protestos sp
* Cenário político atual (Não queremos ser a nova Venezuela!)
AMANHÃ, 10 DE SETEMBRO: Polícia faz Operação Blecaute
FONTE: ASSESSORIA DE IMPRENSA ADPESP
Amanhã (10/09), nova Operação Blecaute irá interromper, entre 10h e 16h, os atendimentos das Delegacias, Ciretran’s e Seções de Trânsito do Estado
A Polícia Civil de São Paulo novamente irá paralisar suas atividades, entre 10h e 16h, com a sexta Operação Blecaute. O ato, organizado pela Adpesp (Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo) com o apoio do Sindpesp (Sindicato dos Delegados do Estado de São Paulo), visa protestar contra as péssimas condições de trabalho que há duas décadas vem sendo impostas pelo Governo estadual.
Durante o período, todas as Delegacias, Ciretran’s e Seções de Trânsito do Estado permanecerão de portas abertas, mas com suas atividades suspensas. A intenção da paralisação, de acordo com a presidente da Adpesp, Dra. Marilda Pansonato Pinheiro, não é prejudicar a população, e sim esclarecer a sociedade sobre o real cenário de sucateamento que vem impedindo a Polícia Civil de prestar um atendimento de qualidade ao cidadão.
Na semana passada, a categoria se manteve em alerta, pois havia comprometimento do Governo em anunciar uma proposta de recomposição salarial aos Policiais Civis, fato que não se cumpriu.
A categoria cogita decretar greve caso o Governo não se pronuncie ou se a proposta anunciada for insatisfatória. Desde 20 de agosto, Delegados de Polícia de São Paulo permanecem em estado de greve, iniciativa que deverá se prolongar até que as demais entidades representativas da Polícia Civil deliberem, em assembleias próprias, pelo movimento paredista para que unidas decretem greve geral da Polícia Civil.
Os pesadelos de Padilha, o Ministro da Saúde, com sua foto pregada no caixão, em protestos
Imagine a hora que ele descobrir que a foto dele no caixão está nos protestos do país inteiro!
Veja, essa é de SP:
Fonte: Coluna Aziz Ahmed, O POVO/RJ
Baratinou
Aquele caixão de defunto com sua fotografia na tampa, utilizado pelos médicos de Recife nos protestos, deixou o ministro Alexandre Padilha, da Saúde, baratinado.
Ele confidenciou a amigos que, por causa disso, tem tido sinistros pesadelos.
Fotos! Cobertura! SP:Protesto dos médicos na frente do CRM, Conselho Regional de Medicina, agora.
Real situação lá da área dos portos de Santos
Após protesto, terminal Embraport e navio são invadidos por estivadores
De A Tribuna On-line
Ao menos 30 estivadores que desejam garantias trabalhistas com base nova Lei do Portos (12.815/2013) invadiram, no início da tarde desta quinta-feira, a Empresa Brasileira de Terminais Portuários (Embraport), na Margem Esquerda do Porto de Santos. Eles foram recebidos a tiros pelos seguranças da instalação. Ninguém ficou ferido e a Polícia Federal (PF) foi acionada para controlar a situação. Os invasores esperam um outro grupo de estivadores para uma manifestação prevista para ser realizada em frente ao terminal.
Informações preliminares da assessoria de comunicação da empresa confirmam a invasão ao terminal. Estivadores chegaram pelo mar, por pequenos barcos, e subiram nos atracadouros da instalação. Quando tentaram entrar nos portêineres (grandes guindastes responsáveis por movimentar o contêiner entre o cais e o navio), vigilantes atiraram para o alto tentando evitar a ação.
Para se refugiar, os estivadores entraram no navio atracado, o Maersk La Paz. Ele é uma das primeiras embarcações mercantes a atracar no novo terminal, que iniciou as operações há duas semanas. Os trabalhadores portuários querem ser escalados pela empresa, que não é mais obrigada a contratá-los com base na nova Lei dos Portos.
Autoridades Portuária e Marítima
A Polícia Federal informou que analisa a melhor maneira para controlar a situação. Ocorrências em navios e embarcações mercantes, de caráter internacional, são de responsabilidade da PF.
A Marinha do Brasil, por meio da Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP), confirmou que fará o monitoramento da invasão ao Terminal Embraport e o navio atracado na instalação, garantindo a segurança marítima.
Assim como ocorreu em outras ocasiões, informa a assessoria de comunicação, equipes permanecerão de plantão no Canal do Estuário, monitorando os acontecimentos das proximidades do terminal, na Margem Esquerda, Área Continental de Santos.
Por se tratar de um terminal privado, a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) não tem responsabilidade sobre o ato.
