A Secretaria de Políticas para as Mulheres enviou uma carta de apoio ao sindicato dos metroviários de SP, que pediu que a Globo tirasse do ar o quadro “Metrô Zorra Brasil”. A mesma pasta, da ministra Iriny Lopes, pediu a suspensão de um comercial em que Gisele Bündchen aparece de lingerie. “Parabenizamos a iniciativa e endossamos a necessidade de ações como esta que visam desconstruir discursos de uma cultura que, até camuflada no humor, perpetua a violência simbólica contra as mulheres”, diz o documento. Os metroviários acusam o “Zorra Total” de incentivar o assédio sexual nos vagões. A Globo diz que o objetivo da atração é o entretenimento.
2 – do migalhas
Queima do sutiã
Uma semana depois de pedir para tirar do ar um comercial de lingerie com a modelo Gisele Bündchen, por considerar a peça agressiva à mulher a Secretaria de Políticas para Mulheres novamente esta querendo ditar regras. A pasta enviou um ofício ao Projac demonstrando preocupação com o personagem Baltazar – interpretado por Alexandre Nero -, da novela “Fina Estampa”. Na trama, ele subjuga a mulher Celeste, vivida por Dira Paes. Palpiteira, a ministra Iriny Lopes sugere à Globo e ao autor, Agnaldo Silva, que Celeste procure a Rede de Atendimento à Mulher, por meio do telefone 180. A ministra sugere ainda que, diferentemente de casos anteriores, em que o agressor é apenas punido, que Baltazar seja encaminhado aos centros de reabilitação previstos na Maria da Penha. Valha-nos Deus. Será que essa turma do policiamento não sabe o que é ficção ?
EÍ, JÁ NÃO BASTA O ATRASO DAS MINISTRA, DA TURMA?ADVOGADAS APOIANDO A CENSURA? O PRESIDENTE DA ORDEM APOIANDO A CENSURA?
não!
FONTE: DO MIGALHAS -www.migalhas.com.br
“Hope ensina”
Comissão da Mulher Advogada da OAB/SP é contra propaganda da Hope
A Comissão da Mulher Advogada da OAB/SP manifestou apoio à Secretaria de Políticas para as Mulheres do governo Federal, que pediu ao Conar a suspensão da propaganda da marca de lingerie Hope em que a modelo Gisele Bündchen “ensina” às mulheres como dar más notícias ao marido ou namorado, por reforçar o “estereótipo da mulher como objeto sexual”.
Na campanha publicitária televisiva “Hope ensina”, a modelo aparece, primeiro, vestida normalmente e conta que bateu o carro ou estourou o cartão de crédito. A estratégia é considerada “errada” pela propaganda. Em seguida, Bündchen reconta a história, mas vestindo apenas lingerie, no que seria a fórmula “correta” de contar algo ruim, mostrando o “charme” da mulher brasileira.
“Esse tipo de campanha publicitária não se encaixa mais na sociedade em que vivemos hoje, por se tratar de um simples e explícito desrespeito às conquistas femininas contra a discriminação por gênero, pensamentos machistas e o tratamento da mulher como objeto sexual à disposição dos homens. Conquistas atingidas após séculos de preconceitos e abusos“, disse a presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB/SP, Fabiola Marques.
Para o presidente da OAB/SP, Luiz Flávio Borges D’Urso, “a Comissão da Mulher Advogada da OAB/SP tem razão em seu protesto, pois não se pode admitir que em nossa sociedade ainda se verifiquem manifestações discriminatórias contra a mulher, humilhando-a e reduzindo-a a um objeto sexual“.
Marli GonçalvesO que as mulheres querem mesmo é sossego, respeito e seriedade. As mulheres querem ter garantida a sua dignidade e igualdade de direitos. As mulheres querem que todas as mulheres possam usufruir das suas garantias de cidadãs. As mulheres têm voz própria e não querem governos usando seu nome nem metendo o bedelho em bobagens, com tantas coisas importantes a ser vistas e transformadas. Somos mulheres, de calcinha e sutiã, sim.
As mulheres querem mesmo é o fim da violência contra todas as mulheres. Aliás, contra todos os seres vivos. Não querem mais ouvir falar em mulheres espancadas e mortas por seus companheiros. Não querem mais saber de crianças, meninos e meninas, presas em celas, abusadas, vilipendiadas sob os olhares cúmplices de quem deveria guardá-las. As mulheres querem mesmo é poder dispor de seu próprio corpo, ter liberdade de escolha, e não serem obrigadas a submeterem-se a condições degradantes para poderem viver e criar seus filhos e filhas, fazendo-se muitas vezes de prostitutas, mas sem pagamento que não um mero prato de comida e um teto.
