ARTIGO – Retrospectivas e retroescavadeiras. Por Marli Gonçalves

Final de ano e elas, as famosas retrospectivas, já começam a pipocar, tenebrosas, tenebrosinhas, especialmente se lembrarmos o que passamos nos últimos quatro anos, somando o desgoverno, a pandemia, seus efeitos, as dúvidas que permanecem sobre o que vem aí, como vai ser

Hindsight Bias: Why You Make Terrible Life Choices - Nir Eyal

O sininho que toca é a música com os artistas saracoteando nos intervalos da programação. “Hoje é um novo dia” …Nas ruas, desta vez meio confuso até na 25 de Março e dividindo espaço com a Copa, o Natal tenta se infiltrar, misturando em pinceladas o seu vermelho com o verde e amarelo igual teve de ser nas eleições. Já não são mais muitas as luzinhas chinesas piscando nas janelas e que enfeitavam a cidade, as varandas e jardins, trocadas por bandeiras. Aqui perto de casa, a rua chique está enfeitada com uns parcos anjos com rabinhos em forma de sereia, até singelos perto das decorações que já vi. Uns carregam pacotes; outros, corações. Parecem tímidos, meio apagados. Econômicos, como sói ser nesses tempos bicudos.

Até o Papai Noel dos shoppings agora é mais magro, contido, rendido ao mundo digital e politicamente correto, sem crianças no colo. Rodolfo, Corredora, Dançarina, Empinadora, Raposa, Cometa, Cupido, Trovão e Relâmpago, as graciosas renas, andam postas de lado, talvez até para não criarem mais polêmicas, a marca desses tempos, em que tudo é muito discutido, embolado, cancelado. Chato.

Não demora, ela vem, não tem jeito: ao lado do especial do Rei, a chamada para a retrospectiva jornalística, desconjuro! Mais perdas, mortes, acidentes e acontecimentos funestos a serem recordados em takes bem escolhidos, o que nos faz tentar ficar bem longe porque a memória recente é viva. Mas as quimeras todas, essas, as pessoais, as nossas retrospectivas particulares, começam a se apresentar. Nos cobramos por tudo, começamos a prometer fazer tudo diferente no ano que vai entrar, tentando planejar as coisas como se isso fosse possível.

Com elas, o medo, a lista de sonhos abandonados, e também chega o otimismo e crença que daqui pra a frente tudo vai ser diferente, “você vai aprender a ser gente, seu orgulho não vale nada, nada!” …

Ok, sei que retrospectiva é só do ano que se despede, mas no caso nacional ele soma os últimos, suas consequências, as quais infelizmente ainda sentiremos queimando na pele nos próximos tempos. Como vai ser?

E as retroescavadeiras? – você pode estar se perguntando. Apenas um registro. Aqui em São Paulo elas estão vorazes e barulhentas em todos os locais, bairros, esquinas. Derrubam o passado sem dó, com poucas tacadas, dando lugar a stands de venda tão luxuosos que a gente acha até que são eles os próprios imóveis que estarão no lugar. Impressionante. Não dá para ficar uma semana sem passar em um local – quando volta, a sua memória, sua retrospectiva, o que viveu ou viu ali, simplesmente sumiu, do dia para a noite, não precisou nem passar o ano. Meu medo é essa surdina. Essa transformação acelerada, sem eira nem beira.

Mas vamos que vamos. O show não pode parar. “…Bom é ser feliz e mais nada…”

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MARLI GONÇALVES – Jornalista, consultora de comunicação, editora do Chumbo Gordo, autora de Feminismo no Cotidiano – Bom para mulheres. E para homens também, pela Editora Contexto.  (Na Editora e na Amazon). marligo@uol.com.br / marli@brickmann.com.br

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#ADEHOJE – CARNE CARA, E O MUNDO DA LUA DO PRESIDENTE

#ADEHOJE – CARNE CARA, E O MUNDO DA LUA DO PRESIDENTE

 

SÓ UM MINUTO – O presidente fala uma coisa e logo é desmentido. Parece que vive no mundo da Lua, alheio, e só interessado em polêmicas de direita e esquerda. A Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, botou na panela um ingrediente forte ao afirmar com todas as letras e números que a carne vermelha, que aumentou 35% nos últimos dias, não vai voltar ao patamar. Por conta de exportações, da China, do raio que o parta. Há campanhas nas redes apoiando o boicote ao consumo, e troca por ovos, frango, carne suína. O presidente tinha afirmado que era coisa momentânea.

Enquanto isso, na Bahia, o escândalo no Judiciário continua. Hoje foi presa a ex-presidente do Tribunal de Justiça, Maria do Socorro Barretos Santiago, na Operação Faroeste, que investiga suspeitas de vendas de sentenças em grilagens de terras na região oeste da Bahia.

Árvores! Em Santa Catarina assassinaram uma árvore rara de 535 anos para fazer cerca. Em São Paulo, elas caem às centenas. #árvorenãoélixeira, pelo amor de Deus!

