Só um minuto – Cidadania é inegociável, não é coisa de esquerda, direita. Hoje quero falar sobre umas coisas que me preocupam. A mim e a muitos brasileiros que tem alguma noção da realidade e dos perigos que certas medidas e fatos representam. Ontem, falei de censura – que é inadmissível, em qualquer caso. Não tem mas, nem meio mas… O Estado deve ser laico, manter longe os dogmas religiosos. Também não é exatamente normal, desculpem, o número de militares que estão sendo postos em lugares chaves do governo federal e em outros governos estaduais. São 13 em cargos do alto escalão. Hoje foi anunciado o nome do porta-voz do governo Bolsonaro, General de divisão Otávio Santana do Rêgo Barros. Ele chefiava o Centro de Comunicação Social do Exército e participou de Missão de Paz no Haiti.
Roger Molina: senador ficou asilado, exilado, preso na nossa embaixada até fugir par ao Brasil. Líder oposicionista participa da sessão de cinema que denuncia os desmandos de Morales
MOSTRA SP: última exibição do polêmico UM MINUTO DE SILÊNCIO acontece nesta terça-feira
UM MINUTO DE SILÊNCIO, o polêmico documentário sobre a situação política da Bolívia, terá sua última exibição na 37ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo nesta terça-feira, dia 22 de outubro, às 15h30 no Espaço Itaú de Cinema/Frei Caneca.
Dirigido pelo italiano Ferdinando Vicentini Orgnani, o filme ganhou três sessões dentro do Panorama Internacional da Mostra e arrancou reações bastante diversas do público presente nas duas primeiras exibições, sendo aplaudido de pé por alguns e veementemente criticado por outros espectadores.
O documentário, que começou a ser rodado em 2008, aborda a situação da Bolívia nos últimos cinco anos, durante o governo de Evo Morales, o primeiro presidente indígena eleito após a queda do presidente Sánchez de Lozada no auge da revolução socialista.
Durante os anos de filmagem, Orgnani esteve diversas vezes no país e narra a mudança que sentiu no governo “entre junho de 2008 e dezembro de 2011, percebi uma transformação gradual: no começo havia grande entusiasmo em relação à revolução que ajudou a eleger o presidente indígena, mas hoje há sinais de que a Bolívia está caminhando para um regime que usará de todos os meios, lícitos e ilícitos, para manter-se no poder”.
Para conseguir finalizar a produção, o diretor, que veio ao Brasil para o lançamento mundial da obra, precisou contar com o apoio de ONGs e da imprensa local, devido às constantes ameaças de represália. O filme também aborda o recente e dramático protesto indígena contra a construção da rodovia que cruzará o parque nacional do TIPNIS, com o objetivo de escoar a produção de coca.
Sobre o diretor:
Ferdinando Vicentini Orgnani nasceu em Milão, em 23 de setembro de 1963. Após concluir o Ensino Médio, mudou-se pra os EUA onde estudou música. De volta à Itália, começou a estudar roteiro em Roma com Ugo Pirro. Em 2002 graduou-se em Direção pelo Centro Sperimentale di Cinematografia de Roma, uma das instituições mais importantes da Itália. Desde então, ele tem trabalhado como roteirista, diretor e produtor.
Curiosamente, Ferdinando Vicentini Orgnani personifica “Marcello Mastroiani” no filme Ucraniano PARADJANOV, de Olena Fetisova e Serge Avedikian, que também está em exibição na Mostra.
Serviço:
UM MINUTO DE SILÊNCIO (UN MINUTO DE SILENCIO), de Ferdinando Vicentini Orgnani (88 min./ Bolívia, Itália). Falado em espanhol. Legendas eletrônicas em português. Classificação: Livre.
Tem de tudo, Mas nada assim especial para trazer de onde está.
Tem os passaportes diplomáticos dos Lulinhas & afins;tem nego tentando perfilar a Marcela Temer, a vice-segunda dama, sem muito sucesso. Até porque ela é tão jovem que ainda está construindo o seu caminho. E, escutem só: de alguma forma essa moça vai dar o que falar, e não vai demorar. Espero que para o bem. Mas temo que o Temer seja um homem ciumento e aquele ambiente de Brasília não respeita muito liturgias ou listas de pecados.
Tem o Haiti – o terremoto vai fazer um ano. Tem o dia a dia do novo governo. Claudio Humberto comemora seis dias de governo sem que Dilma tenha se estressado, nem usado os termos que usava, ou pondo gente para fora de sua sala.
Penso que se fosse chefe de reportagem pediria para um bom repórter ir visitar Erenice Guerra. Como ela está? Deve estar deprimidíssima. Hoje ocuparia um lugar de destaque se não tivesse tanta sede de ir ao pote. Creio ainda que faria matérias que sempre gostei. O lado B. Os familiares de pessoas que estão na UTI do Sirio Libanês…
Procuraria também um revival de pessoas que foram e sumiram. Pessoas importantes que só quando morrerem virarão página inteira de jornal. E que talvez hoje vivessem felizes com um quarto de página.
Terezinha Zerbini – uma das primeiras feministas brasileiras – papel importante também na anistia. Assisti a missa do Quércia ao lado da filha dela.
Ruth Escobar – dama do teatro – doente há anos, raramente lembrada.