ARTIGO – Mulheres, sempre à beira de algum abismo. Por Marli Gonçalves

tumblr_n22lpobkUP1sltk8co1_500Muitas vão ler isso, virar a cara, fazer muxoxo, espernear, negar, dizer que estou exagerando, que não é tudo isso, mas nunca na frente de um espelho. A mais nova ridiculice, misto de tolice com ridículo, é ficar discutindo se qualquer tititi que tem mulher no meio é feminismo ou não. Aliás, ultimamente se afirmar feminista – e eu, já adianto, sou, até porque sei do que se trata – é equivalente a ser uma bruxinha. Errado

Pois repito: mulheres, sempre à beira de algum abismo. Sempre tendo que fazer uma escolha, tendo que se desdobrar especialmente mais, com a corda esticada no limite. Não pensem que é fácil falar tão duro, mas de novo essa semana vamos ouvir muito aquelas frases construtivas que inventaram dizer em nossos ouvidos e só não tão piores como as que aparecerão no Dia das Mães, que aí o jogo é mais duro ainda. O Dia Internacional da Mulher, 8 de março, não foi criado para vender rosas nem batons. É dia nosso, mas em outros sentidos, quando devíamos todos contemplar a situação, inclusive a sua própria situação, se for mulher. Só isso. Não é nem feriado; é simbologia. É dia criado para nunca esquecermos quando outras mulheres antes de nós começaram a se impor. Não precisa mudar nada se achar que está tudo bem. Ok? Calma. Ninguém quer brigar.

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É certo ainda que novas formas sexuais híbridas começam a se apresentar bastante influentes, e mudando a paleta de cores do que é ser homem ou ser mulher. Há variações. No caminho o povo vai se acomodando onde lhe aprouver, tantos homens quase mulheres e mulheres quase homens, numa interessante gradação. Que acomoda a todos.candystriper_pushing_pregnant_woman_hg_clr

Mas repito: ser mulher é mais complexo, essa coisa de ser geradora, fabricante de outros humanos, importa sim. Mas não é fundamental, até porque entre nós há as que não querem fazer ninguém. É mais complexo na coragem, na força que tira sabe-se lá de onde quando acuada, nas escolhas de sofia que faz praticamente todos os dias, nem que seja escolhendo o cardápio da casa, ou a cor de seus sapatos. Se vai prender ou soltar os cabelos. Cheguei à conclusão de que as mulheres sempre têm muito mais o que decidir. O dia inteiro, toda hora. Sinto na pele.

A mulher tem de sobreviver, nascer, crescer, ter orgasmos, ser feliz, bonita e disponível, compreensiva, dedicada, delicada, ao mesmo tempo que está na máquina de moer carne do mercado. Ainda tem que esperar que percebam que é dona absoluta de seu próprio corpo, não está disposta a assédios brutos. Sem autorização, jamais toque numa mulher, nem pegue nos seus cabelos – ela pode se transformar em uma onça. Eu, pelo menos, até afio as garras.

womanHá muitos paralelos. As meninas do movimento #vaitershortinho nos lembram vagamente o que foi a polêmica da minissaia, os 20 centímetros acima do joelho que mudaram uns rumos, desnorteando revolucionários. Hoje são outras coisas as solicitadas e fundamentais. Vamos lá. Outras igualdades, se é que ainda poderá haver algo igual a outro analisado do ponto de vista de gênero.

3d animasi woman playing violin animated human animation could be wallpaper and screensaverVamos organizar melhor essa batucada.

Outro dia li e fiquei muito contente com a notícia de que a Marilia Gabriela vai fazer um novo TV Mulher, reeditar a ideia básica. Vai sair coisa boa daí. Multifacetada, ela acompanhou todo esse tempo a que me refiro, que não é muito, mas já são décadas. Vamos poder conversar melhor – espero que façam as mesmas boas pautas de outrora. As sexólogas também deverão ser muito mais arrojadas do que eram a Marta Suplicy e outra famosa da época, também Matarazzo, a Maria Helena, que lembro como mais conservadora.

Vamos, por favor, continuar comentando, observando, fazendo. Nos encontraremos todas à beira de nossos abismos pessoais, e onde acabamos sempre por mergulhar, no mínimo para ver no que dá.
Mulher é curiosa.

