ARTIGO – Jogue limpo, que está sujo, feio e malvado. Por Marli Gonçalves

Tá feio, muito feio, e a conta vai chegar para vocês. Será que consegue jogar limpo, ao menos sabe o que é isso? Resta um mínimo de bom senso? Queremos rezar para quem a gente quiser, como a gente quiser, onde quisermos, e em paz. Viver em paz. Não se meta. Queremos respeito às nossas decisões pessoais, respeito aos nossos sentimentos e crenças. Cuidem do país, que da gente cuidamos nós. Pare, apenas pare de nos causar asco todos os santos dias.

feio, sujo e malvado lata de lixo da história

 Caro Senhor Bolsonaro e seus admiradores, seguidores, apaniguados, vidrados e etceteras: respeito!

Respeito é bom e todos gostam.  Não vai ganhar no grito, e se acaso isso ocorrer, o grito que ouvirão depois será muito mais alto e perturbador. Segurem sua onda, que a gente pode tentar até segurar a nossa.  O mundo não se resume a vocês, aliás, graças a Deus, e seja em qual deus cada um de nós acredite e venere, ou não! Parem de ser tão crentes que estão abafando por aí com tanta sacanagem, aleivosias, violência, mentiras, ignorância e ódio que espalham por onde passam. Já conseguiram acabar com o orgulho de nossa bandeira, e cores, hoje quase insuportáveis. Buscam comprar votos com a mais lavada cara de pau, distribuindo benesses de última hora.  Joguem limpo. Querem respeito? Nos respeitem.

Não se sabe se atiçando medo já causam uma estranha, inaceitável e impressionante paralisia nas instituições que deveriam proteger, mas que estão rasgando, desonrando e pisando em artigos sagrados de nossa constituição.

Damares, a ex-ministra e agora senadora incrivelmente eleita, já deveria é estar presa e cassada, antes que esse estrupício manche ainda mais o Senado Federal. Se não na prisão, desculpem, em um hospício, interditada, porque ela está – acreditem – precisando de ajuda e tratamento urgente. Está fora de si, vendo muito mais do que Jesus na goiabeira. Isso não é religião: é problema sério, mental, que a faz, como ela própria diz – ouvir pelas ruas até relatos fantásticos de crianças com dentes arrancados para a prática de sexo oral, entre outras sandices que propaga em solos sagrados que ela própria deveria respeitar.

Isso tudo é muito sério. Não tem mais graça alguma nem para fazer memes. Precisamos parar de brincar. Está passando dos limites de qualquer aceitável.

O tal Ônix, candidato ao governo do Rio Grande do Sul, é outro que já deveria é estar sendo preso, processado, anulado, cancelado, sei lá. Não é de hoje, mas agora ousou dizer que os gaúchos deveriam votar nele para terem uma “primeira-dama de verdade”, já que não consegue ser melhor do que o seu concorrente que, sem problemas, sempre se assumiu gay. Homofóbico, preconceituoso, apoia tudo o que é, foi e será de ruim. Se nem ele é de verdade, um ser falso que há anos anda por aí atrás de qualquer poder para se aproximar.

Outro que se diz cristão, e também não dá para entender como os verdadeiros evangélicos se calam diante do uso deslavado de suas premissas nesses embates eleitorais.

Bolsonaro, não dá para listar nesse espaço todo o mal que espalha e permite que se espalhe, agora ainda por cima tentando uma guerra religiosa opondo católicos e evangélicos. O que aconteceu na Basílica de Nossa Senhora Aparecida é simplesmente imperdoável, não há justificativa possível. Aguente o tranco de seus ataques, que essa semana o senhor pisou em calos que não deveria, acredite.

Sabe, já tivemos – e os seus atos agora chacoalham nossa memória – vários seres desprezíveis no comando da nação, especialmente durante a ditadura militar que admira e tenta alimentar. Mas teve um, o tal Jânio Quadros, que saiu da história como maluco, quando governou o país e renunciou e, depois, mais, quando inacreditavelmente foi prefeito aqui por São Paulo. Teve também o Maluf que grassa agora largado doente e só em algum canto. Eles também tiveram apoio por algum tempo, juntaram alguns porcentos gritando “mito”. Mas sabe como é a política, não? Implacável.

O povo também sabe virar uma bandeira como ninguém. Tenta proibi-los de suas coisas, para ver só. Se acaso a resposta já não vier das urnas agora, acredite, não tardará, assim que tomarem consciência do perigo que representa e do que, para ganhar a eleição, fez, e que o país inteiro pagará por isso.

