ARTIGO – A namoradeira na janela. Por Marli Gonçalves

jogando taçaEpa, opa, epa, opa, que tem alguma coisa meio esquisita nessa história que nos divertiu tanto essa semana, imaginando o José Serra com a cara escorrendo vinho, provavelmente tinto, em sua camisa provavelmente azul, ou provavelmente branca, e aquilo escorrendo em sua calça provavelmente cáqui ou provavelmente cinza – que ele não é de variar. E olho arregalado, surpreso, foi fazer graça e foi desgraçado.

Tá tudo bem, tudo bom, mas até agora não entendi bem o que foi que tanto ofendeu a ministra Katia Abreu por ter sido chamada de namoradeira. E que história é essa dela explicar seu ato, dizendo que “reagiu à altura de uma mulher que preza a sua honra”. “Todas as mulheres conhecem bem o eufemismo da expressão “namoradeira” – escreveu em um dos muitos tuítes que piou no dia seguinte.

Qual é exatamente o eufemismo de namoradeira, Ministra? Desculpe, mas é que, como disse, acho que perdi uma parte da história porque, para mim, dizer que uma moça é namoradeira soa doce, ingênuo, até – se me permite – caipira, coisa de interior. Associo a coisas como encantadora, bonita, atraente, popular, flerte. Nunca associei a coisa ruim. E olha que eu tenho uma cabeça que estou sempre vendo uns pelinhos no ovo. Procurei até no Google, mas os mais de 14 mil resultados, acredita? – foram todos todos sobre a taça de vinho e o quiproquó que abafou até a carta certeira do vice-presidente, outro sucesso da semana.

Não que eu não tenha o que fazer mas fiquei pensando no assunto e queria ter presenciado a cena para sentir o contexto. Vocês já tinham jantado? Ou estavam com fome, e por conseguinte, com muito mau humor? Beber sem comer nada também é um perigo. Outra pergunta importantíssima: tinha música no jantar? Qual era o som ambiente? Por que? Porque se estava alto, a ministra pode ter ouvido o galo cantar verdadeira, dadeira, e sangue quente que é, senhora poderosa e cheia de si como lembro pessoalmente de tê-la visto no Parlamento, primeiro reagiu, depois ouviu. Mas acho que não. Porque parece que o senador Renan Calheiros logo interveio lembrando ao Serra que a ministra, que era viúva, se casou recentemente.

Eufemismo é usar linguagem substitutiva, sim, uma coisa meio tucana, de falar uma coisa dizendo outra para não ofender, para suavizar o rojão. Três exemplos que achei legais: “Ele virou uma estrelinha.” (Em vez de morreu); “Ele subtraiu o celular do idoso no ônibus.” (Em vez de dizer que roubou); “Ele vivia de caridade pública.” (Para não falar esmolas). Entendeu? Por isso fiquei curiosa sobre o tal eufemismo de namoradeira.article-2015615917393763577000

Namoradeira, palavra bonita, foi indigesta, portanto. Mas se eu não achei o tal eufemismo, achei os vários sentidos reais que a palavra tem, as cadeiras e sofás de dois lugares, especiais para namorar sob a vigilância de alguém, e dentro de casa – sua origem há muito tempo; e as lindas bonecas de cerâmica, moças retratadas com olhar romântico, apoiadas em seus braços e cotovelos, que enfeitam janelas e varandas de todo o país. São só cabeça, boca carnuda, lábios pintados, ombros à mostra em vestidos com decotes insinuantes e ao mesmo tempo pudicos. Um dos seus braços fica apoiado; o outro leva a mão ao rosto, como se o segurasse, em sinal de espera do que vai passar por aquela janela.

Imagine tudo o que elas veem. Ou melhor, imagine tudo ao que elas, as namoradeiras, estão assistindo agora em cada recanto onde se encontram recostadas, naquela sempre aparência calma, da espera, de quem não tem pressa. Só podia ser boneca mesmo. Porque as humanas, as mulheres namoradeiras, quando chegam à janela, já o fazem aflitas, inseguras, preocupadas, ou amaldiçoando o atraso no primeiro encontro.

Quantas de nós nunca se debruçaram, ficaram nas pontas dos pés para ver o amado apontando na porta ou virando a esquina? Até as namoradeiras de muitos, mas que esperam na janela só um deles – o seu homem por toda a vida.

Enfim, tadinhas das namoradeiras que a ministra acabou jogando lama na reputação. Fiquei também preocupada porque descobri que mais gente tem a namoradeira em mau conceito: algumas correntes evangélicas consideram que a boneca da namoradeira é do mal, vivem destruindo as que encontram por a considerarem devassa, representante das prostitutas, que invoca a pomba-gira, entidade protetora da esquerda na umbanda.

Por falar em esquerda, a ruralista Katia Abreu já foi chamada de “Miss Desmatamento”, “Rainha da Motosserra”, era inimiga número 1 dos sem terra. Mas agora está no Governo Dilma, de quem virou melhor amiga nesse ano para ela cheio de emoções. Tomou posse em janeiro, causou com um vestido verde; casou em fevereiro; em abril soube-se que havia contratado seu cabelereiro e uma dentista para o gabinete; trocou de partido, se juntou ao PMDB, aprendeu todos os eufemismos para explicar que o Governo é uma beleza; jogou vinho no Serra.

Deixou até de ser namoradeira. Coisa que ela própria disse que era, em uma entrevista dada em 2013, antes do seu príncipe chegar na janela: “Não tive tempo para casar de novo. Mas namorei muito”.

Pois é.

woSão Paulo, nem parece Natal, 2015

Marli Gonçalves é jornalista – Está achando o máximo essa esquizofrenia que abala Brasília, onde ninguém sabe onde amarrar o burro. E onde se falta com a verdade (esse sim, um eufemismo e tanto)

Boa análise do Cesar Maia no seu Ex-Blog. Dilma e seus quatro filhos de pais diferentes…

housework3DILMA E SEUS 4 FILHOS DE “PAIS” DIFERENTES: UMA FÓRMULA MAIS GRAVE QUE DOIS PAIS PARA UM FILHO!

1. Em 2010, Serra e Marina tinham um candidato a governador no Rio: Gabeira. Administrar esse processo não foi fácil, pois se teria que ajustar agendas, não só dos candidatos a presidente como dos partidos locais, já que só o PV acompanhava Marina. O resultado desse processo –tipo Dona Flor- prejudicou SERRA e Gabeira e favoreceu Marina, cuja verticalidade partidária a ajudou.

2. Agora, no Rio, temos um quadro curiosamente inverso e muito mais complicado. Uma candidata a Presidente –Dilma- e 4 candidatos a Governador. De cima para baixo, ou seja, de Dilma a seus 4 candidatos a governador, tudo parecia uma simples marcação de agendas separadas e em dias diferentes.

3. Mas, de baixo para cima é muito, muito mais complexo. Os eleitores têm uma colagem de rotina e maior com os candidatos locais a deputados e a governador. O eleitor mobiliza e é mobilizado para as campanhas de deputados e governador. E –pela prevalência da campanha presidencial- imagina cobrir seus candidatos locais com o guarda-chuva presidencial

4. Mas os 4 candidatos a governador que têm Dilma como candidata a presidente disputam a eleição entre si e, muitas vezes, de forma áspera e atritosa. Ao ver Dilma com outro candidato a governador adversário seu, a reação espontânea é considerar Dilma uma traidora de seu candidato a governador.

