JOÃO GILBERTO CANTOU SÓ PARA MIM

 JOÃO GILBERTO CANTOU SÓ PARA MIM

MARLI GONÇALVES

… Como se fosse hoje, lembro bem da única coisa que achei esquisita. Coca-Cola. Ele pegava a Coca-Cola, a garrafa, e esquentava na torneira de água quente. Por sua voz, seu bem mais precioso. A voz. A nossa voz. O Brasil. A Aquarela do Brasil. Guardo essa noite na caixa mágica da vida. Foi a noite que João cantou só para mim…

No carro, quase seis da tarde, distraída, ligo o rádio, na Eldorado, e ouço a locutora anunciar mudança na programação, e que daqui ali a minutos seria apresentado um “programa especial Gilberto Gil, em homenagem a ele que nos deixou hoje”. Foram suas palavras.

Fiquei com a boca amarga. Tive de parar. Imediatamente procurei o celular e fui ver o que havia acontecido. E havia acontecido que quem tinha morrido era João Gilberto, era ele quem havia nos deixado. Mas por minutos sofri por um, por dois, ambos amigos, ambos queridos, e um deles está ai, está bem, Giló. Passei a sofrer pela perda do outro, que se foi. Minutos depois, muitos para mim uma eternidade, a locutora volta, pede desculpas pelo que chamou de “gafe”. “O programa especial será para João Gilberto”, anunciou, como se seu erro tivesse sido pequeno.

Eu não perdoei o sofrimento que ela me deu, mesmo que por minutos, que já sofri por um, e que era o outro. Eu achei que eu – e quem mais a ouvia naquele minuto – merecia um pedido de desculpas muito mais incisivo.

Eu conheci o geminiano João Gilberto. Convivi vários dias com ele. Até intimamente, devo dizer.

Eu conheci o mestre. Conto que um dia, em um desses dias que estivemos juntos, eu ouvi esse mestre da voz que acaricia cantar só para mim; e ele naquele momento, muitos anos atrás, 85, 86, procurava o tom em que cantaria Saudosa Maloca, de Adoniran Barbosa, que pensava em gravar de forma especial.

“…Se o senhor não “tá” lembrado/ Dá licença de “contá”/Que aqui onde agora está
Este edifício “arto”/Era uma casa “véia”/Um palacete assobradado
Foi aquí, seu moço, que eu, Mato Grosso e o Joca/ “Construímo” nossa maloca
Mas, um dia, “nóis” nem pode se “alembrá”
Veio os “home” co’as “ferramenta”
O dono “mandô derrubá”…”

Tinha gostado muito da experiência de gravar “Me Chama”, do Lobão. Queria diversificar seu repertório.

“…Chove lá fora e aqui, faz tanto frio / Me dá vontade de saber/Aonde está você
Me telefona/Me chama, me chama, me chama. Nem sempre se vê
Lágrimas no escuro, lágrimas no escuro/ Lágrimas, cadê você
Tá tudo cinza sem você/ Tá tão vazio…”

Estávamos nessa noite no Hotel Maksoud Plaza. O jantar era especial, o chef de cozinha – que comandava o Cuisine du Soleil que, quem lembra, claro, não esquece, fez um jantar exclusivo para o João; para nós, e que levou pessoalmente ao quarto, onde ficou ainda um bom tempo conversando, contando de novos pratos e acontecimentos para o João. Se não me falha a memória tantos anos depois, o chef era da terra de João, Juazeiro, na Bahia. Ou de alguma cidade ali por perto. Matavam saudades e lembranças. Ali ele era o João. Simplesmente, João.

João Gilberto era exclusivo.

Quem disse que ele não falava com ninguém? Quanto mitos João Gilberto criou nessa vida que acabou nesse sábado, 6 de julho de 2019!

Como se fosse hoje, lembro bem da única coisa que achei esquisita. Coca-Cola. Ele pegava a Coca-Cola, a garrafa, e esquentava na torneira de água quente. Por sua voz, seu bem mais precioso.

A voz. A nossa voz. O Brasil. A Aquarela do Brasil.

Guardo essa noite na caixa mágica da vida. Foi a noite que João cantou só para mim.

Eu conheci João Gilberto. E ele era demais.

O João que conheci não era rabugento; era alegre, divertido, doido, na varanda olhava em direção às torres da Avenida Paulista e gostava de ver as aves noturnas, os morcegos, todos os que volitam em volta delas e que se vê da janela dos hotéis em noites limpas. Apontava, acompanhava os voleios nas luzes da cidade. Dizia que eram poemas.