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MARLI GONÇALVES – E nem adianta me xingar e chamar de petista, que não cola. Sou, sim, oposição ao que é ruim. Jornalista, consultora de comunicação, editora do Chumbo Gordo, autora de Feminismo no Cotidiano – Bom para mulheres. E para homens também, pela Editora Contexto.  (Na Editora e na Amazon). marligo@uol.com.br / marli@brickmann.com.br

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Homofobia FORA!!! Denúncia. Veja o relato. Publicitário foi ser voluntário no desabamento e…acabou agredido no Hotel Marabá, centro de SP

EXIGIMOS APURAÇÃO IMEDIATA!

Sou publicitário, trabalho com relações públicas. Você está no meu mailing, pois em algum momento da vida recebeu algum release meu. 

Mas agora, o assunto é um pouco diferente:

Caso de Homofobia que aconteceu comigo depois de passar horas ajudando às vítimas da tragédia do prédio que pegou fogo e veio ao chão aqui em SP.

Não quero divulgar meu nome, pois temo represálias e falta de job depois disso.

O Hotel em questão é o Marabá Palace Hotel, um dos mais tradicionais da cidade de SP com 4 estrelas.

A Globo, foi a primeira a repercutir o assunto, porém é preciso mais força e união de todos para a gente conseguir acabar com a Homofobia e que essa investigação vá para frente, No estado de SP,  existe uma lei para pune estabelecimentos que que cometam esse crime.

Voluntário que ajuda desabrigados de prédio que desmoronou em SP acusa funcionários de hotel de homofobia

Polícia especializada apura denúncia de publicitário que alegou ter sido xingado e agredido por funcionários porque é gay e por estar sujo.

Um voluntário que foi ajudar os moradores do edifício Wilton Paes de Almeida, que desmoronou após um incêndio na terça-feira (1º), no Centro de São Paulo, acusa funcionários de um hotel próximo de homofobia. Uma delegacia especializada da Polícia Civil da capital investiga o caso.

O publicitário de 34 anos, que é gay, disse ter sido xingado e agredido por funcionários quando entrou no local, que é tradicional e fica na Avenida Ipiranga, na noite de quarta (2), para se esconder de ladrões enquanto esperava um carro pedido por aplicativo.

Ele aceitou conversar com o G1 desde que seu nome e rosto não fossem divulgados. Segundo ele, um recepcionista lhe ofendeu como xingamentos homofóbicos e um segurança o agrediu com um soco no peito para expulsá-lo.

“Fui ofendido porque sou gay e apanhei por estar sujo depois de ter ido voluntariamente ajudar as famílias que perderam tudo no desabamento”, disse o publicitário, que procurou a polícia para prestar queixa contra os empregados do hotel.

“Me sinto vítima de homofobia e preconceito por isso tudo. Voltava para casa, marquei o Uber na frente do hotel e só entrei lá porque achei que seria assaltado”, disse o rapaz, que enviou uma foto de arquivo pessoal no qual aparece com a pulseira roxa usada pelos desabrigados para identificar moradores e voluntários.

Apesar de dizer que não se lembra dos nomes dos funcionários, ele contou que sabe identificar quem são os dois homens. “E mesmo dizendo a eles que só queria ficar lá esperando o transporte por aplicativo por segurança, porque achei que poderia ser assalto, eles me enxotaram”. A reportagem não encontrou os responsáveis pelo hotel para comentar o assunto.

O caso foi registrado no 78º Distrito Policial (DP) como injúria e lesão corporal. Como há suspeita de que o publicitário tenha sido vítima de homofobia, a Delegacia Estadual de Crimes Racionais e Delitos de Intolerância (Decradi) vai assumir as investigações.

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Bom Dia, Brasil Brucutu. A cada hora, violência contra gays; uma em cada três mulheres sofre violência vinda do marido

Dados da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência
Gay Pride em arco-íris

Gay Pride em arco-íris

Gay Pride em arco-íris

A cada hora, um gay sofre violência Nos últimos quatro anos, o número de denúncias ligadas à homofobia
cresceu 460% no Brasil. Em 2014, até outubro, foram 6.500 denúncias

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Uma em cada 3 mulheres sofre violência do marido

Dados foram divulgados hoje pela OMS

Desse jeito fica difícil respeitar alguns pastores. Querem discriminar? Pois bem. Vamos provocar.

