#ADEHOJE – MINISTROS BRINCAM DE PODER.

 

#ADEHOJE – MINISTROS BRINCAM DE PODER.

 

 

SÓ UM MINUTOEscravos de Jó, jogavam caxangá, tira, põe, não deixa ficar! A última do ministro colombiano da educação, Ricardo Vélez Rodriguez é de deixar de cabelo sem pé. Uma sucessão de barbaridades: ele quer e mandou o MEC emitir comunicado para que as crianças se perfilem para cantar o hino, sejam fotografadas e filmadas sabe-se Deus para o quê – o que vã fazer de propaganda com isso. Mais: ainda deveriam repetir o slogan absurdo para um país laico, proposto pelo Governo Bolsonaro: Brasil acima de tudo, Deus acima de todos! Espero que haja um amplo protesto contra isso enquanto é tempo. E obviamente a outra ministra absurda, Damares Alves, que está lá em Genebra fazendo a gente passar vergonha, apoiou a ideia de jerico do Vélez. Precisamos dar algo para esses caras fazerem, para pararem de ter tempo de pensar tantas atitudes imbecis como essa. Imaginam nossas crianças, pleno Século XXI, digitais, perfiladas cantando o Hino Nacional? Mais fácil juntas fazerem um pancadão e dançarem funk até o chão.

 

 

 

 

 

 

ARTIGO – Vai folgar, trabalhador! Por Marli Gonçalves

bouwvakkers04Faltando pouco mais de um mês para a Copa do Mundo, esse evento que está nos deixando ansiosos para ver no que vai dar, a grande conversa é se vai ter ou deixar de ter feriado, onde, quando, de que horas a que horas. E como em ano de política tudo pode acontecer, creio que serão muitos dias de não trabalho neste país que está mais parecendo um tatu bolinha, se enrolando todo, tropeçando em pedrasWorkman

Vai trabalhar, vagabundo! O título do filme nacional virou expressão popular…Trabalha, trabalha, nego…A estrofe de Terra Seca, musica de Ary Barroso, 1943, virou lamento ou até ironia quando somos obrigados a trabalhar mais, um pouquito mais, e principalmente quando nos pedem um daqueles trabalhos que não são bem nossos, aquela abusada de chefe, e lá vamos resignados cantarolando o trecho da música que, completa, é triste de fazer chorar de tanta pena do nego véio moiado de suor, sua rotina e velhice.

watchmakerTrabalho. É interessante pensar no Trabalho, assunto de mil facetas e formas, inclusive de leis da Física, onde significa movimento, – e por que não dizer? – da religião. São Paulo está forrada de cartazes de charlatãs e charlatões, se dizendo videntes, mestres ou gurus, prontos , oferecendo-se para fazer um trabalho que consiga o que o desesperado (só pode estar desesperado para procurar uns caras desses) do consulente deseja. Trabalho que é trabalho em umbanda e candomblé tem nome mais bonito. Chama oferenda. Mas aí alguém que queira saber mais, que faça um trabalho, de pesquisa, de escola. Ou de campo, que é quando a pessoa tira a derrière da cadeira e vai ao local dos fatos. Não confundir com trabalho do campo, rural, bucólico e pesado.

Para tudo o que a gente faz e precisa é necessário trabalhar. Até para não fazer nada é preciso trabalhar, certo esforço. A gente também trabalha muito pensando. Para nascer, quem está dentro trabalha para sair; quem está fora trabalha para empurrar, fazer nascer – é o trabalho de parto, o trabalho que enaltece a mulher, especificamente. Sem concorrências.worker19

Por falar nisso, andei ouvindo uns dados sobre trabalho, emprego, desemprego, taxas, e a briga das estatísticas e pesquisas divulgadas pelos governantes desse país maravilhoso que aparece na tevê, um tal Brasil. Nele, tudo só e bom; se acreditarmos no que comerciais com modelos sorridentes informam não há problemas na saúde, nem na educação, muito menos na habitação. Todo mundo tem crédito a hora que quer, sorri, e a inflação é só da nossa imaginação. Sem violência, sem medo, tudo limpinho. Como é que é mesmo? Pais rico é país sem pobreza. Será que só eu acho esse slogan o óbvio ululante, parecido demais com os confusos discursos da timoneira? Vejam bem...

