudo isso. Ah, França em chamas! Continua quente o Arco do Triunfo. Quem ganhará? Intervenção total em Roraima. Seis reféns mortos no Ceará em ação estabanada. Animado fim de ano.

#ADEHOJE, #ADODIA – O MUNDO FERVE, ENQUANTO POR AQUI FICAMOS SÓ OUVINDO

#ADEHOJE, #ADODIA – O MUNDO FERVE, ENQUANTO POR AQUI FICAMOS SÓ OUVINDO

 

 

ESCAPOU DOS BLACK FRIDAYS DA VIDA? UFA. HOJE QUERO FALAR DE UMA SITUAÇÃO QUE HÁ MUITOS ANOS, DÉCADAS NA VERDADE, VIVI MUITO PARECIDA, EM PARIS. MANIFS. MANIFS POR LÁ SÃO VIOLENTAS. HOJE O PAU TÁ COMENDO ENTRE A POLÍCIA E OS COLETES AMARELOS QUE RECLAMAM DA ALTA DOS COMBUSTÍVEIS. LEMBRAM DOS CAMINHONEIROS AQUI? QUANDO ME MACHUQUEI – QUEBREI O FÊMUR DA PERNA DIREITA – – A POLÍCIA PASSOU POR CIMA DA MANIFESTAÇÃO QUE EU COBRIA – ERAM ESTUDANTES SECUNDARISTAS LUTANDO POR MELHORIAS NA EDUCAÇÃO. POR AQUI A GENTE FICA VENDO O TAL “NOVO” MINISTRO DIZER – EM DOCUMENTO – COMO SOMOS, OU MELHOR, COMO ELE ACHA QUE SOMOS. O SILÊNCIO DOS NOSSOS ESTUDANTES PREOCUPA…OS ACADÊMICOS ATÉ QUE ESTÃO SE LEVANTANDO AQUI E ALI…

Adorei. Consulesa da França em SP fica nua por campanha pró-meias/agasalhos

Danilo Verpa/Folhapress

aplauso3Consulesa da França tira a roupa por causa filantrópica de doação de meias

( FONTE: COLUNA Monica Bergamo – Folha de SP)

 

Quando Alexandra Loras foi chamada para ser a embaixadora do Projeto Meias do Bem, não pensou duas vezes antes de aceitar o convite. “Meu pai foi morador de rua e eu tenho muita empatia por essa questão”, explica a consulesa da França em São Paulo, que achou a premissa do projeto filantrópico –que transforma meias usadas em cobertores para depois doá-los a moradores de rua e entidades– também sustentável.

*

Partiu dela a ideia de ficar nua para a foto, feita em sua casa. “Normalmente sou contra a hiper-sexualização da mulher negra, mas acho que temos que usar o mesmo tipo de armas da publicidade para chamar atenção para causas sociais.”

 

Sempre alerta, que estado é este de viver? Por Marli Gonçalves

AlertaJá ia mesmo falar sobre isso. Sobre o medo, o estado constante de alarme, de alerta, de atenção, aqueles que decretamos por nós mesmos praticamente todos os dias. A sexta-feira de terror e sangue em Paris, no entanto, mostrou que os horizontes do perigo passaram a ser ainda maiores, mais mortais e complexos. Fica difícil viver em paz com tantos inimigos, inimigos gente, inimigos insetos, inimigos fatos, inimigos governantes, inimigos destinos, inimigas ideias, inimigos dia a dia. E nossos inimigos pensamentos

Parece paranoia, mas vou liberá-la porque entendo que você aí também pode ter algum aspecto desse problema. Chama temor. Toca o telefone. O coração dispara. Campainha toca e se pensa no pior do pior. Orelha em pé. Olhos bem abertos. Atenção aos cheiros. Um grito mais forte, a sirene intermitente, muitos helicópteros no céu. Alguma coisa está acontecendo, e enquanto eu não sei o que é não sossego. É uma agonia. Vivendo na região central de São Paulo está cada dia mais difícil encontrar algumas horas de serenidade.

Imagino quem tem filhos como é que se sente – hoje entendo as nóias de meus pais, as dores de minha mãe. Essa, entre outras, de tanto se inclinar no parapeito da janela para me ver voltar para casa, criou um calo, um machucado. Baixinha, precisava se debruçar. Esse pior foi quando eu resolvi ser motoqueira aos 13 anos de idade.

