#ADEHOJE – SEMANA QUENTE NA POLÍTICA E NA JUSTIÇA INTERCEPTADAS

#ADEHOJE – SEMANA QUENTE NA POLÍTICA E NA JUSTIÇA INTERCEPTADAS

SÓ UM MINUTO – Terremoto ou tremor na Operação Lava Jato? O site Intercept começa a publicar material de vazamento de telefonemas e contatos de Sergio Moro com os procuradores da Operação Lava jato. Registram, inclusive, observações e orientais do hoje Ministro da Justiça em alguns casos. O mundo jurídico está fervendo mais do que fogueira de São João, porque o juiz sempre precisaria manter equidistância par a poder julgar e não contaminar as provas. Isso vai longe, muita água vai rolar. Um passeio pela internet já mostra mais uma vez a loucura da divisão nacional. Uma parte ataca; a outra defende a Lava Jato que, enfim, se mostra não tão puritana.

Claro que a Lava Jato tem e teve papel importante no combate à corrupção, mas a Justiça tem regras bastante precisas de como devem ser conduzidos os processos. Tudo poderá ser rejulgado, vejam bem, de acordo com novos flashes dessas conversas.

Fora isso, mais índices mostram a ladeira abaixo, crescimento, produção industrial…

Semana terminou com acidentes pavorosos, viu , Sr Bolsonaro? E violência!

#ADEHOJE, @ADODIA. MORO PONTUA COM PONTO E VÍRGULA AS SANDICES QUE NOS INCOMODAM. ISSO É BOM.

#ADEHOJE, @ADODIA. MORO PONTUA COM PONTO E VÍRGULA AS SANDICES QUE NOS INCOMODAM. ISSO É BOM.

 

 

Na longa entrevista que concedeu nesta terça-feira, o juiz Sergio Moro, futuro Ministro da Justiça do Governo Bolsonaro respondeu a muitas questões sobre fatos que nos atormentam das frases ditas pelo clã Bolsonaro. Para o juiz é fundamental a lei, a justiça para manter a democracia, os direitos das minorias e para tomar as melhores decisões. Muito bom, se for verdade. Ele botou uma vírgula e uns pontos no discurso ainda atabalhoado do futuro presidente.

 

ARTIGO – Moro, na marra, morou? Por Marli Gonçalves

Morou? ( entendeu, compreendeu, manjou, sacou, apreendeu, atinou, captou, percebeu? ) Já fui logo correr atrás de uma gíria bem de época para poder combinar com o climão geral. É uma brasa, mora! Ele já deu entrevista dizendo com todas as letras que jamais seria político, mas voltar atrás no que já se disse, e esquecer o que se escreveu ou prometeu, é praxe por aqui, e ele não será mesmo nem o primeiro nem o último. Como se moverá Sergio Moro nesse tabuleiro?

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Não aguentei o ar de suspense em torno da decisão do juiz Sergio Moro de aceitar ser o xerife do novo Governo Bolsonaro, ops, aceitar ser o Super Ministro da Justiça + Segurança Pública + Funai + CADE + PF + uma penca de órgãos. É de um amigo a melhor definição sobre o fascínio e atração do poder: a limusine na porta. Essa limusine veio caprichada, com o tanque de combustível tão cheio que pode chegar até a próxima eleição, daqui a quatro anos. Se não for abalroada, porque também pelo que assistimos não faltarão inimigos, que esse povo é mesmo uma brasa, mora!

Primeiras sugestões: tirem os espelhos das salas. Comprem paletós para os egos. Aumentem as soleiras das portas. Não bebam nada que oferecerem. Não aceitem bombons de estranhos. Rezem. Depois penso outras formas de sobrevivência no habitat Bolsonariano.

Mas tudo vai depender de tudo, morou? Primeiro de não ocorrer nenhum pega interno, por exemplo, com o astronauta Marcos Pontes, que deve estar se mordendo todo. Indicado Ministro da Ciência e Tecnologia, despencou do noticiário assim que o Moro apenas informou que iria se encontrar com Bolsonaro para conversar e decidir. E logo já chegou ao Rio de Janeiro com uma nota oficial prontinha no bolso do paletó. Prevenido, esse juiz.

Imaginem a ciumeira geral e aquele certo temor. Afinal, ninguém sabe ao certo a dimensão de tudo o que o paladino juiz sabe, ouviu, leu, guarda na toga, esconde atrás do sorriso enigmático.

