#árvorenãoélixeira #árvorenãoélixeira #árvorenãoélixeira
Estamos ao Deus-dará. Veja uma rua dos Jardins, um dos Iptus mais caros do país. Uma rua qualquer? Não. A Rua Augusta.
Fiz essa foto hoje de manhã
Augusta ComVida você a uma cidade mais viva!
O Augusta ComVida será a primeira de uma série de intervenções do LAB SP, que é uma iniciativa do Instituto Escola São Paulo com objetivo de repensar e melhor aproveitar a cidade por meio de intervenções urbanas.
Aproveitando a Virada Cultural no dia 19 de Maio, a Augusta ComVida você a se envolver nessa primeira etapa do projeto, em que começaremos por torna-la um ambiente mais vivo e agradável, para que assim ela possa estabelecer um convívio com as pessoas.
Iniciaremos em 2 quarteirões do lado Jardins (entre a Alameda Franca e Alameda Jaú).
A Rua Augusta será nosso primeiro Laboratório, e se ele der certo pode ser só um começo 🙂
Para entender melhor:
CORREDOR VERDE
Instalação de 4 jardins verticais em fachadas de estabelecimentos na Augusta iniciando um corredor verde, elaborado e executado pelo Movimento 90º:
– Escola São Paulo – Prédio 1
– Ótica Elegância
– Loja Oxford
– Escola São Paulo – Prédio 7
IMAGINÁRIO CONVOCATÓRIO
Convocamos o imaginário do público para plantarem suas ideias de melhorias para Rua Augusta!
Com a colaboração de Coletivos Urbanos ocuparemos as calçadas e o espaço reservado aos carros de 2 quarteirões da Rua Augusta com a instalação de um mobiliário urbano efêmero composto por bancos, mesas, pista de dança e jardineiras, elaborados com caixas de madeira e pallets.
Nas jardineiras todos poderão plantar suas idéias para a Augusta, e subir no palanque para comunica-las ao público.
INSTALAÇÃO SONORA – PROMENADE
A proposta desta instalação site specific, desenvolvida pelo músico e compositor Dudu Tsuda, é refletir sobre a sonoridade da cidade e propor ao espectador um momento de exercício de suas capacidades perceptivas e sensoriais através do movimento no espaço. Para ouvir a peça é preciso caminhar pelas calçadas da Augusta, e perceber em cada fragmento de tempo e espaço as transições e texturas da música e sua relação com o ambiente. Uma alteração da paisagem sonora da rua, assim como uma redescoberta do espaço público através de um gesto artístico.
VIRADA DA AUGUSTA
No dia 19/05 Augusta ComVida uma grande celebração, música boa e você a plantar sua idéia na rua.
QUEM SOMOS?
O Instituto Escola São Paulo é uma entidade sem fins lucrativos que tem como objetivo ampliar o acesso à cultura e à educação, contribuindo para o envolvimento das pessoas com os setores criativos. Acreditamos em transformações urbanas por meio de ações culturais que estimulem o convívio e a interação das pessoas na cidade.
Temos a honra de contar com a presença de Marcelo Yuka como embaixador do LAB SP, motivo filosófico e fonte de inspiração para os que trabalham neste projeto, uma vez que ele também entende que a rua tem que ser um espaço de comunhão e convívio e que a arte pode servir como ponte entre as pessoas e a cidade, tirando o indivíduo de seu universo particular.
Resolvemos colocar o projeto para captação de recursos no Catarse, via financiamento coletivo, por que entendemos que mudanças no espaço urbano devem ter os cidadãos como protagonistas, participando ativamente desta transformação, seja por meio da intervenção propriamente dita ou da parceria financeira, que permite que o projeto saia de seu processo embrionário e ganhe vida.
Clique aqui para visualizar o orçamento completo:
https://docs.google.com/file/d/0B6x4FUF6yrEWYlhsXzhoNUVObTQ/edit?usp=sharing
Recompensas:
A Escola São Paulo acredita que o melhor jeito de aprender é entender por que se está aprendendo, ou seja, colocando em prática, usando o que você está estudando para tentar transformar ativamente a cidade e o mundo. Por ser irmã do Instituto e acreditar também no envolvimento das pessoas com os setores criativos, a Escola São Paulo fez esta parceria conosco.
É importante ressaltar que: Os Descontos, Cursos e Workshops não são cumulativos como as outras recompensas.
Se você acredita nessa mudança, junte-se ao LAB SP!
Para mais informações acesse:
Imitando um trecho de filme, mas mudando o diálogo, tornando-o, digamos, menos dramático. Quero te contar um segredo … Eu vejo gente diferente. O tempo inteiro. E acho ótimo.
Lembram do olhar do menino, apavorado, de O Sexto Sentido, quando confessa ao pai “Bruce Willis” o que o assustava tanto, e que acabou virando uma frase de efeito, e que a gente usa quando quer dar medo ou brincar com alguém? Com os olhos marejados, assustado, o menino confessava ao pai: I see dead people (Eu vejo gente morta). Pois outro dia me vi pensando o quanto “eu vejo gente diferente”, mas isso não me assusta. Ao contrário, só me alegra, e faz pensar que sou uma moça (!) de sorte, muita sorte, por ter sido criada e viver em meio às diversidades. Todas.