5. E –imaginando o eleitor- que Dilma vai favorecer seu adversário, esse eleitor –das duas uma: ou passa a criticar Dilma ou não faz mais campanha para ela. Seja um ou outro desdobramento, quem sai prejudicada é Dilma, mais que qualquer um dos 4 candidatos a governador aos quais está associada. A fórmula UMA PARA QUATRO de 2014 é muito mais grave que a fórmula 2 para 1 de 2010. E olhem que 2 para 1 em 2010, além de ter sido difícil de administrar, ainda prejudicou um candidato a presidente e o candidato a governador.

6. E quando entrar a TV, tudo fica mais complexo, pois Dilma pode aparecer nos programas de TV dos quatro. Aí a traição passa a ser explícita e o prejuízo ganha escala, pois as reações virão à vista. Os que imaginavam que seria uma vantagem para ela, pois teria mais tempo de TV nos dias dos governadores, quando olharem as pesquisas locais, verão o tamanho do problema que foi criado para Dilma e seus quatro filhos.

fonte: ex-blog de Cesar Maia

ARTIGO – Vote em mim, porque sim! Por Marli Gonçalves

Não adianta nem tentar escapar, por céu, mar ou ar, ondas sonoras, televisivas ou internéticas. Aqueles sonzinhos chatos, as músicas chiclete, as caras de pau, pedra e tijolo, cada figura mais nonsense que outra, acabam de adentrar o gramado e todos os nossos buracos, inclusive de rua, causando indesejável torpor. Mas não desanime. Seus problemas acabaram. Eles vão resolver tudo agora mesmo, até aquela pia entupida, a roupa suja no tanque, seu caso de amor

Nunca fui muito de acreditar em promessas. O que me ajuda a sobreviver a um tantão assim de decepções, essas inevitáveis, que tive e tenho, diariamente, relacionadas à política nacional, partidos e pessoas, ideais e realizações. Dito isso, agora, juntos, podemos ver por outro ângulo o início da propaganda político-eleitoral, que teve a temporada de caça liberada esta semana. E adivinha quem é a presa? Olhe no espelho.

Enfim, admita que pode até ser muito divertido assistir ao desfile inacreditável de propostas absurdas e mentiras que são apresentadas, se mexendo na tevê. Vai, admita! É pelo menos melhor do que só ouvir aquelas vozes pela rádio ou dar topadas e esbarrar nos cavaletes que estão atravancando as ruas, e que eu bem queria mesmo saber de quem foi a ideia de jerico.

Nas eleições há ainda a vantagem de dar trabalho temporário para muita gente, porque esses obstáculos devem ser postos e retirados, e sempre sobra uma coisinha aqui e ali. Todos os dias, por exemplo, passo por uma esquina onde tem um comitê de um cara que nunca antes nesse país eu tinha ouvido falar. Pois olhe só: ele contratou três pessoas, três, só para carregar uma faixa que , a cada vez que o sinal fecha, é aberta na cara do coitado do motorista. Na faixa, uma foto dele, outra do Chalita e outra do Skaf, que nem candidato é! Três narizes. Fica até meio “típico”, digamos assim. As caras das fotos! Os perfis, os olhares enevoados de quem vislumbra a situação lá no horizonte, só não sei de onde.

O bagulho tá doido. Na tevê, aqui em São Paulo, o candidato arrumadinho do PT agora é um gigante que se sobrepõe à urbis, mas que também parece estar querendo pisar por cima da gente com aquele pezão petista; o tal que não é nada, mas eles dizem que foi o melhor, também aparece ora com cara de santo, ora de menino cordato levado pela mão do Pai Lula. O outro Menino Malufinho, Russomanno, pálido de dar até dó, já mostra até ultrassom da filha no útero da mulher, e apela para os sentimentos dos coitados que acham que personalidades de tevê são todas legais, enquanto o seu vice conta fábulas sem pé nem cabeça, sobre um passarinho na mão do garotinho com QI de batata. Serra não está gostando de ser o mais velho da disputa e já surgiu de bicicleta, e a música, na boa, tchutchajá,/i>, não tem nada a ver nem com ele, nem com a cidade. Soninha aparece super Soninha, viajandona, e fala baixo para parecer delicada e acaba quase inaudível, mas firme e forte tentando parecer uma Marina sem coque. Chalita repete que é bonzinho, escritor e professor e tenta pegar carona com quem passar ali, seja Dilma, Lula, Alckmin, Moisés, sabe-se Deus quem mais, sempre com as mãos devidamente ocupadas para não saírem batendo asas, e o que seria mais natural! Não posso esquecer de falar do Paulinho destruindo a língua e contando como já foi pobre. Melhor – hors concours – só o Lula dando aula de História na frente do Museu do Ipiranga.

E toma promessas! Dos candidatos a vereadores, que não têm noção do que é o cargo, já ouvi de um tudo em poucos dias. Desde que vão resolver o problema dos ônibus dos garçons até a situação dos desvalidos. Aliás, desvalidos, ou “povos em situação de rua” (urgh!), filmados e refilmados, com passagens em sépia e preto e branco, para aumentar a carga e dramaticidade, alguns inclusive com uma pobreza visivelmente produzida, como se fosse preciso apelar para fora da realidade.

Outra coisa que noto é que os vices, coitados, nem existem, fora o do João Paulo Cunha que ganhou um cartaz quase só para ele, porque pode vir a ser o estepe já já, dependendo do mensalão, mensalinho, pedalinho. Em geral, os nomes dos vices – muitas, inclusive, mulheres postas ali só para cumprir “cota de Cotinha”, aparecem em fonte pequenina, quase escorregando. E partido? Para que te quero? Estampam números que dependendo dos casos a gente associa rapidamente ao jogo do bicho.

Para completar o quadro, continuarei apelando para o humor que restar ao acompanhar a eleição pelas tais redes sociais que agora todo mundo trata com uma propriedade invejável, como se ali estivesse a redenção de todos os males. Contam seus “curtir” como catam flores no campo, invadem perfis. Há verdadeiros exércitos se confrontando, compartilhando, canalizando tudo o que der. O pior é que poucos sabem (acho que nem os candidatos) que muito daquilo tudo é robô. Robozinhos amestrados em outros países até, para não serem pegos.

Eleição é festa democrática. A gente realmente deveria dar tudo para participar, com alegria e pelo menos algum comprometimento, mas desse jeito fica difícil, porque a gente ainda corre o risco de perder amigos se for explicar como as coisas acontecem.

Eu sinto muito.

São Paulo, queremos soluções, não delírios de santinhos, 2012Marli Gonçalves é jornalistaPrometer é fácil. Cumprir, com que dinheiro, de quem depende e por que ainda não foi feito se parece tão simples, é que parece mais complicado.

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O que eles queriam? Aplausos? Eu quero os nomes das grandes personalidades que desviaram o traçado do Metrô, tirando de Higienópolis porque teria muito…povo? Agora, aguentem!

PROGRAMAÇÃO DE SÁBADO!

da TWITTSFERA:

FONTE: @caroltypes

Churrasco de Gente Diferenciada. sábado, dia 14, 14h

O povo já está alucinando. Agora há uma polvorosa por causa desse vídeo onde o Bolsonaro apoia o Serra. Desculpe, mas o que tem a ver com as calças que o verme Bolsonaro não honra???Tá tendo outra eleição e esqueceram de me avisar?

Não sou , nem fui nem serei Serra. Mas não gosto de injustiças.

Cuidado, porque o número de seres do mal que apoiou a Dilma – com vídeos e etc… – é uma coisa de dar enjoo… Que tal Maluf, Sarney, Cabral, Renan, Collor….etc. etc. e põe etc. nisso!

 

TEMOS O REMÉDIO IDEAL E IMEDIATO PARA CURAR O SOLUÇO DO ALCKMIN. MOSTRA O SERRA…

AS LÍNGUAS MALDITAS DO PEDAÇO TEM A CURA PARA O PROBLEMA DO ALCKMIN, QUE FOI INTERNADO COM SOLUÇO.