hairMas quero falar de umas preocupações sobre o que ouvi de orelhada. Não haveria tanto desemprego entre jovens porque eles estão ficando mais em casa, só estudando, bancados pelos pais? As mulheres – que tanto lutamos para poder sair para o mercado de trabalho de igual para igual, etc. e tal – estão fazendo as contas e descobrindo que ficar em casa tomando conta dos filhos é mais econômico? É isso mesmo? Confere, minha gente?

bouwvakkers24Não tem alguma coisa errada nisso? Não nas decisões das pessoas, mas nos fatos que as obrigam a isso. Os gastos com transporte e alimentação fora de casa, crescentes. Estudantes que, se estiverem na de aprender mesmo, têm de passar mais tempo estudando? Ou, por outro lado, moçada apática que fica esperando herança, gastando o que tem, sem perspectivas, sem desafios? Uma geração BBB que só pensa em ser famosinho, modelo, aparecer na tevê, cantar funk, puxar ferros? Todo mundo buscando uma imensa loteria. Trabalho que e bom, nada de pitibiribas. Aquele tal de Hércules devia ser um chato, sem ter o que fazer, sem redes sociais, sem baladas, sem rolezinhos.barber

Pouco sobrou do oficio, do amor ao que se faz, o capricho no fazer, a gentileza no trato com o público, no serviço público e no privado. Quem adquire experiência é escorraçado do mercado, e depois flana porque já tem idade – mesmo que hoje se veja tantos rompendo 70,80 com pleno vigor.

Por outro lado, para quem pega no pesado, a situação continua triste. Sindicatos atrelados, sugando contribuições e não entregando. Condições de trabalho e salários baixos, sem formação técnica, sem incentivos. Assédio moral, sexual, total. “Ande na linha”, “olha que a coisa tá preta ai fora”, “se você não quiser, tem quem quer, uma fila”. Nesses últimos tempos está um tal de dar férias coletivas toda hora que não é nada bom; é a famosa folga que o trabalhador passa rezando, e para voltar ao mesmo posto. Não vende, não produz, não vende; não compra, nem produz. Chicote maluco.

bouwvakkers28Não. Folga. O feriadão está aí, e este agora é o dia que todos os políticos ou candidatos põem as manguinhas de fora, em palanques, falando aos trabalhadores, invariavelmente atraídos até ali por causa dos shows populares, ou sorteios. Prometem aumentos, fazem juras de amor.

Os feriadinhos, o montinho do legado pela Copa, também já estão sendo gestados nos gabinetes, e serão ótimos para refrescar os ânimos que andam quentes ou secos, tanto quanto os reservatórios.O comércio está a-do-ran-do, para não dizer o contrário, essa brincadeira com o calendário.

019São Paulo, 2014bouwvakkers05Marli Gonçalves é jornalista Tanto tempo trabalhando, ouviu contar sobre uns tais frutos. Onde é que a gente os recolhe?

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“Somos um Rio”, o slogan de Eduardo Paes. Somos mesmo. Chove chuva!

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Profético o slogan da reeleição do prefeito Eduardo Paes (PMDB), “Somos um Rio”: a cidade boiou com uma madrugada de chuva.0002

 

 

FONTE: COLUNA CLAUDIO HUMBERTO – DIÁRIO DO PODER

Está vendo? Não sou só eu que achou verdadeiramente ridículo o tal slogan do “país rico”

Já falei sobre isso AQUI e no Artigo, que você lê aqui

Essa nota é da coluna do Augusto Nunes, no http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/direto-ao-ponto/a-descoberta-do-ano-rico-nao-e-pobre/

A descoberta do ano: rico não é pobre

O slogan lançado pelo governo Dilma Rousseff ─ “País rico é um país sem pobreza” ─ informa que o convívio com o neurônio solitário anda prejudicando a criatividade do marqueteiro João Santana. No Globo desta segunda-feira, Ancelmo Gois conta que o publicitário Cillas Amaral, de Brasília, inspirou-se no monumento à obviedade para divulgar no Facebook três filhotes da frase-mãe:

“País alegre é um país sem tristeza”.

