#ADEHOJE, #ADODIA – UM OI E UMAS PALAVRAS POR UM DIA LEVE

#ADEHOJE, #ADODIA – UM OI E UMAS PALAVRAS POR UM DIA LEVE

Hoje não estou a fim de falar tão sério, vamos que vamos tentando conseguir uma semana mais leve. Só aproveito para pedir mais atenção a uns temas que estão sendo relegados de forma esquisita: minorias, comportamento, e especialmente a mulher…Tem pastora rondando nossa área

 

ARTIGO – Vesti uma camisa… Por Marli Gonçalves

Vesti uma camisa… Listrada? Não! Não pode. Vão achar que vocês são uns reacionários de direita que só pensam em por o Lula na cadeia. Cocar? Não!!! Lembrem-se do genocídio dos povos indígenas e comecem a chorar, em pleno Carnaval. Homem vestido de mulher magoa os trans. Fantasia de doméstica, de enfermeira, de nega maluca? Não! Lembra a terrível opressão feminina, estimula o assédio, o racismo. Mas, para os mais chatos dos chatos, a gente poderia, eles deixam, se fantasiar de planta. De unicórnio (!). De super-heróis…

Pronto. Acabou. Despirocaram de vez. Agora deram de patrulhar até a mais livre e libertária festa nacional, o Carnaval. Deus nos livre dessa gente que não só entra com tudo na roubada de acreditar nos dogmas políticos, defender os indefensáveis, como também agora quer patrulhar até as fantasias que devem ou não ser usadas.

Mas eles – considerando que eles são um grupo de pessoas que se acham as mais sabidas-intelectualizadas-informadas-corretas-especiais-ungidas e etc. e tal do planeta – já não é de hoje que querem acabar com a alegria, botando política social-esquerdizante ou religiosa e manipuladora em tudo o que respira. Para eles, aqueles exércitos na Coreia do Norte seguindo o grande líder deviam ser aqui repetidos, uniformizados.

Não é brincadeira não. Fizeram um vídeo com orientações “politicamente corretas” – fantasias que não “deveriam” ser usadas por quem segue essa doutrinação. Sobrou até pra Iemanjá, pro Allah-la-ô. Não pode porque seria desconsiderar as religiões. Tapem os ouvidos. Nada de ficar por aí ouvindo marchinhas como Cabeleira do Zezé, Nós, os Carecas, Máscara Negra, Índio quer apito, Mulata Bossa Nova

Em compensação, acredite,  porque eu estava lá e na hora eu mesma não acreditei. Bloco de Carnaval moderninho daqui de São Paulo toca o Bolero, de Ravel. O mesmo Acadêmicos do Baixo Augusta, cheio de “personalidades”, e que, a propósito, até agora não ouvi dar um pio sobre o caso do menino eletrocutado durante o desfile deles, tocou também “Pra não dizer que não falei das flores”, de Geraldo Vandré. Faltou a Internacional.

Já não bastasse o baixo astral nacional, em pleno Carnaval temos de ler, ouvir e ver tanta besteira desfilando nas avenidas. Desfilando, propriamente, não. Esses blocos grandes são paradas. Gente parada. Se o caminhãozinho anda, vão atrás, como se fosse uma passeata. Repara só. Nem os dedinhos para cima. As mãos agora estão ocupadas: seguram bebidas ou celulares para selfies, lives, zaps.

Legal. São Paulo realmente está nas ruas, com muita gente, especialmente jovens, com alguma fantasia – nem que seja só aquele horrível e inexplicável chifrinho de unicórnio na cabeça que parece uma casquinha de sorvete ao contrário. Mas não se pode dizer mais que se brinca o carnaval, essa expressão tão bonita. Não dá para relaxar. É violência. Roubos, assaltos, cuidado para não arrumar alguma treta, pessoas armadas, risco de arrastões. E agora tem ainda a pavorosa versão “choque no poste”. Some-se a isso um prefeito arrumadinho cheio de mania de dar ordens, querendo regular, normatizar, mudar até as rotas e caminhos dos blocos que estavam indo tão bem organizados naturalmente.

Nessa toada os cordões logo serão – ou voltarão a ser – só os de isolamento e os blocos, só os de cimento e concreto. Foi indo nessa toada que no século passado uma certa elite conseguiu acabar com os corsos, com os blocos nas ruas, confinando todos só em quadras de escolas de samba.

Abaixo a ditadura. Todas. O samba não fica só nos pés, tem de percorrer o corpo inteiro, e invadir o cérebro desse povo chato que não gosta de ver a gente dar a nossa risada.

Com roupa, sem roupa, pouca roupa. Vestido do que quiser. Por isso, aliás, é que chama fantasia. Que vivam os blocos afros, de sujos, das piranhas, de paródias!

