#ADEHOJE, #ADODIA. CONSTITUIÇÃO, 30 ANOS. FESTA E RECADOS PARA TODOS OS LADOS
#ADEHOJE, #ADODIA. CONSTITUIÇÃO, 30 ANOS. FESTA E RECADOS PARA TODOS OS LADOS
A compra de mais de R$ 1 bilhão por mês de energia de termelétricas, movidas a combustível poluente importado, faz a festa das empresas proprietárias e coincide com o boicote da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do governo à energia limpa, inclusive hidrelétrica. Dois dos grandes donos de termelétricas são um grupo ligado à família Sarney e Eike Batista, cuja falência os amigos do PT tentam evitar.
Se a Aneel tivesse autorizado novas Pequenas Centrais Hidrelétricas, o País não correria hoje o risco de apagão, inclusive durante a Copa.
A Aneel mantém na gaveta, alguns há 8 anos, 640 projetos para novas Pequenas Centrais Hidrelétricas. E nem se dá ao trabalho de explicar.
Odenir dos Reis, da área de Gestão e Estudos da Aneel, mandou dizer que “só se pronunciará quando decidir” sobre projetos na sua gaveta.
Não esbarre. Não pise no pé. Não cutuque a onça. Não pise no rabo. Não provoque. Use óculos escuros. Fique na sua. Não encara! Vivo em São Paulo. Então, transmito minhas impressões diretamente do centro do caldeirão, e o caldeirão está em ebulição de uma forma que não me lembro de ter visto antes, em formato, perigo, disparates. Está difícil ir daqui até ali sem se aborrecer, sem encontrar problema, sem encontrar gente rosnando inconformado seja de um lado ou de outro, curtindo rancores, olhando torto para o que não compreende ou que não lhe é espelho
O país inteiro está quente, mas aqui em São Paulo todo esse calor se mistura com cimento, ar sujo, cidade caída e esburacada, saco cheio, durezas de vidas sem poder por o pé na areia, nem chinelos de dedo, nem grandes possibilidades de se acalmar vendo o por do sol sentado em algum morrinho. Sim, tem quem pode; mas a maioria apenas se sacode. E sacode para cima dos outros. O clima de individualismo está chegando num perigoso limite com a insanidade mental e física.
O pavio está aceso e o barbantinho queima com rapidez. O relógio faz tiquetaque, tiquetaque, e a gente procura para ver se acha a bomba antes que ela estoure. O barril é de pólvora e tem gente com fósforo aceso achando graça. A panela está fervendo e o leite já derramou. Nunca antes nesse país qualquer faísca – e elas não param – eclode em tanta violência. No trânsito, até facas zunem. Nas ruas ninguém mais pede licença nem para passar e gentilezas são tão raras que quando a gente encontra uma é capaz de se apaixonar, querer filmar para guardar a cena e mostrar para gerações futuras, chorar e querer abraçar e beijar.
Pior é que para arrumar uma encrenca não precisa nem mais sair de casa. Tenho visto amigos deixarem de ser amigos entre si, e o que é pior, em público, se xingando de uma forma pavorosa e cruel via as tais redes que daqui a pouco se chamarão é “redes anti sociais”. Não é mais porque um não pagou o dinheiro que pediu emprestado, ou não devolveu um livro, ou mexeu com a mulher, roubou um namorado; mas brigam só por conta dessa política rastaquera implantada tal qual erva daninha. Não me conformo. E todo dia assisto pelo menos uma dessas pendengas. Sei também o quanto é difícil calar, principalmente quando escrevem bobagens no seus posts – quase como uma invasão do espaço íntimo. Porque a gente não gosta de ser amigo de quem é burro, maria-vai-com-as-outras, e que dá palpite sobre o que nem tem ideia, apenas telecomandado por uma ideologia de última categoria, vontade de engraxar sapato dos guias máximos. Eu pelo menos não gosto. Não brigo, mas fico atenta para ver se a pessoa ainda tem cura. E espero que ela vá pensar o que quer, democraticamente, mas bem longe dos meus domínios, com a turma dela, já que não há mais possibilidade de debate sério, civilizado. É só petralha! para lá, tucano da elite para cá; agora deram para xingar até de “comunistas!” Quando é que vão ver que esquerda e direita é mão de direção? E em política a gente pode, sim, pegar a contramão na hora que quiser. Deveria poder.