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#ADEHOJE – MUITO AMOR PARA O GUGU. E AS SANDICES DESSA GENTE

#ADEHOJE – MUITO AMOR PARA O GUGU. E AS SANDICES DESSA GENTE

SÓ UM MINUTO – Um espetáculo popular de amor está sendo visto no velório de Gugu Liberato na Assembleia Legislativa de São Paulo. Parece que o mundo acordou para tudo o que ele fez para as pessoas – grande parte quietinho – durante o tempo que esteve entre nós. Repito: gostava muito dele, tive o prazer de com ele e para ele trabalhar. Palmas para ele. E antes que venham com comparações absurdas, vamos lá: palmas para o Rabino Henry Sobel, que também nos deixou a semana passada.

A lista de sandices governamentais diárias já não cabe mais aqui em nosso minuto. Mas destaco: o cara, Sergio de Camargo, que assumiu a Fundação Palmares vomitou bolsonarices racistas. Uma pena: é filho de um grande e admirado jornalista amigo nosso, companheiro do Jornal da Tarde, e que teria muita vergonha do filho que deixou no mundo. Ele não merecia isso.

Por outro lado, Lula teve a pena pelo caso do Sitio do Atibaia não só confirmada, como aumentada para 17 anos, pelo TRF-4.

Que tempos, que tempos! E ainda temos que aguentar o tranco da tal Black Friday.

ARTIGO – O amor (e o sexo) nos tempos de cólera e internet. Por Marli Gonçalves

O amor é lindo. Seria simples se as pessoas não fossem tão loucas, tivessem tantas dificuldades em se relacionar entre si. Mas, se já era complicado antes, imagine agora, em tempos de internet, redes sociais, aplicativos, celulares que gravam tudo, e dessa total exposição das intimidades

Já disse. O caso do relacionamento nas noites quentes de Paris, entre Neymar e a modelo Najia Trindade, que agora o acusa de estupro e agressão, ainda vai longe. Envolverá ainda muitas outras pessoas, como a dança de cadeiras dos advogados e assessores. Gerará muita discussão e discórdia, pano para manga, e gelo para o pé ferido do atleta, tantos aspectos envolve. O prazer e a vontade sexual da mulher, sempre na berlinda e que sempre ainda parece inadmissível mesmo em tempos modernos. O não é não, o direito de parar, seja em qualquer situação, Hora H, ou qualquer outra, desde que um dos dois (ou às vezes até mais) queira. Os novos conceitos legais e judiciais sobre o que se configura crime. Por exemplo, a divulgação das imagens íntimas, de um lado e de outro, na defesa e na acusação.

Como voyeurs, todos assistimos, diretamente dos sofás e das mesas de bar, nos deliciando com os detalhes sórdidos. Amplas audiências, buscas de furos jornalísticos, vidas escarafunchadas, especialmente, claro, a da mulher, a parte mais fraca dessa e tantas outras histórias, principalmente quando envolvem personalidades tão poderosas e conhecidas mundialmente como Neymar. Torcidas organizadas se formam e, como virou habitual no país, embates fragorosos que revelam a confusão, machismo, provincianismo e ignorância.

O assunto explodiu e já de cara a mulher foi condenada. Afinal, manifestou desejo, aceitou ganhar a passagem, “provocou” o encontro, não é rica, só podia estar querendo dar um golpe no eterno menino, que já aprontou de um tudo, mas ainda é “menino”, como se fôssemos a mãe generosa, para quem sempre o filho tem razão e será criança.  Mas, então, por que não deu o golpe logo, ela não diz que quis parar porque nenhum dos dois tinha preservativo? Nem precisava furar nenhum para tentar engravidar e esticar essa noite por toda a vida. Um argumento, no entanto, que cairia por terra se o encontro tivesse sido até em algum motel da estrada, imaginem em um hotel de luxo, onde em segundos alguém entregaria na porta muitas camisinhas em uma bandeja de prata, possivelmente com o logotipo do estabelecimento e votos de boas entradas. Não convenceu. Pelo menos a mim, que desde o início pedi calma no julgamento público dela.

O que teria acontecido? Por que ainda passam batidos os recados que o próprio Neymar divulgou? Em um deles diz já estar bêbado; em outro, completamente louco. Portanto, também não há como negar que seu comportamento possa ter sido violento ou alterado. Do tipo “paguei para ela vir dar para mim”. Até esse momento não encontrei análises sobre o comportamento digamos estranho do atleta nas últimas semanas, contando com o soco no torcedor, as festas e badalações, as seguidas contusões (fraqueza, distração?), os imbróglios inclusive com o Imposto de Renda, o pai metido em tudo, e o anterior encontro com Bolsonaro, que por incrível que possa parecer, também já se meteu na história, absolvendo, como bom machista que sempre se mostrou ser.