______________________________

Marli Gonçalves, jornalistaSe for se vestir de planta, legalize já. Se for de super-herói, escolha o Super Pateta.  Mas, por favor, esqueça o  tal chifre do unicórnio.

marligo@uol.com.br/marli@brickmann.com.br

São Paulo,

“…Se acaso meu bloco,

Encontrar o seu,
Não tem problema,
Ninguém morreu,
São três dias de folia e brincadeira,
Você pra lá e eu pra cá,

Até quarta feira…”

 

Cultura Canábica é muito bom!Marcha da Maconha lança revista “Sem Semente”

Marcha da maconha em SP terá lançamento de revista especializada


Nº 1 inclui receita de ‘space brownie’ e foto de modelo regando ‘plantinha’.
Editores negam apologia e se dizem preparados para eventual processo.

 Capa Revista SemSemente (Foto: Reprodução) 

Capa da revista ‘SemSemente’ (Foto: Reprodução).
Discussão sobre descriminalização, uma receita de bolo cujo principal ingrediente é a “mantegonha” e até um ensaio fotográfico de modelo regando uma “plantinha” recheiam a primeira edição da revista especializada em maconha “SemSemente”, que deve ser lançada neste sábado (19), em São Paulo.
 
Segundo os editores, trata-se da primeira publicação do tipo no Brasil. Em outros países, revistas de “cultura canábica” já existem há pelo menos 35 anos.
 
A “SemSemente” tem 64 páginas coloridas que tratam da maconha sob os mais variados pontos de vista. Os temas abordados incluem a história de um doente de câncer que se beneficiou da planta para fins terapêuticos, uma entrevista com um integrante da banda Cypress Hill, além dos 10 anos da Marcha da Maconha no Brasil.
 
A tiragem é de 10 mil exemplares, segundo informa o diretor de arte William Lantelme. Mas imprimir as cópias não foi tão fácil. A primeira gráfica que aceitou o serviço acabou desistindo na última hora, com medo de ser corresponsabilizada pelo conteúdo. Por isso, o lançamento teve de ser adiado para este sábado, durante a Marcha da Maconha, marcada para começar às 13h na Avenida Paulista.
 
Anunciantes

Entre os anunciantes da publicação, de acordo com o diretor de arte (o G1 não teve acesso à edição inteira), há diferentes empresas “desse mercado”, como tabacarias, bancos de sementes e lojas de cultivo – “nada ilegal”, diz Lantelme.
Ensaio revista SemSemente (Foto: Reprodução) 
Além de reportagens e entrevistas, a revista traz
também um ensaio com uma moça
regando uma ‘plantinha’. (Foto: Reprodução)
O presidente da Comissão de Estudos sobre Educação e Prevenção de Drogas e Afins da Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo, Cid Vieira de Souza Filho, acredita que não deve haver problemas jurídicos com a revista, já que a decisão do STF (Superior Tribunal Federal), de junho do ano passado, autorizando a realização das marchas da maconha em todo o país, sinalizou que a manifestação em favor da descriminalização dessa droga, ainda que por meio de uma publicação, é permitida no contexto da liberdade de expressão.
 
“Claro que, dependendo do conteúdo, pode ser que o Ministério Público tome alguma providência para eventualmente apurar se isso seria apologia”, explica.
 
Os autores da revista se dizem preparados para uma possível polêmica após o lançamento. 
 
“Não estamos incitando [o uso de maconha], estamos promovendo um debate”, afirma Lantelme.
 
Matias Maxx, editor da “SemSemente”, também diz não fazer apologia ao consumo de drogas, mas se diz pronto caso isso venha a ser questionado. “Temos nosso setor jurídico, e quem vai ter que decidir isso vai ser o juiz”, afirma.
 
FONTE: Dennis Barbosa Do G1, em São Paulo

Atenção, turma GLS! Tem passeata! Tem protesto colorido! Tem função! É sábado, 19

 

 

 

 

 

COM GUARDA-CHUVAS COLORIDOS, ATIVISTAS DO FACEBOOK ORGANIZAM MARCHA CONTRA HOMOFOBIA NA AV. PAULISTA.

sábado, 19 de fevereiro,  na Av. Paulista, em São Paulo, com a presença da Ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos do governo Dilma Rousseff, da Senadora Marta Suplicy (PT/SP) e do deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL/SP).

 O evento é organizado por jovens ativistas que utilizam o Facebook como instrumento de mobilização e é apoiado pela recém-criada Frente Paulista contra a Homofobia, dentre outros grupos. Eles pedem o fim da violência homofóbica e reivindicam a aprovação do PLC 122/2006, Projeto de Lei da Câmara que torna crime a discriminação de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros.