ARTIGO – Natureza humana e o Feminismo. Por Marli Gonçalves

 

A paixão é da natureza humana. Por ela, enlouquecemos, nos transformamos, às vezes até nos subestimamos. Muitas coisas são da natureza humana, mas é importante pensar sobre elas para modificar essa natureza, especialmente quando mostram seu lado escuro. As mulheres têm uma importância enorme nessa criação e é preciso fazer todos compreenderem muitas das questões que nos diferenciam para que haja paz nessa relação. Simples de entender e apoiar, desde que não haja preconceitos. Muito prazer, esse é o Feminismo.

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Feminismo é para todos. Embora seja um movimento predominantemente feminino, pela igualdade de direitos em todas as áreas, luta por questões relacionadas às mulheres e às suas características inclusive físicas, por toda uma série de coisas que deveriam já estar há muito reconhecidas – mas que ainda não estão – diz respeito a todos. A toda a sociedade. Todos os sexos, idades, raças, classes sociais, gêneros. O feminismo trata do aprimoramento da natureza humana. É preciso acabar com os clichês e estereótipos que o envolvem, para que venha à luz. Quando nela chegar e puder ser visto claramente, não haverá dúvida: todos seremos feministas. Quem não for, bom sujeito ou sujeita não é… Não será.

Não é radicalismo. É a lógica. Quem pode ser contra a igualdade salarial entre homens e mulheres exercendo a mesma função? Quem pode limitar – e cada dia mais as mulheres conseguem glórias em novas e espetaculares áreas – as suas atividades, seu avanço? Quem lhes pode negar proteção em suas fragilidades? Quem lhes pode negar seus direitos e necessidades em saúde, justiça, participação na vida pública, tantos passos ainda a serem dados e respeitados?

 Apenas os que pregarem a dominação, a injustiça, o machismo, a incompreensão e a violência. E cada dia fica mais claro quem é parte desse grupo que dissemina o ódio, encobre a violência, ainda tenta manter o controle bruscamente, porque percebe que sua derrota se torna inevitável, rápida. Esses se isolarão.

Andam falando muito em mandar as mulheres nas missões espaciais à Lua. Bom. Mas demorou, hein?!? Agora há pouco bateram palmas para a nossa Seleção Feminina de futebol, mas elas há muito estão nessa batalha, e com muitas vitórias, vide Marta, que arrasou mais ainda ao jogar com a sua boca pintada, mulher, ironizando as velhas falas. Conhecemos mulheres interessantíssimas, do mundo inteiro, fortes, corajosas, e enfrentando poderosos.

Informação é fundamental. Mas as mulheres infelizmente, ainda não integram naturalmente as pautas de imprensa, embora vejamos que cada dia mais nela trabalhem, numerosas. Ainda aparecemos, sim, destacadas, mas como ETs e aí todo mundo se surpreende como esta ou aquela mulher chegou tão longe, seja no feito, no poder, no comando. A primeira mulher isso, aquilo vira manchete. Tantas outras passam despercebidas.

Há muito as mulheres vêm sendo assassinadas, violentadas, assediadas, cruelmente, mas foi só em 2015 que se moldou o termo feminicídio, que agora conta essas mortes às centenas; e precisou que estrelas de cinema abrissem as cortinas do espetáculo para que se percebesse o que ocorre todos os dias no trabalho, nos transportes, dentro das casas, nas relações. Assim por diante. Quem pensa nas crianças, que já devem ser educadas para esse novo mundo de igualdades? Quem pensa nas mulheres velhas e sem viço que vagam pelas ruas? Homens podem envelhecer com muito mais tranquilidade e sem cobranças – e vejam que até a Xuxa anda falando muito sobre isso.

Por isso e outras que tenho horror ao termo “empoderamento” que virou chiclete, uma espécie de adesivo. Ninguém precisar dar poder às mulheres, aos homens, aliás, a ninguém. Cada de um de nós o detém. E da natureza humana e de caráter individual encontrá-lo. Seja para ser como se quiser ser, seja para chegar cada vez mais longe.

Falo mais uma vez sobre esse assunto – que quem me acompanha sabe que está sempre na minha mira – porque agora escrevi um livro que chega nas livrarias esta semana, e que lanço oficialmente dia 20 de agosto, aqui em São Paulo: Feminismo no Cotidiano – Bom para as mulheres. E para homens também. Pela editora Contexto, que me convidou para esse que é o segundo livro da coleção “Cotidiano”. O primeiro foi de Luiz Felipe Pondé, Filosofia no Cotidiano.

Escrevi sobre o que vejo, vivo, e sei que viveremos ainda por um bom tempo. Realidades, sem teorias, mostrando o que se passou e o que se passa. Voltado para homens e mulheres. Hoje o movimento feminista se apresenta vibrante e abrangente – e talvez por isso mesmo estejamos assistindo a um recrudescimento contra ele, e com teses estapafúrdias. Não precisa se embandeirar.  É só ser. Viver. Deixar viver. Melhorando essa terrível natureza humana que parece sempre buscar conflitos.