Os nervos, ah, os nervos! Estão à flor da pele e temo que seja por não estarmos conseguindo prever – pense – nada, nem poucas horas diante de nossos narizes. Como vai ser? Vai ter protesto? O povo voltará às ruas? A seleção brasileira passará das oitavas? Aliás, os turistas conseguirão chegar? Partir? Vai ter Copa? (Claro que vai, mas tumultuada).
Achei verdadeiramente brilhante esse post do amigo jornalista Wilson Weigl: “Pra mim já deu! Não aguento mais ouvir falar de: manifestação, protesto, caos, crise, crime, Black Blocs, arrastão, rolezinho, roubo, assalto, polícia, tráfico, metrô, faixa de ônibus, tarifa de ônibus, apagão, racionamento, favela, comunidade, UPP, crack, cracolândia, máscara, médicos cubanos, Ramona, Mais Médicos, Bolsa Família, Cuba, porto cubano, eleição, Copa, imagina na Copa, Pizzolato, Pedrinhas, Pampulha, Maranhão, PT, PSDB, Dilma, Lula, Alckmin, Haddad, Padilha, Cardozo, Sarney etc etc etc. #cumbicajá
Quem vive de informação tem melhor ideia do que trato. Você abre o jornal e lê artigos que, puxa vida, como alguém pode escrever e publicar tanta bobagem só porque tem nominho no mercado? Como alguém pode ser âncora de jornal sério e ser tão babaca? E as declarações e explicações dos homens públicos? Trabalho com isso, gente; os caras não estão contratando profissionais de comunicação, não. Andam contratando qualquer coisa: filhinhos de papai, moças bonitinhas, coisinhas fofas, mas que não têm ideia do mal que estão fazendo. A gente vai guardando…uma hora a coisa explode, e não vai ter controle. Fora os jornalistas que viraram bucha de canhão, fritos em óleo quente, queimados com fogos, rojões, acertados com cassetetes e bordunas.
Dá para dizer que o tumulto no Metrô foi sabotagem? Não. Dá para dizer que o rolezinho é coisa de infiltrados? Não. Dá para dizer que fazer a justiça com paramilitares sanguinários, milicianos que espancam meninos, está certo? Não. Dá para ficar perguntando o que foi que o Lula dedurou, para acreditar que ele teve, sim, tratamento diferenciado? Não. Se ele falou, nem que seja a cor da cueca do companheiro, se sorriu (e sorriu) para os agentes da ditadura, já não é suficiente? Dá para jurar num dia que não vai ter apagão e no dia seguinte o país inteiro sofrer um apagão? Dá para por culpa no raio?
Alguém, por favor, pode jogar água nessa fervura? Rápido! O barbantinho está quase no fim. E a água está para ser racionada.
Marli Gonçalves é jornalista – Lembra quando a gente brincava de esconde-esconde, adivinhação, quente ou frio? Pois é: agora está mais para “chegou com um quente e dois fervendo”. A batata está assando. Ou quente, nas mãos.
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A superstição de José Sarney é mais conhecida do que a situação dos presídios no Maranhão. Se nos tempos de calmaria, a característica já aparece com frequência, não ia ser agora, durante a péssima fase que o clã atravessa, que Sarney marcaria bobeira.
Sarney andava em direção a uma das portas de acesso ao Plenário da Câmara, quando deu meia volta e partiu rumo a outra entrada.
Para quem estava em volta e não entendeu, Sarney explicou aos presentes uma de suas mais caras superstições:
– Tenho que sair pelo mesmo lugar por onde entrei.
Fernando Rodrigues
O ex-presidente da República José Sarney, 83 anos, está com uma infecção pulmonar provocada por uma bactéria que tem se mostrado resistente ao tratamento com antibióticos.
O hoje senador pelo PMDB do Amapá (embora tenha feito carreira política no Maranhão) não tem reagido como os médicos gostariam. Por essa razão, uma amostra da bactéria foi enviada para análise aos Estados Unidos. Esse estudo vai determinar qual a melhor forma de combater a infecção.
Sarney está internado na Unidade Semi-Intensiva do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Ele passou mal durante a festa de casamento de uma de suas netas, em São Luís, no Maranhão, na madrugada de 28 de julho. Foi tratado em seu Estado nos primeiros dias. Depois, foi transferido no dia 31 de julho para o hospital Sírio-Libanês.
