#ADEHOJE – HAHUHU! ELES TAMBÉM TÊM GÍRIAS EM ARTICULAÇÕES

#ADEHOJE – HAHUHU! ELES TAMBÉM TÊM GÍRIAS EM ARTICULAÇÕES

 

SÓ UM MINUTO – HAHAHUHUH. A torneira pinga e cada vez aumenta mais o número de associados de outros veículos em volta do site The Intercept, que parece ter percebido que, sozinho, não faria um verão, muito menos um inverno. A Revista Veja dessa semana chega envenenada. Pediu entrevista e o “russo” não deu. “Russo” é o apelido do Moro nas conversas entre os procuradores da Lava Jato que vêm sendo vazadas a conta-gotas e a contragosto. A Veja traz informações sobre orientações do então Juiz Sergio Moro, atual Ministro da Justiça, para diversas ações, entre outros assuntos, alguns engraçados, como os conselhos do Faustão para que se comunicassem melhor.

PREVIDÊNCIA – O relatório da reforma apregoada aos quatro ventos foi aprovado. Vamos agora ver por onde ele continuará atravessando os pântanos. Não sei por causa de que, se me entendem, mas creio que mais uma vez vamos ser nós, os mortais, os esbordoados. A Piauí traz a seguinte manchete: 58 Juízes expulsos receberam R$ 137 milhões em aposentadorias. O equivalente a 1562 aposentados.

ARTIGO – Moro, na marra, morou? Por Marli Gonçalves

Morou? ( entendeu, compreendeu, manjou, sacou, apreendeu, atinou, captou, percebeu? ) Já fui logo correr atrás de uma gíria bem de época para poder combinar com o climão geral. É uma brasa, mora! Ele já deu entrevista dizendo com todas as letras que jamais seria político, mas voltar atrás no que já se disse, e esquecer o que se escreveu ou prometeu, é praxe por aqui, e ele não será mesmo nem o primeiro nem o último. Como se moverá Sergio Moro nesse tabuleiro?

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Não aguentei o ar de suspense em torno da decisão do juiz Sergio Moro de aceitar ser o xerife do novo Governo Bolsonaro, ops, aceitar ser o Super Ministro da Justiça + Segurança Pública + Funai + CADE + PF + uma penca de órgãos. É de um amigo a melhor definição sobre o fascínio e atração do poder: a limusine na porta. Essa limusine veio caprichada, com o tanque de combustível tão cheio que pode chegar até a próxima eleição, daqui a quatro anos. Se não for abalroada, porque também pelo que assistimos não faltarão inimigos, que esse povo é mesmo uma brasa, mora!

Primeiras sugestões: tirem os espelhos das salas. Comprem paletós para os egos. Aumentem as soleiras das portas. Não bebam nada que oferecerem. Não aceitem bombons de estranhos. Rezem. Depois penso outras formas de sobrevivência no habitat Bolsonariano.

Mas tudo vai depender de tudo, morou? Primeiro de não ocorrer nenhum pega interno, por exemplo, com o astronauta Marcos Pontes, que deve estar se mordendo todo. Indicado Ministro da Ciência e Tecnologia, despencou do noticiário assim que o Moro apenas informou que iria se encontrar com Bolsonaro para conversar e decidir. E logo já chegou ao Rio de Janeiro com uma nota oficial prontinha no bolso do paletó. Prevenido, esse juiz.

Imaginem a ciumeira geral e aquele certo temor. Afinal, ninguém sabe ao certo a dimensão de tudo o que o paladino juiz sabe, ouviu, leu, guarda na toga, esconde atrás do sorriso enigmático.

De um lado cartada de mestre de Bolsonaro – “mito” atrai “mito” para perto de seu controle – não consigo deixar de pensar, porém, que também ele arrumou uma boa sarna para se coçar, abriu a porta de casa ao único e maior rival que poderia ter nesse momento. O povo brasileiro resolveu acreditar que existe e sair atrás de seres novos para arrumar os trilhos.