SP, 2016 programmer_woman

Marli Gonçalves, jornalista Estamos em um momento muito pulsante, que não requer divisões, mas homens e mulheres com atitude. Ah, outra coisa, antes que esqueça: se me xingar de feminista eu gamo, entendeu?

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ARTIGO – Não basta só ser séria? Tem de parecer séria?

MARLI GONÇALVES   Eu a vi, mas até demorei a reconhecer – dependi do letreiro. Na televisão, a jornalista amiga fazia tanta força para parecer bem séria que ganhou pelo menos uns dez anos a mais na expressão crispada. Ando meio invocada com essa infestação de conselhos para tudo e todos que anda por aí. O que é pior: as pessoas acreditam e tentam seguir à risca regras e manuais. Liberdade para as borboletas!

É uma ditadura do comportamento. Uma verdadeira armadura medieval. Tem de fazer isso e isso, pensar aquilo, usar tal coisa dessa maneira, assim, assado. Não pode tal; nem passar perto daquilo. A impressão é que em breve novamente florescerão os cursos de boas maneiras para moças, e aquelas escolas de donzelas que antes de sorrir levam as mãos aos lábios. Nada de brejeirices.

O resultado é que pelas ruas e telas vemos as mulheres que têm muito o que dizer, mas para ser ouvidas parece que precisam ficar e se mostrar sisudas, tipo braços cruzados, lábios duros “sem mostrar os dentes”, roupas clássicas em tons bem neutros. A cara não pode ter muita expressão, a não ser a da seriedade auto-imposta, e um certo mau humor do tipo “fique distante”. Uma coisa Dilma. Preocupa-me essa profusão de Dilmas, neste sentido, que estão aparecendo.

O outro resultado é a legião de iguais e mais iguais que vemos por aí. Mais que “Maria vai com as outras”, formas de aceitação e submissão. Canso de ver matérias de revistas e sites renovando mês após mês, igual menstruação, ensinamentos, “dicas” (como chamam para buscar torná-las mais palatáveis) de como se dar bem, como melhorar rendimentos, como crescer na firma, como-isso-como-aquilo. Sabe como é, não? Água mole em pedra dura tanto bate até que fura. Parece que estão conseguindo convencer o povo de que isso tudo é bom.

São listas e listas que chegam ao cúmulo de gastar espaço para perguntar a homens o que acham da cor de esmalte das unhas das mulheres… das unhas dos pés! Homens são vítimas também, bem sei, mas eles se importam muito menos com críticas alheias às suas vontades, e a grande maioria vive bem, mais livre de fantasmas. Homens mais velhos ganham charme com seus cabelos prateados, grisalhos, e em geral algum dinheiro a mais no bolso. Dependendo da carteira podem tudo – até ser jecas. Também são alvo dos manuais de comportamento, mas uma certa rebeldia pode até vir a contar pontos.

Já às mulheres, por sua vez, depois de tantas batalhas duras que tivemos pelo reconhecimento de nossas especificidades, direitos, e lugar ao Sol, estão sobrando virar massa de manobra. Inclusive de outras mulheres interessadas em vender suas receitas prontas de bolo, como se todas fossem uma massa pronta a por no forno, subir com o fermento e desenformar, servindo suas fatias à sociedade.

Voltam aos primórdios da comportada Pompéia, sofrendo com o marido imperador César, em seu original: “Não basta que a mulher de César seja honrada; é preciso que sequer seja suspeita”.

Querem coisa mais dominadora do que isso?

Por fatos assim nossas revolucionárias hoje são bem outras. É Lady Gaga, que faz milhões aparecendo até com vestidos de carne e alface; são as ucranianas que para berrar contra qualquer coisa tiram a blusa. É a Hebe doida para dar selinhos. É a Marília Gabriela brincando com óculos diferentes e as mãos grandes que desenham as perguntas no ar. É a atriz Lilian Cabral arrasando como Griselda Pereirão.

Ando começando a ficar preocupada se, para sermos livres sem que ninguém ache que não somos sérias, vamos ter de começar a nos travestir. Essa concorrência é que vai ser séria.