ShadowBalletInfluência evangélica

Cabral: votação adiada

Cabral: votação adiada

Os evangélicos tiveram grande influência ontem no adiamento da votação do projeto de lei na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro que prevê multa aos estabelecimentos comerciais que discriminarem gays. A proposta foi enviada para o Legislativo por Sérgio Cabral.

O pastor Abner Ferreira, até agora o maior apoio evangélico para 2014 conseguido por Luiz Fernando Pezão, disparou telefonemas para deputados pedindo o adiamento da votação.  Os pastores Edino Fonseca e Samuel Malafaia também atuaram fortemente contra o projeto.

Com 117 emendas, o projeto de Cabral foi retirado de pauta.

FONTE: COLUNA LAURO JARDIM – RADAR – VEJAONLINE

Por Lauro Jardim

Leia esses detalhes sobre como já foram as provas do Itamaraty, e entenda a reclamação de Joaquim Barbosa, sobre racismo

277Sempre soube que era um exame difícil, especialmente no período da ditadura. Qualquer problema acabava com o candidato. Inclusive de voz – se não gostassem, fora!

Essa nota da coluna de Lauro Jardim, hoje, explica ainda melhor os detalhes

Prova oral

Barbosa: prova oral

Em entrevista a Miriam Leitão, em O Globo, no dia 28, Joaquim Barbosa acusou o Itamaraty de ser “uma das instituições mais discriminatórias do Brasil”. Disse que depois de passar nas provas escritas para a carreira diplomática, foi barrado por racismo nas provas orais.

Ficou a dúvida: afinal, que provas orais eram essas?

No exame psicotécnico, feito no dia 7 julho de 1980, a questão da cor de fato aparece. No relatório, o avaliador relata que Barbosa “tem uma auto-imagem negativa, que pode parcialmente ter origem na sua condição de colored”. Mais: diz que suas atitudes eram agudas demais para alguém da carreira diplomática.

Barbosa enfrentou ainda uma banca em que cinco diplomatas deram notas inclusive para a sua aparência — descrita como “regular”. Alguns desses diplomatas são hoje embaixadores.

A propósito, desde meados dos anos 80 as provas do Itamaraty são apenas escritas. As provas orais começaram a ser feitas no final dos anos 70.

Tinham como objetivo detectar “subversivos”  (o Brasil estava sob uma ditadura, enfatize-se) e a condição sexual dos candidatos.

Ou seja, se eram homossexuais. “Qual é o nome de sua namorada?”, chegava a perguntar um dos psicólogos incumbidos do psicotécnico para, em seguida, mostrar ao candidato a ilustração de uma vagina e lhe perguntar o que via, de acordo com o relato de um diplomata que fez o teste em 1981.

As entrevistas também serviam, claro, a  idiossincrasias dos avaliadores. O próprio item “aparência”, no qual Barbosa, obteve um “regular”, é uma prova disso.

Por Lauro Jardim – coluna Radar – veja online

Articulista absolutamente equivocado escreve na Folha de hoje…Só pode ser mais um enrustido de Itamaraty, ou teórico de alguma plaga dessas. Deixa o Marcelo Serrado em paz! Deixa o Crô empaz ( é personagem!!!!). Respeitem Aguinaldo Silva, que luta pelo assunto há pelo menos 30 e tantos anos.

Comment

 ( Desculpem, mas me recuso a reproduzir aqui o tal artigo)

Nossa gente é variada

Por uma questão de justiça não posso é deixar de comentar que um tal Alexandre Vidal Porto ( apresentado como ALEXANDRE VIDAL PORTO, 46, mestre em direito pela Universidade Harvard, é diplomata e escritor) escreveu um artigo publicado hoje  no TENDÊNCIAS/DEBATES, da Folha de S. Paulo, que é um dos mais equivocados, este sim, que li nos últimos tempos nessa questão de homofobia. O título é “Marcelo Serrado, o equivocado“.

Caramba, deixa o ator em paz!

E mais: o tal autor de artigo HOJE  já deve estar balançando a cabeça, porque ontem à noite o ator Marcelo Serrado no papel de Crô, fez em poucos minutos um dos maiores discursos contra a homofobia, de verdade, para milhões de pessoas.

A novela é do craque – há décadas – na luta contra o preconceito contra os homossexuais, Aguinaldo Silva, cabeça branca, objetiva, que deveria estar sendo muito  mais respeitado por esses novos pentelhos que acham que estão colaborando e só acabam é afundando mais a luta. Que não sabem por a mão na massa. Só criticar.