Não tenho filhos. Tenho meu pai, com quase 98 anos, meu irmão, minha gata e os satélites, amigos, famílias ligadas a mim de alguma forma, gente que gosto, gente que admiro e me emociona. Gente que nem conheço pessoalmente, mas que são importantes e das quais gosto sem elas saberem. Se acontecer algo com qualquer um deles serei também atingida duramente. Engraçado é que pouco penso em mim, e não sei bem em qual momento dessa vida virei assim protetora, pensando bem.

Pois vivemos assim. Há bêbados guiando por aí. As calçadas estão cheias de buracos. Árvores podres ruindo. Tem assalto, tem tiroteio, tem polícia, tem bandido. Tem gente do mal, tem homens perversos, psicopatas atrás de vítimas. Vítimas distraídas. Tem descaso e falta de fiscalização. Tem fogo, tem água, e agora tem lama. Tem El Niño, calor escaldante, ar seco, mudanças bruscas de temperaturas. Tem falta de saúde, de educação, de solidariedade, de bom senso.

Tem a barbárie. Sob um manto religioso e dogmático jovens se vestem de bomba para matar outros jovens porque dizem que queriam um mundo por eles idealizado como perfeito, mas ao qual jamais vão pertencer nem ver porque não estarão mais aqui. Só podem mesmo achar que há vida após a morte e que não irão para o inferno. Só podem estar loucos. Pior, loucos armados.

Apelam para que todos acabemos religiosos, rezando de manhã, de tarde e de noite para que celerados como esses não estejam entre nós. Foi Paris. Mas poderia ter sido qualquer lugar desse mundo. Eu poderia estar lá. Você poderia estar lá, ou alguém de sua família. Ou alguém que você ama.

bombaÉ chocante. Viver mais um fato que pode ser divisor de águas mundiais, que alerta que ninguém está mesmo seguro, nem nas grandes capitais, nem nas pacatas cidades que viraram lama arrastadas de um Estado a outro.

Estado de observação, estado de alarme, estado de alerta, estado de emergência, estado de sítio, estado de calamidade pública, estado de Defesa.

Estados são decretados. Quando chegam, determinam nossos passos, acabam com a liberdade. Muitos aparecem para nos proteger; outros para cercear.

Há o Estado de Direito. O Estado de Exceção. O Estado de Choque.

Agora há o Estado Islâmico. Aqui, o Estado inoperante que nos deixa em estado de insolvência.

Pior, vivemos ainda o estado de inércia, de torpor diante desses tempos difíceis quando os fatos se sucedem completamente fora de qualquer controle nosso.

Não há como se distrair diante de um estado desses de coisas.

countdown-contagem-regressiva

São Paulo, Paris, Mariana, 2015

  • MARLI GONÇALVES, JORNALISTA – Vive no Estado de Alerta -“on”

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Lá vem Charlie, o sobrevivente que surge do horror do terror. Seis milhões de tiragem em muitas línguas espalhando a necessidade de entendiemnto

capa charlie hebdomeu artigo que passa por esse tema, você lê aqui

Vigi… se a moda pega…Maconhômetro?Cannabis Verdict vê. E a coisa fica de 24 a 96 horas no organismo

MARIJUAPor ‘segurança’ de usuários, empresa na França lança ‘maconhômetro’

FONTE: uol/BBC

Daniela Fernandes

MARI SOLO Cannabis Verdict está sendo vendido em tabacarias francesas por 3,50 euros (cerca de R$ 11)

Uma empresa francesa lançou um teste de urina para medir a presença de maconha no organismo, que está sendo vendido em tabacarias em todo o país e também distribuído em algumas escolas por profissionais da área de saúde.

Segundo Marc Elie, proprietário da Elicole, que desenvolveu o Cannabis Verdict, o teste de detecção da maconha é uma novidade mundial.

O teste tem usos variados: permite que usuários motoristas possam verificar se há resíduos da droga no corpo, mas também pode ser usado por escolas ou empresas para saber se um aluno ou um funcionário consumiram maconha. O consumo da droga é proibido no país.

O produto foi lançado recentemente no Canadá e deverá chegar em breve ao Estados Unidos, onde já recebeu as autorizações necessárias para a venda. Ele também deverá ser distribuído em países da América do Sul, disse Elie à BBC Brasil.
O Cannabis Verdict é um teste de urina e o resultado demora no máximo 15 minutos para ser revelado. O preço é de 3,50 euros (cerca de R$ 11).

O kit inclui ainda um livro de 24 páginas, com informações sobre riscos à saúde e a legislação internacional em relação ao uso de drogas.

Na França, 100 mil testes de maconha já foram vendidos desde o lançamento, em fevereiro. Cerca de 7 mil tabacarias em todo o país vendem o produto atualmente, segundo o proprietário da Elicole.