Novo livro que logo logo deve surgir para os médicos que forem para o degredo
Breve, nas bancas, um livrinho muito útil: Dicionário Sintético de Doenças Brasileiras para Médicos Estrangeiros.
Mais uma. Setor: Polícia Civil do Estado de SP. Manifestação amanhã anuncia greve geral. Veja detalhes.
Manifestação de Policiais Civis anuncia provável greve geral
Nesta quinta feira, dia 11 de julho, às 10 da manhã, uma manifestação organizada pelas principais entidades de classe da Polícia Civil do Estado percorrerá o centro de São Paulo protestando a favor de melhorias na Segurança Pública e conclamando a sociedade a cobrar do Governo ações concretas nesta área, que já desponta entre as principais preocupações dos cidadãos paulistas.
A manifestação, que faz parte do movimento “Reage, São Paulo!”, organizado pela Associação dos Delegados de Polícia do estado de São Paulo, contará com o apoio de policiais civis de todas as regiões do Estado. A passeata, que deverá ser ordeira e pacífica, partirá da Garagem da Polícia Civil, na Praça Alfredo Issa nº 57, Centro, em direção à Avenida Paulista, tendo como destino o vão do Masp.
Segundo os organizadores, uma pauta conjunta contendo reivindicações de todas as categorias policiais já foi entregue ao Governador. O posicionamento da Administração Pública em relação à esta pauta definirá a deflagração ou não de uma greve de todos os servidores da Segurança Pública Estadual.
FONTE: ASSESSORIA DE IMPRENSA DA ASSOCIAÇÃO DE POLICIAIS
CTB, Central de Trabalhadores e Trabalhadoras, anuncia paralisação da Avenida Paulista amanhã
Em São Paulo, trabalhadores vão ocupar a avenida Paulista nesta quinta-feira
- Nesta quinta-feira (11), os trabalhadores e trabalhadoras de São Paulo, convocados pelas centrais sindicais e movimentos sociais, vão ocupar a Avenida Paulista, a partir das 12h30, com concentração no Vão Livre do Masp.
Parte do Dia Nacional de Luta com Greves e Mobilizações, a atividade vai levar para as ruas reivindicações como o fim do fator previdenciário, reforma agrária, redução da jornada, o combate à terceirização, entre outras bandeiras contidas na Agenda da Classe trabalhadora.
O objetivo é mostrar para o Governo e para o Congresso Nacional que os trabalhadores querem avançar nas mudanças em defesa de uma nação democrática, soberana e com justiça social. “Queremos conscientizar o Congresso nacional para a importância de projetos que tramitam na casa que beneficiam a sociedade em geral”, destacou Onofre Gonçalves, presidente estadual da CTB-SP.
Além da manifestação na avenida Paulista, diversas categorias realizarão atos, atividades e paralisações a exemplo dos trabalhadores dos Correios e dos metroviários que aprovaram a adesão ao movimento e votam nesta quarta-feira a forma de protesto, com greve ou não.
ARTIGO – Cura aqui, ó! Por Marli Gonçalves
Sabe criança quando mostra o “dodói”? Imagino o Brasil, o mapinha, todo remendado, com ataduras, suplicante, apontando com os seus dedinhos gordos para suas próprias feridas, que são muitas, urgentes, não dá mais para eles enrolarem. E a gente tem de aguentar, além do mais, e ainda por cima, esse palhaço fazendo graça com a nossa cara, com o que e sério, com o que temos a dizer? Ouvir todos esses vira-bandeira/casaca, cara de pau de peroba, adeptos de última hora, falando em corrupção, passe livre, e iniciando mais movimentos populistas? Aguentar cara feia?
Ora, chega! Vocês me desculpem, mas tem hora que quero fazer aquela cara da Dercy Gonçalves, lembram?, aquele trejeito de puxar a boca, só dela, troçando e ao mesmo tempo fazendo gestos obscenos, pouco se importando, mas muito clara em seus protestos, esbugalhando o olho. Sempre gostei de Dercy, não sei se pelo Gonçalves, mas acho que mais, muito mais, pela clareza de suas críticas, sem papas na língua.
Então, como ia dizendo, e com essa cara de Dercy: Sr. Feliciano, cura aqui, ó! Dona Dilma, cura aqui, ó!
Quero dizer: senhores doutores, formadores de opinião, elite pensante, gente legal de várias matizes, intelectuais sérios e não-vendidos para os sistemas, artistas, juristas, homens e mulheres que querem o bem do Brasil! Reúnam-se! Não esperem mais o chamado porque está tudo muito confuso e ele, esse pedido de uma sociedade civil organizada, pode não vir tão já, e nós precisamos de vocês agora. Curem aqui, ó!