São Paulo, o lugar para ser diferente, 2011(*) Marli Gonçalves é jornalista.Muito séria, embora não pareça, nem queira ser mulher de César. Está treinando fazer cara de paisagem.

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Marilia Gabriela não falou ( e não fala) sobre o Giannechini, mas repórter do UOL escreveu matéria, como se fosse exclusiva e deu destaque. Isso não é jornalismo.

Mexeu com amigo meu, ou com gente de quem eu gosto, mexeu comigo e eu dou pernada mesmo.

Assim, adianto que este caso é pessoal. Primeiro, porque mexeu com a Gabi; segundo, porque mostra a quantas andas a nossa profissão de jornalistas.

A assessoria do SBT está agendando uma série de entrevistas dela, Marília Gabriela, para que ela possa falar sobre o novo programa de entrevistas, agora também às quartas feiras na emissora.

Pois bem: hoje estavam marcadas entrevistas – por telefone –  para o Meio&Mensagem, para O Globo ( Patricia Kogut) e para o UOL, que indicou uma repórter do Rio, chamada Paula Costa.

Com as outras entrevistas, inclusive as dadas ontem para a Folha e para o Estadão, nenhum problema, mas com o “uol/celebridades…”

Não é que essa  jornalista do UOL resolveu que ia se dar bem, e logo em cima de quem?

Logo que vi o título da chamada do UOL – “Gianecchini está reagindo bem ao tratamento”, diz Marília Gabriela – já tinha ficado cabreira, porque sei que Gabi não diria nada sobre esse assunto nem amarrada em cadeira elétrica.

E eu tinha razão. Já não bastasse a publicação de uma foto muito da malfeita, ontem, de Gabi, de costas,  saindo de um restaurante de perto da casa dela,  com o Gianni, que o mundo já está careca de saber que está careca por causa do tratamento, e o que não interessa a ninguém de bom senso, o Portal publicou com destaque a ideia de que Marilia havia dado entrevista sobre isso.

Resultado: a repórter já ouviu, merecidamente,  cobras e lagartos, da própria Gabi. E como hoje não há mais chefia responsável  e a internet aceita tudo quanto é lixo, a matéria continua no ar.

Sobre o programa de tevê, sobre o qual a jornalista e apresentadora  falou com a dita, que se por acaso pretende fazer jornalismo assim vai estar frita logologo, nenhuma palavra.

Isso não é jornalismo. É sensacionalismo.

Em tempo: quando questionada sobre Giannechini, por repórteres, amigos, no banheiro, no estúdio, ou no elevador do prédio onde mora, a sua resposta padrão é essa, sempre foi:

– Ele está bem. Ele é muito positivo e vai ficar bem.

(O que, convenhamos, não chega a dar uma grande matéria, nem manchete,  né não?)

E vai mesmo.

 

Artigo – Ousar é preciso

Navegar também é preciso, principalmente em tempos internéticos. Ser audaz significa muito para mim. Também podem me chamar de atrevida. Vou gostar.

Há algumas semanas a palavra Ousadia, ouvida de uma boca e com uma voz que amo muito, está na minha cabeça. Linda palavra, de lindos significados. Gosto demais de tudo que quer dizer movimento, andar para frente, criar, fazer, acontecer. Ousadia é tudo isso e muito mais, sempre acima do que é permitido até aquele momento. Ultrapassou, ousou. Pode ser uma transgressão, mas sempre feita com muita racionalidade.

Ousar requer decisão, coragem, vontade, desejo. Para ousar é preciso aprender, enfrentar, e muitas vezes desafiar o estabelecido, o comum. Quem ousa, arrisca o tudo ou nada, certamente sempre na busca dessa tal felicidade. Ousar é mais humano do que animal, que aprende atavicamente. Para ousar é preciso pensar e raciocinar. Coisa de gente.