SÓ MOSTRAR ESSAS FOTOS AQUI:

 

 

http://www1.folha.uol.com.br/poder/850134-alckmin-foi-internado-com-crise-de-soluco-diz-medico.shtml

Alckmin foi internado com crise de soluço, diz médico

UIRÁ MACHADO
DE SÃO PAULO

O governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), foi internado na noite desta quarta-feira no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, com uma crise de soluço que vinha se repetindo desde a eleição.

Segundo o médico David Uip, que atendeu o tucano, os soluços foram causados por esofagite, gastrite e refluxo. Alckmin foi submetido a uma endoscopia, que confirmou os três problemas e descartou a hipótese de hérnia de hiato com refluxo.

O governador eleito também fez uma colonoscopia, que não deu alteração.

Uip disse que o problema digestivo de Alckmin se deve a uma dieta irregular –intervalos longos entre uma refeição e outra, comer de forma apressada e tomar muito café.

O quadro, porém, não é grave e ele deve receber alta ainda hoje, no final da tarde. O tratamento é simples, a base de medicamento e correção da alimentação.

Ontem, o tucano confirmou a escolha do deputado estadual Davi Zaia (PPS-SP) para a chefia da Secretaria de Emprego e Relações do Trabalho.

Zaia sempre foi o nome de Alckmin para a pasta. Ele é presidente da Federação dos Bancários, filiada à UGT (União Geral dos Trabalhadores) e cumpriria o papel de reposicionar a pasta com o movimento sindical.

Com seu ingresso no Bandeirantes, promove o suplente Vitor Sapienza, amigo de Alckmin e ex-presidente da Assembleia, ao sétimo mandato na Casa.

A equipe de Alckmin deve ser reforçada ainda por outro deputado estadual. O tucano deve indicar o deputado estadual Bruno Covas (PSDB) como secretário de Meio Ambiente, segundo informou ontem o “Painel” da Folha.

A pasta, cobiçada pelo PV, foi oferecida ao neto de Mário Covas.

Campeão de votos para a Assembleia, ele antes foi cotado para assumir o Desenvolvimento Social, mas manifestou desinteresse por essa pasta.

Artigo -‘Se Deus não existe, tudo é permitido’, por Maria Helena Rubinato

artigo IMPERDÍVEL – publicado no blog do Ricardo Noblat

Não deixe de ler diariamente, toda hora, e de novo, o blog da Maria Helena, no http://oglobo.globo.com/pais/noblat/mariahelena/

 Nós passamos mais da metade da campanha eleitoral debatendo um tema da maior importância, mas pelo viés errado. O aborto. Quase como se fossemos noviços em um convento sendo doutrinados sobre o que é ou não é santificado.

O que se esconde por trás dessa situação limite para qualquer mulher, isso passou ao largo porque para os políticos é mais fácil ficar no terreno espiritual do que no material.

Simone de Beauvoir, a respeito do forte pensamento de Dostoievski que abre este artigo, disse que se Deus não existe, isso não significa, como pensa o homem moderno, que tudo é permitido. Ao contrário, disse ela, sem um poder exterior, tudo é de nossa inteira responsabilidade: um deus pode perdoar, apagar, remir, mas se Deus não existe, nossos erros são inexpiáveis.

Crer ou não crer é problema muito íntimo e pessoal e não cabe a ninguém entrar nessa seara. Respeitar a fé alheia é o que se espera de cada um de nós e naturalmente, na mesma medida, das autoridades constituídas. Uma das grandes vitórias da Revolução Francesa – e olha que não foram poucas as vitórias daquele movimento – foi o estabelecimento do laicismo como política de Estado.

Fugir de tema tão espinhoso como sendo problema espiritual das mulheres é que não dá… Francamente, aí entramos no terreno do desrespeito ao eleitor. O que precisava ser debatido, a sério e a fundo, a Saúde Pública e o Planejamento Familiar, ficaram soterrados sobre quem está certo,  quem está errado.

Quer dizer, não foi tema debatido visando esclarecer o eleitor sobre quais os projetos deste ou daquele partido político; foi tema usado para agredir, xingar, caluniar, desrespeitar o outro. Uma vergonha.

Alguns hão de pensar: e daí? Falar nisso hoje, a menos de 48 horas do encontro com a urna? É. Pode ser que já esteja um pouco tarde, mas ainda tenho esperança que o eleitor pare e pense: o que é que eu quero para mim e os meus? Não precisa falar em voz alta. Pode pensar com os seus botões ou laçarotes: mas, por favor, pense bem.

Alguns analistas dizem, e eu creio nisso, que muitas pessoas ainda não estão com o voto definido, o que só será feito quase que diante da urna. Não sei se é coincidência, mas o fato é que conheço bastante eleitores nessa situação.

Aliás, uma coisa muito estranha ocorreu nesta campanha: o eleitor mais consciente, mais informado, mais atento ao noticiário e que mais se interessou pela campanha, é o que está mais confuso.

Claro está que não me refiro aos que saíram dos 20 anos marcados a ferro e fogo: esses não mudam de ideia nunca. Entra ano, sai ano, o mundo se modifica de forma espantosa e lá está ele, com o mesmo pensamento de 50 anos atrás.

Não pensem que me refiro aqui a algum partido especial. Não é nada disso. É mais aquele cidadão que tinha 20 anos nas décadas de 60/70 – esse parece que empedrou. Não muda. Se é de direita, acha que comunista come criancinha no alho e óleo, que os ateus são monstros e que ler Karl Marx é atraso de vida; se é de esquerda, hoje é um burguês refinado, cheio de criados a quem paga mal e explora diuturnamente, mas é contra o capitalismo e bate no peito a favor das políticas sociais. Desde que não sejam praticadas em sua casa…

Agora, nestas últimas horas, surgem dois movimentos um tanto ou quanto assustadores: um sentimento de revolta contra Bento XVI pelo único fato dele ter cumprido com a obrigação de qualquer líder religioso, orientar seus fiéis. Não vejo a mesma revolta quando os bispos da IURD falam… e esses são bem falantes!

É ou não é tragicômico? Passaram os últimos meses exibindo e gritando sua fé – agora que um pastor de milhões de almas falou, caem em cima dele. Sinceramente, não dá para entender.

Esquecidos estão os hepáticos que ouve e segue um líder religioso quem quer. O que fica muito bobo é o cidadão se dar ao luxo de criticar a religião do outro. Cada um na sua, façam esse favor a si mesmos.

O outro movimento, mais apavorante ainda, é esse súbito furor legislativo nas Assembléias estaduais – voltado para o tal conselho destinado a normatizar e fiscalizar a mídia. Essa é a verdadeira superbactéria – a que vai nos matar se não for erradicada no nascedouro!

Essa febre tem que ser erradicada e é urgente. Passa a ser, de hoje em diante, até que morra de inanição, a minha bandeira. Quero poder continuar a palpitar sobre meu país, meu estado, minha cidade, minha rua. E quero, sempre que possível, perguntar: de que se riem tanto nossas autoridades? Onde está a graça?

Intelectuais e Artistas: quem apóia quem. As listas. A azul e a vermelha

Site de Luciano Pires lista os intlectuais e artistas que apóiam cada uma das candidaturas.