De um lado cartada de mestre de Bolsonaro – “mito” atrai “mito” para perto de seu controle – não consigo deixar de pensar, porém, que também ele arrumou uma boa sarna para se coçar, abriu a porta de casa ao único e maior rival que poderia ter nesse momento. O povo brasileiro resolveu acreditar que existe e sair atrás de seres novos para arrumar os trilhos.

Ao mesmo tempo, também muito espertamente, com Moro, Bolsonaro alivia as próprias costas, divide as responsabilidades.

Heróis, paladinos, donos da verdade no Céu e na Terra, concentração de poderes, emissão contínua de motes religiosos, juntando gente certinha, aparadinha, tradicional. O momento que se espalha pelo país é masculino, branco, cara lavada, usa cashmere jogado nos ombros, passa gel no cabelo, adora uma camisa branca engomada, um terno cinza mal cortado. Não tem brinquinho, barba, nem tatuagem, rabo-de-cavalo e tiara, então nem pensar. A República agora é “Barra da Tijuca”, classe média, zóio azul, vai em outro hospital, e até o time para o qual torce não tem só preto e branco.

man_hampsterÉ aguardar no que vai dar, e logo, o que vai mudar até na moda e costumes que espalharão. Não será uma revolução nem um golpe. Dois meses até a posse e ainda muita água pra rolar debaixo das teias que Bolsonaro planeja montar e que já atraem as moscas azuis.

Está tudo tão rápido que até resolvi fazer e convido você a participar: um programinha – faço gravações quase diárias #ADEHOJE, #ADODIA, em vídeos curtos e naturais de conversa ou mesmo desabafo sobre as incertezas do momento e o nosso inabalável otimismo e vontade de que as coisas deem certo, mesmo quando ficamos com os dois pés atrás. Nas redes sociais, Facebook, Instagram, no YouTube, no site e no blog. Me acha, vai!

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Marli Gonçalves, jornalistaA gente precisa ficar conversando o tempo inteiro, para ninguém dormir no ponto.

Brasil, Final de 2018, na organização para andar

 

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ARTIGO – Barbaridade e barbeiragens. Por Marli Gonçalves

assaltantes, traficantes e quetais

Barbaridade e barbeiragens

Marli Gonçalves

Pior do que está pode ficar sim. Pior do que o que vemos, sentimos e não estamos acreditando como é que pode, e acontece bem sob as nossas barbas, é que estas – as ARTIGOnossas barbas – estão de molho. Os causadores, criadores, desgovernadores, irresponsáveis e apaniguados, podem ver, passa minuto a minuto e ainda estão lá em suas cadeiras, sentadinhos com seus enormes traseiros. Como se nada estivesse acontecendo, não devessem satisfação para ninguém

Barbárie é pouco para descrever tudo isso. É o horror, o terror, o mais inimaginável no mais louco Filme B que se possa criar, dos de quinta categoria, cheios de catchup e outros efeitos toscos. É mais do que Sexta-feira, 13, Jason, O Exorcista, A Vingança dos Zumbis das facções, Pânico 1, 2,3 e 4, O Massacre da Serra Elétrica, Tubarão, Piranha, o filme. Todos juntos.

E nós sabemos o que eles fizeram nos governos passados que se prolongam nesse nosso futuro. Nada nada. Ou fizeram errado. Ou estavam ocupados roubando. Nos esbofeteando com suas frases feitas, explicações vazias, promessas que se repetem , nunca cumpridas – apenas se repete mais uma vez a lista das providências que serão tomadas no Dia de São Nunca, depois que o buraco abriu muito mais lá em baixo.

Adoraria saber que quando você estiver lendo esse artigo o Ministro da Justiça – este ser que vem colecionando fatos demonstrativos de sua total incapacidade para um cargo importante como esse – já terá sido demitido. (E que depois disso alguém conte a ele que em boca calada não entra mosquito, e que dizer que vai querer erradicar a maconha no Brasil é coisa de quem tomou droga bem ruim). Adoraria saber. o Governador do Amazonas já tenha sido, digamos, transferido e internado no hospício: coitado, este anda procurando santos por aí, e até na cadeia!simpson-rodando

Espero ainda que o Temer já tenha posto um bom dicionário em cima da mesa dele para conhecer o valor das palavras na realidade brasileira. Acidente pavoroso, presidente? O senhor teve três dias – enquanto ficou caladinho depois das mortes em Manaus – para treinar na frente do espelho, falar em voz alta o discurso que faria. Se o seu ouvido for suprapartidário ele logo o teria alertado. Acidente pavoroso, presidente?