Desculpem o desabafo, mas é isso aí. Para mim, o tal Alexandre Porto quer mais é aparecer. Só pode ser. Ou será que ele está propondo também o fim das bichas “quáquá”? Será que ele não conhece mais homossexuais não enrustidos? Será que está convivendo demais com o Itamaraty, paraíso delas? Será que ele sabe como funciona?

Bem, na verdade, acho que ele prefere que todos os gays pareçam homens. não tenham trejeitos nem linguajar, sejam sem graça. Fiquem na moita, casados e infiéis, perigosamente infiéis.

Para concluir: Se o ator Marcelo Serrado não quer que a filha veja beijo gay, é um direito dele. A filha é dele. O personagem é dele, A vida é dele. A televisão da casa dele…é dele!!! Quem vai ter problemas para esconder o assunto é ele ( e muito, principamente no Rio e em São Paulo, onde isso está cada vez mais às claras).

Francamente…Porque  não pegam essa chatice politicamente correta e ….#$&¨$*¨¨$##?

( Marli Gonçalves)

Denúncia contra Bolsonaro é arquivada. Depois não sabem porque a gente não acredita mais “neles”

UM ABSURDO: ESSE CARA JÁ TINHA DE TER SIDO EXPULSO. NADA MAIS HÁ O QUE DIZER.

SEMPRE SOMOS “NÓS MESMOS” QUE TEMOS QUE TOMAR PROVIDÊNCIAS, NÃO ADIANTA.

ELES PEDEM, DE ALGUMA FORMA, QUE A JUSTIÇA SEJA FEITA , DIGAMOS, COM NOSSAS PRÓPRIAS CANETAS E COMPUTADORES.

mãos à luta! bocas à luta!

( procure neste site a série de matérias que comprovam que o Bolsonaro é um broncossauro)

do g1:

Conselho de Ética confirma fim de processo contra Bolsonaro

No fim de junho, conselho já havia decidido pela rejeição da representação.
Um novo parecer foi analisado e deputados confirmaram fim da ação.

Do G1, em Brasília

Marinor reagiu a panfleto de Bolsonaro e 'palavras ofensivas' (Foto: Marcia Kalume/Agência Senado)Bolsonaro durante bate-boca com a senadora
Marinor Brito em maio (Foto: Marcia Kalume /
Agência Senado)

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara confirmou nesta quarta-feira (13) o arquivamento do processo disciplinar contra o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) por supostas declarações preconceituosas.

No fim de junho, os deputados já haviam rejeitado o parecer prévio do relator, deputado Sérgio Brito (PSC-BA), que defendia a admissibilidade do processo.

Em razão da rejeição, os deputados analisaram nesta quarta voto em separado do deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), que pediu o fim do processo. Foram sete votos favoráveis ao arquivamento contra cinco.

De acordo com a Agência Câmara, Lorenzoni disse que é contra as posições de Bolsonaro, mas defendeu a liberdade de expressão dos parlamentares. “Muito embora fortes e polêmicas, as posições de Bolsonaro encontram ressonância e respaldo. A defesa veemente de suas posições não pode ser considerada atentatória contra o decoro.”

A representação, do PSOL, pedia a cassação do mandato de Bolsonaro em razão de declarações do parlamentar em um programa de televisão. No programa, ao ser perguntado pela cantora Preta Gil sobre como reagiria se o filho namorasse uma mulher negra, afirmou que não discutiria “promiscuidade”. O PSOL também queria cassar Bolsonaro por um bate-boca com a senadora Marinor Brito (PSOL-PA), depois que o deputado tentou exibir para as câmaras um folheto “antigay” durante entrevista da senadora Marta Suplicy (PT-SP).

 

do g1

ARTIGO – Tolos, bobos, sujos, malvados e feios

MARLI GONÇALVES
 
Não estamos, pelo menos que eu saiba, produzindo nenhum filme de bang-bang. Nem de luta livre nas ruas. Ou estamos? Mas falta pouco. A realidade é que se fôssemos documentar direito os tempos que vivemos neste país estaria decretado o fim dos grandes roteiristas de cinema. Inclusive nas categorias de comédia e animação. Ninguém conseguiria chegar nem perto de criar personagens tão patéticos e maledicentes como os que surgem aos borbotões sabe-se lá de que buraco

Tem Pateta? Tem, sim, senhor. Tem Avatar? Claro! Inclusive com seres pálidos e ruralistas em choques com verdinhos. Tem “Explosões”? Todos os dias, na periferia, com explosivos de última geração, TNT do bom, de dar inveja a qualquer Missão Impossível. Voa dinheiro para todos os lados, em fugas melhores do que a de Fuga do Planeta dos Macacos. Até na comédia estamos acelerados na produção, mas infelizmente apenas de imbecis que fazem graça para aparecer e depois ficam por aí, com cara de tacho.