Tem até gente boa dos dois lados, mas repara só como tem “patrocinados”, apaniguados e outros na lista da Dilma

Fui lá e busquei as listas.Os manifestos? Vai no www.lucianopires.com.br

1. APÓIAM SERRA

Affonso Romano de Sant’Anna
Alda Ruth Vidigal
Almino Monteiro Álvares Affonso
Amaury de Souza
Ana Maria Diniz
Ana Maria Tornaghi
André Franco Montoro Filho
André Sturm
André Urani
Andrea Calabi
Angela Maria
Angélica M. de Queiroz
Angelo Luiz Cortelazzo
Antonio Bueno
Antonio J. Barbosa
Antônio Márcio Fernandes da Costa
Antonio Octávio Cintra
Aristides Junqueira
Armando Castelar Pinheiro
Arnaldo Jabor
Beatriz Segall
Bolívar Lamounier
Boris Fausto
Carlos Henrique de Brito Cruz
Carlos Henrique Ferreira de Araujo
Carlos Velloso
Carlos Vereza
Carlos Vogt
Célia Melhem
Celso Lafer
Charles Gavin
Chitãozinho & Xororó
Cibele Yahn Andrade
Claudia Camara
Claudio Botelho
Claudio Salm
Cléo De Páris
Cristina Motta
Davi Araújo
Denise Gomes
Dominguinhos
Dora Kaufman
Dori Caymmi
Efrem de Aguiar Maranhão
Elza Berquó
Everardo Maciel
Fabio Magalhães
Fabio Penna
Fafá de Belém
Fátima Duarte
Fernando Durão
Fernando Gabeira
Ferreira Gullar
Francisco Weffort
Gabriela Duarte
Gilda Gouvea
Giulia Gam
Glória Menezes
Guilherme Coelho
Guiomar Namo de Mello
Gustavo Franco
Gutemberg Guarabira
Hamilton Dias de Souza
Haroldo Costa
Heleno Severo
Hélio Bicudo
Henrique Bloch
Henrique Theodore Bloc
Hubert Alquéres
Ilana Novinsky
Ines Carvalho
Ivam Cabral
Ivan Cardoso
Ivan Lins
Ives Gandra Martins
Iza Locatelli
Izabelita dos Patins
Jacob Kligerman
João Batista de Andrade
João Sayad
Joelma
José Arthur Gianotti
José Carlos Costa Netto
José Carlos Dias
José Goldemberg
José Gregori
José Henrique Reis Lobo
José Julio Senna
Jose Pastore
José Salles dos Santos Cruz
Josier Vilar
Juca de Oliveira
Junior
Leiloca
Leonel Kaz
Leonardo Medeiros
Leonardo Monteiro de Barros
Leôncio Martins Rodrigues
Luciano Benévolo de Andrade
Luiz Alberto Py
Luiz Cezar Fernandes
Luiz Felipe d’Avila
Luiz Sérgio Henriques
Luiza Carolina Nabuco
Lulu Librandi
Luzia Herrmann de Oliveira
Lya Luft
Maílson da Nóbrega
Maitê Proença
Marcelo del CimaMarcelo Knobel
Marcelo Madureira

Marco Antonio Villa
Marco Aurélio Nogueira
Marcos Mendonça
Marcos Moraes
Marcus Vinicus Andrade
Maria do Alívio G. S. Rapoport
Maria Helena Gregori
Maria Helena Guimarães de Castro
Maria Inês Fini
Maria Laura Cavalcanti
Maria Teresa Sadek
Marielza Pinto de Carvalho Milani
Mario Brockmann Machado
Mário Chamie
Mário Miranda Filho
Mário Vedovello Filho
Maristela Kubistchek
Marly Peres
Maurício Paroni de Castro
Mauro Mendonça
Michelangelo Trigueiro
Miguel Reale Jr.
Moacir Japiassu
Nana Caymmi
Narjara Tureta
Patrizia Suzzi
Paulinho Vilhena
Paulo Henrique Cardoso e Van Van
Paulo Renato Souza
Pedro Hertz
Pedro Malan e Catarina
Regina Duarte
Ricardo Azevedo
Rick & Renner
Roberto Mello
Rodolfo Garcia Vázquez
Rodrigo Lopes
Ronaldo Bastos
Rosamaria Murtinho
Sandra de Sá
Sandy
Sérgio Besserman
Sergio Bianchi
Sérgio Famá Dantino
Sérgio Fausto
Sérgio Reis
Simon Schwartzman
Stephan Nercessian
Suely Grisanti
Tânia Brandão e David
Tarcisio Meira
Teresinha Costa
Tereza Mascarenhas
Terezinha Zerbini
Thaila Ayala
Therezinha Sodré
Tonia Carreiro
Trovadores Urbanos
Vera de Paula
Vera Gimenez
Vera Vedovelo de Britto
Vitor Martins
Walter Franco
Walter Rocha
Zelito Viana

2. APOIAM DILMA

Leonardo Boff
Chico Buarque de Holanda
Oscar Niemeyer
Aderbal Freire Filho – diretor de teatro
Alcides Nogueira – dramaturgo e roteirista
Alcione – cantora
Aldir Blanc – compositor e escritor
Álvaro Caldas – jornalista
André Klotzel – cineasta
André Luiz Oliveira – cineasta
Anne Pinheiro Guimarães – cineasta
Antonio Grassi – ator
Argemiro Ferreira – jornalista
Armando Freitas Filho – poeta
Beth Carvalho – cantora
Beth Formaggini – cineasta
Carlos Augusto Brandão – crítico de cinema
Carlos Brandão
Celso Frateschi – ator e diretor
Chico Cesar – cantor e compositor
Chico Diaz – ator
Claudia Furiati – historiadora e escritora
Cláudio Baltar – diretor
Cristina Buarque de Hollanda – cantora
Daniel Sroulevich – produtor cultural
Daniel Souza – designer e empresário
Dau Bastos
Débora Duboc – atriz
Dira Paes – atriz
Domingos de Oliveira – diretor teatral, cineasta
Edgar Vasques – cartunista
Ednardo – cantor
Eduardo A. Russo – crítico de cinema
Eduardo Figueiredo – produtor teatral
Eric Nepomuceno – jornalista e escritor
Eryk Rocha – cineasta
Felipe Radicetti – compositor
Geraldo Moraes – cineasta
Geraldo Sarno – cineasta
Helena Sroulevich – produtora cultural
Helvécio Ratton – cineasta
Hermano Figueiredo – cineasta e cineclubista
Hugo Carvana – ator e cineasta
Janaina Diniz – cineasta
Jesus Chediak – cineasta e produtor cultural
João Bosco – cantor e compositor
João Carlos Couto – dramaturgo e produtor teatral
Joel Pizzini – cineasta
Jorge Furtado – cineasta
José Joffily – cineasta
José Roberto Filippelli
Karen Acioly – diretora teatral
Leopoldo Nunes – cineasta e agente cultural
Lucélia Santos – atriz
Lucia Murat – cineasta
Lúcia Rocha – curadora do Tempo Glauber
Lucília Garcez – escritora
Lucy Barreto – produtora
Luiz Antonio de Assis Brasil – escritor
Luiz Carlos Barreto – produtor
Luiz F. Taranto – jornalista e cineasta
Luiz Fernando Lobo – diretor artístico e ator
Luiz Fernando Lobo – diretor teatral
Manfredo Caldas – cineasta
Marcelo Laffitte – cineasta
Marcos Souza – músico e jornalista
Mariana Lima – atriz
Marieta Severo – atriz
Marília Alvim – cineasta
Mario Prata – escritor e dramaturgo
Marquinhos de Oswaldo Cruz
Maurice Capovilla – cineasta
Maurício Machado – ator
Miguel Paiva – escritor e humorista
Miúcha – cantora
Monarco – compositor
Monique Gardenberg – cineasta e diretora de teatro
Murilo Salles – cineasta
Nelson Sargento – compositor
Nei Lopes – compositor e escritor
Noilton Nunes – cineasta
Orã Figueiredo – ator
Otto – cantor e compositor
Paloma Rocha – cineasta
Paula Gaitán – cineasta e artista plástica
Paulo Betti – ator
Paulo Halm – roteirista e cineasta
Pedro Cardoso – ator
Raquel Karro – atriz
Ricardo Cota – Secretário de Comunicação do Governo do RJ
Ricardo Cravo Albin – jornalista, historiador e pesquisador da MPB
Ricardo Gontijo – jornalista
Roberto Berliner – cineasta
Roberto Gervitz – cineasta
Roberval Duarte – cineasta e produtor cultural
Rodrigo Targino – cineasta
Rogério Correa – cineasta
Rosa d`Aguiar Furtado – jornalista, tradutora (viúva de Celso Furtado)
Rosemary – cantora
Rosemberg Cariry – cineasta
Rubens Rewald
Ruth Rocha – escritora – nega ter assinado. DIVULGOU CARTA EM APOIO A SERRA
Ruy Guerra – cineasta
Sandra Werneck – cineasta
Sara Rocha – produtora de cinema
Sérgio Sá Leitão – cineasta e administrador público
Silvia Buarque de Hollanda – atriz
Silviano Santiago – escritor
Sylvia Moreira – arquiteta, cenógrafa
Tata Amaral – cineasta
Tia Surica -sambista
Toni Venturi – cineasta
Tuca Moraes – atriz e produtura
Vania Cattani – cineasta
Vicente Amorim – cineasta
Vinícius Reis – cineasta
Vladimir Carvalho – cineasta
Wagner Tiso – músico
Walter Carvalho – cineasta
Walter Lima Júnior – cineasta
Wolney Oliveira – cineasta
Ziraldo – desenhista, escritor, pintor
Frei Betto
Emir Sader
Álvaro Caldas – jornalista
Ricardo Gontijo – jornalista
Regina Zappa – jornalista e escritora
Padre Ricardo Rezende
Paulo Sergio Niemeyer
Vera Niemeyer
Tulio Mariante – designer

