Tese do trabalho escravo faz governo recuar na contratação de médicos cubanos
De acordo com notícia divulgada pela Folha de S.Paulo nesta segunda-feira (8), o Brasil paralisou as negociações com Cuba para a vinda de 6.000 médicos cubanos ao país e lançou nesta semana programa para atrair profissionais estrangeiros tratando Espanha e Portugal como países “prioritários”.
Para a Federação Nacional dos Médicos (FENAM), o recuo foi devido a tese apresentada pela entidade de que os médicos cubanos iriam desempenhar trabalho análogo a escravo no país.
Isso porque, no modelo usado na Venezuela, Cuba funciona como uma empresa terceirizada que fornece profissionais que devem atender a um duro regulamento disciplinar, que inclui pedir autorização para pernoitar fora do alojamento, proibição de dirigir e de se comunicar com a imprensa e a obrigação de informar sobre namoros.
Apesar do recuo, a FENAM continua atenta às negociações e os atrativos que o Governo pretende oferecer aos médicos estrangeiros e manterá reunião na próxima quinta-feira (11), com as lideranças sindicais para debater os próximos passos do movimento.
Uma greve geral da categoria poderá ser anunciada em caso de veto a Lei Ato Médico ou insistência na importação de médicos sem o Revalida.