Vamos passar os fotogramas rapidamente. Gravando! Moleques da tevê aparecem – um praticamente diz que estupro deveria ser pedido pelas mulheres feias, que agradeceriam; o outro faz uma lambança, se metendo em uma até então divertida discussão, apenas para demonstrar o preconceito religioso e contra os idosos (é, ele também ofendeu os velhos, além dos judeus). Troca de papéis: deveriam estar nos fazendo rir; mas nos fazem é chorar. O título de um destes filmes foi “A graça de um herege” – como se heresia fosse. Santa paciência! A do outro poderia ser “Ih! Vou fazer cara de coió”, ou “Desculpa, não quis ofender”.

Aí aparecem os clones de Lobo Mau, com suas bocas enóóóormes e olhar esgarçado. O secretário de Segurança de São Paulo e São Pedro declara, ou melhor, decreta, sem piscar, bom ator de terror, que agora só existem 30 membros do PCC – a organização que controla prisões, cadeias, ruas, vilas, penitenciárias, etc – de todo o país. E que eles estariam apenas em um lugar. Declara não; decide. E diz que “alguém” tem de fazer alguma coisa com tanta insegurança reinante. . O repórter – provavelmente pelo êxtase, distraído e inebriado com a formosura da autoridade – esqueceu de aproveitar e perguntar o nome deles, pedir essa listinha.

Continuando nossa sessão, aparece um novo protagonista para “Ao mestre, com carinho”. Branco, esguio, olhos claros, material didático nas mãos e ampla disposição para a orientação sexual dos outros. Não, não é mamãe Dinossauro. É o Broncossauro, Bolsonaro. Ele resolveu. Ele acha. Ele quer. Invade sua casa, sua escola, a rede , e até o seu bolso. Invade até entrevista da Dona Marta. Ele também é “O Exterminador do Futuro!”. O tipo anda acompanhado por protagonistas menores, loucos por uma ponta, nem digo de quê. “Comer, Rezar, Amar”.

De repente, como numa festa de arromba, surge em “O Horizonte Perdido”, rolando ladeira, Ed Motta! Deve ter comido alguma coisa ruim, porque passou a expelir impropérios para tudo quanto é lado, quase um Universo Irracional, um Lobão, mas sem o jeito e a graça anárquica do roqueiro certeiro. Ed mandou ver até com a sem graça metida a besta Paula Toller, eterna candidata a “Anaconda 3, me engana que eu gosto”.

E já que citamos os cabelos amarelos, nessa sucessão de bobagens para os nossos ouvidos que realmente estão virando penicos, até Ana Maria Braga fez tobogã, mostrando matéria sobre bactérias terríveis nos carrinhos dos supermercados, inclusive os de onde ela faz propaganda todo santo dia. Sem luvas. Sem camisinha, só o Neymar, apenas um garoto brincando com suas bolas.

É. O tema era bom mesmo para título de filme, categoria-documentário: “Os três is – Intolerância, Ignorância, Intransigência”, mas a essa altura da vida, vendo que há participantes de todos os matizes fazendo bico, isso ficou mais para “Apertem os cintos …O piloto sumiu”. Com pneumonia leve, como se tal existisse e perdurasse semanas. Hã, hã. Corta!

Não é para menos que outro dia cheguei na casa do meu pai, de 93 anos, e encontrei-o excitado, vibrando, aos brados, na frente da televisão. Fui correndo ver, porque ele normalmente é um caboclo bem sisudo. Ele estava simplesmente assistindo ao noticiário de tevê. Foi o dia da quase bolachada no Bolsonaro, do bate-boca do Código Florestal, que espalhou para tudo quanto é lado, e mais um dia no qual ele acompanhava, boquiaberto, as chacinas e violências no Oriente Médio. Como bom índio que é, papai não entende como ainda não foram até lá dar umas boas flechadas nesses “cabras” que todo dia prendem, torturam e bombardeiam dezenas de inocentes.

Pois é. Talvez, em breve, num cinema dentro da sua casa. Espere os créditos até o final.