Ao mesmo tempo, também muito espertamente, com Moro, Bolsonaro alivia as próprias costas, divide as responsabilidades.

Heróis, paladinos, donos da verdade no Céu e na Terra, concentração de poderes, emissão contínua de motes religiosos, juntando gente certinha, aparadinha, tradicional. O momento que se espalha pelo país é masculino, branco, cara lavada, usa cashmere jogado nos ombros, passa gel no cabelo, adora uma camisa branca engomada, um terno cinza mal cortado. Não tem brinquinho, barba, nem tatuagem, rabo-de-cavalo e tiara, então nem pensar. A República agora é “Barra da Tijuca”, classe média, zóio azul, vai em outro hospital, e até o time para o qual torce não tem só preto e branco.

man_hampsterÉ aguardar no que vai dar, e logo, o que vai mudar até na moda e costumes que espalharão. Não será uma revolução nem um golpe. Dois meses até a posse e ainda muita água pra rolar debaixo das teias que Bolsonaro planeja montar e que já atraem as moscas azuis.

Está tudo tão rápido que até resolvi fazer e convido você a participar: um programinha – faço gravações quase diárias #ADEHOJE, #ADODIA, em vídeos curtos e naturais de conversa ou mesmo desabafo sobre as incertezas do momento e o nosso inabalável otimismo e vontade de que as coisas deem certo, mesmo quando ficamos com os dois pés atrás. Nas redes sociais, Facebook, Instagram, no YouTube, no site e no blog. Me acha, vai!

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Marli Gonçalves, jornalistaA gente precisa ficar conversando o tempo inteiro, para ninguém dormir no ponto.

Brasil, Final de 2018, na organização para andar

 

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ARTIGO – Sopas de letrinhas que dizem tudo.

                                                                                                                                                               Marli Gonçalves

 Ufa, vou sentar um pouco para descansar, relaxar, jogar conversa fora. Aliás, conversa, não: letras, letrinhas e letreiros. Siglas, acrônimos, abreviaturas, códigos. Horror dos horrores. Fora as senhas que “nêgo” agora quer, para serem aceitas, que a gente use letras e números, sem repetição, mais de 8. Tudo bem. Sem repetição; até mesmo porque nunca mais a gente lembra qual foi a finalmente aceita pela maquininha.

QAP. TKS. QRU. Permaneça na escuta. Obrigado. Você tem algo para mim? Quem não fica irritado (ou mesmo curioso) quando passa pelos grandalhões dos seguranças – de caras amarradas e olhar de “esgueia” – e os vê segurando radinhos que fazem bips ardidos com caras de agentes 007 e falando em forma de letrinhas? Será que estão dando alguma ordem para matar? Estarão falando mal de mim? SOS.

Estamos rodeados delas. Parece conspiração para que nunca mais nos entendamos entre nós, QSL? Pior é que nesta nova avalanche virtual em que vivemos elas se enfronharam de vez em nossas vidas e algumas resolvem se casar com números.

Cada site quer uma combinação para registro e cada um tem normas próprias. Se for de banco, acrescente-se ITokens e/ou cartões com centenas de mais números.

Charles, Alfa, Roma, Alfa, Charles, Alfa. Caraca. Esse é um código fonético que usa palavras chave para você soletrar claramente e não confundir alhos com bugalhos ou coisas piores. A gente até faz isso normalmente, mas sem grandes decorebas. Vamos já de O, de Ovo; P, de Pato; M, de Maria e N, de Nair, a coitada que acaba sempre entrando na história, e por aí afora, dependendo da criatividade do indivíduo. Na oficial os caras sofisticam: T, de Tango; P, de Papa; o O é de Oscar. Os pilotos usam muito.

Já os “Qs” são de um código internacional instituído em 1959, em Genebra, Suíça.