Há quem goste de chamar ou definir – até de forma preconceituosa – que o que eu estou querendo dizer é conhecido como “fauna”. Dou de ombros. Sempre achei que o mundo só poderia ser construído e andar para a frente com gente diferente. Rimou. Andar para a frente com gente diferente. Fauna. Flora. Mas com personalidade.
Talvez até venha daí meu horror a profissões uniformizadas, onde só detalhes mínimos podem diferenciar as pessoas, como os militares, por exemplo, e que acabam ainda por andar em grupos. Talvez venha daí também o meu bem pouco apreço por shoppings centers, onde parece que todo mundo é igual, por tribos. Descreveria algo assim: mulheres com cabelos lisos esticados, esticadíssimos, com escovas, alisamentos, ferro de passar, os quais elas sacodem e jogam para lá e para cá, em várias cores, nervosamente, nos corredores, onde batem seus pés com scarpins, longe de pingos de chuva que destruiriam imediatamente suas poses. Aqui e ali se autorizam usar alguma cor, mas que esteja aceita pela moda oficial, agora ditada por personalidades instantâneas fotografadas em revistas semanais de – como definir? – banalidades gerais e irrestritas. Nos mesmos corredores onde grupos de jovens, meninos e meninas, se amontoam teclando em celulares, com suas roupinhas iguais, jeans, também aceitas nas classes de suas escolas. As meninas, ainda arremedos de mulher, olham desafiadoras, críticas, pretensiosas, e cochicham entre si, entre risinhos de escárnio, tampando a boca para falar. Como se precisasse. Os meninos, que ainda nem sabem onde por as mãos, fazem cara de machinhos.
Agradeço muito ter sido criada bem no meio da efervescência, mesmo nem sempre participando dela, até por falta de condições financeiras. Mas como para ver é só estar por perto, já vi de um tudo desde pequena, criada no centro de São Paulo, na velha Rua Augusta que hoje me alegra muito conferir que voltou a ser ocupada novamente por todos os tipos. Alguns escalafobéticos e escalafobéticas. Estrambóticos. Feios, bonitos, lisos e alvos ou riscados com tatuagens, gordos, magros, branquinhos, negros orgulhosos, orientais loiros, todos os sexos, mas todos mesmo, todos os credos.
Desde pequena sei o significado de boca do lixo, de boca do luxo. Do que é tradicional, chique, quatrocentão, e do que é novidadeiro e futurista. Ia para a porta do Medieval, boate que ficava ali perto da esquina da Augusta com Avenida Paulista, para ver, em dias de festa, o tapete vermelho, os holofotes que iluminavam aquelas divas travestis que chegavam como quem ia para a cerimônia do Oscar, estrelas de cinema saídas das telas, e que brilhavam com seus paetês, lantejoulas e toda sorte de enfeites e jóias. Lembro de ter visto uma chegar no dorso de um elefante, alugado para “causar”, como se diz hoje . Era mais que isso. Elas “fechavam”, usando mais uma expressão da época.
Digo tudo isso porque essa semana cheguei à conclusão de que se há algo que gosto nesta cidade da qual cada vez saio menos (e não porque não queira) é de passear para ver tudo. Mas nas ruas, onde está a voz rouca citada em discursos de quem pouco a ouve de verdade. Depois de um dia duro e cansativo, grudada na frente de um computador, no escritório, os muitos minutos perdidos no trânsito podem se tornar fontes de conhecimento e percepção, apenas observando.
Lojas abrindo. Lojas fechando, inclusive tradicionais (infelizmente esse fato vem sendo muito mais frequente, o que me mostra a real situação financeira do país). E pessoas de todos os tipos, para lá e para cá. Com sacolinhas nas mãos, praticamente todos. As de plastiquinho, de pequenas compras, mais comuns. Cada vez mais difícil é ver aquela típica de cena de filme. Como em “Uma linda mulher”, onde ela carregava um monte, lindas, de várias lojas de marca.
Vejo porque grassam Ongs de cuidados e adoção de animaizinhos mais,digamos, sem raça definida, sem pedigree. É moda por aqui ter um vira-lata. Por onde ando, muitos tem mais que um, o chique e o viralata, mas que de tantos cuidados, aparecem nas ruas lindos e fagueiros, com os pelos brilhantes e coleiras ornamentadas, desfilando sua certa deselegância discreta, como diria o Caetano, pernas curtas em corpos grandes, rabos peludos em corpos pequenos, focinhos indefinidos que misturam genes de alhos e de bugalhos.