“País limpo é um país sem sujeira”.

“País organizado é um país sem desorganização”.

A coluna acha que Dilma e Santana merecem ser homenageados com uma lista muito mais extensa. E passa a bola ao timaço de comentaristas.

ARTIGO – Assim é se assim não fosse, Pedro Bó!

                                                                                                                                                                                                                                   MARLI GONÇALVES

Antes de entrar, verifique se o elevador está parado no andar. Passarão trezentos anos e toda vez que eu ler essa placa vou ter é muita vontade de rir, embora saiba até que muita gente já abriu a porta e fuimmm pelo poço. Certas perguntas, certas respostas, recomendações e avisos são tão idiotas e redundantes que garantem uma dose de humor todo dia. Ou nos dão uma irritação e uma vontade de matar, de esganar, de picar um. Fizeram isso e remendaram o slogan do nosso país. Como assim?

São umas batatadas umas coisas que a gente tem de ouvir nessa vida. Algumas a gente tem que ficar quieto, até esquecer, por motivos, digamos, hierárquicos, ou mesmo por elegâncias. Só que isso em um cotidiano tenso, sem grana, com muito calor acumulado, dependendo da temperatura natural do seu sangue, torna-se uma tortura. Se o fluxo sanguíneo for fervente como o meu, o resultado será nome de tira de jornal e peça de teatro: Mulheres Alteradas. Podíamos inventar uma variação Mulheres Alteradas e Homens Cabeça Inchada. “La Niña” pode até não fritar nossos miolos. O que frita é sempre umas poucas e boas que a gente vê e ouve.

Lembra do Pedro Bó? Vou ter que dar uma explicadinha porque há entre nós, gracias, leitores bem jovens. Na Chico City, o mundo imaginário que Chico Anysio criou nos tempos áureos, ele fazia um coronel, Pantaleão, que só se jactava de grandes feitos, mentiras descaradas. Ele era casado com a Terta, dona que não podia nem pensar em contrariar o coronel, que perguntava: “É mentira, Terta?” “Verdade”, ela confirmava. Eles tinham um agregado simplório, o Pedro Bó, interpretado pelo comediante e circense Joe Lester – e que só fazia perguntas bobas e observações que já eram óbvias. Foi um sucesso, principalmente entre as crianças, que com isso até exercitavam certo tirocínio. “Não, Pedro Bó!” Depois a Revista MAD criou uma seção “Respostas Cretinas para Perguntas Imbecis”, que desfilava um rosário de situações.

Enfim, essa conversa mole veio a propósito de duas coisas. Uma, a pendenga de um amigo com a Net. “Estou sem internet há dois dias”. O atendente: “Vou dar um site para o senhor acessar agora”. “Dá, Pedro Bó!” Virou uma novelinha que, de longe, me faz rir. Outro dia ele pegou no Google Maps a foto de satélite do local exato onde fica a central de atendimento e fez um círculo. Temo que esteja mesmo planejando um atentado.

A outra coisa é séria e requer sua atenção, e que pense comigo, que pare, sacuda a cabeça, volte a si, recupere a consciência. Não engula. Trata do tal slogan lançado essa semana para carimbar nosso país. Um slogan deveria servir para definir algo de bom, que nos valorize, positivo, que agregue à “Marca Brasil”. Slogan é slogan. Marca é marca. “País rico é país sem miséria”, que o governo passará a usar é vergonhoso. Burro. Negativo. Óbvio. Esquerdinha. Sem sentido. Ululante, lululante. AH! Melhor parar de dizer o que achei. Assim é se assim não fosse. É Pedro Bó, de nascença.

Então, tá, a proposta é slogan? Ou propaganda para fazer as pazes com a América Latina, se esfregar na perna do Chávez? Até quando a gente vai aguentar essa bazófia, essa proposta diária de luta de classes, de que pobres subirão aos céus, e de tudo disporão?