Será depressão? Não será o verdadeiro amor perdido? Afinal Neymar e a atriz Bruna Marquesine juravam amor eterno, falavam em casamento, planos de ter filhos há bem pouco tempo, esbanjavam e esparramavam isso para o mundo todo, depois de idas e vindas. O fim do namoro – que agora aparece mesmo ser definitivo – marca mudanças visíveis em Neymar, em seu comportamento. Vamos e venhamos que flertar com uma quase desconhecida, que estava em outro país, diante de tudo que ele conhece do bom e do melhor do outro lado do Atlântico não é a coisa mais normal do mundo. Najila deve ter mesmo se sentido o máximo. O seu nome significa “aquela que tem os olhos grandes”, “mulher cujos olhos são grandes”. Como a gente diz, o olho cresceu.

O caso será uma guerra. Inclusive de comunicação. Com espertezas de todo o lado. A contratação, para a defesa de Neymar, da criminalista Maíra Fernandes, reconhecida na causa feminista, foi gol. O inacreditável, ridículo, foi a organização a que pertencia, a Cladem (Comitê da América Latina e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher), tê-la expulsado imediatamente por causa desse seu trabalho. Neymar ainda não foi condenado, nem julgado culpado, e tem todo o direito de defesa seja de quem quiser e poder pagar.

É radicalismo em cima de radicalismo. Cada vez mais o medo se instala junto ao amor e às relações sentimentais. Violência que origina as centenas de feminicídios que ocorreram quando as mulheres procuraram romper relacionamentos, e alguns vice-versa.  É a vingança realizada na exposição pública de momentos íntimos, do amor quando ocorria em fotos, vídeos, nudes. A insegurança dos casais. O alimento do bicho indomável, o ciúme.

Não me admira que tantos e tantas estejam sozinhos, ou preferindo apenas as relações fugazes. Também não me admira a construção fictícia dessa linda e pacificada sociedade diversificada dos anúncios que proliferaram para estimular o consumo no próximo Dia dos Namorados. Lé com lé. Cré com cré. Cré com lé. Reparou?  As mais variadas combinações, felizes.

Como seria bom se fosse verdade, embora toda forma de amor valha a pena. Só que ele ainda tem grandes dificuldades de dizer seu nome quando tem tanta gente assistindo de camarote, esperando que pegue fogo, que a casa caia, que a cama despenque. E que tudo tenha sido gravado, em detalhes, na horizontal e na vertical. De preferência com som ambiente.

amor de mãe________________________________________________________________________

Marli Gonçalves, jornalista – Primeiro, a defesa das mulheres. O meu lado da história, e que reconhece bem, assim como as dificuldades que já viveu por ser uma.

marligo@uol.com.br / marli@brickmann.com.br

Brasil, nos dias de namorados

 

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mtst chique, chiquérrimo, com assessoria, caetano, “notáveis”, glamour…em SP, dia 10

CAETANO VELOSO SE APRESENTARÁ EM ATO DE 20 ANOS DO MTST EM SÃO PAULO

No próximo dia 10 de dezembro, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) irá comemorar seus 20 anos com um grande ato em São Paulo. O cantor e compositor Caetano Veloso, que teve seu show em apoio aos sem-teto proibido na ocupação de São Bernardo, participará do evento. A apresentação do cantor conta com Criolo, Péricles e Maria Gadu como convidados especiais.

O ato será aberto ao público e gratuito – o MTST pede doações de alimentos não-perecíveis que serão destinados às famílias das ocupações – e ocorrerá no Largo da Batata, zona oeste da cidade, com início a partir das 14h. Caetano e seus convidados têm presença prevista para às 18h.

Na primeira etapa do evento, haverá o ato alusivo aos 20 anos do movimento, com falas de lideranças e apresentações de artistas convidados pelo MTST.

Resultado de uma parceria entre o MTST, o Movimento 342 Artes – coordenado pela produtora Paula Lavigne – e a Mídia Ninja, o evento também será momento de recolher doação de alimentos para as ocupações dos sem-teto. O MTST ressalta a importância de que o público leve 1kg de alimento não perecível que será doado às famílias do movimento.

A aproximação inicial se deu durante a participação de Guilherme Boulos, Coordenador Nacional do MTST, em uma das reuniões do Movimento 342 Artes, realizada no apartamento de Paula, em Ipanema, no Rio de Janeiro.

Foi um momento de descoberta de propósitos comuns, bem como a centelha para a mobilização de um grupo de artistas identificados com a causa, entre eles, Sônia Braga, Aline Moraes, Criolo e o próprio Caetano.

Estes e mais um grupo de notáveis de várias áreas, Comunicação, Medicina, Cinema, Defensoria Pública, entre outros, têm, desde então, visitado a Ocupação de São Bernardo do Campo.

Com este cenário, o evento busca amplificar as vozes de 12.000 famílias que lutam por moradia.
O terreno ocupado há mais de 2 meses – com mais de 70.000m², abandonado há cerca de 40 anos e com dívidas que já ultrapassam R$ 500.000,00 com a Prefeitura – é um retrato do contrassenso face a situação crítica dos sem-teto.

O pleito do MTST é que os órgãos públicos viabilizem uma saída legal para tal situação, ressarcindo os atuais proprietários e criando condições para a construção de moradias populares.