 

Repara só onde estamos nos metendo…no controle da comunicação, de alguma forma…Presta atenção!

Estas notas estão publicadas nos jornais e na própria Coluna do Claudio Humberto, no www.claudiohumberto.com.br, onde aliás, sabe? Você pode encontrar também o meu artigo…Presta atenção:

Militância reverteu ‘guerra’ da bolinha de papel

O monitoramento do comportamento do eleitor na internet, baseado na experiência da campanha de Barack Obama nos Estados Unidos, por meio de sofisticado aparato tecnológico instalado em um prédio comercial do Setor Hoteleiro Sul, em Brasília, mostrou à campanha do PT que Dilma Rousseff perdia “guerra” da comunicação, no caso do “atentado” a José Serra com bolinha de papel, até que a militância petista tomou conta das redes sociais Twitter, Facebook e Orkut.

Tempo real

O sistema montado pelo PT detecta o “tema do momento” na internet e passa a produzir e disparar milhares de mensagens simultaneamente.

Nada feito

A coordenação de campanha decidiu “plantar” outro tema na internet, para ofuscar o caso da bolinha de papel, mas a militância não deixou.

Sem controle

“Nós perdemos o controle”, admite, orgulhoso, um coordenador do esquema de monitoramento do PT: “Os militantes cuidaram de tudo”.

23/10/2010 | 00:00

Motivação

A declaração de Lula sobre o caso da bolinha e o Jornal Nacional colocaram Dilma em desvantagem, mas motivaram a militância petista.

Artigo-1º de novembro de 2010: O dia que parece não querer chegar

Marli Gonçalves

 Imagine o que será. Sabemos apenas que será segunda-feira, Dia de Todos os Santos, que a Lua estará minguante, signo de Escorpião, e um dia antes dos Finados. Que pode chover. Pode fazer Sol. Que pode ter nuvens. Pode ser que sim; pode ser que não. Que “ontem” ocorreu o segundo turno, e que quando esta manhã de segunda, dia 1º, chegar, já teremos sobrevivido às eleições mais esquisitas e irregulares que já vimos, entre as poucas que fizemos.

Eu não bebo, mas me imaginei acordando no dia 1º de novembro de 2010 (se é que eu vou conseguir dormir de domingo para segunda), com cara de ressaca, e até certa dor de cabeça. Ressaca eleitoral. Provavelmente eu e você já saberemos quem ganhou a eleição presidencial, e isso no fundo, no fundo, não fará muita diferença. Mas que vai ser difícil encarar esses próximos dias até chegar lá, ah! Isso vai!

Concentrei-me mentalmente para tentar vislumbrar um pouco mais desse futuro que está aqui na nossa porta. O que vi e explica a dor de cabeça que sentirei: eu, enlouquecida com tevê, rádio, computadores ligados nos noticiários e na apuração online pelo TSE. Tudo por uma questão de hábito, frise-se; e não de torcida. A não ser contra uma das partes, a pior.

Depois de dias, principalmente esses últimos, nos quais os ânimos se acirraram e se acirrarão de forma assustadora, e a movimentação política passa como tanque de guerra, eu admito: estou tensa. Tensa, eu disse. E não estou gostando nada disso. Dói meu estômago também, uma apreensão. Não sabemos que bicho vai dar, e o que realmente acontecerá. Se a Dilma perder, qual será a reação de Lula, que já está babando? Se ganhar, o que será de nós que a combatemos? Acabo de descobrir, por exemplo, que a campanha do PT contratou um grande escritório de advocacia só para ir atrás de “crimes contra a honra, calúnia, difamação, injúria”. Eu disse que o terninho Chanel que Dilma usa nos debates é falso. Se não for? E se ela tiver pago os R$ 20 mil que ele vale para costurarem no tamanho dela?

Pensa comigo: tem ideia do que pode, mal ou bem, ocorrer nesses dias? Os institutos de pesquisa estão errando ou blefando? Quais serão os índices de abstenção e nulos? Quantos vão dar de ombros e só resolver viajar, aproveitar o feriado prolongado? O que o governo vai tirar a mais de seu saquinho de bondades, mágicas, boas notícias, ufanismo? E os debates? Quem vai escorregar na casca de banana?

Voltemos a nos concentrar no dia 1º de novembro de 2010. Procurei também ver quem nasceu nesse dia e na lista muitos nomes complicados e não exatamente populares aqui, à exceção do Larry Flint, editor da Hustler, do novelista Gilberto Braga e, em 1974, nasceu a Hello Kitty, aquela gatinha japonesa bem viadinha que virou febre. Lá em Portugal, e se lá estivéssemos, as crianças costumam andar de porta em porta a pedir bolinhos, frutos secos e romãs.

Novos elementos: a partir desse dia a pesca estará proibida nos rios do Mato Grosso, por conta da piracema. Em compensação terá terminado, na região de Angra dos Reis, a temporada de pesca de sardinhas. O dia 1º de novembro é o Dia Mundial Vegano (“World Vegan Day”), comemorado desde 1994, quando a Vegan Society inglesa comemorou 50 anos e a moda acabou se espalhando, literalmente, e radicalmente para todo o mundo. Os vegans não comem isso, nem aquilo, e não adianta perguntar se eles ouvem os gritos de dor da alface, do tomate. Eles são bem específicos. Têm muitas coisas que eles não praticam.

Tenho horror a coisas específicas e fechadas assim, como as que a gente pode identificar numa política de esquerda, atrasada e renitente e que, à direita dos fatos, quer nos botar bem no meio de uma fogueira, de uma luta de classes desvairada, provocativa, perigosa, de uma divisão entre bons ou maus, independentemente das mentiras que contem. Já estou maluca, ou o mundo deles seria outro? No que mostram não há mais miséria, pobres, problemas de saúde, racismo, abortos, relações homossexuais que precisam ser estabelecidas civilmente, problemas ambientais.