Mas, infelizmente, creio que nada disso terá sido feito; não teremos essa sorte. Passaremos mais alguns dias ouvindo patacoadas, contradições, vendo suas caras atônitas como se essas pedras já não viessem vindo e sendo cantadas a plena voz. Essa, a do barril estourando nas grandes prisões, é só uma. Grande. Vergonhosa. Com suas dezenas de cabeças decapitadas, membros decepados, requintes de crueldade e insanidade como olhos e corações arrancados – cenas gravadas e enviadas às redes sociais numa produção cinematográfica macabra.

Grande a ponto de sobrepujar e mandar para o rodapé uma grande explosão ocorrida em Cubatão, na Vale Fertilizantes, que liberou o altamente tóxico nitrato de amônio. Que pode ter contaminado gente, bichos, plantas, água, terras. Uma enorme nuvem vermelha. Aguardamos mais informações.

Grande a ponto de nem ligarmos tanto para o ataque no aeroporto americano, que ainda se discute se foi terrorismo ou não. Desculpem, para mim, é terrorismo sim, pode até ser sem causa, solitário, mas é terrorismo. É terrorismo a situação que deixaram o Rio de Janeiro. Teve terrorismo em Manaus, Boa Vista, Campinas, onde um doido entrou o ano matando toda a sua família e quem mais estivesse perto dela. É terrorismo o que fazem as facções criminosas de letrinhas e nomes exóticos. É terrorismo o que estão fazendo com nosso país.

É a barbárie sim. É primitivo. Barbárie também é além da selvageria, erro crasso de linguagem ou de escrita. Acidente pavoroso, presidente?

É barbeiragem. Param em local proibido. Ultrapassam pela direita. Não sabem como dirigir sem fazer zigue-zagues.

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20160813_143252Marli Gonçalves, jornalistaHorrorizada como ainda tem quem não perceba a gravidade dos fatos, e ainda aplauda, com a boca cheia de asneiras para suas ignorâncias.

2017, o ano que já começou.

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ARTIGO – O povo vai para a rua. Por Marli Gonçalves

PASSEATASpasseataO povo vai para a rua? O povo vai para a rua! O povo vai para a rua. (O povo vai para a rua). “O povo vai para a rua”. As mesmas palavras podem ter sentidos tão diferentes dependendo da pontuação, do lado que se fala, de quem, onde se fala, quantos falam, do tamanho da exclamação e da dúvida. Mas precisamos pagar para ver?Pagar para ver. Ver quem é que recebe para bombardear ou para apoiar, ou quem não recebe, mas também não pensa e sai por aí esquecendo a argumentação sólida em casa. Quem é maria-vai-com-as-outras. Quem vai até o fim. E – o que anda preocupando muito – quem sabe exatamente o que está pedindo e o que significa. Pelo que ando observando, se fosse um quesito para liberar a entrada na manifestação, seria vetado.

O povo vai para a rua. Já está havendo demissões em massa. “Rua!” – é o que milhares de trabalhadores de alguma forma ligados às empreiteiras e à Petrobras estão ouvindo, em muitos cantos do país. Igual castelo de cartas. Para achar pré-sal precisa fazer isso, isso e aquilo, que não está sendo feito e então não precisa construir plataformas, nem navios, nem estaleiros, nem canos de transporte, nem engenheiros, nem secretárias, nem office-boys, nem seguranças, nem ninguém nesta linha de produção. Todo esse mundo também não vai mais comer, comprar roupas, investir, viajar, se hospedar, e la nave va… A cidadezinha ou região que ia ser o centro do crescimento-desenvolvimento-captação-recursos ficou a ver navios, os que não serão construídos, fantasmas. Os que ouviram Rua! e já estão nela, por sua vez dirão “Rua!” para seus próprios funcionários e vão deixar de comprar mais coisas que deixarão de ser produzidas na escala porque apertem os cintos: o consumidor sumiu! Tá ouvindo o barulho? É muita gente, talvez você ainda não tenha se dado conta. Olha só. Uma das empresas, só uma, tem 120 mil empregados. O povo vai para a rua!