As mulheres têm muitas coisas para querer, para lutar, para transformar e melhorar. Mas nenhuma delas é contra calcinhas e sutiãs. Muito menos contra propagandas de tevê que vendem essas lindas peças de baixo, de que todas gostam e usam mesmo, inclusive para seduzir. Qual o problema? Vai encarar?
Pois essa semana teve gente falando em nosso santo nome com o propósito de censurar – censurar, sim, que esse é o nome da coisa – uma propaganda feita por uma marca de lingerie, no corpo de uma brasileira, um das mais belas, conhecida e consagrada mundialmente. Que vergonha que dá na gente!
Aí a gente descobre que entre os mais de 40 departamentos de governo tem uma tal SPM, Secretaria de Políticas para a Mulher, comandada por Iriny Lopes, com status de ministra e que é a cara, versão mal humorada, do cartunista Laerte quando este está travestido na melhor forma. Segundo a tal burocrata, houve meia dúzia de reclamações “de indignação” a respeito dos anúncios da marca que agora com tino comercial alerta aplaude com palminhas toda a polêmica e deve estar implorando para que o Conselho de Regulamentação Publicitária passe bastante tempo analisando o fato. Vai vender que nem água.
A argumentação? Do site oficial governamentoso: “A propaganda promove o reforço do esteriótipo (sic) equivocado da mulher como objeto sexual de seu marido e ignora os grande (sic) avanços que temos alcançado para desconstruir práticas e pensamentos sexistas. Também apresenta conteúdo discriminatório contra a mulher, infringindo os arts. 1° e 5° da Constituição Federal”.
Podiam ao menos tentar falar linguagem de gente. Objeto sexual do marido? Os grande avanços? Desconstruir práticas e pensamentos sexistas? Conteúdo discriminatório?
Vamos por partes, Frankenstein!As peitudas loiras vendendo cerveja – pode? A própria Gisele Bündchen limpando o chão, de Amélia, na propaganda da Net – pode? As mulheres seminuas e prontas para tudo vendendo carros – pode? As coitadas que aparecem em propagandas de remédios e do próprio governo podem dizer que o mundo é lindo? E se essa mesma campanha fosse estrelada, por exemplo, por uma roliça? Tipo a Claudia Jimenez, fazendo uma caricata dona-de-casa?
Ora, cubram vocês suas vergonhas. Nem me venham com esquerdices-direitices de ocasião que andamos sem paciência para elas. Tenho quase certeza de que nem a presidente Dilma, que pode ser tudo, menos burra, concorda com a tal Iriny & Cia, nem quero imaginar as “malas” e pochetes que trabalham nesta tal secretaria.
Sou feminista, com muito orgulho, e sou uma das que não estão gostando nada de ver gente achando que essa bobagem – de pedir a retirada do comercial – é obra de feministas. Temos mais o que fazer. Não achincalhem a luta da mulher, que a gente ainda tem muito a conquistar, a mudar, a transformar. Desde adolescente milito pelas causas da mulher, pela informação correta, pela aplicação dos seus direitos. Sei o muito que perdi e o pouco que ganhei, mas mantive coerência, que começa pela absoluta defesa da liberdade de expressão. Sei bem o que é ofensa à mulher: vejo todos os dias, para todos os lados onde olho. Mas a turma da tal Secretaria da Dona Iriny parece que só assiste à tevê, sentadinha no sofá, e na hora da novela repetida que passa durante o horário de expediente.
Liberdade para as calcinhas e sutiãs! Liberdade para as mulheres usarem as mais bonitas, rendadas e bem sensuais, na hora de dizer umas verdades aos seus maridos, mesmo que elas sejam fatos como estourou o cartão de crédito, bateu o carro de novo e que a mãe delas vem chegando. Se assim o macho não reagir, se essa for a forma, tudo bem. Porque se ela for esperar essa gente de governo para defendê-la…
Essa gente tem muita garganta, mas pouca ação. Quando a gente precisa mesmo, sempre chegam atrasados, quando já estamos mortas ou espancadas.
País rico é país sem esse povo que acha que sabe o que é bom, e quer impor por decreto. Nós, Mulheres, somos como cavalos livres. E vamos corcovear muito antes de cair nesse laço.
São Paulo, São Paulo, calcinha preta, com lacinhos, 2011(*) Marli Gonçalves é jornalista. Nesta semana, pelo menos, o bom senso do conselho de propaganda liberou os graciosos pôneis malditos da propaganda de carro. Acredita que tentaram tirá-los do ar porque poderiam interferir na fantasia das crianças? Censores malditos!