Nas calçadas, correndo da água espirrada dos meio-fios, tentando atravessar fora da faixa, encontrando outras pessoas, a ocupação das ruas é o que faz uma cidade, daqui e de todo o mundo. O que nos dá segurança e mostra que pertencemos todos a uma comunidade, favela, bairro, região. Vemos que há pessoas caídas no chão, por bebedeira ou cansaço. Há pirotecnia nos faróis onde jovens, muitos latino-americanos, descolam seus trocados. Bebês rosados em carrinhos, ou crianças puxadas e quase arrastadas pelas mãos por mães que não têm com quem deixá-las. Vemos mesmo de tudo.
O problema é justamente esse. Logo quando a gente começa a se acostumar e divulgar como as ruas podem ser boas, como passeios ao ar livre podem ser mais interessantes, como é gostoso “bater pernas” por aí, ver gente diferente, num minuto vem alguém fazer aquela perguntinha muito chata e hoje, pelo menos por aqui, irrespondível: – “E a violência?”
É. Eu vejo gente diferente. O problema é que também andamos vendo gente morta. Por acaso, porque estavam na hora errada numa rua errada.
São Paulo, espírito de Natal detectado, 2012
Marli Gonçalves é jornalista – – Influenciável por imagens. Outro dia, ao ver a foto de um ultrassom que provava que bebês bocejam na barriga das mães, começou a bocejar também
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Curta-Metragem – 1966 / 1968
Diretor: Carlos Reichenbach
Marcelo Mora Do G1 SP – ww.g1.com.br
Mais um ataque a um gay foi registrado na região da Rua Augusta na madrugada de terça-feira (23). Ativista do movimento LGBT e militante político, o professor de inglês e estudante de letras Guilherme Rodrigues, de 23 anos, foi agredido por quatro rapazes em um posto de combustível na esquina da Augusta com a Rua Peixoto Gomide, na região da AVenida Paulista, em São Paulo. Dois dos agressores, segundo Rodrigues, pelas características, seriam integrantes do grupo skinheads, conhecido pela intolerância.
“Eu vi que eles iriam agredir um casal homossexual e parei para ver o que iria acontecer. Não falei nada e nem tive qualquer reação. Eles me viram e vieram na minha direção. Me deram cabeçadas, me agrediram. Só pararam quando os funcionários do posto interferiram”, relatou o estudante.
Segundo ele, os quatro rapazes continuaram o ameaçando mesmo depois que um carro da polícia parou para conter as agressões. Guilherme disse que relatou a uma policial militar o ocorrido e manifestou a sua intenção de fazer um boletim de ocorrência. A reação da policial o surpreendeu. “Ela tentou me dissuadir de fazer o boletim. Ela disse que depois que fôssemos liberados, eu e os quatro que me agrediram, seria cada um por si”, contou.
No 4º DP, na Consolação, região central de São Paulo, a mesma policial, de acordo com Rodrigues, afirmou aos funcionários do plantão que os quatro agressores também iriam registrar um boletim de ocorrência. “Ela disse que eu dei em cima deles e que eles também teriam direito de fazer um boletim. Só mudaram de ideia quando um funcionário do posto testemunhou a meu favor”, disse. Os quatro rapazes foram indiciados por injúria, ameaça e lesão corporal.
Rodrigues, no entanto, quer que o caso seja investigado pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil. O objetivo é tratar a agressão que sofreu como um caso de delito de intolerância contra homossexuais. Além disso, o movimento LGBT programou um ato para as 14h de segunda-feira (28) em frente ao 4º DP para entregar o laudo do Instituto Médico Legal (IML) do exame de corpo de delito ao qual se submeteu.
Como ativista do movimento gay, Rodrigues vê o medo tomar conta da região da Rua Augusta. “Há um mês participei de um protesto contra a violência que os homossexuais vêm sofrendo na região. E agora eu fui vítima desta mesma violência. Moro ali perto e agora tive de sair da minha casa e ir morar com um amigo. E eu que fui o agredido”, disse.
Na tarde desta sexta-feira (25), Rodrigues compareceu ao Decradi para prestar depoimento. Um suspeito pelas agressões, de 18 anos, também foi à delegacia, acompanhado do pai. A polícia ainda procura por outros dois jovens que teriam participado do ataque.
Outros casos
No dia 14 de novembro de 2010, quatro menores de 18 anos e um maior de idade agrediram pedestres na Avenida Paulista. Eles chegaram, inclusive, a desferir golpes com lâmpadas fluorescentes em uma das cinco vítimas do grupo. Para a polícia, a motivação dos ataques foi homofobia. No dia 4 de dezembro, o operador de telemarketing Gilberto Tranquilini da Silva e um colega dele, ambos de 28 anos, foram vítimas de uma agressão nas proximidades da Estação Brigadeiro do Metrô, também na Avenida Paulista. Eles disseram à polícia que o ataque foi motivado por homofobia.
No dia 25 de janeiro deste ano, um estudante de 27 anos afirmou que ele e um amigo foram vítimas de um ataque homofóbico na Rua Peixoto Gomide, quase na esquina com a Rua Frei Caneca, quando levou uma garrafada no olho direito.
Flechas no céu de São Paulo no aniversário da cidade |
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