ABRAJI repudia reclamações e ações constantes de autoridades contra jornalistas e reportagens

Abraji repudia ação de governantes e ex-governantes contra reportagens incômodas

 

A Abraji acompanha com preocupação as repetidas manifestações de governantes e ex-governantes brasileiros contra jornalistas cujas reportagens os incomodaram. Está se tornando comum políticos recorrerem às mídias sociais e à própria claque para atacar o repórter pessoal e individualmente, quase nunca contestando o conteúdo do trabalho jornalístico e muitas vezes evitando enfrentar o veículo no qual a história foi publicada. É uma relação desproporcional, pois atores políticos mobilizam seus exércitos virtuais contra o repórter. São milhares contra um.

 

É direito de todo cidadão contestar e criticar reportagens, assim como é dever da imprensa e dos jornalistas ouvir e publicar as críticas. Isso, entretanto, isso não justifica tentativas de intimidação virtual que, como já ocorreu, podem se transformar rapidamente em agressões verbais e físicas.

 

A Abraji continuará acompanhando de perto essas tentativas de intimidação e de desmoralização públicas. E sempre denunciará quando o direito da sociedade a uma imprensa vigilante e crítica for ameaçado por iniciativas dessa natureza.

 

Diretoria da Abraji, 21 de julho de 2017

http://abraji.org.br/noticias/abraji-repudia-acao-de-governantes-e-ex-governantes-contra-reportagens-incomodas

 

Nota oficial Abraji. Manifestantes atacam, de novo, jornalistas. É o horror para tudo quanto é lado

animated-gifs-firefighters-03 graphics-fighting-756075Manifestantes atacam repórteres do UOL durante protestos do 7 de Setembro em Brasília

Os repórteres do UOL Leandro Prazeres e Kleyton Amorim foram agredidos enquanto cobriam as manifestações de 7 de Setembro em Brasília nesta quarta-feira. Amorim, que é cinegrafista, conseguiu evitar que um adolescente lhe tomasse a câmera, mas foi atingido por chutes. Prazeres sofreu empurrões e foi atingido no rosto por uma garrafa de água.

A equipe de reportagem entrevistava manifestantes quando um grupo de opositores ao governo Michel Temer atacou: jornalistas e entrevistados foram agredidos. A PM interveio depois dos ataques e levou dois agressores para a delegacia.

Desde junho de 2013, a Abraji contabilizou 293 episódios de violações contra jornalistas durante a cobertura de protestos. O levantamento completo está neste link.

A Abraji condena este novo episódio de agressão. Toda violência contra jornalistas significa um ataque à Constituição, à liberdade de expressão e à sociedade. A imprensa livre é condição indispensável de uma democracia.

Diretoria da Abraji, 8 de setembro de 2016.

PM paulista violenta e contra jornalistas ( e estudantes ) . Nota oficial ABRAJI

JORNALISTA 1Polícia de SP agride repórteres e destrói equipamento em protestoSÓ LIMPANDO COM JORNAL, MESMO!

Ao menos dois fotógrafos e um repórter cinematográfico foram atacados por policiais militares durante um protesto no centro de São Paulo na noite dessa quarta-feira (18.mai.2016).

Gabriela Biló, do Estadão, tentou fotografar o momento em que, cercado por um cordão de PMs, um estudante era preso na esquina da av. Ipiranga com a r. da Consolação. Ao próprio jornal, Biló explicou: “Corri para fotografar e, quando me aproximei o cordão se dispersou para afastar os manifestantes. A polícia bateu em todo mundo que estava em volta. Fiquei encurralada em uma esquina. Foi quando um policial gritou `vaza, vaza`, e tentou agarrar minha câmera. Continuei fotografando e ele disse `conheço você` e espirrou o spray diretamente no meu rosto”.

O repórter cinematográfico da TV Globo Marcelo Campos foi agredido por um golpe de cassetete quando filmava a ação dos policiais, que batiam em estudantes que fugiam correndo. O PM agressor grita: “vai andando, vai andando”.

André Lucas Almeida, que fotografa para a agência Futura Press, também foi agredido e falou ao Estado: “Os policiais começaram a agredir todo mundo a esmo, incluindo a imprensa. Jogaram spray de pimenta no meu rosto e eu corri. O mesmo PM que lançou o spray correu atrás de mim e bateu com o cassetete na mochila, trincando a tela do meu notebook. Muitos estudantes foram espancados”.

Almeida cobrou explicação de um oficial que comandava a ação, e ouviu que “estava no lugar errado na hora errada”.

