#ADEHOJE, #ADODIA – DIREITOS HUMANOS: O GRANDE MOTE E PREOCUPAÇÃO EM 2019

#ADEHOJE, #ADODIA – DIREITOS HUMANOS: O GRANDE MOTE E PREOCUPAÇÃO EM 2019

MULHERES: ABUSOS DE JOÃO DE DEUS, MORTES VIOLENTAS, DESRESPEITO… A gente tem de cuidar de tanta coisa nessa sociedade que vivemos! Homofobia, misoginia, preconceito racial, social, abusos de toda sorte. A preocupação com os Direitos Humanos será um grande mote em 2019. Terminamos mal o ano, com mulheres mortas a machadadas, atiradas de sacadas, perseguidas, aprisionadas, vivendo e convivendo com o medo. Por outro lado, um novo governo que arrepia quando comenta esses fatos, que demonstra pouco apreço às conquistas nessa área e que, ao que parece, será combatido com muita força nesse campo, por quem é do bem. Para quem lê as mensagens deles: presta atenção em cada palavra. São ameaçadoras à liberdade individual. Para eles, família é só o que conseguem tradicionalmente ver.

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#ADEHOJE, #ADODIA – Comunicação não suporta muito abuso, Senhor Presidente.

#ADEHOJE, #ADODIA – Comunicação não suporta muito abuso, Senhor Presidente.

Pausa para esclarecimentos que ultimamente até piada a gente tem de explicar. Não tenho nada contra o Bolsonaro lavar camisetas, meias, cuecas, torcer, colocar no varal. Só sei que já vivi para ver. E trabalho com comunicação, inclusive política, há mais de 40 anos. Dito isso: qual vocês acham que é o interesse da divulgação daquelas fotos? Se tivessem sido tiradas por algum repórter de jornais ou qualquer coisa, dependurado em cima de uma árvore, com uma luneta, aí, sim, teriam importância na comunicação que pretendem, do tal homem simples – mas que também é bronco total. Antes que tentem me lembrar, aquela foto antológica do Lula barrigudo, de calção, carregando um isopor provavelmente cheio de bebidas na cabeça, caminhando com a Marisa atrás na praia foi feita assim, não oficial, mas de um bom repórter em um barco. Lembram, ela até tinha um problema de foco. Agora essa, aproveitando e mostrando bem os eletrodomésticos novinhos, máquina de lavar, secar – que inclusive provavelmente nós é que pagamos – com ele no tanquinho, como se estivesse distraído… Por exemplo, o General Mourão foi filmado numa festa de amigos, fazendo flexões de brincadeira, em um desafio. Mas foi alguém da festa que fez. É uma diferença, gente. Natural é Natural. Natural é bom. Influenciado, forçado, acreditem: “não bom”. Preciso refrescar a memória de vocês lembrando do Fernando Collor? Saco roxo, etc… Quando cai, cai lá de cima.

ARTIGO – Conscientizadores digitais: onde estão vocês? Marli Gonçalves

Balela essa história toda de influenciadores digitais, além de ser muito chato ficar lendo quantas bobagens incutem na cabeça dos coitados e coitadas que os seguem cegamente. Ou melhor, vidrados nas telas das maquininhas que teclam desesperados e esparramam não sabem nem mais o que, para onde. Crias artificiais, espalham vento, à base de muita grana e contando que a internet aceita tudo. Quero ver nascer os conscientizadores digitais, fundamentais em um momento tão importante como esse agora

Você pega uma bacia, enche de água quente, joga umas ervas aromáticas. Chá? Para beber? Faz bem à saúde? Nãoooo! É para, digamos, sentar em cima, para fazer uma tal vaporização genital. Tem ainda quem pague até 50 dólares (o que na nossa moeda daria uns 200 contos) para que alguém faça para ela esse tal “tratamento”, já que deve ser mesmo muito difícil ferver uma água e jogar matinhos cheirosos dentro. Para o que serve além da chance de queimar os fundilhos ainda não descobri.

Isso é só um exemplo das bobagens indicadas pelos tais influenciadores, e que os portais ainda têm a pachorra de publicar com destaque e passar para a frente todos os dias, e o que é pior, tudo isso figura sempre entre os itens mais lidos – mesmo quando o mundo está se acabando. Reparou, né?