São Paulo, com gente diferenciada e flutuante; mas limpinha. 2011(*) Marli Gonçalves é jornalista. Sempre alerta, como O Vigilante Rodoviário. Continua dando um boi para não entrar. Mas não há Tropa de Elite capaz de fazer pedir que saia, uma vez dentro. E não gosta que cortem cenas porque não agradam os, digamos, patrocinadores, ou produtores associados.

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Dá para acreditar numa barbaridade dessas? Irmão de 16 mata namorada de irmã, com requintes de crueldade, premeditação, “fiadaputice”… Estamos andando para trás?

DO UOL – www.uol.com.br

Adolescente confessou ter matado namorada da irmã, diz delegado

NATÁLIA CANCIAN
DE SÃO PAULO

O adolescente de 16 anos suspeito de matar a namorada da irmã em Goiás confessou o crime à polícia, segundo o delegado Samer Agi, responsável pelo caso.

Corpo de garota é encontrado em GO; polícia fala em homofobia

Adrieli Camacho Almeida, também de 16 anos, estava desaparecida desde o dia 13 de março, quando saiu para tentar encontrar a namorada, que é filha de um fazendeiro na região.

O corpo de Adrieli foi encontrado ontem (5) na fazenda da família da namorada em Itarumã (a 321 km de Goiânia). Ela foi vista pela última vez saindo de um bar com o adolescente em Cassilândia (MS), cidade próxima a Itarumã.

A polícia suspeita que o crime tenha sido cometido por homofobia. Segundo depoimento do adolescente à polícia, a família era contra o relacionamento entre as garotas, que se conheceram quando a família da namorada ainda morava em Cassilândia.

A polícia encontrou o corpo após indicação do irmão mais novo do adolescente. O menino, de 13 anos, disse que seu irmão ofereceu-se para ajudar Adrieli a viajar para Itarumã para que ela fugisse com a namorada. No caminho, ele teria matado a adolescente a facadas.

O menor ainda disse à polícia que viu o irmão enterrar o corpo na fazenda e jogar a moto em que a menina viajava em um rio. O veículo não foi encontrado.

O fazendeiro e pai dos meninos foi preso. Ele nega ter participação ou conhecimento no crime. Os irmãos foram levados para uma delegacia na cidade de Aparecida do Rio Doce (a 269 km de Goiânia) e esperam vaga em uma instituição socioeducativa.

tadinho…Cônsul quis ter um dia bom, de mulher, de sainha e acabou é sem emprego.Homofobia grassa no mundo inteiro.

Do opera mundi

Após polêmica, cônsul do Panamá que se vestiu de mulher no Carnaval renuncia ao cargo

 O registro fotográfico de uma brincadeira de Carnaval acabou colocando o cônsul do Panamá nas Ilhas Canárias, Ítalo Giovanni Afú, em maus lençóis. Fotos do diplomata durante um festa em Las Palmas de Gran Canária vazaram no site Facebook e provocaram imediato desconforto no país centro-americano, culminando no pedido de afastamento de Afú.

Reprodução

De acordo com o chanceler panamenho, o fato de Afú (d) ter se vestido de mulher piorou o ocorrido

O cônsul, que apresentou a demissão ontem (29/03), disse em declarações a um jornal panamenho que seus amigos divulgaram as fotos na internet sem pensar que isso poderia causar problemas no Panamá e se desculpou pela gafe. Ele permanece no cargo até 30 de abril. “Tiraram uma foto minha e me etiquetaram no Facebook sem cogitar o estrago.”

Em declarações à imprensa, o presidente do Panamá, Ricardo Martinelli, declarou que o diplomata não deveria ter se colocado na situação e pediu discrição até o seu desligamento da chancelaria.

Homofobia

O ministro das Relações Exteriores panamenho, Juan Carlos Varela, lamentou o incidente e repreendeu verbalmente o diplomata. Varela foi além e disse que preferia que Afú tivesse se fantasiado de “policial, bombeiro ou de outra coisa”, em vez de mulher.

Já o secretário-geral do PRD (Partido Revolucionário Democrático, Mitchell Doens, afirmou que “não só estamos frente a um governo de loucos, mas de ‘loucas'”, em referência à fantasia de Afú.

Ricardo Beteta, presidente da associação GLBT Homens e Mulheres Novos do Panamá disse que a polêmica pôs em evidência a “intolerância e homofobia” imperantes no país. “A maneira como o assunto foi tratado demonstra isso”, afirmou à agência France Press. “Nesse país, ser um ladrão, um mentiroso  não tem consequências, mas ser travesti, gay ou lésbica, é intolerável”, completou.