“Estamos trabalhando também com a rede de ensino. Enfermeiras de colégios e liceus franceses utilizam o teste como uma ferramenta de prevenção”, afirma.

O Cannabis Verdict é destinado aos fumantes esporádicos de maconha, estimados em 4 milhões de pessoas na França, de acordo com o Observatório Francês de Drogas e Toxicomanias.

Isso porque resíduos de THC (tetrahidrocanabinol, a substância ativa da maconha) podem permanecer de 24 a 96 horas no organismo do fumante, diz Elie. Ou seja, o resultado de um consumidor regular será sempre positivo.

Motoristas

O teste de maconha visa principalmente a segurança nas estradas. O objetivo é saber rapidamente se há resíduos de THC no organismo, para o caso de um eventual controle policial.

“Uma pessoa pode dar apenas dois tragos em um baseado e ter resíduos de THC no organismo durante quatro dias. Diferentemente do álcool, em que há um limite autorizado, no caso da maconha basta que o resultado seja positivo para ter implicações judiciais”, afirma Elie.
“É uma maneira de se autocontrolar e também se responsabilizar em relação ao consumo da maconha”, afirmou à BBC Brasil.

Na embalagem do Cannabis Verdict está escrita a frase “a sua vida é preciosa. Faça o teste antes de pegar o volante”.

Na França, um motorista com resíduos de THC no sangue perde seis pontos na carteira, sofre multa de € 4,5 mil (quase R$ 14 mil) e pode ser condenado a dois anos de prisão. Isso quando não há acidente. Se houver, a pena é de dez anos de prisão.

O teste de maconha também visa profissionais que exercem atividades de risco, como pessoas que trabalham em alturas e motoristas de caminhão, por exemplo.

Na França, uma empresa tem o direito de fazer regularmente testes de controle, como o bafômetro, em trabalhadores que exercem funções com risco de acidentes.

De acordo com a missão interministerial Contra as Drogas e Comportamentos de Adição, do governo francês, 20% dos trabalhadores do país utilizam psicotrópicos (que agem no sistema nervoso central), como álcool, maconha, cocaína e outras substâncias, incluindo medicamentos, como antidepressivos.

A Elicole, que desenvolveu o Cannabis Verdict (fabricado por um laboratório alemão), atua na área de prevenção contra as drogas por meio de palestras e cursos em grandes empresas e escolas francesas.

Elie, seu fundador, cumpriu, há 20 anos, pena de prisão por tráfico de drogas. “Fui ajudado por um procurador que havia atuado em casos internacionais, como o do traficante Pablo Escobar”, conta.

Ele responde a críticos que dizem que o produto poderia facilitar ou mesmo incitar o consumo, dizendo que “pelo contrário, o objetivo é conscientizar as pessoas para não ter comportamento de risco no volante nem no trabalho e lançar debates a respeito”.

Tradutor: Em Paris

Homem invade o “Libé” (Paris/França), dispara e fere gravemente jornalista

SOCORRO! DO JEITO QUE OS NERVOS ANDAM , DAQUI A POUCO CHEGA AQUI UMA BARBARIDADE DESSAS
Homem armado invade jornal francês e deixa editor ferido

WantedHomem abriu fogo na entrada da sede do jornal Libération, em Paris

Um homem armado abriu fogo na entrada da sede do jornal francês Libération, em Paris, realizou disparos e feriu gravemente um assistente de fotógrafo antes de fugir.

O diário informou que a vítima, de 27 anos, está em estado grave. Fabrice Rousselot, editor do Libération, informou que testemunhas do episódio disseram que o homem não disse nada durante o breve período de tempo em que esteve na entrada do escritório, na manhã desta segunda-feira.

Yoann Maras, do sindicato policial Aliança, disse que o homem atirou com uma espingarda e feriu a vítima no peito e no braço. Segundo a emissora de televisão BFM-TV, as autoridades comparam imagens de circuitos de segurança gravadas nesta segunda-feira com outras, feitas na sexta-feira, quando um homem armado ameaçou jornalistas na sede do canal e também fugiu. AP

fonte: DIÁRIO DO PODER

ARTIGO – Qual é o seu cartaz? Por Marli Gonçalves

bandeira brasileiraO que você escreveria no seu cartaz? Ou, como conseguiu decidir, entre tantas coisas erradas a apontar?A lista é tão grande que precisaria, como se fala no jargão policial, puxar toda a capivara, e seria engraçado ver as pessoas protestando e carregando o rol de reclamações, de rabicho, enorme. Nunca se vendeu tanta cartolina, nem se gastou tanto gás lacrimogêneo e spray de pimenta, os novos negócios bons do mercado, assim como máscaras e bandeiras