Ousar é preciso. De precisão de movimentos, já que sempre é a busca de uma realização. Ninguém ousa de bobeira, mesmo que assim lhe pareça. E há, sim, a relação com o navegar precisamente em águas que podem não ser tão estáticas. É dos navegadores antigos a frase gloriosa: “Navegar é preciso; viver não é preciso”. Teria sido dita primeiro por Pompeu, general romano, aos marinheiros amedrontados que se recusavam a viajar durante e para a guerra. Horácio começou a imortalizá-la, e finalmente, Fernando Pessoa, a trazê-la para nós em nosso tempo:

“…Quero para mim o espírito [d] esta frase, transformada a forma para a casar como eu sou: Viver não é necessário; o que é necessário é criar. Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso. Só quero torná-la grande, ainda que para isso tenha de ser o meu corpo e a (minha alma) a lenha desse fogo…”

É isso. Irmã da audácia, a ousadia move o mundo. Como explicar as descobertas, o nascimento de líderes? E como são ousadas, entre tantas, as mulheres, as baixinhas, especialmente! Os esportistas radicais que nos mostram os limites do corpo! Os poetas, que ultrapassam todos os limites! Os gênios que pasmam o mundo. Os artistas que lhe dão as formas reais, na arte e na moda. Ousadias são quase sempre visíveis.

Mas ousar não é coisa para meros exibicionistas, nem para amadores. Homens diriam, alguns grosseiramente, que é necessário ter culhões, como resumo de coragem e firmeza. Mulheres diriam bom gosto, refinamento, propósito. A ousadia aumenta com o amadurecimento que nos dá a segurança, embora também em muitos casos o próprio amadurecimento também nos apresente ao temor e ao medo. Daí, quando pessoas mais velhas ousam, atenção, que a coisa é mais séria, libertária, e objetiva. Sai da frente.

Tenho pensado muito sobre isso, ousadia, desde que ouvi o som da palavra, dita como contei, numa ocasião muito especial. Ali, naquela hora, apenas sorri. Mas algo dentro de mim havia se emocionado, e porque eu também fazia parte importante daquela audácia citada, explícita, um momento fugaz. Podemos ousar sozinhos, ou acompanhados.

Em se falando de ousadia, pensei de novo nesta semana, ao assistir ao show de Marília Gabriela, a quem admiro de forma particular. Em “Incoerente”, ela cantou, cantou, cantou – ” Cantei, cantei, nem sei como eu cantava assim… Só sei que todo o cabaré/ me aplaudiu de pé/ Quando cheguei ao fim”, como em Bastidores, do Chico. Jornalista, atriz, apresentadora e entrevistadora de mão cheia, ela ousa também cantar. E vai à luta. A impressão que se tem é de que, já queestava na chuva, não teve medo algum de se molhar. No repertório, clássicos cantados com redobrada personalidade; canções românticas apresentadas com um tesão provocante; e o orgulho de ser quem é, sempre mutante. No texto, pitadas de humor e algumas reverências e referências, como a Tom Jobim, Caetano e Gil, esses que até compuseram especialmente para ela, há muitos e muitos anos, e ela tirou do bauzinho, de onde revela muito do fascínio que exerce sobe os homens. No corpo sexagenário perfeito, ereto, ativo, inventou também uma reboladinha de quadril genial. Uma para o rock, outra para o blues, e uma insinuada e sinuosa onda na bossa nova.

Na platéia estrelada, bocas abertas. Algumas muito poucas para falar mal, hábito social, entre dentes. Ali, em um ambiente pequeno, as estrelas usaram as mãos mais para aplaudir, certamente invejosas de tanta maleabilidade. Reis da bola, do pé e da perna como Pelé e Ronaldo. Reis da tevê, como Boni. Reis do jornalismo, das artes, da fotografia. De fome, Gabi não morre. Se canta, dança, sapateia, representa, escreve, fala, pensa… sempre há de ter o que fazer bem. Isso é o que merece consideração. Que todos se mordam de inveja dos seus lindos amores, dos programas em três emissoras distintas, de sua família, de sua coragem! Chama-se ousadia. Qual será a próxima, Lady Macbeth?

Foi assim que resolvi finalmente tocar neste assunto, na palavra que tanto quer dizer e tanto me disse. É do que precisamos, para fugir da mesmice, do monótono, da rotina. Se navegar é preciso, viver é preciso, ousar é preciso. E se Fernando Pessoa tinha razão em dizer que “tudo é ousado para quem a nada se atreve”, quero começar apenas a achar que elas, as ousadias, devem ser liberadas.