COMO A GENTE SE SENTE...O povo vai para a rua! Pelo menos é o que vemos um monte de gente combinando por aí, principalmente no Banco Imobiliário, ops!, quis dizer na internet e redes sociais.

Não queria, mas não estou pondo fé. Primeiro, talvez porque para mim é claro que estamos mais divididos que bandas de laranjas a ser chupadas por boquinhas ávidas. Depois, marcaram para um…domingo! Domingo lá é dia de protestar contra o governo? A gente nunca vai aprender? Nunca mais vamos ter uma oposição organizada e esperta como a que conseguimos quando pusemos abaixo a muralha da ditadura? Ou, outro dia mesmo, em 2013, qual foi o dia mais legal das manifestações? Uma segunda-feira, ora pois pois.

Mas o pior é que o samba pode atravessar – e feio – na avenida. Aqui em São Paulo, na Avenida Paulista, para onde está marcada, o prefeito que adora dar tintas, mui sutilmente trancou a avenida com sua obra de faixas para bicicletas, uma espécie de fixação que ele tem, parecida com a que o Suplicy tem com o seu renda mínima. Mas Suplicy é louco manso, só perturba a vida das pessoas para lá e para cá cantando Bob Dylan com seu livrinho debaixo do braço. Esse prefeito aqui, de esgueira, na maciota, tornou a Avenida Paulista inóspita para manifestações, com suas pedras e blocos, buracos e máquinas. Ah, os ambulantes que estão tornando inviável andar por ela – esses ele deixou porque ajudam bastante a atrapalhar, uns hippies sem noção com o relógio parado há cinco décadas, a grande maioria. Nossa, é mesmo! As maiores manifestações têm sido contra o partido dele! Que coincidência. Como não tínhamos pensado nisso antes?

Mas, mais do que esses problemas físicos ou de dia da semana, o que mais torna nebuloso o que vai acontecer nos próximos dias é o que podemos chamar de sujeito difuso, no caso, confuso também. Impeachment? Intervenção? Oi? Tão lókis? Não beba antes de tentar se manifestar. Formem outro bloco, pelo amor de Deus! Deixa o bloco de agora – e eu garanto que se assim for vai bombar – só formado por gente que quer protestar contra o governo por motivos que todo mundo quer protestar contra o governo, até quem nele votou, e, se bobear, até quem dele faz parte, por vergonha. Não tem unzinho ser contente!

Se for assim, beleza, juntará quem estiver protestando contra a falta de água, as incertezas da energia elétrica, o preço acachapante das coisas no mercado, nas feiras, o preço da carne, a falta de escolas, creches, falta de poda de árvores, de limpeza nas ruas, saúde em pandarecos, os aumentos das contas de luz, telefone, gás, água, ipeteús, ipeveás, ierres, sem qualquer compensação, muito ao contrário – cada dia uma “Elza” nova é revelada, um passou a mão em algo de algum.

Ok, quer “falar mal da Dilma”? Pode. Mas não precisa pedir impeachment, a cabeça dela na bandeja, e uma inevitável instabilidade política que adviria disso, sem dúvida alguma. Vai lá, chama de gorda, feia, descompetenta, descompensada, mas pensando sempre em melhorar o país. Que ela se ligue e melhore, e que o partido a que ela pertence tire essa venda que insiste em usar para cobrir os olhos diante da crise aqui já na ponta do nosso nariz, tipo espinha dolorida. Crise de consciência, de vergonha diante do mundo, de tantas pechas que pregam na Nação, desses modelos ultrapassados de esquerda X direita, de teses econômicas amarguradas.

Leitores queridos, por favor, leiam bem o que estou querendo dizer antes de querer me esganar, esteja você de que lado for dessa pendenga. Eu mesma acho estranho meu esforço e o de muitas pessoas tentando incutir um certo bom senso, chegando até em algumas horas a defender alguns que formam o governo. Tipo essa agora do Ministro que recebeu os advogados, e que alguém tem de ir lá beliscar ele, falando no ouvido “Quem muito explica, cada vez se enrola mais. Fica quieto” . Não gosto nem um pouco dele, que sempre tratou mal e acusou todo mundo com o dedão apontado e que agora bebe uns goles do veneno que plantou. Só es-que-çam: a muié não vai demitir o galã por causa disso.arg-woman-with-wrench-url

O povo já está nas ruas? O povo já está nas ruas! (O povo já está nas ruas). “O povo já está nas ruas”. Vejam o que foi esse Carnaval! Cordas caíram nos trios elétricos da Bahia, democratizando o périplo ladeira acima e abaixo. Em todo lugar, blocos espontâneos, blocos históricos, blocos, bloquinhos (até aqui na porta de casa, numa região que não tem nada a ver com, digamos assim, isso, passou um!), blocões. O Carnaval das ruas, voltando glorioso como deve ser.