Com a aprovação da Prefeitura para o ato, os organizadores agora buscam a colaboração de vários setores da iniciativa privada para fazer do encontro um momento de cidadania e proposição do debate profundo e responsável.

Serviço:
20 anos do MTST com Caetano Veloso
Dia 10/12 (domingo), a partir das 14h
Local: Largo da Batata – São Paulo

FONTE: ASSESSORIA DE IMPRENSA - SÓ NÃO SEI DE QUEM DOS PARTICIPANTES

ARTIGO – Vamos xingar? Xingar? Por Marli Gonçalves

brazilB_animadoOK, mas se é para mostrar descontentamento vamos fazer direito.Não será por falta de motivos, mas não podemos nunca perder a razão. O que estamos vendo ocorrer contra a presidente é grosseria, não um xingamento que possa ser justificado, e nem ao menos explicado. Uma falta de educação absurda contra uma mulher, antes de tudo. O problema – admito e acho que não vai ter cura – é que já “pegou”, virou moda, mantra, e agora, onde ela for, vai ouvir o povo dando essa ideia de outro lugar para ela ir e o que deveria fazer lámulheer faz o jardim

Tivesse ela um pouco de humor e sem o peso da liturgia do cargo, responderia o que eu respondo quando alguém – em geral, no trânsito, ou em discussões banais – me destina esse mesmo xingamento: “Deus te ouça!”

Mas eu sou palhaça. Às vezes escuto essa mesma coisa até de um amigo ou amiga, numa conversa qualquer, boba. É usual. Quando alguém quer encerrar um assunto, tira da cartola o desejo, sim, o desejo, de que você vá ter a sensação de ir lá fazer aquilo. Acho até engraçado porque para um número cada vez maior dos que se assumem, se levada ao pé da letra a expressão…como disse.

A presidente, não. Não pode, coitada, revidar. Agora já está se fazendo de vítima, torturada, torcedora mesmo torturada, cara de beijinho no ombro. E os seus defensores, gente com memória fraca que, não adianta, quer fazer acreditar a muitos que foi só no dia da abertura da Copa que ela foi xingada assim, tentar nos convencer de que foiuma coisa armada e localizada (combinada entre 68 mil pessoas!), pela elite, aliás, elite, como dizem, branca, convidada ( esqueceram do endividada também), e que nem pagou o ingresso. Foi por isso que ela foi xingada, segundo eles – não teria sido o povo. Esqueceram o despencar nas pesquisas, outros jogos, shows, protestos, adesivos, etc…E os bons motivos.

O problema é que ao xingar dessa forma, perdemos muito da razão. Sei que o ato de xingar nunca vem acompanhado de flores, perfumes, hálito de menta. Mas há outras formas, ah, isso há. Graça Foster, que o diga. Alucinada, anta, fingida, dissimulada, besta, idiota, mentecapta, petista, dois de paus, dois neurônios, -muitas formas. Nós é que nos viremos e arrumemos as rimas.women4

Enfim, voltando ao ´cerne da questão, igual verruga. Não é assim, xingando palavras que inclusive, obrigatoriamente, não podem ser transmitidas pela tevê, porque de baixo calão, que vamos mudar o país. Mas, sim, apontando exaustivamente os erros, as falhas. Mostrando que não somos bobos para ficar quietos ouvindo a presidente falar o que quer, com cara de desentendida, listando respostas e bobagens no horário oficial, com discurso lido, totalmente escrito por outrem, cumprindo tabela.

e8mmdv3zAcredito que a estaremos xingando muito bem nas urnas, no dia da eleição. (Tá, eu sei que está duro olhar as opções, mas aí é um problema que a gente tem de analisar depois. É o que temos no momento.).

Também não é xingando nas redes sociais, inventando eventos e protestos “virtuais”, que isso é babaquice total. Vamos falar sério.

Temos de participar da vida política do país, escrever, denunciar desmandos, fotografar, filmar, divulgar, discutir. Mas com base na realidade, que ela por si só já basta – não é inventando que vai ter bolsa para prostituta, que a lei de ficha limpa ainda não foi aprovada ( recebo uns três por dia com essas bobagens), que o filho de não sei quem barbudo é dono de açougue, muito menos de frigorífico, nem repassando fotos de mansões de sheiks árabes dizendo que é de gente do governo atual.

Precisamos crescer e amadurecer.

women mudando de roupaFizemos um papelão na abertura da Copa com aquela apresentação de quinta categoria, vergonhosa, de fundo de quintal, de escolinha primária, com umas arvorezinhas, florzinhas rodando para lá e para cá, um monte de criancinhas (mas que deviam ser muito mais pelo menos para ocupar os espaços) com cara de miosótis e sempre-vivas, índios mal amanhados arrancados de tribos tão urbanas como os guaranis, para quem nunca ninguém dá bola, deixando-os morrer por aí, bêbados ou suicidas. A única coisa que salvava era a bola no meio do campo, mas só até se abrir e trazer aqueles três que até agora estou pasma, ali apenas para contentar seus patrocinadores. Gastaram, parece, 18 milhões naquilo. Não temos que xingar essa roubalheira? Temos profissionais maravilhosos que, por muito menos – até por já estarem acostumados a não ter recursos -, teriam feito melhor que esses dois gringos que nunca ninguém ouviu falar, inventados sabe-se lá por quem.Fora o papelão do exoesqueleto, das pombas, dos estádios inacabados. Da governante atrás da vidraça.