Nunca antes, tudo.

É verdade, de alguma forma. Nunca antes na minha história e na história do país – nem com o Collor – a eleição foi tão matreiramente sabotada, manipulada. Marina rompeu um pouco com essa tristeza, por uns dias. Mas tudo já voltou a desandar, e o bolo ainda está no forno.

É. O dia 1º de novembro de 2010 será inesquecível. De qualquer forma. E está demorando muito para chegar.

Brasil, Brasil,Brasil

(*) Marli Gonçalves, jornalista. Não há intuição, jogo de cartas, tarô, búzios, borra de café, bola de cristal que possa se meter a besta e nos dizer o que será, o que será…

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extra! extra!

DE “BRINDE”: ACHEI UMA BANDA PORTUGUESA CHAMADA MÃO MORTA, MEIO PUNK ROCK, SUPER SUCESSO LÁ, E QUE TEM UMA MÚSICA CHAMADA 1º DE NOVEMBRO.

 ESCUTA SÓ:

Abram alas que o equilibrado Ricardo Setti está ponderando. Sobre cabeças e bolinhas

http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/

COLUNA RICARDO SETTI – VEJA.COM

21/10/2010-  às 17:31 \ Política & Cia

Hipótese de que bolinha de papel atingiu Serra precisaria ter cumplicidade na farsa de várias pessoas, inclusive de médico sério e de hospital renomado

Circula na Web, e em certos veículos eletrônicos, a versão de que o presidenciável tucano José Serra não foi atingido na cabeça por objeto capaz de causar qualquer dano, durante caminhada no bairro de Campo Grande, noRio, e sim por uma bolinha de papel.

A versão se baseia em trecho de um vídeo da rede de televisão SBT a respeito dos incidentes de ontem, ocorridos quando militantes do PT entraram em confronto com militantes do PSDB.

O SBT mostra que Serra não parece ter sentido nada de especial ao ser atingido pela bolinha de papel, e que só começou a mostrar sinais de que algo o havia eventualmente ferido depois de atender a uma ligação em seu celular. Ele, então, estaria simulando algo mais grave do que ocorreu para se fazer de vítima.

Pode ser, claro. Em política no Brasil parece que vale tudo.

SERÁ QUE TODO MUNDO MENTIU? — Como sempre se deve conceder às pessoas o benefício da dúvida, pórém, este blog propõe que o leitor se faça as seguintes perguntas:

1. Serra, então, será um mentiroso? Um homem que foi prefeito de São Paulo, senador da República, ministro e governador do maior estado do país seria um mentiroso? Para faturar simpatias, usou a mera bolinha de papel que bateu em sua cabeça para fazer teatro e mentiu à imprensa dizendo que, depois do impacto, sentiu náuseas e tontura?

2. Todos os políticos e assessores que estavam à sua volta e confirmaram o fato aos jornalista também mentiram?

3. O respeitado Hospital Samaritano, no bairro de Botafogo, para onde Serra foi levado após o tumulto em Campo Grande, não apenas submeteu o candidato a uma tomografia sem qualquer necessidade como também particip0u da farsa?

4. Como se teria combinado com a direção do hospital a montagem da farsa? Por telefone? Por algum emissário que lá chegou antes do candidato? Os vários médicos do hospital envolvidos no processo, então, foram também mentirosos? São todos parte de uma conspiração para prejudicar o bom nome dos militantes petistas?

5. O dr. Jacob Kligman, respeitado médico que atendeu Serra, mostrou aos jornalistas o local do impacto e mencionou os sintomas apresentados — dr. Kligman, durante mais de quatro anos presidente do Instituto Nacional do Câncer, membro da Academia Nacional de Medicina, do Colégio Brasileiro de Cirurgiões e do American College of Surgeons — então arriscou sua reputação e sua honra pessoal participando de uma farsa?

6. Finalmente, além da bolinha de papel que atingiu Serra, segundo o vídeo do SBT, quem garante que ele não sofreu o impacto de um objeto capaz de causar dano e que não tenha sido filmado pelo cinegrafista?

O radicalismo e o ódio presentes na atual campanha presidencial precisam ser pelo menos temperado pela moderação e pelo bom senso

Para não dizerem que estou jogando de um lado só. Já está no ar um joguinho de acertar a bolinha de papel no Serra

Tenho amigos de todas as cores e credos, ou sem cor e sem credo. Conheço de tudo, pelo menos um.

Tenho amigos e amigas queridos  e queridas que estão achando que Dilma é a coisa mais bonitinha do papai, o que NÃO É O MEU CASO.

Mas, como dizem, perco o amigo, mas não perco a piada. Se ontem postei o pé na Dilma, nada como no outro dia postar a bolinha de papel no Serra

 

 

 

ENFIM, EU NÃO QUERO NEM PERDER O AMIGO, NEM A PIADA!

olha o joguinho:

http://megaswf.com/serve/61506/

Mais detalhes

DO O GLOBO E VALOR

Serra é agredido durante enfrentamento entre militantes em ato de campanha no Rio

José Serra (PSDB) durante a caminhada em Campo Grande - Foto da Reuters

RIO – O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, foi agredido na tarde desta quarta-feira quando fazia uma caminhada pelo calçadão de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. Militantes do PT confrontaram com bandeiras a comitiva do tucano, gerando muito empurra-empurra. De acordo com o deputado federal Fernando Gabeira (PV), o presidenciável chegou a ser ferido na cabeça.

 Segundo o pastor Maurício Teixeira, que estava ao lado de Serra no momento de maior conflito, um militante petista atirou uma bobina de adesivos de papel, que acertou a cabeça do candidato. No meio da confusão, o tucano comentou rapidamente o episódio.

” Esse é o estilo deles. É o estilo das tropas de assalto dos nazistas “


– O PT tem tropa de choque. Não sei o que foi previsto, mas eles fazem isso no piloto automático – disse Serra, que estava visivelmente tenso.

– Esse é o estilo deles. É o estilo das tropas de assalto dos nazistas. Um comportamento muito típico de movimentos fascistas – completou.

O empurra-empurra entre os militantes tucanos e petistas começou na metade final da caminhada, depois que os cabos eleitorais do PT passaram a xingar Serra. No meio da confusão entre as militâncias, o objeto teria sido lançado na cabeça do presidenciável. Comerciantes fecharam as lojas com medo da briga.

Serra chegou a entrar na van de sua campanha após o incidente, mas o veículo parou poucos metros depois, quando o candidato desembarcou para seguir com a caminhada. O tucano passava a mão na cabeça, mas não havia sinal de sangramento. Após caminhar por 100 metros, Serra entrou novamente na van e foi embora.

Serra é atingido na cabeça durante passeata no Rio de Janeiro

do Claudio Humberto

Serra é atingido com pancada na cabeça

foto :UOL

O candidato à Presidência José Serra (PSDB), disse ter se sentido “grogue” após levar uma pancada na cabeça, durante confronto entre militantes do PSDB e do PT quando participava de caminhada em Campo Grande, na zona oeste do Rio. Serra chegou a colocar gelo na cabeça para amenizar a dor. Segundo o pastor Maurício Ferreira, que acompanhava Serra na caminhada, não se sabe exatamente o que atingiu o candidato, se o mastro de uma bandeira ou uma bobina de adesivos de papel.

Hoje:Serra se encontra com verdes que o apóiam

AGENDA VERDE:

Hoje (18/10) José Serra tem agenda prevista em São Paulo (SP), onde participa do evento “Verdes com Serra”, que acontece na Praça Charles Miller, 10, a partir das 15 horas.