Agora é tudo sigla ou acrônimo. Sigla é um sinal gráfico, e o mais comum é que seja a primeira letra daquilo que se quer ganhar tempo. Acrônimo é a mesma coisa, mas você fala tudo junto. Entendeu? Tipo PAC (pronuncia-se “páque”). Para nunca ser normal, tem uns que as pessoas usam dos dois jeitos, dependendo de quanto querem parecer melhores. ONGs, por exemplo. Tem uns azedos que falam O, N, G, “oenegê”, enchendo a boca.

Por sua vez, funcionários públicos adoram uma abreviatura, faltam gozar com elas. Principalmente se forem salariais DA-4, DA-5. Também amam dizer que trabalham nelas, as letras. O cara trabalha no Instituto de Catadores de Pipas nas Ruas e enche o peito: vira ICPR. Temo que os serviços públicos nunca funcionem direito por conta dessas porrinhas, dessas letrinhas. Só os Correios, de códigos postais, se contei direito, tem 161 combinações de duas letras. Algumas, diferentes, mas para designar as mesmas coisas. Tipo Objeto Internacional(EF, EG,EU,EV,EX, CD,CE, algumas delas).

Já que comecei a reclamar, vou seguir. Já reparou que ninguém mais faz mais “mestrado”? É MBA (pronuncia-se emibiei), sempre dito com cara de importante, esfregado no interlocutor, como quem diz que é mais inteligente. Cada setor de mercado inventa também um monte delas, as palavrículas, e viram todos diferenciados. Tem sigla para falar em rádios amadores. Aliás, tem gírias. “O Botina Branca vai Bater poeira” (O médico vai tomar banho).O Capacete está vendo Caixa de Abelha” (O sogro está vendo televisão). Se alguém te oferecer um Chá de Urubu, aceite. É café. Copiou? (Escutou?)

Brincando com esse assunto descobri umas coisas bem legais, além de todo esse linguajar. Sabia que tem sites e mais sites de siglas? Tem um, o http://www.siglas.com.br, onde você pode pesquisar, até para entender do que é que estão falando, e que fica o tempo inteiro variando, mostrando uma sigla a cada segundo!Completíssimo. Andei por locais que a razão desconhece: sites de caminhoneiros (cowboys do asfalto, como se intitulam), sites para pessoas e instituições ligadas à segurança no trabalho (354 diferentes). Uma ZDI, Zona de Defesa Interna.

Tem siglas de informática, de exportação, de doenças. Siglas de unidades organizacionais (!), de saúde, de educação. Nasceram de alguma forma de tentativas de simplificação? Pior, grande parte delas é apenas só junta algumas com certo significado, ou sem vogais, ou corruptelas, como no caso do TKS (thanks, obrigado).

Englobando tudo isso, tem mais as siglas partidárias, sindicais e/ou qualquer coisa que não queira exatamente se identificar: PT, PSD, PMDB, PTB, PSDB, PDT, PSTU, UGT, CUT, UNE. OB. Ops, OB não. É marca de absorvente. Maxi, midi, mini.

OBS: imaginem que lembrei agora de umas férias de julho, do ginásio, da tenra adolescência. Tínhamos, acho que no segundo ano, um professor de Química horrível, carrasco, brucutu. Ele andou se irritando com a classe e não teve dúvidas. Nas férias daquele ano nos obrigou a fazer todas as combinações da Tabela Periódica de Elementos, uma a uma, na mão. Um “cobre”, se é que me entendem. Um a um. Um com cada um de todos os outros, seus números e massas atômicas. O Polônio (Po) com o Mendelévio (Md), o Magnésio (Mg) até dar diarréia, e o Bismuto (Bi) até encontrar com o amigo Laurêncio (Lw). O Rutherfórdio (Rw) com o Promécio (Pm).

Bullying! O que deve ter tido de gente que, só de vingança, se inspirou e tirou o nome do filho dessas combinações!

São Paulo, 2011, criptografada, com jargão, em tempos de DNIT

 (*) Marli Gonçalves é jornalista. ASASP (o mais rápido possível), QRV (estarei à sua disposição). A propósito, QSL é Entendido, confirmado. QSL?

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