Os médicos que cuidam de Sarney são das equipes de David Uip, Roberto Kalil Filho e Carlos Gama.
Que semana, que dias horrorosos, quanta tristeza, lamento, dor, vergonha. Ainda olhamos no espelho as nossas faces rubras de tantos os tapas na cara que levamos, tantas as bordoadas. Nem sendo religioso e virando o outro lado do rosto. Já viraram por nós e o espancaram também
Corrupção, pouco caso, impunidade, leis não cumpridas, falta de ordem, de fiscalização, distribuição de propinas, cegueira generalizada, bandidos elegendo bandidos, fortes esmagando vozes, volta triunfante dos enxotados. Aqueles corpos estendidos no chão, queimados sem vela, envenenados em meio à alegria, e a simples menção da cena das centenas de celulares tocando em seus bolsos, procurados que eram naquela madrugada por quem pressentia que não mais os veria ou ouviria, não são coisa para se esquecer. E , assim como os sobreviventes e os feridos que ainda conseguirem escapar, lembrarão da terrível noite de Santa Maria para sempre, o resto de seus dias – inclusive porque certamente ainda sofrerão suas consequências – nós também não devíamos esquecer.
Mas esquecemos sempre, e sempre, como se nunca aprendêssemos nem com os nossos erros nem com os erros dos outros. Chega o Carnaval no país do próprio. Salões inseguros novamente estarão cheios de palhaços e colombinas com dedinhos para cima jogando álcool para dentro de si próprios, insanos, dormentes, banalizados e totalmente bananizados.
A serpentina, o confete, a música das bandas e trios elétricos, as piadas sem graça das musiquinhas axé-quentes-sensualizantes já transborda no país que esquece. Esquece de si. De seu papel, de suas possibilidades grandiosas de futuro. Tudo para viver um momento, um papel reles, pequenino, momentâneo, que acreditam histórico e infindável, com parceiros mal escolhidos, mal ajambrados. Com as névoas da propaganda maciça.
Não, não queremos luto eterno. Nem somos oposição por prazer. Queremos apenas que sirva para algo a alegria apagada daqueles cérebros que jamais veremos frutificar; assim como queremos, tinhosos que somos, que os feitos e a luta das milhares de pessoas perseguidas ou mortas lutando pela liberdade e democracia tenham valido.
Mas na mesma semana recebemos mais outros muitos tapas na cara. Murros. Descobrimos estupefatos que sempre pisamos todos em solos inseguros quando o pó da estrada baixa, após os cavaleiros passarem em garbo buscando culpados, tomando providências, batendo os cascos. Descobrimos, ainda, todos, que o idealismo morreu – vigoram agora os interesses, a divisão, a discórdia, as mentiras, e a desgraça de uma classe média que ainda ousa pensar, tentar reagir, se organizar, mas que dispõe de canetas apenas para abaixo-assinados ou para mostrar a boa marca em eventos sociais. Corajosa, mas apenas atrás da tela de um computador, de um pseudônimo; preguiçosa e egoísta demais para ir às ruas bater bumbo.
Isso é para a gente deixar de ser bobo, inocente, acreditar em pasteis de vento, que comemos ainda lambendo o leite derramado. Se festejamos alguma vitória, percebemos logo como elas eram apenas miragens no deserto ético. Ainda por cima, todos os dias ouvimos quietos que tripudiem em cima do pouco que achávamos ter conquistado, e eles o fazem de forma bruta, deselegante, terrivelmente avassaladora inclusive em nossas relações sociais – se não pensa como eles inimigo é. Criam exércitos de zumbis, usam robôs eletrônicos, amealham a ignorância, semeiam a discórdia, implodem ou manipulam os fatos, e quanto mais velhos vão ficando mais distantes estarão do que chamo de atingir o bom senso, como diria Tim Maia em seu Universo Racional. São guerrilhas desinteligentes e obtusas.
Não consigo ver passar esse rio em nossas vidas sem me chatear. Não tenho mais preferência de margem para pescar – nem direita, nem esquerda. Até porque não há nada mais antigo e burro do que definir o mundo assim de forma tão maniqueísta. Prefiro apenas navegar com meu barquinho.
Já pensei diferente, não esqueço não – e a margem esquerda sempre foi a minha predileta, porque tudo o que eu queria e almejava para mim e para o meu país estava lá.