Organização do Fabio Feldman, com  participação de verdinhos bem legais!

 

Comentário zap: Campanhas, campanhas, e nosso horário real modificado. Aqui, sim, ali, não.

Não lembro bem exatamente qual foi a última vez, o último ano no qual eu ainda gostava do horário de verão.
Certamente deveria ter praia no meio.

Hoje, me atrapalho nos primeiros dias, fico meio atarantada. E quando está para passar a sensação, pumba! Acaba!
Acho que trabalho mais nesse período, até por conta da tal luz do dia-noite. Se eu pudesse sair ainda de dia…Esse é um dos motivos de quem gosta do HV.

Gosto do verão. Ele é que o bom!

Ainda temos 14 dias até as eleições: serão dias quentes e frios, secos e molhados, inclusive na conversinha.

Gostei da posição do PV – a que tinha mesmo de ser tomada.

Assisti a Convenção, gostei de tudo, menos do Sirkis, um dado acima, um Paulo Henrique Amorim de outrora encostado nele… “porque eu falei com o Marco Antonio Garcia… sobre o Irã e Cuba…”, meio que perdoando as imperdoáveis gafes internacionais cometidas nos últimos meses.

Tomei a liberdade de recompor uma musiquinha para a gente cantar para a Dilma. Tergiversa, Dilmão, tergiversa. Tergiversa, Tô tergiversando…

TERGIVERSA ( adaptação especial)

Adaptação livre de Marli Gonçalves sobre música de Cartola e Monsueto, em homenagem à campanha eleitoral  -2010

Composição Original: Cartola – Monsueto

 Sabão!
Um pedacinho assim
Olha a água!
Um pinguinho assim
O tanque!
Um tanquinho assim
A roupa!
Um tantão assim…

TERGIVERSA mulata
TERGIVERSA!
TERGIVERSA!
Tô TERGIVERSAndo…(2x)

Tô lavando a minha roupa
Lá em casa estão me chamando
Oh Dondô!…

TERGIVERSA mulata
TERGIVERSA!
TERGIVERSA!
Tô TERGIVERSAndo
TERGIVERSA mulata
TERGIVERSA!
TERGIVERSA!…

Trabalho!
Um tantão assim
Cansaço!
É bastante sim
A roupa!
Um tantão assim
Dinheiro!
Um tiquinho assim…

TERGIVERSA mulata
TERGIVERSA!
TERGIVERSA!
Tô TERGIVERSAndo…(2x)

Tô lavando a minha roupa
Lá em casa estão me chamando
Oh Dondô!…

TERGIVERSA mulata
TERGIVERSA!
TERGIVERSA!
Tô TERGIVERSAndo…(2x)

TERGIVERSA mulata
TERGIVERSA!…(15x)

Everybody run, run, run
Everybody run, run, run
Everybody scatter, scatter
Some people lost some blood
Someone nearly die
Colonial mentality…

Eu não sou daqui
Eu não tenho nada
Tristeza não tem fim
A felicidade sim
Meu coração é a liberdade…

They leave sorrow

Tears and blood…

Ensaboa ( original)

Marisa Monte

Composição: Cartola – Monsueto

Sabão!
Um pedacinho assim
Olha a água!
Um pinguinho assim
O tanque!
Um tanquinho assim
A roupa!
Um tantão assim…

Ensaboa mulata
Ensaboa!
Ensaboa!
Tô ensaboando…(2x)

Tô lavando a minha roupa
Lá em casa estão me chamando
Oh Dondô!…

Ensaboa mulata
Ensaboa!
Ensaboa!
Tô ensaboando
Ensaboa mulata
Ensaboa!
Ensaboa!…

Trabalho!
Um tantão assim
Cansaço!
É bastante sim
A roupa!
Um tantão assim
Dinheiro!
Um tiquinho assim…

Ensaboa mulata
Ensaboa!
Ensaboa!
Tô ensaboando…(2x)

Tô lavando a minha roupa
Lá em casa estão me chamando
Oh Dondô!…

Ensaboa mulata
Ensaboa!
Ensaboa!
Tô ensaboando…(2x)

Ensaboa mulata
Ensaboa!…(15x)

Everybody run, run, run
Everybody run, run, run
Everybody scatter, scatter
Some people lost some blood
Someone nearly die
Colonial mentality…

Eu não sou daqui
Eu não tenho nada
Tristeza não tem fim
A felicidade sim
Meu coração é a liberdade…

They leave sorrow
Tears and blood…

Artigo – CHEGA DE HIPOCRISIA

POR MARLI GONÇALVES

Queremos sinceridade nesta reta final de campanha. Ninguém vai votar para padre de missa ou freira de convento, muito menos para pastor de rebanhos. Está muito chato e ridículo esse debate – estéril – sobre aborto, casamento gay , quem reza mais compenetrado o pai-nosso-de-cada-dia

Sou mulher. Já vivi para ter vivido, ver e contar muitas coisas. Outras, eu aprendo todos os dias. Agora estou enjoada. E perplexa por ter ouvido nos últimos dias algumas das maiores barbaridades do comportamento político perante a vida real, a realidade de milhões de pessoas, principalmente mulheres. Deixem nossos úteros e vaginas fora disso, por favor. Deixem nossas crenças livres. Apenas façam uma sociedade justa, que do resto a gente cuida. Casa com quem quer, homem, mulher, castrati. Põe no mundo o que dá para por; e às vezes, todos sabem, é muito melhor não por.

Sou mulher, e acharia – repito, acharia – ótimo ver uma mulher na Presidência. Mas uma mulher real, não esse robô cheio de mecanismos com defeito, ventríloqua de palanque que não consegue assumir nem o que verdadeiramente pensa. Nada contra mudar de ideia, quando se evolui. Mas não é o caso da mulher guerrilheira, que diz que não é guerrilheira, que estava por ali apenas vendo a movimentação. Não é o caso da mulher de esquerda com posições seguras, que agora acha que segurando o neto para o batismo convence os outros que mudou de ideia a respeito do mundo filosófico. Ela deve ter se arrepiado toda quando o padre jogou a água benta.

Estamos votando a Presidência da República do Brasil, Estado laico, que deve ver normatizadas as regras para a qualidade de vida de sua população, incluindo questões de saúde pública, como o aborto, e questões da sociedade civil, como casamento, separação e testamentos entre pessoas do mesmo sexo, ou de qualquer sexo. Questões ambientais são fundamentais porque dizem respeito à nossa sobrevivência, e delas dependeremos para comer, beber, e dar vida e comida aos filhos que quisermos ter. Sem garantias básicas, só crescerá o número de mulheres resolvendo dispor do seu próprio corpo justamente para não aumentar os índices, inclusive de mortalidade infantil, subnutrição, e violência. Não é ditadura de alguém achar isso ou aquilo, mandar com o dedinho. O que a sociedade deseja deve ser discutido só nos fóruns adequados, para evitar que tanta hipocrisia grasse como nos debates chulos a que estamos assistindo, perplexos.

Hipocrisia! Não se façam de bobos para a realidade. Há mais de 30 anos a luta pela legalização do aborto é desconsiderada. Não me venham colocá-la agora como questão crucial, desvirtuando a discussão. Não andem para trás. O movimento gay tem conseguido crescer e se firmar com suas próprias perninhas e com muita ajuda dos medicamentos liberados pelo programa do Ministério da Saúde dirigido por José Serra. É mentira? Hoje são comuns nos cartórios as declarações conjuntas de casais iguais. Ninguém precisa de vocês para viver. Muito menos para acuar as conquistas obtidas em debates quadrados. Igreja também não gosta de camisinha, de prazer. Se a gente fosse ver isso, de verdade, todos os templos estariam vazios.