Desde junho de 2013, houve ao menos outros 93 ataques da PM paulista contra jornalistas durante protestos. São golpes de cassetete, jatos de spray de pimenta, ferimentos provocados por estilhaço de bomba, intoxicação por gás lacrimogêneo, detenções irregulares e até mesmo atropelamento intencional.

A Abraji não acredita que todos os os jornalistas estivessem no lugar errado e na hora errada, mas sim em ação deliberada da polícia contra quem acompanha sua ação nas ruas e pode, eventualmente, registrar abusos.

A Abraji repudia as agressões dessa quarta-feira e considera-as um ataque à liberdade de expressão.

Diretoria da Abraji, 19.mai.2016

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NOTA ABRAJI -Inadmissível agressão contra jornalistas em Goiás e no Paraná, E em todos os lugares

Abraji condena ações contra jornalistas em Goiás e no Paraná 

Profissionais da imprensa foram impedidos de trabalhar e alvo de agressão nos últimos dois dias por integrantes de movimentos sociais.

journaux011Na terça-feira (8.mar.2016), representantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) invadiram a sede do Grupo Jaime Câmara para protestar contra a TV Globo em Goiânia (GO). Os manifestantes picharam as instalações e impediram a entrada e saída de jornalistas do edifício onde funcionam uma afiliada da TV Globo, a sucursal da Rádio CBN e dois jornais (vídeo).

agriculteur006Na quarta-feira (9.mar.2016), a repórter Patricia Sonsin e o repórter cinematográfico Davi Ferreira, da afiliada da Band em Cascavel (PR), foram ameaçados e retidos por integrantes do MST quando tentavam fazer uma reportagem sobre a ocupação de fazendas em Tarobá (PR). A dupla relatou ter sido obrigada a acompanhar o grupo até o acampamento, sob a ameaça de terem os equipamentos quebrados. Teriam sido obrigados a permanecer no local por cerca de 20 minutos, sofrendo agressões verbais.

A Abraji repudia ataques, agressões e ações para impedir o trabalho de jornalistas. Sem prejuízo da liberdade de manifestação política, é inaceitável o uso da violência para tentar intimidar e constranger o trabalho de repórteres que cumprem o dever de informar a sociedade e, por isso, devem ser respeitados. A Abraji espera que os responsáveis por tais atos sejam identificados e punidos. Agredir jornalistas ou tentar impedi-los de trabalhar são formas de agir contra a democracia.

JORNAIST A6Diretoria da Abraji, 10 de março de 2016.

http://www.abraji.org.br/?id=90&id_noticia=3390

PM paulista ataca jornalistas que cobrem protestos. Abraji protesta. Veja nota

policecar4journaux011PM ataca mais sete jornalistas em protesto em São Paulo

Repórteres e fotógrafos foram novamente agredidos pela Polícia Militar (PM) durante ação contra manifestantes concentrados na Praça da República, em São Paulo, na noite dessa quinta-feira (21.Jan.2016). A Abraji identificou sete profissionais vítimas da ação policial. Com os novos registros, sobe para 21 o total de vítimas: 17 agredidos e quatro constrangidos durante a cobertura. Imagens registradas por câmeras de celulares e equipes de televisão mostram que, mesmo identificados, repórteres foram alvo de golpes de cassetete, empurrões, bombas e balas de borracha.

O papel das forças de segurança é proteger cidadãos e garantir o direito de a imprensa trabalhar. Agressões de policiais contra jornalistas durante o exercício de suas atividades são características de contextos autoritários e inaceitáveis em regime democrático. A Abraji comunicará as novas agressões à Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo. Espera que os abusos sejam apurados e, os responsáveis, punidos por esses atos.

A PM já havia ferido 12 repórteres e intimidado outros dois nos protestos de 2016. A Abraji se manifestou pela primeira vez após as agressões de 12 de janeiro. Dois dias depois, a PM agrediu outros quatro jornalistas. Os relatos das sete novas vítimas da corporação estão a seguir:

Avener Prado, repórter-fotográfico da Folha de S.Paulo, foi ferido com uma bala de borracha numa das pernas durante dispersão de manifestantes na Praça da República, após o cerco policial ao protesto. Ele teve que fazer um curativo no local.

Anna Virginia Baloussier e Rodolfo Viana, repórteres do caderno Ilustrada, da Folha de S.Paulo, estavam em frente à sede do jornal quando um grupo de manifestantes passou correndo por eles, fugindo de um cerco policial. Os jornalistas filmavam a situação quando a polícia chegou e obrigou-os a parar a filmagem, ajoelhar-se e colocar as mãos atrás da cabeça para serem revistados, mesmo após se identificarem como jornalistas. O celular foi tomado e a revista interrompida apenas quando outro jornalista chegou e confirmou que ambos trabalhavam no jornal.