Agora não está mais, quase nada de bom está ali – até ao contrário, infelizmente.
Do meu morrinho de observação vejo reunidas ali só umas pessoas muito chatas e transformadas, além de um monte de piranhas famintas pelo poder, dinheiro e alguma carne nova para triturar.
São Paulo, 2013, o ano que começou com o ferro e o fogoMarli Gonçalves é jornalista – – Anda difícil escrever, ser voz ou dar voz à razão. Agora, ainda por cima, andam querendo destruir e desacreditar a imprensa. Não conseguirão. A gente sempre vai usar o jornal para embrulhar o peixe, incluindo essas piranhas que ora ocupam a margem esquerda. Nossos cães ainda ladrarão muito e farão xixi em cima das fotos deles, sempre flagrados em suas falcatruas.
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Gozação de Ideli
afugenta Sarney
do Planalto
Saia justa
Esperando sentado
Essa não!
Leia a nota que o Lauro Jardim, da coluna Radar, publicou ontem. Caramba! sai para lá? Quem precisa rebatizar Congonhas? Muito menos com o nome de políticos como Tuma?
Gente, vamos fazer listas de prioridades e sugestões de trabalho para esse povo?
João Bittar (DEM-MG) não estava sozinho quando teve a ideia de rebatizar Congonhas (leia mais em Novo Nome). No começo de agosto, José Sarney também apresentou proposta para dar o nome de um político ao principal aeroporto do país. Ao contrário de Bittar, que pensou em Freitas Nobre, Sarney quer que Congonhas passe a se chamar “Aeroporto de Congonhas – Senador Romeu Tuma”. Diz Sarney:
– É com emoção que tomo a iniciativa de oferecer esse preito a Romeu Tuma, na certeza de que o povo de São Paulo receberá com imensa satisfação a manifestação do Congresso em favor de um dos mais brilhantes
Bigodeado
A venda da barba do governador Jaques Wagner (PTBA) em troca de doação ao Instituto Ayrton Senna deu o que no jargão jornalístico chama-se suíte (sequência da notícia). O senador José Sarney está inclinado a também oferecer seu famoso bigode ao mesmo “sacrifício” em favor de uma nobre causa. Na bolsa de valores políticos, os analistas garantem que o famoso adereço facial do presidente do Senado vale muito mais do que os R$ 500 mil que serão pagos.
DA COLUNA DE AZIZ AHMED, JORNAL DO COMMERCIO – RJ
DO UOL -www.uol.com.br
E OLHA QUE ELA CHEGOU FAZ SÓ 10 DIAS NO PEDAÇO…
Depois de chamar a atenção do senador Eduardo Suplicy (PT-SP) no plenário do Senado na semana passada, a senadora Marta Suplicy (PT-SP) corrigiu nesta terça-feira o senador José Sarney (PMDB-AP) por usar a expressão “presidente” para falar de Dilma Rousseff.
Na terceira vez em que Sarney mencionou “presidente Dilma”, Marta usou o microfone do plenário para intervir.
Sergio Lima – 3.fev.2010/Folhapress |
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Depois de chamar a atenção de Suplicy, senadora Marta corrigiu José Sarney por usar a expressão ‘presidente’ |
“Pela ordem, senhor presidente. Senhora presidenta da República”, disse Marta.
Visivelmente constrangido, Sarney rebateu a senadora. “Muito obrigado a Vossa Excelência, mas eu sempre estou usando a fórmula francesa: madame le président. Todas as duas são corretas, senadora, gramaticalmente”, rebateu Sarney, membro da ABL (Academia Brasileira de Letras).
Marta foi eleita primeira vice-presidente do Senado na semana passada, cargo que lhe permite sentar ao lado de Sarney durante as sessões plenárias. Cabe à petista substituir o peemedebista durante suas ausências na Casa.
Na semana passada, enquanto Eduardo Suplicy discursava, Marta o alertou por três vezes sobre a necessidade de encerrar o pronunciamento. Em uma delas, o microfone do petista acabou cortado, mas a senadora permitiu que ele concluísse o discurso depois de censurá-lo sobre o longo discurso.
“O último minuto, senador, porque já foi prorrogado várias vezes. Agora, vamos para mais 1 minuto e encerramos”, disse a petista.