Na época, como produtora cultural – a minha empresa chamava Chega de Férias! – organizamos e apresentamos dois shows com o João. Foi assim que o conheci.

Um, solo, na barca, o Latitude, – vocês lembram daquela construção em forma de barco, enorme, estacionado, que havia na avenida 23 de Maio, aquela casa de shows? Pois ali ele cantou lindamente, só ele, o banquinho, o violão.

Dias depois ele faria um outro show único no Palácio das Convenções do Anhembi. Ele, e orquestra. Completa, precisa.

Quem viu, quem esteve lá, em alguma dessas duas noites, nunca deve ter esquecido porque foram mesmo momentos formidáveis. O APCA (o prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte) daquele ano foi dele, destes shows, dessas apresentações que fez em São Paulo depois de um longo tempo.

Trabalhar com o João era emoção, tensão. Ele já havia criado problemas antes, poderia não vir na última hora, diziam. Os jornais não acreditavam que ele cumpriria e apareceria para os shows. Tanto quanto Tim Maia, também tinha a fama de às vezes “não querer ir” se invocasse com algo.

Ele brigava porque era perfeccionista, e o microfone, o ar condicionado, o retorno, o palco, a luz, o banquinho, o violão, a afinação, nada lhe escapava – tinha de estar tudo perfeito.

E estando perfeito, ele cantava. Perfeitamente. Com seu repertório sempre perfeito. E seu humor ficava perfeito também.

João, João, lembro do pacote, um embrulho de folha de papel de jornal que trazia e quando abria, desenrolava, surgiam aqueles lindos “camarões” verdes, naturais, erva pura, nunca soube onde arranjava. Ele gostava de pegar por punhados. Na época fumava. Não sei por quanto tempo cultivou esse hábito ainda depois desses anos.

João, João, lembro de estar com ele em um outro hotel ali da Rua Carlos Sampaio – na época recém inaugurado – onde o hospedamos nesses dias pré esses dois shows e ensaios em São Paulo. Bravo, fazia que não, mas não gostava dessa fama, ficava bravo, não gostava dessas lendas que em volta dele se criavam. Odiava ler na imprensa que não viria, quando já estava aqui.

Pois veio, e nunca mais que eu soubesse deixou de ir a qualquer show marcado nos anos seguintes. Encrencou muito, reclamou, mas nunca mais faltou, pelo menos que eu soubesse, e também porque sempre foram raras suas apresentações ao vivo. Dessa temporada que fizemos, ele pediu, queria ficar mais. Descansou mais dois dias no hotel, mas quieto, sozinho. Não queria ver ninguém.

Seu desejo atendido. Nem o pessoal da arrumação ele aceitava que entrasse no quarto até que fosse embora para o Rio de Janeiro. A curiosidade foi o rastro que deixou quando partiu. Os pratos de comida? Guardava todos dentro das gavetas, das cômodas, dos armários da suíte.

João, João sempre pôde tudo.

Produzia outras lendas, ria das que criou, as que sempre acreditaram, como a do gato que se jogou da janela, que jurava ter sido mentira. E aprontava outras, e passou a vida fazendo isso, até essa sua morte. Pouco sabemos exatamente do João desses últimos anos, dessa família onde se meteu, desses problemas financeiros, das dívidas, dos processos, dos aluguéis, das gravadoras.

Sabíamos dele sempre por alguém, pensa, nunca por ele. Na minha cabeça, quem o cercava nesses últimos anos o manteve fechado, isolado, quase em cárcere. Doente, talvez de tristeza, inclusive com os rumos do Brasil que tanto cantou, que tanto esse baiano amava. Tudo bem, talvez esteja exagerando, mas é assim que sinto que não foram nada bons seus últimos dias, seus últimos tempos.

João, que baque saber que se foi. Sento e escrevo à memória do João que conheci, da música que ouvi, do carinho que recebi. O João que passou pela minha vida.

O João que a gente ouve desde tanto tempo e que vai sempre continuar ouvindo, ali, baixinho, cantando suave, com uma bossa que sempre será nova, sempre será só sua.

Chega a saudade.

Não fotografei você. Lembro também que não gostava, nem que fosse de Rolleiflex. Fica na minha memória. Registrado. No meu coração.