Juliano Vieira, da TV Drone, registrava imagens do final do protesto atrás da linha da PM quando o batalhão de choque se posicionou ainda mais atrás e começou a atirar bombas. Juliano tentou sair do local pelas ruas laterais da Praça da República, mas uma bomba caiu perto dele e queimou sua calça e uma de suas pernas. No momento da apuração desta nota (22.Jan.2016), Juliano estava internado e a previsão era de mais dois dias de hospital, já que as queimaduras foram de segundo grau.

Leonardo Benassatto, fotógrafo da FuturaPress, estava próximo da linha da PM junto com os manifestantes, quando os policiais dispararam um jato de spray de pimenta em seu rosto. Não bastasse, foi alvo de três bombas atiradas pelos agentes na lateral da Praça da República. Estilhaços feriram uma de suas pernas superficialmente. Ele estava junto de outra fotógrafa, Gabriela Biló, do Estadão, e há registros em vídeo de sua tentativa de se esquivar dos explosivos.

Gabriela Biló, fotógrafa do Estadão, estava na lateral do protesto, próxima a Leonardo Benassatto. Foi atingida por jatos de spray de pimenta no rosto e por golpes de cassetete nas costas. Também foi ferida nas pernas e na cabeça.

Warley Leite, fotógrafo da Agência Brazil Photo Press, relata que um policial direcionou o spray de pimenta contra seu rosto durante o impasse entre manifestantes e polícia sobre a continuidade do protesto. Seguia com dores de cabeça e com a visão embaçada um dia após a manifestação.

A Abraji orienta os repórteres agredidos ou assediados a registrarem boletins de ocorrência.
Diretoria da Abraji, 22.jan.2016
http://www.abraji.org.br/?id=90&id_noticia=3344

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9 jornalistas feridos.Por PMs. Nota da Abraji dá detalhes

 

policia com farolPM fere nove repórteres em ação na Paulista

 

Repórteres e fotógrafos foram novamente agredidos pela Polícia Militar durante ação contra manifestantes concentrados na Av. Paulista, em São Paulo, na noite de ontem (12.jan.2016). A Abraji identificou pelo menos 9 profissionais da imprensa vítimas da ação policial. Imagens registradas por câmeras de celulares e equipes de televisão mostram que, mesmo identificados, repórteres foram alvo de golpes de cassetete, empurrões e bombas. 

Fernanda Azevedo, da TV Gazeta, foi ferida duas vezes. Primeiro, quando se viu encurralada num ponto de ônibus atrás de um grupo de policiais integrantes da chamada “tropa do braço”. Após o início da repressão aos manifestantes, Fernanda sentiu uma explosão na altura do rosto. Como segurava uma máscara antigás contra o nariz, sofreu queimaduras no punho esquerdo e no peito, e teve o relógio destruído. Mesmo ferida, seguiu na cobertura até uma bomba de efeito moral explodir muito próximo a seus pés: o segundo ferimento foi provocado por um estilhaço na panturrilha.

A repórter não soube dizer se o que explodiu próximo a seu rosto era uma bomba lançada pela PM ou algum artefato atirado pelos manifestantes. Mas o cinegrafista do UOL Adriano Delgado registrou o momento em que um agente vai até a viatura, apanha alguns explosivos e lança-os para trás, justamente em direção a um grupo de jornalistas. 

Pedro Belo, da equipe de vídeo da Veja São Paulo, sofreu uma queimadura no joelho e na panturrilha. Enquanto filmava as agressões, bombas explodiram perto de suas pernas. Pedro foi atendido no local e estava no pronto-socorro 24 horas depois dos ataques para realizar novos curativos. 

Márcio Neves, videorrepórter do UOL, registrava a revista a que eram submetidos os manifestantes que chegavam à Praça do Ciclista quando notou que um PM fotografava seu crachá. A pedido, apresentou-lhe também a carteira de jornalista emitida pela Fenaj, mas não conseguiu ler o nome do policial, que escondeu a identificação da farda cruzando os braços. 

Alice Vergueiro, fotógrafa da Folhapress, foi encurralada e agredida junto com manifestante por PMs que usavam os cassetetes indiscriminadamente; é possível identificá-la em um vídeo divulgado no Facebook. Continuou fotografando, apesar de ter perdido os óculos e estar com os olhos irritados por gás lacrimogêneo e spray de pimenta. 

