Após protesto, terminal Embraport e navio são invadidos por estivadores
De A Tribuna On-line
Ao menos 30 estivadores que desejam garantias trabalhistas com base nova Lei do Portos (12.815/2013) invadiram, no início da tarde desta quinta-feira, a Empresa Brasileira de Terminais Portuários (Embraport), na Margem Esquerda do Porto de Santos. Eles foram recebidos a tiros pelos seguranças da instalação. Ninguém ficou ferido e a Polícia Federal (PF) foi acionada para controlar a situação. Os invasores esperam um outro grupo de estivadores para uma manifestação prevista para ser realizada em frente ao terminal.
Informações preliminares da assessoria de comunicação da empresa confirmam a invasão ao terminal. Estivadores chegaram pelo mar, por pequenos barcos, e subiram nos atracadouros da instalação. Quando tentaram entrar nos portêineres (grandes guindastes responsáveis por movimentar o contêiner entre o cais e o navio), vigilantes atiraram para o alto tentando evitar a ação.
Para se refugiar, os estivadores entraram no navio atracado, o Maersk La Paz. Ele é uma das primeiras embarcações mercantes a atracar no novo terminal, que iniciou as operações há duas semanas. Os trabalhadores portuários querem ser escalados pela empresa, que não é mais obrigada a contratá-los com base na nova Lei dos Portos.
Autoridades Portuária e Marítima
A Polícia Federal informou que analisa a melhor maneira para controlar a situação. Ocorrências em navios e embarcações mercantes, de caráter internacional, são de responsabilidade da PF.
A Marinha do Brasil, por meio da Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP), confirmou que fará o monitoramento da invasão ao Terminal Embraport e o navio atracado na instalação, garantindo a segurança marítima.
Assim como ocorreu em outras ocasiões, informa a assessoria de comunicação, equipes permanecerão de plantão no Canal do Estuário, monitorando os acontecimentos das proximidades do terminal, na Margem Esquerda, Área Continental de Santos.
Por se tratar de um terminal privado, a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) não tem responsabilidade sobre o ato.