Secretária é look alike do Laerte, o querido cartunista, quando travestido.
VAMOS FALAR SÉRIO, NÉ, GENTE?
A notícia boa é que os lindos pôneis malditos ( veja aqui a propaganda ) estão liberados..
Agora é bater pesado nessa história de quererem tirar o anúncio da Gisele Bündchen do ar, que parece que é só porque ela é bonita; e não uma gostosuda chuteira e peituda.
veja os anúncios que, segundo o governo, devem ser proibidos porque são perigosos para as mulheres:
27/9 – SPM pede suspensão da propaganda da Hope ao Conar
Date: 2011-09-27
“Hope ensina” é a campanha da empresa que “ensina” como a sensualidade pode deixar qualquer homem “derretido”. Nela, a modelo Gisele Bundchen estimula as mulheres brasileiras a fazerem uso de seu “charme” (exposição do corpo e insinuações) para amenizar possíveis reações de seus companheiros frente a incidentes do cotidiano.
Desde que foi ao ar, no último dia 20, a Ouvidoria, da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), recebeu reclamações de indignação a respeito da propaganda e enviou dois ofícios. Um ao Conar, pedindo a suspensão da propaganda, com base nos arts. 19 a 21 do Código Brasileiro de Auto-regulamentação Publicitária, e do art. 30, II, do Regimento Interno do Conselho de Ética (RICE). O outro, ao diretor na Hope Lingerie, Sylvio Korytowski, manifestando repúdio à campanha.
A propaganda promove o reforço do esteriótipo equivocado da mulher como objeto sexual de seu marido e ignora os grande avanços que temos alcançado para desconstruir práticas e pensamentos sexistas. Também apresenta conteúdo discriminatório contra a mulher, infringindo os arts. 1° e 5° da Constituição Federal.
Governo quer suspender comercial de lingerie com Gisele Bündchen Secretaria diz que recebeu seis reclamações contra a campanha da Hope. Vídeos mostram a modelo usando a sensualidade para resolver problemas. Fábio Amato Do G1, em Brasília
A Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) da Presidência da República enviou nesta terça-feira (27) um ofício ao Conselho Nacional de Autoregulamentação Publicitária (Conar) pedindo a suspensão de uma campanha da fabricante de roupas íntimas Hope, estrelada pela modelo Gisele Bündchen.
veja os videos
Os vídeos da campanha, chamada “Hope Ensina”, mostram a modelo contando ao marido que bateu seu carro e estourou o limite do cartão de crédito. Primeiro, Gisele revela os problemas vestida com roupa e, na sequência, apenas de lingerie. A propaganda diz que a primeira maneira é errada e, a segunda, a correta. E incentiva as brasileiras a usar seu charme.
“‘Hope ensina’ é a campanha da empresa que ‘ensina’ como a sensualidade pode deixar qualquer homem ‘derretido’. Nela, a modelo Gisele Bundchen estimula as mulheres brasileiras a fazerem uso de seu ‘charme’ (exposição do corpo e insinuações) para amenizar possíveis reações de seus companheiros frente a incidentes do cotidiano”, diz nota divulgada pela SPM.
A secretaria afirma que sua ouvidoria recebeu seis reclamações de pessoas “indignadas” com a propaganda desde o dia 20, quando ela foi ao ar. Além do ofício ao Conar, a SPM também enviou documento ao diretor da Hope Lingerie, Sylvio Korytowski, “manifestando repúdio à campanha.”
“A propaganda promove o reforço do estereótipo equivocado da mulher como objeto sexual de seu marido e ignora os grandes avanços que temos alcançado para desconstruir práticas e pensamentos sexistas. Também apresenta conteúdo discriminatório contra a mulher, infringindo os artigos 1° e 5° da Constituição Federal”, completa a nota da SPM.
O Conar, por meio de sua assessoria de imprensa, disse que poderá dar uma resposta sobre o ofício da SPM somente no início da tarde.
Hope Por meio de nota, a Hope disse que a propaganda teve o objetivo de mostrar, de forma bem-humorada, que a sensualidade natural da mulher brasileira pode ser uma arma eficaz no momento de dar uma má notícia e que, utilizando uma lingerie Hope, seu poder de convencimento seria ainda maior.
“Os exemplos nunca tiveram a intenção de parecer sexistas, mas sim, cotidianos de um casal. Bater o carro, extrapolar nas compras ou ter que receber uma nova pessoa em sua casa por tempo indeterminado são fatos desagradáveis que podem acontecer na vida de qualquer casal, seja o agente da ação homem ou mulher”, disse a nota.