Apresento a vocês, com orgulho, meu livro, e a fé de que passemos a andar um pouco mais rápido nesse assunto, ainda com conquistas tão lentas.

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Marli Gonçalves, jornalistaConsultora de Comunicação, editora do site Chumbo Gordo, autora de Feminismo no Cotidiano – Bom para as mulheres. E para homens também, pela Editora Contexto, e que está nas livrarias e à venda online, pela Editora e pela Amazon

marligo@uol.com.br / marli@brickmann.com.br

 

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Lua de Sangue. Em cartaz, hoje, na Terra. Olha que matéria legal, do Salvador Nogueira, do UOL.

fonte: http://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/2014/04/14/curta-o-eclipse-lunar-sem-sangue/

Curta o eclipse lunar, sem sangue!
Por Salvador Nogueira
14/04/14 06:00
Na madrugada de hoje para amanhã temos o primeiro eclipse lunar total de uma série de quatro a se desenrolar entre este ano e o ano que vem. É uma “lua de sangue”? Um sinal do fim do mundo? Claro que não. Mas, sem dúvida, trata-se de um belo espetáculo astronômico que vale a pena ser visto, se você tiver a chance.
Tá vendo algum sangue aí?

Um eclipse lunar nada mais é do que o fenômeno que acontece quando a sombra da Terra encobre a superfície da Lua. O evento pode ser parcial (se a sombra só cobre parte do satélite natural) ou total (encobrimento completo). Não tem mistério.

Mas, então, por que o apelido sinistro, “lua de sangue”? Bem, primeiro que boa parte dos astrônomos nem curte essa expressão, justamente pela margem que dá para os viciados em apocalipse. Mas até entendo que popularmente o fenômeno possa ganhar esse nome, porque em seu momento mais espetacular a Lua fica com um tom avermelhado.

Por que isso acontece? Imagens falam mais do que mil palavras, então dê uma olhadinha nesse vídeo incrível feito pela Nasa, que mostra como o eclipse lunar seria visto da Lua!

A história é verídica. Inacreditável mesmo é que cinco séculos depois ainda exista alguém capaz de cair nessa mesma conversa. Os eclipses não são sinais divinos. São apenas espetáculos celestes, momentos em que podemos nos colocar em sintonia com o Universo e apreender a beleza de seus movimentos. Saiba como aproveitar ao máximo o fenômeno que acontecerá logo mais!

COMO OBSERVAR

O eclipse poderá ser visto em todo o Brasil, mas num horário meio ingrato. O começo é à 1h53, mas essa fase é praticamente imperceptível, porque apenas parte da luz solar está sendo bloqueada pela Terra (diz-se que a Lua está sob a penumbra terrestre). Nosso satélite só começa a entrar na sombra forte mesmo (chamada de umbra) às 2h58. Aí a impressão é de que a Lua está sofrendo uma crescente “dentada”, até as 4h06, momento em que nosso satélite está completamente encoberto. É a partir daí que se começa a perceber a cor avermelhada. às 5h24, o satélite começa a sair da umbra e vai recobrando sua aparência natural. E aí acaba a festa para nós, porque a Lua vai se pôr no horizonte oeste, enquanto o Sol surge no leste.

De forma geral, não existe fenômeno natural mais fácil de observar. A olho nu já se percebe muitíssimo bem, e binóculos sem dúvida agregam valor. Telescópio pode ser bacana, mas o legal mesmo é ver a Lua por inteiro, então não são realmente necessários. A única coisa que pode impedi-lo de acompanhar o espetáculo é a nebulosidade. Torça para não estar nublado.

Aproveitando o ensejo, enquanto o eclipse rola, se você quiser ver um fenômeno adicional, pode procurar Marte, que anda bem pertinho de nós por esses dias e aparece bem vistoso no céu, vindo logo atrás da Lua, como um astro vermelho de brilho estático, sem cintilar. Com efeito, ele faz sua aproximação máxima de nós na atual temporada hoje e tem propiciado bom espetáculo aos observadores. Também é visível a olho nu, mas para enxergar detalhes do planeta, só mesmo com um telescópio poderoso.

Certas análises políticas são precisas, incontestáveis. Olha essa de uma velha raposa política.

O silêncio de Lula

Amigo do silêncio

Diante do fatídico encontro de Lula e Gilmar Mendes no escritório de Nelson Jobim, Esperidião Amin produziu a seguinte maldade no plenário da Câmara, ontem à noite:

– O período em que a popularidade da presidenta Dilma mais subiu foi, por uma triste coincidência, o mesmo em que Lula passou em silêncio.

FONTE: COLUNA RADAR – VEJA – Por Lauro Jardim