Ouço alguém aí atrás levantando a mão e defendendo a frase, que essa é uma boa proposta? Respondo amigo, que nem precisa falar. Precisa é combater a miséria de verdade, não apenas fazer dominá-la por discursos, por filiação partidária. Não haverá miseráveis realmente, sei lá, nos EUA? Podem ser considerados pobres, então. Nosso IDH lá embaixo, amargamos lá atrás no ranking mundial de detalhes sociais básicos, carregando o analfabetismo, falta de saneamento. E vocês vêm botar embaixo do nome da Nação que “Pais rico é país sem miséria?”. Sob essa égide, passaremos esses próximos anos por baixo da lona, por baixo da “carne seca”, como diriam nordestinos arretados. Com o fiofó a risco.

Equação simples: já que “país rico é país sem miséria”, conclui-se então que “nosso país é pobre de marré deci“. Pobre de marré, marré, marré… Portanto…

Levamos um grande projeto brasileiro para o exterior e, ao apresentarmos surgirá o lindo slogan emoldurando a batucada. Antes, era Brasil – Um País de Todos. Não era mau, não me lembro dele ter sido criticado e a idéia que trazia rendeu vários bons comerciais oficiais, inclusive na época da candidatura Dilma.

Como sou otimista, acho que, com muita coisa para pensar, Dilma deve – só pode – ter deixado essa área tão importante, a comunicação, para outros, e ainda não atinou com esse estrago anunciado. (Ainda) Não simpatizo com ela, mas imagino que ela seja inteligente e também não goste do óbvio, dadas algumas respostas atravessadas e rápidas que sabemos que já sapecou por aí. Vou torcer para dar tempo dela se ligar e trocar. Ou deixar morrer.

Afinal, se a turma que está no Poder, decidindo e mandando, quer tanto tanto acabar com a miséria, não deve precisar ser lembrada disso logo lá no slogan da Nação. Nem fica bem.

Podiam escrever a frase no espelho de seus banheiros, por exemplo.

“Bom Dia. É mentira, Terta?”. – “Não, Pedro Bó!”
 

                           São Paulo, Jeca Tatu, olhe para os dois lados, espere o sinal fechar. Não feche o cruzamento. Você chegou agora? 2011 acalorado.

(*) Marli Gonçalves é jornalista. Se você parar para prestar atenção nas frases vazias que nos invadem por todos os lados, vai ver que é “café pequeno” o repertório do Bó. “Trrrrimm”, bem cedinho… “Alô”. “Você estava dormindo?” “Não, Pedro Bó, estava esperando você me acordar com o sininho do telefone”.
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Deus! Nosso país está ficando óbvio demais! Novo slogan do pessoal que manda. Acredite: “País rico é país sem pobreza”. Nosso blog aproveita e lança uma nova sessão: “Assim é, se assim não fosse!”.

Eu juro que pensei que era brincadeira. Mas não é.

Alguém AINDA  recebeu para criar esse lampejo de genialidade.

País rico é país sem pobreza.

ASSIM, A PARTIR DE AGORA, ESTE BLOG INAUGURA UMA SESSÃO NOVA.

ASSIM É, SE ASSIM NÃO FOSSE

Planalto anuncia nova marca e slogan

‘País rico é país sem pobreza’

Ana Flor,  no Folha.com

O Planalto anuncia nesta quinta-feira a nova marca do governo Dilma Rousseff, com o slogan “País rico é país sem pobreza”.

A apresentação é realizada pela ministra Helena Chagas (Comunicação Social).

A logomarca reflete a principal prioridade que a presidente deu a seu governo: a erradicação da miséria e a redução da pobreza.

Segundo fontes do Planalto, a marca é uma “evolução” do slogan do governo Lula e representa a ideia que a campanha de Dilma tentou imprimir durante a campanha, “continuidade com mudança”.

A marca foi criada pelo publicitário João Santana, em parceria com o diretor de arte Marcelo Kértz. Ambos trabalharam na campanha presidencial de Dilma.

Enquanto a marca anterior trazia muitas cores, a nova, segundo o governo, é basicamente verde e amarela, para reforçar a “identidade do povo brasileiro