Curem a descrença com que andamos pelas ruas, em nossas marchas onde pedimos de tudo, para ver se ganhamos algum troco. Curem o nosso combalido sistema de saúde, ameaçado agora de piorar com a contratação desastrada e mal pensada de médicos estrangeiros, que vão fazer o que, vão viver como nesse interior de Deus? Não vai dar certo, a gente sabe. Evitem que aconteça. Evitem, por favor, que se gaste, que se desperdice tanto, inclusive tempo e, fundamental, não deixem que nos enganem com tantas propostas mirabolantes e pouco práticas. Assumam alguma responsabilidade nisso tudo.
O Governo está um Governo ENEM, cheio de erros em várias questões, em várias alternativas que acabarão por ser anuladas e nós seremos postos à prova, mas de coisas ruins.
Conheço e tenho encontrado com vários de vocês. Sei bem que vocês estão aí na espreita, com um sorrisinho feliz na cara, aquele, quase cínico, porque – convenhamos e admitamos – tudo isso é surpresa, já imaginávamos quase perdido esse jogo, e é bom demais ver esses caras que esqueceram para o que vieram, sambando na fogueira acesa, pisando em brasas, ui,ui,ui. Mas sei também que vocês estão bem apreensivos com a gravidade do momento, um pouco perplexos com a desarticulação, com o bate-cabeça, com as lideranças questionáveis, com porta-vozes que não reconhecemos. Não vai dar para ficar só no camarote, minha gente, fazendo cara de vip. Tem de descer no campo, escrever, dar entrevistas, devem contatar se entre si, não ter medo – não é hora!- de criticar, de se expor, de sujar as mãos, e até de errar. Conclamo uma reunião dos que têm boa vontade.
Precisamos continuar “ticando” a lista de desejos que é enorme, validar a prescrição de remédios para curar o que há de ser curado, e não é sem tempo. Nisso, varreremos de nossa frente muitos desses dissimulados, jogadores do Mal, a começar por esse zinho que vem usando a religião para suas brincadeiras na área de direitos humanos, que ousa nos enfrentar conclamando uma daquelas que seria a pior divisão agora, a da guerra religiosa, do preconceito, da banalização da violência.
Chega: é hora do basta. Vamos curar nossas instituições. E o comportamento, mas o deles, que são os que precisam ser corrigidos mais rapidamente.
Eles, os que nos governam, estão perdidos, e de mau humor, ladeira abaixo. Os que nos representam estão acuados, vendo o vento soprar em suas nucas, fazendo-os tirar os fundilhos de sua zona de conforto. Os que nos penalizam, devem agilizar e fazer cumprir as regras, que serão fundamentais e precisaremos que ajam como sábios. Os Três Poderes estão em estado de choque, cada um no seu quadrado.
Vamos apoiar mudanças, vamos ajudar, mantendo as ruas falando, buscando clima de paz, sem confrontos quando estes não forem necessários, quando não sirvam como defesa. Olho vivo em infiltrados, provocadores e gente que joga em campos cujo gramado já replantamos uma vez, e não queremos outra. Chega de violência.
Cura aqui, ó! Cura esse Brasil tão louco, que se inflama, que se emociona, que sabe brincar até quando fala sério. Que não quer andar para trás, nem perder suas conquistas.
São Paulo, segundo semestre, 2013
Marli Gonçalves é jornalista – – Tanta tensão, tanto stress, tem de valer.
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Tenho um blog, Marli Gonçalves, divertido e informante ao mesmo tempo, no https://marligo.wordpress.com. Estou no Facebook. E no Twitter @Marligo
ARTIGO – Qual é o seu cartaz? Por Marli Gonçalves
O que você escreveria no seu cartaz? Ou, como conseguiu decidir, entre tantas coisas erradas a apontar?A lista é tão grande que precisaria, como se fala no jargão policial, puxar toda a capivara, e seria engraçado ver as pessoas protestando e carregando o rol de reclamações, de rabicho, enorme. Nunca se vendeu tanta cartolina, nem se gastou tanto gás lacrimogêneo e spray de pimenta, os novos negócios bons do mercado, assim como máscaras e bandeiras
Semana tensa, pesada, estranha. Aliás, mês, porque não é de hoje que o fogo está pegando bem perto de nós que, atônitos, ainda não sabemos bem o que está acontecendo realmente, quem destampou o ralo, quem abriu a torneira, quem pisou no pé de quem. O certo é que está acontecendo, pulem fora ou não os meninos do Movimento Passe Livre que agora dá para trás. Patrocinados por estatais e oficiais, teriam recebido um puxão de orelha ou uma ameaça? A história dirá.