Precisávamos completar com o xingamento feio? È covarde isso. Era melhor que todos que estavam ali, vaiando anonimamente, se ligassem “na real” e, então, fossem para as ruas, engrossar protestos firmes. Assuntos para as plaquinhas que segurarão nas mãos não faltarão. Façam o gigante acordar, mas sem xingar com palavrões. Só com palavrinhas.

Sem xingão, mas com xingadelas.frank1-4

88womanSão Paulo, Brasil, Copa 2014, mundo voltado para nós aproveitarmos, 2014 Marli Gonçalves é jornalista Se levar a sério o xingamento que vem sendo dirigido em altos brados à presidente, restará uma pergunta: quem é o ativo e o passivo dessa história? Pensa.

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E-mails:
marli@brickmann.com.br
marligo@uol.com.br

Tenho um blog, Marli Gonçalves, divertido e informante ao mesmo tempo, no https://marligo.wordpress.com. Estou no Facebook. E no Twitter @Marligo

Show da Wanderléa! Amanhã, 12, 16 hs, no vale do Anhangabaú. Grátis! A nossa tremendinha!

OLHA QUE LEGAL A DICA QUE RECEBI DA ASSESSORIA, e veja a programação -semana que vem, Jerry Adriani :

Neste sábado, 12 de maio, será realizado o terceiro show do Projeto “As Belas Tardes” do Centro Cultural Banco do Brasil em São Paulo.

 O palco será montado no Vale do Anhangabaú e a cantora Wanderlea vai comandar a festa

 O show deve começar às 16h.

 Serviço

As Belas Tardes

Série de quatro shows, gratuitos, aos sábados às 16h, com os artistas que viveram a Jovem Guarda e as Cantoras e Cantores do Rádio.

dia 12 de maio – Wanderléia – Boulevard São João.

dia 19 de maio – Jerry Adriani – Boulevard São João.

Entrada FRANCA

Classificação LIVRE para todos os públicos.

Estarão disponíveis 300 cadeiras plásticas para os primeiros que chegarem.


e olha que delícia essa gravação!

Renata Péron: Um show para não perder, na segunda que vem.

Vou dizer: conheci essa figura na sexta passada, durante o velório de Claudia Wonder. E vou dizer mais: botei fé na sua seriedade.

MURAL

PERON CONTA E CANTA NOEL ROSA

PERON CONTA E CANTA NOEL ROSA
GRAVAÇÃO DO MEU 1° DVD.

PERON CONTA E CANTA NOEL ROSA

Um tributo a Noel Rosa No ano do centenário de Noel Rosa, a cantora e drag queen Renata Peróninterpreta as músicas do cantor e compositor durante o show “Perón Contae Canta Noel”. A apresentação acontece no Teatro Sergio Cardoso, dia 06de dezembro (segunda-feira), às 22 horas.

Recortado por esquetes teatrais que retratam a vida e obra de Noel, aartista interage com o público de forma bem humorada. Ao cantar ossucessos do consagrado sambista, que falam do cotidiano e do amor, Perónprocura aproximar as pessoas da realidade de quem vivencia, sem medo, suaorientação sexual.

No tributo, Renata Perón solta a voz, acompanhada de dançarinos e banda,cantando sucessos como “Com que Roupa?”, “Fita Amarela” e “Até Amanhã”.

A entrada é franca.

Renata PerónSérgio Pessoa é Renata Perón, uma artista que usa seu talento comoinstrumento de diálogo para o enfrentamento a discriminação homofóbica.

Ativista do movimento LGBT brasileiro, busca com a apresentação deespetáculos de qualidade artística e técnica, fomentar uma cultura derespeito às diferenças.

Para ela, a interação com público, realizada poruma artista transformista, leva a sociedade a uma reflexão sobreestereótipos, quebrando preconceitos.

Noel RosaNoel Rosa foi um dos mais destacados sambistas da música brasileira.Nascido no Rio de Janeiro, em 11 de dezembro de 1910, foi sambista,cantor, compositor, bandolinista e violinista.

A sua obra foi fundamentalpara a legitimação do samba como expressão da cultura brasileira

Serviço:Perón Conta e Canta Noel

Data: 06 de dezembroHorário: 22 horasLocal: Teatro Sergio CardosoRua Rui Barbosa, 153

Claudia Wonder: uma vida dedicada à vida. Nos deixa, mas vai para a eternidade da cena paulistana e de todos os tempos

Minha leitora, entre outras qualidades,  Claudia Wonder morreu hoje.

A primeira lembrança foi de 1985, quando do Reveillon da Paz, na entrada do Ano Internacional da Paz,  no Museu da Imagem e do Som de São Paulo, fizemos horas de programação da virada, ali na Avenida Europa, em São Paulo. Sua apresentação foi bárbara.