CRIME! Lésbicas são agredidas violentamente em Jacareí por um pai e um filho, nem vou dizer mais…Veja só. Vamos manter o olho em cima desse caso!

O caso foi no começo deste mês de fevereiro e infelizmente só está circulando ainda nas redes gays específicas e nos jornais locais.

É CASO DE POR A BOCA NO TROMBONE.

Elas não morreram por pouco, estão muito machucadas ainda e os safados tentarão ( que eu sei) se livrar de qualquer jeito.

ALARME GERAL : VAMOS MANTER ESSA HISTÓRIA VIVA!

 

Lésbicas são agredidas por pai e filho em Jacareí (SP)

com informações do Mix Brasil

Duas lésbicas donas de um estacionamento em Jacareí (SP) acusam pai e filho de terem as agredido na noite do dia 15 de dezembro, dentro do estacionamento. O caso que veio a público apenas nesta semana está sendo investigado pela Polícia Civil, que considera a homofobia como motivo do crime.

Sem serem identificadas, as duas deram entrevista à televisão local e afirmaram que esperavam o cliente do estacionamento. Pai e filho entraram e começaram uma discussão com elas, partindo para a agressão física em seguida. Segundo as vítimas, eles gritavam frases como “vamos matar essa sapata!” e “é assim que eu faço com sapata!”.

Uma das lésbicas levou uma forte pancada na cabeça e teve seu globo ocular quase destruído. Ela fará três cirurgias para tentar recuperar pelo menos 10% de sua visão. À polícia, os homens negam que tenham agredido as lésbicas e dizem que foram elas quem os agrediram.

ARTIGO – Confusões, reais, mentais, e outras

Por Marli Gonçalves

Trem bala perdida perdido, polícia sobe o morro e bandido desce, para ver a Marinha chegar. Cloaca falante ganha entrevista. Novo governo será o velho. Agressores são filmados até as pregas atacando e batendo, mas continuam “supostos”. Advogado criminal trapalhão do goleiro Bruno cai, mas porque revelou vício de crack. Dizem por aí, ainda, que a morta está viva, enquanto ninguém sabe da iraniana Sakineh. Acho que ando sacudindo demais a cabeça.

Caramba! Que dias! Ligar a televisão na Bósnia, no Afeganistão ou no Iraque deve ser mais ameno do que tentar copiar os modelos dos coletes azuis à prova de bala dos repórteres globais na linha de tiro. Vão virar moda de verão já-já. Se aumentarem o realismo, melhor tirar as crianças da sala, embora só elas devam saber melhor desviar-se das balas virtuais ricocheteando nas telas, de tanto jogarem o Wii. O Rio de Janeiro continua lindo, mas as línguas malditas ironizam que tudo é apenas planejamento governamental para lançamento de financiamento para compra de carros novos – o modelo Caveirão, o principal. Nós todos, bem no meio do tiroteio.

Em São Paulo, nada melhor. O passeio predileto para as ilhas de consumo shoppings centers pode se transformar momentaneamente em passaporte para caixões de medo, com assaltos ocorrendo mais do que pão com manteiga na padaria da esquina. Lá, na virada, onde a placa de rua está tombada porque alguém errático ou bêbado errou o freio. E assim ficará o poste mais alguns bons dias. Faz sol, chuva, venta, tem granizo, enchente, seca – tudo ao mesmo tempo agora. Não dá tempo nem de ver desenhos em nuvens.

Enquanto isso, em Brasília, os homens dizem que querem abrir a Copa. Os cartolas e Lula e os que vêm aí acham lindo Sergio Cabral e sua discurseira; falam em apoio incondicional. Policiais no cume dos morros cravam bandeiras com caveiras que lembram as escuderias do Esquadrão da Morte. Pelo menos as bandeiras cravadas na Lua devem estar lá ainda.

Nem na época de metaleira, quando sacudíamos bastante a cabeça, me vi tão confusa. Inclusive com relação à análise desses acontecimentos. Estão certos? Errados? Ataques de guerra momentâneos contra situações que levaram anos sendo claramente construídas nas nossas fuças (e avisávamos, e alertávamos) serão eficazes? No morro onde milhares de pessoas normais vivem lado a lado com bandidos, apenas duas escolas.