Estou muito impressionada com tudo isso, mas destaco – porque estive bem presente na batalha das redes sociais – que, realmente, que, realmente (bis obrigatório) a Educação está mesmo indo de mal a pior nesse país, com gerúndio e tudo, e vai estar rolando. Não só pelos erros básicos e crassos de escrita dos posts. Mas porque nunca ouvi tanta bobagem junta dita sobre movimentos sociais, história, marxismo, fatos nacionais. A perigosa incompreensão política do grave momento que estamos vivendo, as briguinhas como se fossemos todos torcidas rivais entre si, resumidas às tais esquerda e direita que sacodem mais do que barquinho em alto mar em dias de tempestade. Para mim é fato preocupante na hora de dar o rumo.
Mas foi mesmo muita coisa junta acontecendo. É passeata, manifestação, concentração, marcha, ocupação, passeio ou “promenade”? É tudo isso junto o que dá a ideia de zumbis de um lado para outro? É modinha? Vi muita gente boa, famosa e etc. indo, dando um pulinho lá, ao ato de segunda -feira só para fazer uma foto Rock in Rio, tipo “eu fui”. Quando tem problema, na hora de protestar mesmo, “pufff!”.
Também me diverti, especialmente acompanhando os relatos do Marcelo Rezende no Cidade Alerta, da Record, além das outras emissoras que botaram as imagens no ar também de forma surpreendente . Se puder, se tiver mais, não deixe de assistir – é muito engraçado o embate dele, o tempo inteiro, com os comandantes dos helicópteros sobrevoantes ( já que desfilar no chão não está nem um pouco bom e saudável para a imprensa) e o coitado que ele, Marcelo, chama de “Lente Nervosa”. Depois ele inventou também o “Lente Lenta”, outro câmera da equipe do Rio de Janeiro, que pegou para Cristo. Assédio moral é pouco.
Das coisas que destaco, além da criatividade inimaginável dos cartazes, as dicas de moda da Glorinha Kalil para os manifestantes serem chiques nos protestos, realmente a percepção exata de que há um novo tipo de jornalismo surgindo – só não sei como ele vai se sustentar financeiramente, e me preocupa a excessiva participação das estatais e oficiais que já citei no início. Durante dois dias acompanhei online uma equipe, que se auto-intitula Ninja, e que é de um “coletivo” ( estão anotando todas essas palavras, não? Elas entraram pesadamente no nosso vocabulário: coletivos, independentes, anarquistas, livres, vândalos, baderneiros, colaborativo, conteúdo,compartilhados, dispositivos não-letais, entre outras). Enfim, chega a ser emocionante ver o material sendo passado de dentro da passeata, cambaleante, eles correndo ofegantes, com poucas condições, inclusive de baterias para carregar as câmeras, e enfrentando, até com certo topete, os policiais.
É um fato a tirar desses dias, tanto que até a Globo News entrou nessa e pede insistentemente que os internautas mandem seus materiais “colaborativos”, e que vêm sendo postos no ar. Aí a gente pode ver bem de perto, por exemplo, que apareceram trombadinhas (o nome usual dos pequenos saqueadores, e que andava meio esquecido), a turma do PCC e outras organizações criminosas aproveitando para dar um teco nos policiais, e os bombados – um capítulo à parte. São os fortinhos que ajudam nos quebra-quebra, cheios de testosterona para gastar, além dos seus vastos conhecimentos de artes marciais, usados contra pobres portas de lojas, imóveis oficiais e vidros de bancos. O que foi preso em São Paulo ganhou um apelido legal: o vândalo do sapatênis.
Na cidade de São Paulo, o som constante dos helicópteros, as sirenes, as viaturas e policiais da Tropa de Choque paradas em lugares, digamos, não-habituais, com cara de muitos poucos amigos têm tornado ainda mais difícil e tenso nosso dia-a-dia, que já era o horror.
E, antes que você me pergunte porque ainda não fui a nenhum ato desses, respondo: porque tomei horror a aglomerações e sou mais “perigosa” escrevendo. Porque sou biônica no quadril direito porque foi justamente numa manifestação dessas, há 23 anos, 23 anos – só para vocês perceberem que no fundo estamos bem atrasados – lá em Paris, por onde eu andava, que me machuquei. Hoje não posso me dar mais a esses luxos, embora a ativista dentro de mim seja bem animada.
Você chegou até aqui? E aí, já pensou no que escreveria no seu cartaz? Não está conseguindo saber onde vão dar essas manifestações contra tudo e todos?
Que tal um plebiscito?
São Paulo, vinagre e chamas, 2013
Marli Gonçalves é jornalista – – Como hoje quase todo mundo tem uma impressora, e essas manifestações continuarão, é legal poder variar. Cada dia um cartaz. Não precisa nem repetir. Porque antes aqui no Brasil não tinha nada disso, como dizem. Agora tem. Não é o cavalo que está passando arreado. É o ônibus.
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