Logo depois foi para a própria  Europa, de onde retornou faz pouco tempo.

Salve, meu amigo Claudia Wonder!

DO WIKIPEDIA:

Biografia

Nascida Marco Antonio Abrão, Claudia logo cedo descobriu sua transexualidade. Ainda na adolescência, começou a frequentar a noite e a se inserir no contexto transgênero, sendo contenporânea dos grandes nomes do travestismo paulistano, como Andréia de Maio, Thelma Lipp, Brenda Lee, entre outras.

Claudia Wonder era performer, cantora/compositora, atriz, escritora e ícone do underground e comunidade LGBTT brasileira.

Começou sua carreira artística fazendo shows em boates e logo estreou no teatro e no cinema. Ainda adolescente contracenou com grandes nomes nacionais, entre eles, Tarcísio Meira e Raul Cortez.

Nos anos 1980 descobriu sua veia musical e estreou como letrista e vocalista da banda de Rock Jardins das Delícias com o show O Vomito do Mito no lendário clube paulistano Madame Satã. Depois formou a banda Truque Sujo e sempre obteve sucesso junto a critica musical e o público. No final da década de 80 mudou-se para a Europa e lá ficou durante onze anos, onde trabalhou em shows e depois como empresária na área da estética. Era formada como cabeleireira e maquiadora.

De volta ao Brasil retomou a carreira artística, participou de duas coletâneas musicais em CD: Melopéia do selo Rotten. Sonetos do poeta Glauco Mattoso musicados por vários artistas, entre eles, Arnaldo Antunes e Itamar Assumpção. Para esse trabalho Claudia musicou o “Soneto Virtual” onde faz dueto com seu amigo, o cantor Edson Cordeiro.

Participou da primeira coletânea de electro nacional no CD Body Rapture, do selo Lua Music com a música Toníca do Haligalle e em setembro de 2007 lançou seu primeiro Cd solo FunkyDiscoFashion também pela Lua Music.

Como ícone da comunidade LGBTT era figura querida e foi homenageada como Abre-Alas da Parada do Orgulho Gay de São Paulo. Também foi madrinha do Festival Mix Brasil de Cinema e Vídeo da Diversidade Sexual.

Foi coordenadora do Grupo de Estudos da identidade de Gênero Flor do Asfalto. Trabalhou como colunista e reporter da revista G Magazine e do site G online até 2008. Lançou o livro Olhares de Claudia Wonder – Crônicas e Outras Histórias[1] em agosto de 2008 pelas Edições GLS[2] do Grupo Editorial Summus.

Cláudia também trabalhava como monitora de abordagem e comunicação do Centro de Referência da Diversidade no projeto Cidade Inclusiva, uma parceria do Governo da cidade de São Paulo com a União Européia.

Em junho de 2009 o documentário Meu Amigo Claudia do cineasta Dácio Pinheiro, que conta a trajetória da artista, teve sua premierer mundial no Frameline Lesbian and Gay Film Festival of San Francisco– California.

Morreu em 26 de novembro de 2010, em decorrência de uma criptococose (Doença do Pombo)

CLIQUE AQUI

25 de novembro- Como todos os dias do ano, Dia “mais especial ainda” de luta conta a violência contra a mulher. Veja só.

 Olá a todos!

Começo com uma agenda preciosa para hoje.

Veja a programação,alguns comentários e…tem passeata. E tem show!

A mobilização acontece em frente à Secretaria da Justiça do Estado de São Paulo, no Pátio do Colégio, região central da cidade, a partir das 15h. Durante o ato, será entregue um documento que faz críticas às políticas estaduais de combate à violência contra a mulher, consideradas insuficientes para fazer frente à realidade.

  • O PRIMEIRO ALERTA VEIO DE UM TWITTER DA DEPUTADA LUIZA ERUNDINA –         @ erundinapsb:

erundinapsb = Vamos ajudar a divulgar! 25 de novembro, Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher #FimDaViolenciaContraMulher

Depois,  recebi outra mensagem de twitter das minhas queridas Cilmara Bedaque e Vange Leonel:

  1. na_faixa – 5 de dezembro>parque do carmo>10h>show pelo fim da violência contra as mulheres>hip hop mulher+leci brandão+dominatrix c/ vange leonel 8 minutes ago via TweetDeck
  2. vleonel – aqui um aperitivo acústico com Vange Leonel & Elisa Gargiulo (Dominatrix) tocando “Mães, Irmãs & Filhas” http://youtu.be/FWD77W0hYx8! 11 minutes ago via TweetDeck

Essa é para relaxar. Daqui a pouco volto a falar sério, se é que isso é possível, ainda…

Caramba! Que show, hein?

Apaixonadas por passarinho promovem show erótico

As dançarinas continuam com pouca roupa – só que agora elas têm, também, penas…

Do R7

/The Sun

Ah, segurando o passarinho, né?
Você gosta de passarinho? Curte uma periquita? Então escuta essa.