Francisco Toledo, fotógrafo da agência Democratize, foi atingido por um estilhaço de bomba de efeito moral na batata da perna direita, nas proximidades de um hotel na avenida Paulista. A bomba explodiu a cerca de 2,5 metros de distância. Operado, recebeu sete pontos no ferimento e deve ter dificuldades de locomoção nas próximas duas semanas. O estilhaço da bomba, de 2,5cm,  ficou alojado no músculo.

Camila Salmazio, repórter da Rede Brasil Atual, foi encurralada junto com manifestantes na rua Sergipe e tentou sair do cerco erguendo os braços, mostrando o crachá e gritando por socorro. Foi ameaçada por um agente armado e obrigada a retornar ao local onde bombas explodiam. Conseguiu escapar depois de alguns minutos e permaneceu deitada no chão, com dificuldade de respirar por causa da quantidade de gás inalada.

Felipe Larozza, fotógrafo da VICE, registrou um momento incomum: dois PMs atropelaram um homem na esquina da rua da Consolação com a rua Maria Antônia. Os agentes prenderam a vítima do atropelamento, e Felipe registrava a ação quando foi abordado por um dos PMs. Identificou-se como jornalista, mas se recusou a mostrar as fotos em sua câmera. Nesse momento, foi agredido com golpes de cassetete, mas conseguiu fugir.

Raul Dória, fotógrafo freelancer, estava próximo ao cordão de isolamento da esquina das avenidas Rebouças e Paulista quando foi surpreendido por uma explosão muito próxima de suas pernas. Os ferimentos foram leves, mas, com o impacto, caiu no chão. Foi carregado por um policial militar e por um manifestante para dentro de um hotel.

Alex Falcão, fotógrafo da Futurapress, também foi alvo de um artefato detonado muito próximo de seus pés. Ele relata que a situação já estava calma e que nenhum dos profissionais havia furado o bloqueio, mas que mesmo assim houve, inclusive, disparo de balas de borracha. Com pequenos ferimentos nas pernas, seguiu o trabalho.

Caio Cestari, fotógrafo autônomo, estava com um grupo de pessoas próximo ao local onde policiais prendiam um homem, na descida da rua da Consolação. Outros agentes atiraram bombas de gás na direção de todo o grupo, inclusive dos colegas que efetuavam a prisão. Estilhaços feriram-lhe o braço.

Agressões de policiais contra profissionais da imprensa durante o exercício de suas atividades é prática característica de contextos autoritários. O papel das forças de segurança é proteger cidadãos e garantir o direito de a imprensa trabalhar.

A Abraji repudia os ataques a jornalistas praticados pela Polícia Militar de São Paulo durante o protesto dessa terça-feira (12.jan.2016) e espera que a Secretaria de Segurança Pública apure os abusos registrados, punindo os responsáveis pelos atos contra a imprensa. 

A entidade também espera que repórteres, fotógrafos e cinegrafistas possam cobrir a manifestação marcada para amanhã (14.jan.2016) sem sofrerem ameaças e agressões.

Diretoria da Abraji, 13.jan.2015

 

Parem de massacrar jornalistas. Nós continuaremos denunciando. Nota ABRAJI sobre agressão em Brasília

graphics-journalist-335913gifjornaleirogifjornaleiroAbraji repudia repressão de Polícia Legislativa a repórter fotográfico

 Abraji repudia as agressões e a detenção do fotojornalista Lula Marques, ocorridas na última quarta-feira (25.nov.2015) no Senado Federal. Marques estava na galeria do segundo andar para registrar a votação sobre a prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) quando uma funcionária terceirizada do Senado o abordou e perguntou seu nome.

Argumentando que já havia mostrado a credencial de imprensa na entrada, Marques recusou-se a responder. Pouco depois, seguranças do Senado deram voz de prisão ao repórter fotográfico, sem informar o motivo. “Recusei-me a ir sem saber por que estava sendo preso”, relata Marques.

Os agentes atingiram o profissional com chutes e o derrubaram no chão antes de retirá-lo à força do local, aplicando-lhe uma chave de braço. Cercados por outros jornalistas, os policiais legislativos alegaram que o detinham por “desacato a terceirizado” (vídeo). Marques ficou detido na delegacia do Senado por três horas e não pôde fazer a cobertura da votação no plenário.