As escolas de samba, bem, estas – especialmente a tal Beija-Flor, seu ditador e sua Guiné, suas contravenções e seu Neguinho particular, aquela coisa toda muito chata que ganhou – conseguiram o inimaginável. Só gostou do resultado quem é Beija-Flor. Há muito eu não via petistas, tralhas, tucanos, verdes, apáticos, ecologistas, esquerda, direita, centro, chuchus, reacionários e revolucionários, mulheres, homens, Ets, LGTSSABCs e etcs criticarem a mesma coisa.

São Paulo, 2015, adentrando março sorrateiramente work3Marli Gonçalves é jornalista Confesso, acusado 1,2,3. Este ano lembrei muito da minha maior alegria de infância durante o Carnaval. Ficava nas esquinas com pistolinhas…de espirrar água. Como era bom quando passava um carro com os vidros abertos! Agora, o ano inteiro, nas esquinas, alguns jovens também ficam esperando os carros, mas com uma pistolona, e de verdade. Hoje brincar disso ia ser um tédio, né? Seco. E todo mundo com medo, em carros blindados.

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Olhem só esse ato falho! Gleisi chama Dirceu de Ministro. Da Justiça!!!!

VIRAM ESSA? DA COLUNA DE LAURO JARDIM

MEU CEREBRO SAIU ANDANDODirceu, ministro da Justiça

Antigos colegas de governo

Gleisi Hoffmann senta-se no Palácio do Planalto para uma reunião com cerca de trinta deputados, integrantes da bancada ruralista da Câmara, na quinta-feira passada. Ao seu lado, outros integrantes do governo: José Eduardo Cardozo, Pepe Vargas. Antônio Andrade e Luís Inácio Adams.

Gleisi começa sua explanação apresentando os ministros, mas, logo no primeiro, escorrega feio e confunde-se:

– Aqui o Ministro da Justiça, José Dirceu… Quer dizer, José Eduardo Cardozo.

Em tempos de reta final do mensalão e alta tensão petista com o futuro dos companheiros acusados de formação de quadrilha, pode-se imaginar o constrangimento instaurado depois da gafe. A turma, porém, não passou recibo. Engoliu seco, em silêncio, e segue o jogo.

Por Lauro Jardim

Belíssima nota de Lauro Jardim no Radar, Veja online. Digamos que é uma lista de tarefas para o José Eduardo Cardozo começar a agir, em vez de só bater garganta

Mãos à obra

Cardozo: longe das cadeias

José Eduardo Cardozo disse e reiterou que prefere morrer a ir em cana no Brasil. Em 2008, Domingos Dutra aprovou o relatório da CPI do Sistema Carcerário com a lista dos presídios mais terríveis do país. Num deles, em Campo Grande, havia até porcos dormindo com detentos.

Se Cardozo quiser poupar os presidiários do que tanto o apavora, abaixo segue uma sugestão de ponto de partida. Basta atualizar as informações e começar a trabalhar:

1º – Presídio Central de Porto Alegre (RS)
2º – Colônia Agrícola de Campo Grande (MS)
3º – Distritos de Contagem (MG) e de Belo Horizonte (MG), Delegacia de Valparaíso (GO), 52ª DP (Nova Iguaçu, RJ) e 53ª DP (Duque de Caxias, RJ)
4º – Presídio Lemos de Brito (Salvador, BA), Presídio Vicente Piragibe (Rio de Janeiro, RJ), Presídio Aníbal Bruno (Recife, PE) e Penitenciária Masculina Dr. José Mário Alves da Silva (Porto Velho, RO)
5º – Centro de Detenção Provisória de Pinheiros (SP)
6º – Instituto Masculino Paulo Sarasate (Fortaleza, CE)
7º – Penitenciária Feminina Bom Pastor (PE)
8º – Penitenciária Feminina de Santa Catarina (SC)
9º – Casa de Custódia Masculina do Piauí (PI)
10° – Casa de Detenção Masculina Sejuc (MA)