Em meus ouvidos…

“… Se você disser que eu desafino amor
Saiba que isso em mim provoca imensa dor
Só privilegiados têm ouvido igual ao seu
Eu possuo apenas o que Deus me deu…”

6 DE JULHO DE 2019

#ADEHOJE – MAFIOSOS, BOLSONARO, FRIO…E PERDAS

#ADEHOJE – MAFIOSOS, BOLSONARO, FRIO…E PERDAS

 

SÓ UM MINUTO – Meu João Gilberto foi embora. Muita tristeza.

Foram presos no litoral paulista dois mafiosos italianos, pai e filho. Coisa grande, eram responsáveis, dizem, por 40 % do tráfico internacional de drogas, e aliados ao PCC também chamado eufemisticamente pela imprensa de organização criminosa com ramificações em presídios e em outros s países. Taí, PCC na Itália. Organização chama-se Ndrangheta

Saiu pesquisa Datafolha sobre o Governo Bolsonaro – 6 meses desse governo de desgovernos: 33% acham ótimo/bom; 31% regular; 33% ruim ou péssimo. De ponto em ponto vamos vendo a coisa cada vez mais dividida, comparável só ao Governo Collor que bem sabem o que deu.

A reforma anda um pouquinho. O frio congela no Sul e Sudeste.

E a gente perdeu o poeta da cidade, Paulo Bomfim, o jornalista Salomão Schwartzman, a técnica de som Tunica, e o mágico maquiador Duda Molinos… Xô, que fim de semana!

O Oitavo Selo, de Heloisa Seixas, um livro extraordinário lançado hoje em SP. Livraria Cultura. Ruy Castro está dentro, do livro, e da vida da autora, sua esposa, que conta das suas sete vidas numa narrativa envolvente e literária

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EU, RUY CASTRO E O CARLINHOS BRICKMANN
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HELOISA SEIXAS ABRAÇA UMA AMIGA: AUTORA DO OITAVO SELO – QUASE UM ROMANCE, A SUPER TALENTOSA E ESPOSA DO RUY CASTRO. CONHECÊ-LA VALEU A PENA
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DA ESQ PAR AA DIREITA, KRIGOR, CARLOS BRICKMANN, A ESPOSA DO KRIGOR E UM AMIGO. KRIGOR, PARA QUEM NÃO SABE, FOI, ALÉM DE DONO DA DUCAL, E ACHO QUE CONTINUA SENDO, O MEHOR AMIGO E MENTOR DE NADA MAIS NADA MENOS JOÃO GILBERTO. QUANDO FIZ – SIM – FUI UMA BOA PRODUTORA CULTURAL – OS SHOWS DE JOÃO EM SP, FICAMOS AMIGOS ( EU E JOÃO). UM DOS ORGULHINHOS QUE LEVO NESSA VIDICA. UM DIA CONTO MAIS DESSE PERÍODO. OS SHOWS FORAM PREMIO APCA DAQUELE ANO, 85
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EU E O IVSON, FOTOGRAFO DAS ANTIGAS , QUE ACOMPANHAVA O EVENTO

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ARTIGO – Eu vou “não ir”? Eu já fui.

Por Marli Gonçalves


Ai, que preguiça!Você é contra? A favor? Muito pelo contrário, encravado? Pegue a agenda com o calendário, e veja que já há protestos agendados até o final do ano. Uma coisa esquisita. É preciso fazer só uma chamada geral. Mas que seja definitiva.

Olha, por favor, não me levem a mal. Não estou querendo criticar ninguém ou mesmo demover ninguém de suas atividades cívicas, físicas, morais, políticas ou de lazer. Mas é que a coisa está ficando meio perdida demais e sem sentido, e a turma anda fazendo tantas manifestações, de tantos tipos, horários, públicos, que está mais é se dispersando. Aí nada acontece e todo mundo fica com a cara de decepção, chorando pelos cantos dos comentários dos sites, xingando-se uns aos outros. E a corrupa correndo solta.

Tive um ataque de preguiça no feriado de 7 de setembro. Tinha grito, marcha, parada, andada, caminhada, passeata, mobilização, passeio, encontro, pulinho, rendez-vous, juntamento, movimentação – de um tudo – na programação. Em São Paulo, o lugar era um só, a Avenida Paulista. Mas os horários, trajes, maquiagens, motivos, idades, eram diferentes. Teve até matinê. Faltou só que tivesse sido lá também o desfile militar, para a coisa ficar mais completa e animada. Ou preta de vez.