Uma das mais respeitadas entidades de proteção aos animais, a britânica Royal Society for Protection of Birds, resolveu participar de uma feira erótica de Londres para atrair amantes dos passarinhos “de mente aberta”.

O evento tem dançarinas sensuais, comércio de roupa íntima e material pornográfico. Enfim, é dedicado ao sexo.

Para isso, eles fizeram uma pequena modificação nas dançarinas – que não deve ter agradado muito ao público masculino…

Elas continuaram com pouca roupa, mas, agora, terão muitas penas.

Ao jornal britânico Telegraph, Nik Shelton, porta-voz da Royal Society, disse que a estratégia estava dando certo.

– Nós sabemos que os membros [da entidade] têm a mente aberta. Nós estamos atraindo o interesse de muitas pessoas, e algumas delas já são afiliadas.

Artigo – Ousar é preciso

Navegar também é preciso, principalmente em tempos internéticos. Ser audaz significa muito para mim. Também podem me chamar de atrevida. Vou gostar.

Há algumas semanas a palavra Ousadia, ouvida de uma boca e com uma voz que amo muito, está na minha cabeça. Linda palavra, de lindos significados. Gosto demais de tudo que quer dizer movimento, andar para frente, criar, fazer, acontecer. Ousadia é tudo isso e muito mais, sempre acima do que é permitido até aquele momento. Ultrapassou, ousou. Pode ser uma transgressão, mas sempre feita com muita racionalidade.

Ousar requer decisão, coragem, vontade, desejo. Para ousar é preciso aprender, enfrentar, e muitas vezes desafiar o estabelecido, o comum. Quem ousa, arrisca o tudo ou nada, certamente sempre na busca dessa tal felicidade. Ousar é mais humano do que animal, que aprende atavicamente. Para ousar é preciso pensar e raciocinar. Coisa de gente.

Ousar é preciso. De precisão de movimentos, já que sempre é a busca de uma realização. Ninguém ousa de bobeira, mesmo que assim lhe pareça. E há, sim, a relação com o navegar precisamente em águas que podem não ser tão estáticas. É dos navegadores antigos a frase gloriosa: “Navegar é preciso; viver não é preciso”. Teria sido dita primeiro por Pompeu, general romano, aos marinheiros amedrontados que se recusavam a viajar durante e para a guerra. Horácio começou a imortalizá-la, e finalmente, Fernando Pessoa, a trazê-la para nós em nosso tempo:

“…Quero para mim o espírito [d] esta frase, transformada a forma para a casar como eu sou: Viver não é necessário; o que é necessário é criar. Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso. Só quero torná-la grande, ainda que para isso tenha de ser o meu corpo e a (minha alma) a lenha desse fogo…”

É isso. Irmã da audácia, a ousadia move o mundo. Como explicar as descobertas, o nascimento de líderes? E como são ousadas, entre tantas, as mulheres, as baixinhas, especialmente! Os esportistas radicais que nos mostram os limites do corpo! Os poetas, que ultrapassam todos os limites! Os gênios que pasmam o mundo. Os artistas que lhe dão as formas reais, na arte e na moda. Ousadias são quase sempre visíveis.

Mas ousar não é coisa para meros exibicionistas, nem para amadores. Homens diriam, alguns grosseiramente, que é necessário ter culhões, como resumo de coragem e firmeza. Mulheres diriam bom gosto, refinamento, propósito. A ousadia aumenta com o amadurecimento que nos dá a segurança, embora também em muitos casos o próprio amadurecimento também nos apresente ao temor e ao medo. Daí, quando pessoas mais velhas ousam, atenção, que a coisa é mais séria, libertária, e objetiva. Sai da frente.

Tenho pensado muito sobre isso, ousadia, desde que ouvi o som da palavra, dita como contei, numa ocasião muito especial. Ali, naquela hora, apenas sorri. Mas algo dentro de mim havia se emocionado, e porque eu também fazia parte importante daquela audácia citada, explícita, um momento fugaz. Podemos ousar sozinhos, ou acompanhados.

Em se falando de ousadia, pensei de novo nesta semana, ao assistir ao show de Marília Gabriela, a quem admiro de forma particular. Em “Incoerente”, ela cantou, cantou, cantou – ” Cantei, cantei, nem sei como eu cantava assim… Só sei que todo o cabaré/ me aplaudiu de pé/ Quando cheguei ao fim”, como em Bastidores, do Chico. Jornalista, atriz, apresentadora e entrevistadora de mão cheia, ela ousa também cantar. E vai à luta. A impressão que se tem é de que, já queestava na chuva, não teve medo algum de se molhar. No repertório, clássicos cantados com redobrada personalidade; canções românticas apresentadas com um tesão provocante; e o orgulho de ser quem é, sempre mutante. No texto, pitadas de humor e algumas reverências e referências, como a Tom Jobim, Caetano e Gil, esses que até compuseram especialmente para ela, há muitos e muitos anos, e ela tirou do bauzinho, de onde revela muito do fascínio que exerce sobe os homens. No corpo sexagenário perfeito, ereto, ativo, inventou também uma reboladinha de quadril genial. Uma para o rock, outra para o blues, e uma insinuada e sinuosa onda na bossa nova.