Por Lauro Jardim

Porquinho voador? Zé Cardozo está com a casinha perigando. Aproveita e assiste esse “remember” dos Implicantes, que resume a ópera

fonte: COLUNA DO JAMES AKEL - 

JOSÉ EDUARDO MARTINS CARDOSO PODE SER PRÓXIMO MINISTRO A DEIXAR CARGO

José Eduardo Cardoso, Ministro da Justiça, professor de direito da PUC, pode ser o próximo ministro de Dilma a voltar pra dar aula.
Chefe maior da Polícia Federal, está sendo responsabilizado pelo Planalto por ter feito aquele estardalhaço todo, ontem, prendendo com algemas e tudo mais 38 políticos do Ministério do Turismo, ou seja, quase todos, menos o Ministro Pedro Novaes.
Os principais ministros junto de Dilma estão irritadíssimos com José Eduardo.
Em reunião com esses ministros, Dilma demonstrou sua irritação por duas coisas.
A primeira, foi que José Eduardo disse coisas sem lógica e, desta forma, teria dito que a Polícia Federal agiu sem o total conhecimento dele.
Dilma não admite que um Ministro da Justiça não tenha conhecimento e comando sobre seus subordinados.
Outra coisa foi a prisão de Mário Moysés, homem de confiança de Marta, candidatíssima à prefeitura da cidade.
Isso causou uma troca de telefonemas entre petistas que nem estavam preocupados se alguém estava escutando.
O que se ouvia eram acusações de brigas de partido dos que desejam derrubar a candidatura de Marta.
Ou seja, com Dilma e Marta irritadas e Lula falando bobagem, todos estavam com raiva de José Eduardo.
Até o Ministro do Supremo Tribunal Federal contestou o jeito de prisão com algema e teatralizada.
Tem mais, todos os grandes líderes e caciques acusam José Eduardo pelo ocorrido, contra o principal partido da base e até a ala petista de Marta.
José Eduardo não tem caminho fácil na frente tendo todos contra ele.
Não se esqueçam que ele está fazendo com todos os aliados o que fez contra Celso Pitta na prefeitura da cidade.
Quando vereador, por não ter tido poder de usar a Polícia Federal, José Eduardo usava o poder da Rede Globo para denunciar Pitta.
As reuniões de pauta da Globo eram feitas na sala de José Eduardo.
Estamos diante de um ministro que já disse a que veio.

Escrito por James Akel às 08h48

Assunto muito sério: leia esse post de Ricardo Kotscho. Agora ele está vendo a verdadeira face do Zé Cardozo, ministro da Justiça e dissimulado total

Quem nos acompanha já estava alertado que o atual Ministro da Justiça, também chamado de um dos Três Porquinhos de Dilma, o Zé Eduardo Cardozo, é um dissimulado.

E os dissimulados são um dos tipos mais terríveis de gente que se pode encontrar nesta vida.

Peço a leitura atenta deste post, publicado no Balaio do Kotscho, do jornalista Ricardo Kotscho, no sábado, 19 de fevereiro. Trata de um um pedido que um outro grande jornalista, Audálio Dantas, tentou fazer ao coisinha ministro. Sobre Wladimir Herzog.

Veja o que deu. E o grande Ricardo Kotscho lascou o pau, de forma legal e genial, até porque ele não esconde de ninguém sua ligação com Lula, o petismo, etc… A admiração pelo porquinho é que foi embora, enfim, no episódio. Escafedeu-se.

Mais um a ver a verdade…

Aproveito para publicar também, mais abaixo, um comentário feito – também lá no Balaio – pelo Carlos Brickmann, que lembra de outro assassinado pela ditadura, Chael, seu primo, e que nunca foi honrado pela turma que pertencia antes de ser morto. Nem por Dilma, com quem chegou a dividir uma célula.

Dilma chorou lágrimas de crocodilo em homenagem a ele, há alguns anos. Prometeu que de tudo faria para resolver as questões… E NADA.

Pois bem, a mãe de Chael, Dona Emília,  morreu ontem, domingo, sem ver a Justiça feita ao seu filho.

Assim, você pode ter uma noção de quanta coisa há para ser feita e dita. Mas que a poucos verdadeiramente interessa.

Olha aí. Esta é a história:

A terceira morte de Vlado Herzog

Pense num absurdo, em algo totalmente inverossímel, num completo desrespeito aos que querem contar a nossa história e à memória de quem tombou na luta pela redemocratização do país.