Acabou que eu não fui a nenhuma. Vi, de longe, só uma delas, indo bem, fechando o trânsito, tom oficial, comportada, regulamentar, formal, quase burocrática. Foi-se o tempo em que sabíamos e, ao menos, conseguíamos protestar com vontade, força, criatividade e energia. Éramos ouvidos em todo mundo. Sinceramente, das últimas que lembro que deram resultado foram lá nos idos tempos do Collor, com os caras-pintadas. E olha que ali já dependíamos da energia dos estudantes, tão estupefatos estávamos. Movimentação que se preze tem de juntar todo mundo: homens, mulheres, velhos, crianças, pobres, ricos, cachorros, de raça e viralatas, periquitos, parar tudo, se fazer ouvir de verdade.

Mas, para tanto, tem de ter uma chamada verdadeira, não de um só partido. Não só de alguém querendo apenas se destacar nas tais redes chatamente chamadas de sociais, tentando só aumentar o número de seguidores e, quem sabe, conseguir um patrociniozinho?

Gente, juro: agora até o pessoal do PT está convocando manifestação, quase que exclusiva, contra… a revista Veja!

Sempre amei participar e acredito seriamente que é nas ruas que a “coisa pega”, vide mundo atual. Só fico preocupada se o pessoal não acha que já está participando só porque não para de batucar as pretinhas dos computadores o dia inteiro, “curtindo”, “compartilhando”, dizendo que “vai” no plano virtual que aceita tudo, mais do que o papel. As caixas postais acordam e dormem lotadas (os insones são bastante participativos). Fala-se de tudo, até do que não é verdade, ou é antigo do tempo do Matusalém. São ciclos que se repetem, repassados. O que já li de bobagens de toda sorte – como se não houvesse tanta coisa séria e grave a ser combatida – e as pessoas ainda justificam: “estou só repassando”.

Enquanto isso, no Planalto Central e em todas as esferas o pessoal do manda ver se diverte com a ingenuidade. As notícias passam. Não gruda nos caras, porque amanhã tem mais, muito mais. Milhões e bilhões se confundem como se fossem iguais, com licitações fraudadas, presos e soltos, com algemas ou não, e as malditas declarações públicas que não dizem nada, apenas mostram as caras de tacho.

Quer ver? Já se passaram duas semanas do desastre do bondinho de Santa Teresa. O secretário de Transportes do Estado do Rio de Janeiro, o empoado e empolado Julio Lopes, que eu saiba, ainda está lá. O gomalina resolveu dizer que a culpa era do coitado do motorneiro. Que devia, sei lá, ter freado aquela geringonça mal conservada, talvez com os dentes. Mas, não, ele morreu. O caso também. Fora o fanfarrão que governa o pedaço, lá no Rio, cabralzinho até não poder mais, e que é melhor nem detalhar as bobagens que faz e diz – claro, quando está aqui e não voando por aí, casando e descasando da própria esposa. Hummm. Pacificados, é?

Mais? Sabe da última? O senhor senador José Sarney, com pouco para fazer no Maranhão e pelo Maranhão, para dizer o mínimo, quer trocar o nome do aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Que dar o nome de Romeu Tuma – é, ele mesmo, o policial sobre o qual não vou falar, porque já foi. Mas também não preciso dizer o que acho da ideia.

Pensa que acabou? Soube do roubo do Banco Itaú? Foi num sábado, à noite, numa agência de um local, Avenida Paulista (mais uma vez), que só não é mais movimentado do que o Maracanã em dia de Fla X Flu? Pois até eu soube antes do secretário de Segurança de São Paulo, o Sr. Ferreira Pinto, aquele que faz cara de bravo, muito bravo, informado só DEZ dias depois. Os caras fizeram barba, cabelo e bigode, passaram horas “trabalhando” no local e até lanche pediram. Os milhões perdidos estavam guardados por dois coitados, vigias. Tipo parafernálias de segurança que dependem de um porteiro ficar ao lado, passando o cartão para destravar, senão… E ele, o bravo, continua no posto, meus amigos!

Sentadinhos em suas cadeirinhas. A corrupção, especialmente, corrói como cupim as contas e as coisas públicas. Nada sai do papel, às vezes nem com ela, que não gostam de gastar nem para nos enganar.