Semana tensa, pesada, estranha. Aliás, mês, porque não é de hoje que o fogo está pegando bem perto de nós que, atônitos, ainda não sabemos bem o que está acontecendo realmente, quem destampou o ralo, quem abriu a torneira, quem pisou no pé de quem. O certo é que está acontecendo, pulem fora ou não os meninos do Movimento Passe Livre que agora dá para trás. Patrocinados por estatais e oficiais, teriam recebido um puxão de orelha ou uma ameaça? A história dirá.

animated_dragonEstou muito impressionada com tudo isso, mas destaco – porque estive bem presente na batalha das redes sociais – que, realmente, que, realmente (bis obrigatório) a Educação está mesmo indo de mal a pior nesse país, com gerúndio e tudo, e vai estar rolando. Não só pelos erros básicos e crassos de escrita dos posts. Mas porque nunca ouvi tanta bobagem junta dita sobre movimentos sociais, história, marxismo, fatos nacionais. A perigosa incompreensão política do grave momento que estamos vivendo, as briguinhas como se fossemos todos torcidas rivais entre si, resumidas às tais esquerda e direita que sacodem mais do que barquinho em alto mar em dias de tempestade. Para mim é fato preocupante na hora de dar o rumo.

Mas foi mesmo muita coisa junta acontecendo. É passeata, manifestação, concentração, marcha, ocupação, passeio ou “promenade”? É tudo isso junto o que dá a ideia de zumbis de um lado para outro? É modinha? Vi muita gente boa, famosa e etc. indo, dando um pulinho lá, ao ato de segunda -feira só para fazer uma foto Rock in Rio, tipo “eu fui”. Quando tem problema, na hora de protestar mesmo, “pufff!”.

Também me diverti, especialmente acompanhando os relatos do Marcelo Rezende no Cidade Alerta, da Record, além das outras emissoras que botaram as imagens no ar também de forma surpreendente . Se puder, se tiver mais, não deixe de assistir – é muito engraçado o embate dele, o tempo inteiro, com os comandantes dos helicópteros sobrevoantes ( já que desfilar no chão não está nem um pouco bom e saudável para a imprensa) e o coitado que ele, Marcelo, chama de “Lente Nervosa”. Depois ele inventou também o “Lente Lenta”, outro câmera da equipe do Rio de Janeiro, que pegou para Cristo. Assédio moral é pouco.

bandeira pirataDas coisas que destaco, além da criatividade inimaginável dos cartazes, as dicas de moda da Glorinha Kalil para os manifestantes serem chiques nos protestos, realmente a percepção exata de que há um novo tipo de jornalismo surgindo – só não sei como ele vai se sustentar financeiramente, e me preocupa a excessiva participação das estatais e oficiais que já citei no início. Durante dois dias acompanhei online uma equipe, que se auto-intitula Ninja, e que é de um “coletivo” ( estão anotando todas essas palavras, não? Elas entraram pesadamente no nosso vocabulário: coletivos, independentes, anarquistas, livres, vândalos, baderneiros, colaborativo, conteúdo,compartilhados, dispositivos não-letais, entre outras). Enfim, chega a ser emocionante ver o material sendo passado de dentro da passeata, cambaleante, eles correndo ofegantes, com poucas condições, inclusive de baterias para carregar as câmeras, e enfrentando, até com certo topete, os policiais.

bus7É um fato a tirar desses dias, tanto que até a Globo News entrou nessa e pede insistentemente que os internautas mandem seus materiais “colaborativos”, e que vêm sendo postos no ar. Aí a gente pode ver bem de perto, por exemplo, que apareceram trombadinhas (o nome usual dos pequenos saqueadores, e que andava meio esquecido), a turma do PCC e outras organizações criminosas aproveitando para dar um teco nos policiais, e os bombados – um capítulo à parte. São os fortinhos que ajudam nos quebra-quebra, cheios de testosterona para gastar, além dos seus vastos conhecimentos de artes marciais, usados contra pobres portas de lojas, imóveis oficiais e vidros de bancos. O que foi preso em São Paulo ganhou um apelido legal: o vândalo do sapatênis.

Na cidade de São Paulo, o som constante dos helicópteros, as sirenes, as viaturas e policiais da Tropa de Choque paradas em lugares, digamos, não-habituais, com cara de muitos poucos amigos têm tornado ainda mais difícil e tenso nosso dia-a-dia, que já era o horror.