Me perguntam: e você, daria aula lá? Não agora, responderia, certamente que não. Mas há mais de 30 anos entrava tranquila para alfabetizar em favelas, inclusive os “contraventores”. O que há? Os bandidos eram mais civilizados? Bandidos traficantes são piores do que os bandidos sequestradores, assassinos, assaltantes? Não há mais paz possível nem entre eles e sua gente? Será que a guerra é só contra o tráfico?

Esse pensamento me provoca arrepios e as dúvidas que exponho, sem saber para que lado pender. Só girando violentamente a cabeça para ver se, primeiro, acordo deste pesadelo. Se fosse só isso… Homofobia em ascensão, atendimento de saúde em queda. Falação de projetos sociais, dezenas de moradores de rua assassinados violentamente nos últimos meses em Maceió, vidas encurtadas de forma mais rápida do que eles próprios pensaram ou tentaram.

Um novo governo eleito que, antes da posse, já é mais do mesmo. Sou otimista, pretendo acreditar na boa vontade, mas eles não ajudam. Viu ou soube da famosa “entrevista” que o presidente que vai embora “concedeu” aos blogueiros progressistas, como se auto-intitulam os chupa-ovos qualquer coisa, topa tudo por dinheiro e afagos? Não é que o Cloaca ganhou linhas e linhas de celebridade instantânea? Amou ser chamado de Cloaquinha, por Lula! E os outros? Nossa, qualquer-coisa perde. Tudo gente que passou os últimos anos mandando e-mails, excelentes para estudos psiquiátricos, se é que me entendem. Uso o Cloaquinha como exemplo e representante da laia. Saber o nome dele e o que faz só vai piorar o tal buraquinho sujo. Se você souber dos outros…

Ao mesmo tempo, a linda Irlanda não está mais às voltas com IRAs, nem a Espanha com seus ÊTAs. Agora a coisa está feia para todos. O mundo bate cabeça. Nos Estados Unidos, Obama aqui a pouco vai ser chamado de afrodescendentezinho (que eu também sei ser politicamente correta) safado. Já tomou uma cotovelada. Evo Morales já deu pernada. Chavez dá piti. Melhor pensar no casamento do Príncipe Williams. Com que roupa vai a Carla Bruni?

Para completar, sabe o que o deputado Jair Bolsonaro, aquela belezinha, andou falando? Que pais precisam agredir um filho homossexual para mudar seu comportamento. Onde que ele falou? No programa “Participação Popular”, na TV Câmara, que discutiu a “Lei da Palmada” – projeto de lei, também ridículo, que proíbe punição corporal dos pais às crianças, como se eles pudessem fiscalizar”! “Se o filho começa a ficar assim, meio gayzinho, [ele] leva um couro e muda o comportamento dele”, afirmou. Quer mais? Bolsonaro foi reeleito, pelo PP, e vai continuar lá, onde faz parte da Comissão de Direitos Humanos e Minorias. Deslize? Não! Ele reafirmou, depois: “Se o garoto anda com maconheiro, ele vai acabar cheirando, e se anda com gay, vai virar boiola com toda certeza”. Juro que não é piada.

Não dá vontade de embaralhar tudo? Desculpem, mas fui obrigada a escrever bem confusamente sobre todas essas pendengas. Agora, neste final, queria demais poder dizer “esqueça, que tudo isso é só sonho ou pesadelo”. Mas você sabe que é ainda pior. Assim, só nos resta fazer uma coisa: deitar o cabelo. Uma expressão muito usada há alguns anos e que queria dizer “ficar paralisado”, na cama, com a cabeça no travesseiro. Para não ficar tonto, nem tão confuso. Para ficar imexível. Esperar que tudo passe.

Deita o cabelo!

São Paulo, cidade atacada pelo PCC de forma diferente em 2006, traumatizada ainda em 2010, e agora não pode nem botar banca.

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Marli Gonçalves é jornalista. Até cortou o cabelo essa semana para ver se não era isso que estava esquentando muito a sua cuca. Mas ainda dá para bater o cabelo. Ou para compor um rock, hard rock, extraído das pedras furadas e ensanguentadas dos morros. Ou um blues da imensa tristeza de ver para onde caminha a humanidade.
PS: Mais um amigo/amiga se foi esta semana. No caso, amigo e amiga, que essa tinha dos dois sexos na veia. A cantora, transexual, performer, ativista dos direitos gays e maravilhosa, Claudia Wonder foi pro céu na sexta, 24. Que Deus a abrigue com carinho. Ela fez por merecer, por si e por outros e outras, durante toda a vida.
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