A Abraji manifesta solidariedade a Lula Marques, que cobre o Congresso há mais de 30 anos e jamais esteve envolvido em qualquer situação do tipo. É lamentável que o Senado use seu aparato de segurança interna para atentar contra a liberdade de imprensa, um dos pilares da democracia — a mesma sob a qual a Casa se rege.
Diretoria da Abraji, 27 de novembro de 2015.

fotografo investigativo

http://www.abraji.org.br/?id=90&id_noticia=3293

Taxistas raivosos fazem ataque à reportagem da Tv Globo. Nota da Abraji repudia e mostra preocupação

JORNAIST A6Equipes da TV Globo e da Globo News são hostilizadas em protesto de taxistas

Taxistas em protesto contra o aplicativo Uber hostilizaram ao menos três equipes de reportagem na manhã desta quarta-feira (9.set.2015) em frente à Câmara Municipal de São Paulo.
A repórter da TV Globo Michelle Loreto preferiu refugiar-se dentro da Câmara para fazer uma entrada ao vivo. Ela e o cinegrafista Luciano Matioli foram hostilizados por taxistas quando tentavam entrevistar o presidente do sindicato da categoria, Antonio Matias.
O próprio Matias já havia pedido aos colegas que parassem com o ataque, mas buzinas, cornetas e fogos de artifício foram usados para impedir o trabalho dos repórteres. O carro de reportagem da emissora foi danificado: o logotipo foi riscado das portas e adesivos anti-Uber foram colados na lataria.
Os motoristas de táxi ainda hostilizaram uma segunda equipe da TV Globo, que deixou o local com a ajuda da Guarda Civil Metropolitana, e uma equipe da Globo News.
Ataques como esse à TV Globo têm sido frequentes, mas nem por isso são aceitáveis. Configuram uma agressão à liberdade de expressão e de informação, além de uma afronta à democracia.JORNALISTA 4
Diretoria da Abraji, 9.set.2015
http://www.abraji.org.br/?id=90&id_noticia=3194

Mais um repórter do Estadão atingido. Nota Abraji alerta e protesta contra a violência da PM contra jornalistas nas coberturas de manifestações em SP. Isso não é rotina. Isso não é bom. Não acaba bem, nunca

police13Repórter do Estadão é alvo de bala de borracha em protesto; é a quinta ocorrência em 2015

A polícia de São Paulo atacou, pela quinta vez neste ano, um jornalista que cobria um protesto contra o aumento das passagens de transporte urbano. A vítima de ontem (27.jan.2015) foi o repórter da TV Estadão Fernando Otto. Ele filmava a depredação da estação Faria Lima do metrô quando seu celular foi atingido – e destruído – por uma bala de borracha. O profissional não se feriu.
No ato anterior, na sexta-feira (23.jan.2015), Edgar Maciel, também repórter do Estadão, foi ferido com um tiro de bala de borracha numa das pernas.
Esses casos se somam à agressão sofrida pelo fotógrafo da revista Vice, Felipe Larozza, atacado em 16.jan.2015 a golpes de cassetete apesar de estar identificado como jornalista (portava crachá, capacete com a palavra “press” e uma máquina fotográfica).
A Abraji apurou que ao menos outros dois profissionais foram agredidos em protestos: em 9.jan.2015, o fotógrafo freelancer Matheus José Maria relata um golpe de cassetete nas costas mesmo após acatar a ordem da PM e deixar de fotografar uma confusão entre agentes e manifestantes. Trabalhando para o blog Xadrez Verbal, o jornalista Thomas Dreux Miranda foi atingido no tornozelo por um estilhaço de bomba no protesto de 16.jan.2015.
No período de maio de 2013 a junho de 2014, a Abraji registrou quase 200 casos de diferentes violações ao trabalho de jornalistas, cerca de 80% de autoria da PM. Para evitar que 2015 também seja marcado pela violência contra comunicadores é necessário responsabilizar os autores de abusos e investir em capacitação das tropas. É dever da PM proteger os cidadãos e defender o livre exercício da atividade jornalística.
Diretoria da Abraji, 28 de janeiro de 2015

Nota Abraji contra mais uma violência ( PM) contra repórter em trabalho

jornalsita5Abraji condena agressões a repórter do LANCE!