As tais blogueiras de moda, influenciadoras, por exemplo, essas então se divertem, ganhando muito dinheiro e tudo para indicar produtos, o que fazem com a cara mais lavada ou pintada do mundo. Uma hora dizem que o quente é usar maiô; depois o quente é usar de novo a asa delta dos anos 70 – mas que seja mais profunda, fique bem aqui em cima, tipo o estilo que o Borat usa. Não, esquece! Agora a onda já é usar a parte de cima do biquíni ao contrário. “As famosas estão usando” – é o mote. Peraí, que enquanto eu escrevia, mudou tudo: o legal agora é usar biquíni branco. Atenção, que isso também já pode ter mudado enquanto você lê. Quem paga mais?

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Papai, sábio papai caboclo velho, sempre dizia que tem otário para tudo. E dizia isso sem saber que as coisas na internet estavam muito piores do que as que via no mundo real. As pessoas gostam, praticamente pedem, imploram, para serem enganadas, ludibriadas, “influenciadas”, guiadas. Miolo mole, papai definia, seguido de um palavrão e um resmungo: “papagaios de botina” – já escrevi sobre essa expressão. (https://marligo.wordpress.com/2010/05/22/artigo-os-nomes-das-coisas-e-as-coisas-dos-nomes/)

Visto de forma um pouco mais poética, essas coisas me fazem lembrar de O Flautista de Hamelin, dos Irmãos Grimm. Contratado para acabar com uma infestação de ratos na cidade, o flautista os hipnotizou e os afogou, mas na hora de receber o que tinha sido combinado pelo serviço, desconversaram. Ele não teve dúvidas: tocou sua flauta de novo, só que desta vez hipnotizou e sumiu com todas as crianças da vila, que o seguiram la-la-lá alegremente, sendo trancafiadas numa caverna.

Aqui, os tais influenciadores – palavra que já está ficando chata de tanto ouvir – tocam suas flautas incessantemente. E o som se expande pelas redes sociais: são notícias mentirosas, pesquisas manipuladas, celebridades e subcelebridades fotografando, filmando e divulgando até os gases que aspiram. Centenas de agências juram que podem ensinar – com dicas óbvias, mas dadas como se fossem o maior segredo de Estado – a quem pagar, certamente, para também ser flautista. Mesmo que isso custe a própria dignidade como vimos essa semana em denúncia recente na área política. Já não são só mais robôs que manipulam informações; são gentinhas que recebem um trocado. Para trair atraindo.

O mundo verde e amarelo dos dedos tamborilantes precisa agora urgente da ação de um maior número de conscientizadores, didáticos, que falem sobre as histórias que viveram. Levante a blusa, mostre as cicatrizes se for o caso. Fale dos livros que não pôde ler, dos filmes e peças de teatro que não pôde ver porque tudo era proibido, censurado. Trate das dificuldades que enfrentou, e lembre principalmente do quanto isso atrasou a sua vida, tempo irrecuperável, quase tanto quanto o desse momento que agora nos castiga. Recorde a eles os planos econômicos enlouquecedores. Você pode provar tudo o que fala.

Recortes de jornais, velhas gravações, arquivos gerais. Muito bom espaná-los sempre com ares democráticos frescos. Só assim serão todos senhores de seus ouvidos. E de suas decisões.

Precisamos, agora, urgente, nos precaver: resguardar as nossas conquistas para que, aconteça o que acontecer, não mais sejamos atingidos tão brutalmente. Por ninguém.

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Marli Gonçalves, jornalista – Cadê vocês? – apareçam. Prometo: vou curtir, seguir, compartilhar.

marli@brickmann.com.brmarligo@uol.com.br

Setembro, finalmente.

Rede TV! ganhou concessão, lembra?Olha a Rose aí, gente! E com o namorado substituto do Lula. ♪♫♪♫Recordar é viver, eu ontem pensei em você…♪♫♪♫

FONTE: http://www.tecontei.com.br/galeria/2260/10/superpop.html

João Vasconcelos, Rosemary de Noronha, Luciana Gimenez e Marcelo de Carvalho

Fábio Guinalz/AgNews
João Vasconcelos, Rosemary de Noronha, Luciana Gimenez e Marcelo de Carvalho