E, antes que você me pergunte porque ainda não fui a nenhum ato desses, respondo: porque tomei horror a aglomerações e sou mais “perigosa” escrevendo. Porque sou biônica no quadril direito porque foi justamente numa manifestação dessas, há 23 anos, 23 anos – só para vocês perceberem que no fundo estamos bem atrasados – lá em Paris, por onde eu andava, que me machuquei. Hoje não posso me dar mais a esses luxos, embora a ativista dentro de mim seja bem animada.

camaleaoVocê chegou até aqui? E aí, já pensou no que escreveria no seu cartaz? Não está conseguindo saber onde vão dar essas manifestações contra tudo e todos?

Que tal um plebiscito?

São Paulo, vinagre e chamas, 2013 JONALISTA 2

Marli Gonçalves é jornalista– Como hoje quase todo mundo tem uma impressora, e essas manifestações continuarão, é legal poder variar. Cada dia um cartaz. Não precisa nem repetir. Porque antes aqui no Brasil não tinha nada disso, como dizem. Agora tem. Não é o cavalo que está passando arreado. É o ônibus.

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Tenho um blog, Marli Gonçalves, divertido e informante ao mesmo tempo, no https://marligo.wordpress.com. Estou no Facebook. E no Twitter @Marligo

E lá se vai Realinho

DO ESTADÃO, MATÉRIA DO MAYRINK. VEJA LINK MAIS ABAIXO.

Jornalista Reali Júnior morre em SP

Reali foi correspondente em Paris durante quase 38 anos. Colaborou para o ‘Estado’

José Maria Mayrink – O Estado de S. Paulo

Morreu neste sábado, 9, em São Paulo, aos 71 anos, o jornalista Elpídio Reali Júnior. Reali Júnior morreu às 8h, em casa, de enfarte. O velório será às 19h de hoje, na rua São Carlos do Pinhal, 376, Bela Vista, em São Paulo. O corpo será levado, às 15h deste domingo, para o crematório Vila Alpina.

Correspondente em Paris durante quase 38 anos, Reali Júnior começou a trabalhar como repórter da Rádio Jovem Pan aos 16 anos de idade. O adolescente que entrava no gramado para entrevistar os jogadores de futebol com um enorme gravador nas mãos ganhou o apelido de Repórter Canarinho que logo lhe deu projeção Brasil afora. Nascido em 1939 em Bauru, onde passou os primeiros anos da infância, sempre manteve elos com a cidade natal. Foi ali que conheceu Pelé, o menino Édson Arantes do Nascimento que se destacava no Baquinho, time infantil do Bauru Atlético Cube. Reali era filho de pai de raízes italianas e de mãe descendente de baianos, família de costumes rurais na fazenda Tibiriçá, sustento da família.

Depois de fazer o primeiro ano do curso primário em Santos, onde seu pai, Elpídio Reali, delegado de polícia e mais tarde secretário estadual de Segurança trabalhou, Reali mudou-se para São Paulo, na Vila Nova Conceição, então um bairro de chácaras de legumes e flores. “Minha turma era da pá virada”, contou o jornalista em depoimento a Gianni Carta em gravação para o livro Às Margens do Sena (Ediouro, 2007), lembrando a disputa da criançada na caça aos balões que caíam num eucaliptal da Avenida Indianópolis. Era o goleiro do time de futebol de rua – “não era um craque, mas era o dono da bola”.

Reali tinha 14 anos e Amélia tinha 13, quando começaram a namorar. Estudavam em Higienópolis – ele no Colégio Rio Branco e ela no Sion – saíam para um cineminha e comer um macarrão no centro da cidade, naturalmente escondido dos pais. “O primeiro beijo foi na bochecha”, recordou Reali, mais de 50 anos depois. “Até hoje estamos namorando”, acrescentou. Ao conseguir o emprego na Jovem Pan, então Rádio Pan-Americana, já estava pensando em se casar. Casaram-se em janeiro de 1961 e já tinham suas quatro filhas – Luciana, Adriana, Cristiana e Mariana – quando se mudaram para a França.

Reali era repórter de rádio, mas trabalhou também em jornais e participou de programas de televisão. Seu primeiro jornal foi o carioca Correio da Manhã, sucursal de São Paulo. Depois foi para a sucursal de O Globo e escreveu para os Diários Associados, sem nunca abandonar a Jovem Pan. Na madrugada de 1.º de abril de 1964, no golpe militar, estava ao lado do governador Ademar de Barros no Palácio dos Campos Elísios – um dos poucos repórteres que conseguiram entrar. Nos anos seguintes acompanhou todos os principais fatos políticos do País, ao mesmo tempo que cobria outros assuntos.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,morre-em-sp-o-jornalista-reali-junior,704026,0.htm?p=1