A Abraji repudia as agressões e ameaças sofridas pelo repórter Bruno Cassucci, do LANCE! no último domingo (30.nov.2014) em Santos (SP), por policiais militares. Um agente apontou-lhe uma arma enquanto ele fotografava, com o celular, o local em que ocorrera uma briga entre torcedores do Santos e do Botafogo.
Mesmo após identificar-se como jornalista, Cassucci foi colocado de frente a uma parede com as mãos para o alto e submetido a revista pessoal e de sua mochila. O policial tomou o seu celular e apagou as fotos que havia tirado.
Outro agente determinou a ele que não olhasse para trás. O fato de Cassucci ter descumprido a ordem foi usado como pretexto para outro policial agredi-lo no rosto.
Um terceiro PM ainda colocou uma bomba de efeito moral dentro da calça do repórter, ameaçando ativá-la. Prestes a ser liberado, Cassucci foi ameaçado por outro agente, que disse a ele para não voltar ao local.
A Abraji considera a violência empregada contra o repórter, além de injustificada e inaceitável, um grave atentado à liberdade de expressão. O equipamento de um profissional da imprensa não deve ser alvo de confisco, tampouco seus registros devem ser comprometidos.
O episódio deste domingo é característico de contextos autoritários, em que revelar qualquer fato diverso do que o Estado pretende mostrar é considerado crime. O papel da Polícia Militar é proteger cidadãos e garantir à sociedade o direito de acesso a informações de interesse público.

A Abraji exige que o governo de São Paulo, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo e a Corregedoria da Polícia Militar identifiquem o mais rápido possível os responsáveis pelas agressões ao repórter e os punam com o rigor da lei.

Diretoria da Abraji, 1º de dezembro de 2014police13

Veja nota. ABRAJI faz nova contagem. São 19 os sacos de pancada jornalistas, agredidos pela PM sábado passado. 19! Deixa o carnaval passar…

japanflagAbraji atualiza levantamento de agressões e detenções de jornalistas durante protesto em São Paulo 

Novos casos confirmados pela Abraji aumentam para 19 o número de jornalistas agredidos ou detidos no sábado (22.jan.2014) durante protesto em São Paulo. Além dos profissionais mencionados em nota emitida na última segunda-feira (24.jan.2014), cinco repórteres relataram ter sofrido agressões.

Mário Bentes (Jornal GGN) foi atingido por estilhaços de bomba de efeito moral; Nelson Antoine (Foto Arena) e Adriano Conter (VejaSP) foram agredidos nas costas com golpes de cassetete. Antoine teve ainda uma das lentes de sua câmera quebrada. Diógenes Muniz (VejaSP) foi ferido na mão por um golpe de cassetete enquanto filmava a detenção de um manifestante. Aloísio Maurício (Brazil Photo Press) foi agredido com uma voadora e jogado ao chão por policiais e detido temporariamente. Todos estavam identificados como profissionais da imprensa a serviço.

Desde junho de 2013, foram registrados 68 casos de agressões a jornalistas nas cobertura de manifestações na capital paulista. Dentre os 68 casos, 62 (91%) partiram da polícia. Desses 62, pelo menos 36 (58%) foram deliberados – ocorreram apesar de o profissional estar identificado como imprensa. A planilha com os dados completos pode ser baixada neste link.

Brasil

Em todo o país, desde junho de 2013, a Abraji registrou 138 casos de agressão, hostilidade ou detenção de jornalistas enquanto cobriam protestos. Destes, 79% foram cometidos pela polícia; 19% partiram de manifestantes e o restante foi causado por guardas municipais e segurança privado.

http://www.abraji.org.br/?id=90&id_noticia=2760

Mais um jornalista assassinado. Mais um, no Rio de Janeiro. Veja nota ABRAJI, em protesto. Que mais podemos fazer a não ser protestar?

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Abraji condena execução de jornalista no sul do RJ 

 A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo condena o assassinato do jornalista Pedro Palma, proprietário do semanário “Panorama Regional”, que circula no sul fluminense. Palma foi executado a tiros na porta de sua casa em Miguel Pereira por dois homens em uma moto. Seu jornal vinha publicando reportagens sobre irregularidades nas prefeituras da região.

 A Abraji cobra apuração rápida e rigorosa da execução. Ao que tudo indica, a intenção dos criminosos era interromper o trabalho jornalístico de Pedro Palma – um flagrante atentado à liberdade de imprensa e um ataque ao direito à informação de moradores da região. A Abraji espera que executores e mandantes do crime sejam identificados e julgados. A impunidade em casos como esse pode encorajar novos ataques à imprensa e aos jornalistas.

 Diretoria da Abraji, 14.fev.2014

Nota Abraji – Morre Santiago, o cinegrafista que virou símbolo dos ataques à imprensa. Vamos guerrear contra isso. Contra todos os lados que não querem a liberdade.