Fiquei assistindo o bigodudo que queria São Paulo, babando, martelando a tecla contra a progressão continuada dos alunos nas redes públicas. Escuta aqui: quem quer ou gosta que o filho repita o ano? Sejamos sinceros pelo menos intimamente. Desde quando só o que é lei é lei? Parem com a hipocrisia de mostrar mães acariciando barrigas gordas, com ar de horizonte perdido. Chega dessa procissão fiada de beija-mão. As crenças são mais verdadeiras do que as palavras do horário eleitoral.

Marina se deu bem porque mostrou a verdade dela, não a sua, a minha, ou a do Partido Verde que, inclusive é o mais liberal de todos em relação a várias dessas teses. Crente, veste-se como crente, fala como crente, comporta-se como crente. Como candidata conseguiu ser mais estadista do que crente. Não mudou uma vírgula do que pensa, mas admitiu o contrário. É isso. Foi isso que a ajudou a conseguir dividir e mostrar esse eleitorado em mais fatias. Por favor, pessoal do marketing dos candidatos: somos muitas fatias! Temos muito que falar, decidir, enfrentar. Não nos diminuam dessa forma.

Esse moralismo de última hora é enojante e está forçando outro tipo de mudança. Corram para a realidade enquanto é tempo, e para que não haja um recorde de abstenções e votos nulos que nos envergonhariam diante do mundo. A gente faz o que pode para participar da vida pública, da cidadania, mostrar coerência.

Agora é a hora de saber qual dos dois vai nos deixar permanecer livres para pensar, falar e agir de acordo com o nosso foro íntimo, nas nossas coisas. Vai me dizer que vocês já não têm muitos assuntos realmente fundamentais para rever? Deixa que a gente cuida de para qual santo vai rezar, ou para o que servem nossos órgãos genitais.

Queremos liberdade. Esse é o ponto. Chega de hipocrisia.

Brasil, São Paulo, 2010: centenas de abortos por dia, milhares de crianças nas ruas, sem tetos, sem terras, sem vergonhas.

 (*) Marli Gonçalves é jornalista. Não gosta de assistir de camarote e nem de ver como somos bombardeados por reacionários, particularmente estúpidos e hipócritas, diante da vida real. Deus, um raio, uma faísca de vosso amor, pode abrasar a terra. Deixai-nos beber da fonte…Deus! Um raio, uma faísca do Vosso Amor pode abrasar a Terra; deixai-nos beber nas fontes dessa bondade fecunda e infinita, e todas as lágrimas secarão, todas as dores se acalmarão. E um só coração, um só pensamento subirá até Vós, como um grito de reconhecimento e de amor. Deus! Dê-nos a força para ajudar o progresso, a fim de subirmos até Vós; dai-nos a caridade pura, dai-nos a fé e a razão; dai-nos a simplicidade que fará de nossas almas o espelho onde se refletirá a Vossa Divina e Santa Imagem. Dê-nos a liberdade de pensamento.

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Devem ser deliciosos os bastidores dessa história da irmã da Marisa, muié do Lula, apoiar o Serra

Do Claudio Humberto – www.claudiohumberto.com.br

Cunhada de Lula declara apoio a Serra


JOSÉ SERRA E TERESA OTÍLIA

A cunhada do presidente Lula, a assessora política Teresa Otília Casa, fez questão de se encontrar nesta terça (5) com o candidato à Presidência, José Serra (PSDB) para lhe parabenizar por ter chegado ao segundo turno. Única irmã da primeira-dama Marisa Letícia, Teresa disse ter votado no tucano e espera que ele vença a petista Dilma Roussef. Ela é filiada ao PSB e em 2004 tentou, sem sucesso, uma vaga na Câmara de Vereadores de São Bernardo do Campo. “A Dilma não é nada preparada, Serra merece ser presidente “,  disse ela, que recebeu um abraço do tucano, com quem posou para fotógrafos e cinegrafistas durante, na Zona Leste de São Paulo, na divisa com Mauá, no ABC paulista.

Interessante: o que a Marina acha da Dilma ( e do Serra ), escrito em livro

OLHA AÍ. MATÉRIA ANTIGA, DE JULHO, DO TEMPO QUE MARINA LANÇOU O LIVRO…

http://www.viagora.com.br/noticia/livro-de-marina-silva-ataca-dilma-roussef-e-elogia-jose-serra-128848.html

Livro de Marina Silva ataca Dilma Roussef e elogia José Serra

Publicado em 28/07/2010

// //
 A biografia oficial da candidata do PV ao Planalto, Marina Silva, sugere que Dilma Rousseff (PT) não “levava a sério” o licenciamento ambiental das obras do PAC e contribuiu para sua queda do governo Lula, em 2008.

O livro elogia José Serra (PSDB) e chama o ex-ministro de Assuntos Estratégicos Mangabeira Unger outro desafeto de Marina na Esplanada de “advogado carioca de sotaque esquisito”.

Dilma é citada oito vezes, sendo três de forma neutra e cinco em tom negativo, no capítulo que trata do pedido de demissão da senadora.

“Marina travou disputas com Dilma Rousseff, defendendo que as licenças ambientais fossem levadas a sério. Dilma reclamava publicamente do atraso”, diz o texto, acrescentando que Lula teria tomado partido da então chefe da Casa Civil.

O livro reproduz artigo do cientista político Sérgio Abranches com duras críticas à petista: “A Amazônia que aparece nas exposições da ministra Dilma é a de uma fronteira de expansão agrícola, recortada por rodovias e coalhada de hidrelétricas. Só falta tirar dos mapas do PAC o verde da floresta”.

Ao explicar a queda de Marina, a obra volta a “terceirizar” os ataques à adversária: “O ‘El País’, da Espanha, disse que Lula dava as costas à maior defensora da floresta amazônica em favor de sua ministra desenvolvimentista, Dilma Rousseff”.

Serra é citado cinco vezes, nenhuma delas em tom negativo. Num trecho, o livro lhe dá crédito pela aprovação de subsídio para seringueiros do Acre, Estado da senadora, no governo FHC.

“Marina A vida por uma causa” é assinado pela jornalista Marília de Camargo César e será lançado dia 9 pela editora evangélica Mundo Cristão. A candidata revisou a versão final do texto, que deve ser usado como peça auxiliar da campanha. 
 

 

Compromisso e palavra: Gabeira fica com Serra.

Gabeira confirma apoio a Serra no 2º turno

Participação na campanha de Serra dependerá de uma conversa com a senadora Marina

Luciana Nunes Leal, de O Estado de S.Paulo

RIO – Derrotado no primeiro turno pelo governador Sérgio Cabral (PMDB), o candidato do PV ao governo do Rio de Janeiro, deputado Fernando Gabeira, confirmou na manhã desta segunda-feira, 4, que vai apoiar o tucano José Serra no segundo turno presidencial. A participação de Gabeira na campanha de Serra dependerá de uma conversa do deputado com a senadora Marina Silva (PV), terceira colocada na eleição presidencial. “Minha posição é de apoiar Serra não só porque ele me apoiou como porque o considero o melhor candidato”, afirmou Gabeira.

 Sobre o engajamento na campanha tucana, Gabeira disse que “depende do que eles (tucanos) quiserem”. “No meio da semana vou conversar com a Marina. Não quero causar constrangimento a ela de maneira alguma”, afirmou o parlamentar do PV. Os próprios tucanos acreditam que Marina optará pela neutralidade. A posição oficial do PV será decidida em plenária do partido, nos próximos dias. “Tenho uma certa independência. Recebi o apoio do Serra e dei a entender que o apoiaria. Vou honrar minha palavra”, afirmou Gabeira.