Pois foi isso que sentiu na pele esta semana o jornalista Audálio Dantas ao procurar o Arquivo Nacional, em Brasília, para poder finalizar o livro que está escrevendo sobre o seu colega Vladimir Herzog, o Vlado, torturado e morto nos porões do DOI-CODI durante a ditadura militar (1964-1985).

Vlado já tinha sofrido duas mortes anteriores: o assassinato propriamente dito por agentes do Estado quando estava preso e o IPM (Inquérito Policial Militar) que responsabilizou Vlado pela sua própria morte, concluindo pelo suicídio.

Esta semana, pode-se dizer que, por sua omissão, o Ministério da Justiça, agora responsável pelo Arquivo Nacional, matou Vladimir Herzog pela terceira vez, impedindo o acesso à sua história.

Muitos dos que foram perseguidos naquela época, presos e torturados, estão hoje no governo central, mas nem todos que chegaram ao poder têm consciência e sensibilidade para exercer o papel que lhes coube pelo destino.

É este, com certeza, o caso de Flávio Caetano, um sujeito que não conheço, chefe de gabinete do ministro da Justiça, meu velho ex-amigo José Eduardo Cardozo, por quem eu tinha muito respeito.

Digo ex-amigo pelos fatos acontecidos ao longo da última semana, que relatarei a seguir.

Na segunda-feira, Audalio Dantas me contou as dificuldades que estava encontrando para pesquisar documentos sobre o antigo Serviço Nacional de Informações (o famigerado SNI) no Arquivo Nacional, e pediu ajuda para falar com alguém no Ministério da Justiça.

Explique-se: um dos primeiros decretos baixados pela presidente Dilma Rousseff, o de nº 7430, de 17 de janeiro de 2011, determina a transferência do Arquivo Nacional e do Conselho Nacional de Arquivos da Casa Civil da Presidência da República para o Ministério da Justiça.

Por se tratar de quem se trata, presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo na época do crime praticado contra Vlado, o primeiro a denunciar o assassinato, profissional dos mais premiados e respeitados do país, com 57 anos de carreira _ provavelmente mais do que os nobres Cardozo e Caetano têm de idade _, encaminhei a Audálio o telefone do gabinete do ministro da Justiça.

E lhe recomendei que falasse diretamente com José Eduardo Cardozo, explicando a ele as absurdas dificuldades que estava encontrando no Arquivo Nacional para fazer o seu trabalho.

Foi muita ingenuidade minha, claro. A secretária de nome Rose, certamente sem ter a menor idéia de quem é Audálio Dantas e de quem foi Vladimir Herzog, informou que o chefe de gabinete, Flávio Caetano, estava “em reunião com o ministro”, garantindo que entraria em contato mais tarde.

Até aí, faz parte do jogo. Chefe de gabinete é para isso mesmo. Serve para fazer a triagem das demandas que chegam ao ministro, e não devem ser poucas.

“Deixar sem resposta mais de dez telefonemas, no caso de qualquer cidadão, não caracteriza apenas desleixo ou arrogância, mas falta de educação”, desabafa Audálio, com toda razão.

Pelo jeito, Flávio Caetano anda muito ocupado ou também nunca ouviu falar de Audálio e Herzog. Sem conseguir ser atendido por telefone pela excelência maior nem pelo seu chefe de gabinete, o jornalista-escritor resolveu encaminhar este e-mail ao Ministério da Justiça:

“Prezado Senhor Flávio Caetano

Provavelmente o senhor não me conhece, por isso apresento-me: sou Audálio Dantas, jornalista, ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo e da Federação Nacional dos Jornalistas, ex-deputado federal. Tentei vários contatos telefônicos com o senhor, sem resultado. Por isso envio-lhe esta mensagem.

Estou concluindo (com prazo para entregar à Editora Record) livro sobre o Caso Herzog, do qual fui parte. Necessitando de informações sobre o assunto, procurei, no último dia 10, o Arquivo Nacional _ Coordenação Regional de Brasília, que mantém a guarda dos papéis do Serviço Nacional de Informações. Depois de me identificar, preenchi fichas de solicitação, tomando o cuidado de acrescentar informações adicionais sobre o caso, hoje referência histórica.