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Abraji lamenta morte de cinegrafista atingido por rojão durante protesto 

A Abraji lamenta a morte cerebral do cinegrafista Santiago Ilídio Andrade confirmada nesta segunda-feira (10.fev.2013) e se solidariza com familiares, amigos e colegas do profissional. Santiago foi ferido na cabeça por um rojão na noite de quinta-feira (6.fev.2014). Ele cobria uma manifestação, na região central do Rio de Janeiro, contra aumento das passagens de ônibus. A investigação da polícia aponta manifestantes como os responsáveis pela compra e disparo do rojão.

É o primeiro caso fatal envolvendo jornalistas atacados durante os protestos de rua, mas os incidentes têm se multiplicado. Desde junho de 2013, a Abraji alerta para a escalada de violência e violações contra profissionais da imprensa. Desde que esta onda de protestos começou até o anúncio da morte de Santiago Ilídio Andrade, houve 117 casos de agressão, hostilidade – tanto por manifestantes quanto por policiais – ou detenção de jornalistas.

A violência sistemática contra profissionais da imprensa constitui atentado à liberdade de expressão. É preciso que o Estado (Executivo e Judiciário) identifique, julgue e puna os responsáveis pelos ataques.

Diretoria da Abraji, 10 de fevereiro de 2013

http://www.abraji.org.br/?id=90&id_noticia=2729

Cai um pedaço da obra do estádio, morre gente. E a imprensa apanha. Veja Nota Abraji contra agressão ao repórter da Folha de S. Paulo

toreadors003broncasAbraji lamenta agressão a repórter da Folha por ex-presidente do Corinthians 

A Abraji lamenta a agressão contra o repórter da Folha de S.Paulo Daniel Vasques, que fotografava com o celular o acidente nas obras do Itaquerão, em São Paulo, nesta quarta-feira (27.nov.2013). 

O ex-presidente do Corinthians Andres Sanchez, um funcionário da Odebrecht e seguranças tentaram obrigar o jornalista a entregar o telefone com as fotos do acidente. Um policial militar que estava no local também pressionou Vasques a abrir mão do telefone. Intimidado, o profissional apagou as imagens e acabou expulso do canteiro de obras.

A Abraji lamenta este novo episódio de violência contra a imprensa. Ao agir dessa maneira, o ex-dirigente do Corinthians e o funcionário da Odebrecht atentam contra a liberdade de expressão e o direito à informação. Ao apoiá-los, o policial militar posiciona o Estado contra um direito fundamental do jornalista e da sociedade. Além de Daniel Vasques, que foi agredido, toda a sociedade sai prejudicada do episódio.

http://abraji.org.br/?id=90&id_noticia=2680

NOTA ABRAJI – VIOLÊNCIA CONTRA JORNALISTAS: 20 AGREDIDOS

graphics-photographer-677358Policiais e manifestantes agridem 20 jornalistas em protestos do 7 de Setembro 

judge6A Abraji contabilizou 21 casos de violação contra 20 profissionais da imprensa durante os protestos realizados no 7 de Setembro. A polícia foi a autora de 85% das agressões – dezoito casos – na maioria das vezes por uso ostensivo de spray de pimenta. Os números podem aumentar conforme mais casos forem confirmados. Os 21 casos registrados pela Abraji estão organizados em uma planilha disponível para download neste link: http://bit.ly/15R0fgi.

Brasília foi a cidade mais violenta para os profissionais da imprensa: 12 jornalistas foram agredidos, todos por policiais militares. O fotógrafo Ricardo Marques, do jornal Metro, desmaiou após ser atingido no rosto por spray de pimenta. Uma de suas câmeras foi furtada. A fotorrepórter Monique Renne, do Correio Braziliense, registrou o momento em que um policial jogou spray de pimenta diretamente em sua câmera; ao fotografar a cena, André Coelho, do mesmo jornal, foi agredido por PMs.

No Rio de Janeiro, o repórter da Globo News Júlio Molica foi duplamente atingido: pelo spray de pimenta da PM e por chutes de manifestantes, que tentavam expulsá-lo do local.

Os manifestantes também se voltaram contra a imprensa em Manaus: a repórter Izinha Toscano, do Portal Amazônia, levou socos nas costas; Camila Henriques, do G1 Amazonas, foi empurrada. Elas tentavam registrar a prisão de alguns manifestantes.

Forças de segurança: tradição de violênciaPhotographer_head
Os números mostram a recorrência das forças de segurança como autoras de violência contra jornalistas. No último sábado, as PMs igualaram o recorde de 13 de junho, quando agentes de segurança também agrediram 18 profissionais da mídia.