Dá até slogan. Ousadia: use e abuse.
São Paulo, mais do mesmo que se vai, indo, navegando, ouso dizer

Marli Gonçalves é jornalista. Ser audaz, atrevida, destemida, confiante: um dia chego lá

Um alô!: Na quinta-feira, 25 de novembro, na Livraria da Vila da Alameda Lorena, 1731, Jardins, São Paulo, Capital, vou estar (19hs) no lançamento de uma ousadia de 12 anos de trabalho e persistência de minha amiga Catherine Krulik, fotógrafa da mais alta estirpe. Será o lançamento do livro que eu chamo de arte pura, reunindo imagens de Catherine captadas das maiores manifestações populares do país, “Carnavais do Brasil”. Editado pela Grão, da Maristela Colucci, em conjunto com a Peirópolis, da Renata Borges. Olha só: fui eu que fiz o texto, que ainda verei também traduzido na obra, em inglês e francês. Uma ousadia, que espero que todos gostem tanto quanto das fotos maravilhosas e impactantes de Catherine, francesa radicada e amada no Brasil.

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Especial: Flashs e fatos do maravilhoso show “Incoerente” de Marília Gabriela cantando. E muito bem. Festa de estrelas. No palco. E na platéia.

Ontem, quarta, 17 de novembro, tive a honra de também estar na platéia do Show Incoerente, que Marília Gabriela fez no Bourbon Street, em São Paulo, capital.

Demais. Arrasou! A palavra mais correta para definir Marília, um pessoa mais do que muito querida e admirada por mim é só uma:

OUSADIA

Ela ousou no show, nas músicas, no repertório dificílimo, no texto, na apresentação. Um passeio. Linda,  simples. Primeiro de camisa branca e calça preta de alfaiataria, a elegância. No fim, a troca: uma camisa preta e uma calça de couro preta. Simples, a elegância quando é nata é assim mesmo.

As mãos floreiam o texto; as caras exprimem a interpretação diferente de cada música escolhida, todas gloriosas, sob a regência e direção de Ruriá Duprat, o maestro, e com um quinteto fantástico acompanhando, numa cozinha de jazz, bossa nova, MPB,  blues, e uma pitada de rock. Músicas que Gil e Caetano lhe deram nos Anos 80 apresentadas com a leveza de quem é. Dane-se quem fala, o que falam e porque falam.

Marília recebe cumprimentos após o show. O perfil à direita é do Cesar Giobbi

Na platéia, uma miríade, que vou tentar listar: Ronaldo e esposa, além de vários armários de segurança, Boni, o homem de tevê que Marília diz que foi quem a convenceu a fazer o show; o rei Pelé e uma turma; Antonio Fagundes e namorada; Jô Soares; jornalistas Monica Waldvogel, Mona Dorf, Augusto Nunes, Paulo Moreira Leite, Cesar Giobbi, Carlos Brickmann, eu..; o genial fotógrafo Miro, Vanessa e marido Buaiz, Alicinha Cavalcanti com um gatinho digno de nota a tiracolo; minha lindinha Mary Nigri, José Victor Oliva, o psicanalista Contardo Calligaris. Da família dela: a irmã, Marisa, o filho Cristiano, com a esposa grávida, a deliciosa e divertida Daniela Valente, o meu xodó Teodoro…

Esses o que eu vi. E devo estar esquecendo de muita gente…

Trouxe uns flashs e umas imagens que fiz durante o show, com o celular. Desculpem a qualidade, que a luz era baixa e não dava para, digamos, usar flashes… As fotos também foram feitas meio assim, após o show, no empurra-empurra. Mas dá para ter uma idéia legal.

Antonio Fagundes, simpático (!!!!) com o CQC, na saída...

Para relembrar e relembrar, de novo e again. Elis, 30 anos atrás

Estávamos procurando saber mais de Adoniram.

 Achei um CD que não lembrava mais e foi maravilhoso ouvir de novo.
Demos de cara com essa entrevista de Elis Regina, com a pequena Maria Rita pelas mãos, em entrevista à Marília Gabriela na TV Mulher.
HÁ 30 ANOS, AMIGOS!
Uma loucura ouvir como alguém pode prever um futuro, e a modernidade que ainda não chegou porque gente assim já morreu.
Emocione-se. E veja que bonitinha a Maria Rita, vesguinha da Silva