Como dispunha apenas de uma cópia de procuração que foi dada pela viúva de Herzog, Clarice, datada de agosto de 2010, disseram-me que era necessário documento original, com data mais recente. Já estava para buscar outra procuração quando recebi (dia 14/02) ofício em que se exige, além da procuração:

– Certidão de óbito de Vladimir Herzog
-Certidão de casamento

Considero que, em se tratando de caso histórico, de amplo conhecimento, e quando se sabe que a União foi responsabilizada na Justiça pelo assassinato de Herzog, tais exigências são absurdas e até desrespeitosas. Que atestado de óbito terá a viúva para mostrar? O que foi lavrado com base no laudo do médico Harry Shibata, que servia ao DOI-CODI e confessou tê-lo assinado sem ver o corpo? E que certidão de casamento terá Clarice Herzog juntado à ação que impetrou contra a União pela morte do marido?

E se a pesquisa fosse sobre o ex-deputado Rubens Paiva, quem forneceria o atestado de óbito? Desse jeito, ninguém conseguirá saber sobre ele no Arquivo Nacional.

Gostaria de discutir mais a questão que envolve, parece, deliberada dificultação de pesquisa. Ou, no mínimo, desconhecimento histórico por parte desse órgão público.

Faço questão que essas informações cheguem ao conhecimento do ministro José Eduardo Cardozo, que deve conhecer minha história.

No aguardo de uma resposta,
Atenciosamente,

Audálio Dantas”.

No momento em que escrevo este texto, no final da tarde de sábado, dia 19/02, Audálio continua esperando uma resposta. Na melhor das hipóteses, suas informações não chegaram às mãos do ministro José Eduardo Cardozo. Não tenho como saber porque também não consegui falar com o ministro.

Na sexta-feira à tarde, depois de ler o e-mail acima que Audálio enviou ao chefe de gabinete, sem receber retorno, liguei para o gabinete do ministro. A secretária que atendeu já ia me despachando direto para a assessoria de imprensa do ministério. Fui bem educado ao lhe explicar:

“Minha senhora, eu não quero entrevistar o ministro. Eu preciso falar com ele pessoalmente sobre um caso grave e urgente do qual ele deve tomar conhecimento”.

Só aí ela permitiu que eu soletrasse meu sobrenome, respondeu-me que sabia quem eu era, pediu os números dos meus telefones e, imaginei, cuidou de passar a ligação para o ministro. Minutos de silêncio depois, a secretária voltou para me dizer, sem muita convicção, que o ministro estava ocupado e me ligaria em seguida. Também estou esperando até agora.

Na hierarquia da falta de respeito pela própria função que exerce, o menos responsável nesta história é o funcionário de nome Raines, que se apresentou como historiador ao atender (ou melhor, deixou de atender) Audálio Dantas.

A sua superiora, Maria Esperança de Resende, coordenadora-geral da Coordenação Regional do Arquivo Nacional no Distrito Federal, é quem assina o absurdo pedido de documentos. Alguém superior a ela a colocou lá sem perguntar se as suas qualificações eram adequadas ao seu pomposo cargo no comando do Arquivo Nacional.

Talvez o jeito mais simples e barato de resolver este problema seja baixar outro decreto presidencial e devolver o Arquivo Nacional à Casa Civil da Presidência da República, como era antes, já que o Ministério da Justiça não parece muito interessado no assunto nem preocupado com o seu funcionamento.

Das duas uma: ou Cardoso está muito mal assessorado ou não entendeu ainda quais são os seus compromissos e responsabilidades no Ministério da Justiça do governo de Dilma Rousseff, a presidente da República que, ao contrário de Vladimir Herzog, conseguiu sobreviver às torturas na ditadura militar.

Autor: Ricardo KotschoCategoria(s): Blog http://colunistas.ig.com.br/ricardokotscho/

E O COMENTÁRIO DO CARLOS BRICKMANN, QUE CITEI

1.     Carlos Brickmann disse:

Ricardo: esta história não lhe lembra a do Chael Charles Schreier? Por indicação sua, enviei mensagem ao então ministro Paulo Vanucchi, e ele simplesmente não respondeu. É o mesmo caso do tal Caetano, do tal Cardozo: é melhor fingir que não é com eles, que assim não dá trabalho. Solidariedade total ao Audálio, solidariedade total a você. E, quanto ao boquinheiro que acha que você quer voltar para a Folha, só uma informação: se quisesse, voltaria no mesmo dia a qualquer redação em que já trabalhou.