Desde o dia 13 de junho a Abraji já contabilizou 82 violações contra jornalistas durante a cobertura de manifestações. A planilha completa com os nomes de todos os profissionais agredidos, veículos para o qual cada um trabalhava, data e local da agressão está disponível para download neste link: http://bit.ly/13C5YKi.

A Abraji repudia as ações de policiais e de manifestantes contra profissionais da imprensa. Agressões são sempre injustificadas. Quando os agredidos são repórteres, todos os cidadãos terminam sendo vítimas da falta de informação.

http://www.abraji.org.br/?id=90&id_noticia=2611

Nota ABRAJI contra (e sobre) mais um dia de agressões a jornalistas

me012Jornalistas são agredidos e expulsos da Câmara Municipal do Rio de Janeiro 

 Quatro jornalistas foram hostilizados e agredidos nesta quinta-feira (22.ago.2013) no Rio de Janeiro. Os repórteres Julio Molica e Antonia Martinho, da Globonews, foram expulsos da galeria da Câmara Municipal do Rio de Janeiro por manifestantes favoráveis à CPI dos ônibus. O repórter cinematográfico da Band Sergio Colonesi e o jornalista do Terra Cirilo Júnior também foram agredidos em meio a um tumulto. Nenhum dos profissionais precisou de atendimento médico.

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo volta a público para reafirmar a preocupação com o clima de hostilidade contra a imprensa que vem marcando a cobertura de protestos em todo o país.

Na segunda-feira, 19 de agosto, jornalistas foram alvo de jatos de spray de pimenta disparados por policiais militares durante outra manifestação na rua do Catete, também no Rio de Janeiro.

Agressões a jornalistas estão se tornando perigosamente rotineiras. A democracia não é compatível com atitudes que contrariam o direito à informação de toda a sociedade. A Abraji se solidariza com as vítimas e faz um apelo para que as agressões cessem, sejam perpetradas por quem forem.

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Nota ABRAJI contra a violência, a truculência e ignorância da polícia carioca

JORNALISTA 1Abraji repudia agressões a jornalistas no Rio de Janeiro

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) repudia as ações da Polícia do Rio contra jornalistas durante protestos na noite de segunda-feira (22). Dois repórteres do Mídia NINJA foram levados a uma delegacia para averiguações. Um fotógrafo da AFP foi agredido na cabeça com golpes de cassetete.JONALISTA 2

Agentes da PM detiveram dois integrantes do movimento Mídia NINJA que transmitiam pela internet os protestos na região de Laranjeiras, zona Sul do Rio. Felipe Peçanha foi levado até a delegacia do Catete. Pouco depois, seu colega Felipe Assis, que estava transmitindo imagens do lado de fora, também foi detido.

Ambos foram liberados depois de duas horas na delegacia.

O fotógrafo Yasuyoshi Chiba, que registrava os mesmos protestos contra os gastos com a recepção do Papa Francisco, foi agredido por um PM com golpes de cassetete na cabeça. Ele precisou ser levado ao hospital para realização de exames e curativos. O também fotógrafo Marcelo Carnaval, de O Globo, foi ferido nos confrontos ao ser atingido na cabeça por uma pedra.

graphics-journalist-335913A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo repudia este novo episódio de ação violenta da Polícia Militar do Rio de Janeiro contra profissionais da imprensa. O Estado, ao contrário, deve prevenir e investigar intimidações e ameaças a comunicadores sociais. É o que determina a Declaração de Princípios sobre Liberdade de Expressão da Organização dos Estados Americanos. É preocupante que a polícia do Rio de Janeiro reincida nesta prática tão característica de regimes autoritários. A agressão e as prisões dessa segunda-feira (22.jul.2013) constituem ofensa violenta ao livre exercício da comunicação. Nenhuma instituição que apoie a democracia pode tolerar conduta deste tipo.JORNALSITA 3

Nota da ABRAJI – Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo condena absurda violência contra jornalistas. 15 foram feridos.

 

soldier34Abraji condena ataques à imprensa em São Paulo

 

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo condena veementemente os ataques deliberados da Polícia Militar à imprensa. Pelo menos quinze jornalistas foram feridos pela Polícia Militar durante a manifestação dessa quinta-feira (13.jun.2013) em São Paulo. Outros dois repórteres foram detidos.

A Abraji cobra dos responsáveis que os agentes envolvidos nas agressões físicas contra repórteres e manifestantes sejam identificados e punidos. A Abraji também espera uma explicação oficial da Secretaria de Segurança Pública para a prisão de todos os jornalistas detidos. Impedir o repórter de realizar seu trabalho é violentar toda a sociedade; é atentar contra a democracia.