Como sempre lembro: alegria! Vai ter Copa. E Olimpíadas. A proposta é: vamos marcar uma data, nacionalmente. Escolher um inimigo, um que seja mais comum que os outros.
Meu voto é que seja contra a corrupção. Ou contra a violência que beira o inaceitável, com a vida valendo nada, nadica. Cada um escreve uma cartolina, a mão, espontânea. Na ocasião podemos cantar o Hino Nacional, tudo bem. Mas vamos fazer como quando queríamos as eleições diretas e aprontamos uma muvuca danada, um barulho que não deu para ser calado. O principal: vamos propor soluções, apoiar as que forem viáveis, abrir o peito, que seja para botar uma camiseta e algum slogan.

Mas, pelo amor de Deus! Vamos caminhar juntos. Aí eu vou.

São Paulo – acorda! 2011(*) Marli Gonçalves é jornalista. Desde muito jovem participa de tudo quanto é movimento. Foram horas e horas gastas em reuniões e, garanto, muitas valeram a pena para poder chegar até aqui com muito orgulho. Eu fui.

*** P.s: Certa vez, acNho que foi o Tom Jobim. Convidado para fazer um show especial, lhe disseram que seria com o João Gilberto e o Tim Maia. “Ah”, ele teria falado, “que bom. Então eu também vou não ir”.

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RIP BILLY BLANCO. É o Brasil mens criativo, menos musical, menos…

Morre Billy Blanco,

parceiro de Tom Jobim e João Gilberto 

O cantor e compositor Billy Blanco morreu às 8h10 desta sexta-feira, aos 87 anos. Ele estava internado no Hospital Pan-Americano, na Tijuca (zona norte do Rio), desde 2 de outubro de 2010, quando sofreu um AVC (acidente vascular cerebral), e hoje sofreu uma parada cardíaca.

Nascido em Belém (PA), o compositor decidiu estudar arquitetura em São Paulo, em 1946. Lá, iniciou sua carreira de compositor. Depois se mudou para o Rio, onde a carreira ganhou novo impulso. Blanco foi precursor da bossa nova e parceiro de Tom Jobim, Baden Powell e João Gilberto.

Blanco compôs músicas como “Estatutos da Gafieira”, “Viva meu Samba” e “Sinfonia do Rio de Janeiro”, esta uma parceria com Tom Jobim.

  Alexandre Campbell-14.fev.2000/Folhapress  
O compositor paranaense Billy Blanco durante entrevista em seu apartamento em fevereiro de 2000
O compositor paraense Billy Blanco durante entrevista em seu apartamento em fevereiro de 2000

Tão querendo despejar o João.O João tem que ter sossego. João Gilberto é que deveria ser considerado “tombado”, patrimônio do país

Todo mundo quer dar casa para o João!

Eu aproveito para homenageá-lo, querido…

SAUDOSA “MARLOCA”, “MARLOCA QUERIDA”….

A matéria é do G1 -WWW.G1.COM.BR

João Gilberto será intimado por edital para deixar apartamento alugado

Segundo advogado, a dona, uma condessa, pediu imóvel de volta.
Porteiro do prédio diz que cantor não é visto há muito tempo.

Do G1 RJ

Fachada do predio aonde mora o cantor João Gilberto (Foto: Priscilla Massena)Fachada do prédio onde mora o cantor
João Gilberto. (Foto: Priscilla Massena/G1)

A condessa Georgina Brandolini D’Adda entrou na Justiça com uma ação de despejo contra o cantor João Gilberto. Segundo o Tribunal de Justiça do Rio, há cerca de um mês o cantor tem sido procurado, mas não foi encontrado para ser intimado. Por isso, a intimação será feita por meio de edital.

O processo foi recebido no fim de janeiro pela juíza Juliana Kalichsztein, da 24ª Vara Cível do Rio. O advogado da condessa, Paulo Moreira Mendes, diz que o cantor recebeu uma notificação extrajudicial em dezembro para deixar o imóvel.

“A questão não é pagamento. Ele paga cerca de R$ 8 mil por mês. Mas é que ela quer o imóvel, e ele não quer sair”, afirmou Paulo Moreira Mendes.

O apartamento fica no Leblon, na Zona Sul do Rio. O cantor mora nele há mais de 10 anos. A condessa vive na Itália e vem ao Brasil uma ou duas vezes por ano, segundo o advogado.

A equipe de reportagem do G1 esteve no início da tarde desta quinta-feira (24) no prédio, mas o cantor não foi encontrado. Segundo um dos porteiros do edifício, João Gilberto não é visto há muito tempo no local e o imóvel estaria vazio.