Na platéia estrelada, bocas abertas. Algumas muito poucas para falar mal, hábito social, entre dentes. Ali, em um ambiente pequeno, as estrelas usaram as mãos mais para aplaudir, certamente invejosas de tanta maleabilidade. Reis da bola, do pé e da perna como Pelé e Ronaldo. Reis da tevê, como Boni. Reis do jornalismo, das artes, da fotografia. De fome, Gabi não morre. Se canta, dança, sapateia, representa, escreve, fala, pensa… sempre há de ter o que fazer bem. Isso é o que merece consideração. Que todos se mordam de inveja dos seus lindos amores, dos programas em três emissoras distintas, de sua família, de sua coragem! Chama-se ousadia. Qual será a próxima, Lady Macbeth?

Foi assim que resolvi finalmente tocar neste assunto, na palavra que tanto quer dizer e tanto me disse. É do que precisamos, para fugir da mesmice, do monótono, da rotina. Se navegar é preciso, viver é preciso, ousar é preciso. E se Fernando Pessoa tinha razão em dizer que “tudo é ousado para quem a nada se atreve”, quero começar apenas a achar que elas, as ousadias, devem ser liberadas.

Dá até slogan. Ousadia: use e abuse.
São Paulo, mais do mesmo que se vai, indo, navegando, ouso dizer

Marli Gonçalves é jornalista. Ser audaz, atrevida, destemida, confiante: um dia chego lá

Um alô!: Na quinta-feira, 25 de novembro, na Livraria da Vila da Alameda Lorena, 1731, Jardins, São Paulo, Capital, vou estar (19hs) no lançamento de uma ousadia de 12 anos de trabalho e persistência de minha amiga Catherine Krulik, fotógrafa da mais alta estirpe. Será o lançamento do livro que eu chamo de arte pura, reunindo imagens de Catherine captadas das maiores manifestações populares do país, “Carnavais do Brasil”. Editado pela Grão, da Maristela Colucci, em conjunto com a Peirópolis, da Renata Borges. Olha só: fui eu que fiz o texto, que ainda verei também traduzido na obra, em inglês e francês. Uma ousadia, que espero que todos gostem tanto quanto das fotos maravilhosas e impactantes de Catherine, francesa radicada e amada no Brasil.

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Especial: Flashs e fatos do maravilhoso show “Incoerente” de Marília Gabriela cantando. E muito bem. Festa de estrelas. No palco. E na platéia.

Ontem, quarta, 17 de novembro, tive a honra de também estar na platéia do Show Incoerente, que Marília Gabriela fez no Bourbon Street, em São Paulo, capital.

Demais. Arrasou! A palavra mais correta para definir Marília, um pessoa mais do que muito querida e admirada por mim é só uma:

OUSADIA

Ela ousou no show, nas músicas, no repertório dificílimo, no texto, na apresentação. Um passeio. Linda,  simples. Primeiro de camisa branca e calça preta de alfaiataria, a elegância. No fim, a troca: uma camisa preta e uma calça de couro preta. Simples, a elegância quando é nata é assim mesmo.

As mãos floreiam o texto; as caras exprimem a interpretação diferente de cada música escolhida, todas gloriosas, sob a regência e direção de Ruriá Duprat, o maestro, e com um quinteto fantástico acompanhando, numa cozinha de jazz, bossa nova, MPB,  blues, e uma pitada de rock. Músicas que Gil e Caetano lhe deram nos Anos 80 apresentadas com a leveza de quem é. Dane-se quem fala, o que falam e porque falam.

Marília recebe cumprimentos após o show. O perfil à direita é do Cesar Giobbi

Na platéia, uma miríade, que vou tentar listar: Ronaldo e esposa, além de vários armários de segurança, Boni, o homem de tevê que Marília diz que foi quem a convenceu a fazer o show; o rei Pelé e uma turma; Antonio Fagundes e namorada; Jô Soares; jornalistas Monica Waldvogel, Mona Dorf, Augusto Nunes, Paulo Moreira Leite, Cesar Giobbi, Carlos Brickmann, eu..; o genial fotógrafo Miro, Vanessa e marido Buaiz, Alicinha Cavalcanti com um gatinho digno de nota a tiracolo; minha lindinha Mary Nigri, José Victor Oliva, o psicanalista Contardo Calligaris. Da família dela: a irmã, Marisa, o filho Cristiano, com a esposa grávida, a deliciosa e divertida Daniela Valente, o meu xodó Teodoro…

Esses o que eu vi. E devo estar esquecendo de muita gente…

Trouxe uns flashs e umas imagens que fiz durante o show, com o celular. Desculpem a qualidade, que a luz era baixa e não dava para, digamos, usar flashes… As fotos também foram feitas meio assim, após o show, no empurra-empurra. Mas dá para ter uma idéia legal.

Antonio Fagundes, simpático (!!!!) com o CQC, na saída...